Cadernos Saúde Coletivahttps://www.scielo.br/feed/cadsc/2019.v27n1/2024-02-06T20:23:39.672000ZUnknown authorVol. 27 No. 1 - 2019WerkzeugHepatites B e C nas áreas de três Centros Regionais de Saúde do Estado do Pará, Brasil: uma análise espacial, epidemiológica e socioeconômica10.1590/1414-462X2019000103942024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZGonçalves, Nelson VeigaMiranda, Claudia do Socorro CarvalhoGuedes, Juan AndradeSilva, Larissa de Cássia Tork daBarros, Elizabeth MacielTavares, Cileide Gomes da MotaPalácios, Vera Regina da Cunha MenezesCosta, Simone Beverly Nascimento daOliveira, Helena CunhaXavier, Marília Brasil
<em>Gonçalves, Nelson Veiga</em>;
<em>Miranda, Claudia Do Socorro Carvalho</em>;
<em>Guedes, Juan Andrade</em>;
<em>Silva, Larissa De Cássia Tork Da</em>;
<em>Barros, Elizabeth Maciel</em>;
<em>Tavares, Cileide Gomes Da Mota</em>;
<em>Palácios, Vera Regina Da Cunha Menezes</em>;
<em>Costa, Simone Beverly Nascimento Da</em>;
<em>Oliveira, Helena Cunha</em>;
<em>Xavier, Marília Brasil</em>;
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Resumo Introdução As hepatites virais são graves problemas de saúde pública e estão relacionadas às diferentes características socioeconômicas do território brasileiro. Objetivo Analisar a distribuição espacial das hepatites B e C e sua relação com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) nas áreas de três Centros Regionais de Saúde (CRS), no Estado do Pará, Brasil, de 2010 a 2014. Método Neste trabalho descritivo e transversal, foram utilizados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde, e do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Resultados As análises mostraram que o 11º CRS notificou o maior número de casos (60,9%). Os indivíduos mais acometidos por ambas as doenças foram do gênero feminino, pardos, adultos e com ensino fundamental. Os fatores de riscos mais significativos foram uso de medicamentos injetáveis e tratamentos dentário e cirúrgico. Foi observada dependência espacial entre o IDHM e os parâmetros da taxa de incidência das doenças, com autocorrelações diretas e indiretas. Assim, áreas com IDHM médio e baixo apresentaram altas taxas de incidência, sobretudo em municípios com intenso fluxo migratório, nas últimas décadas. Conclusão As análises foram eficazes para construir cenários epidemiológicos das doenças. Ressaltamos a necessidade de expandir o controle das hepatites nas áreas estudadas.Fatores associados ao óbito dos casos graves de influenza A(H1N1)pdm0910.1590/1414-462X2019000104332024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZFelinto, Gustavo MachadoEscosteguy, Claudia CaminhaMedronho, Roberto de Andrade
<em>Felinto, Gustavo Machado</em>;
<em>Escosteguy, Claudia Caminha</em>;
<em>Medronho, Roberto De Andrade</em>;
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Resumo Introdução A primeira pandemia de influenza do século XXI ocorreu em 2009, causada pelo novo subtipo de vírus da gripe, o vírus influenza A(H1N1)pdm09. Objetivo Analisar os fatores associados ao óbito por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza A(H1N1)pdm09 em residentes do município do Rio de Janeiro. Método Análise de dados secundários, incluindo 1.191 casos confirmados para influenza A(H1N1) com critério clínico para SRAG, residentes no município do Rio de Janeiro, em 2009. Análise estatística descritiva e regressão logística para estudo dos fatores associados ao óbito. Resultados 60,3% ocorreram em mulheres, sendo 185 gestantes; 48,1% em menores de 20 anos; 35,7% tinham comorbidades; 91,4% foram hospitalizados; 7,4% foram a óbito. Observou-se maior chance de óbito associada à baixa escolaridade, à presença de comorbidade, ao padrão radiológico de infiltrado intersticial, consolidação ou misto, à confirmação laboratorial e ao estado vacinal contra gripe ignorado. Conclusão Indivíduos com baixa escolaridade, com pelo menos uma comorbidade e com comprometimento pulmonar com um padrão radiológico com infiltrado intersticial, consolidação ou misto tiveram maior chance de evolução a óbito. O melhor conhecimento desse perfil permite um planejamento mais eficiente da assistência à saúde dos pacientes.Mortalidade por suicídio na população brasileira, 1996-2015: qual é a tendência predominante?10.1590/1414-462X2019000102112024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZD’Eça, AureanRodrigues, Livia dos SantosMeneses, Edivaldo PinheiroCosta, Larissa Di Leo NogueiraRêgo, Adriana de SousaCosta, Luciana CavalcanteBatista, Rosângela Fernandes Lucena
<em>D’eça, Aurean</em>;
<em>Rodrigues, Livia Dos Santos</em>;
<em>Meneses, Edivaldo Pinheiro</em>;
<em>Costa, Larissa Di Leo Nogueira</em>;
<em>Rêgo, Adriana De Sousa</em>;
<em>Costa, Luciana Cavalcante</em>;
<em>Batista, Rosângela Fernandes Lucena</em>;
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Resumo Introdução O suicídio é uma das três causas de morte mais frequentes no mundo e varia conforme o sexo e a idade. Objetivo Analisar a tendência da mortalidade por suicídio nas regiões brasileiras no período de 1996 a 2015 e sua associação com o sexo e a faixa etária. Método Estudo ecológico de série temporal, utilizando os óbitos por suicídio analisados por regiões no período de 1996 a 2015 contidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade. Para avaliação da tendência da mortalidade por suicídio, foi considerado o modelo de regressão de Prais-Winsten. Para comparar os percentuais de mortalidade por sexo e faixa etária, foi utilizado o teste qui-quadrado. Resultados Observou-se tendência crescente de óbitos por suicídio nas regiões Norte (1,73%, Coef = 0,007; p-valor < 0,001), Nordeste (2,30%, Coef = 0,010; p-valor = 0,006) e Sudeste (1,41%, Coef = 0,006; p-valor < 0,001) e decrescente no Sul (-0,57%, Coef = -0,002; p-valor = 0,001), além de predomínio de homens no percentual de óbitos (p < 0,001). Conclusão O suicídio é considerado importante problema de saúde pública, necessitando de ações para divulgação dos riscos e programas de prevenção.O apoio matricial no trabalho das equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família: análise a partir dos indicadores do 2º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade10.1590/1414-462X2019000104542024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZLima, Reíza Stéfany de Araújo eNascimento, João Agnaldo doRibeiro, Kátia Suely Queiroz SilvaSampaio, Juliana
<em>Lima, Reíza Stéfany De Araújo E</em>;
<em>Nascimento, João Agnaldo Do</em>;
<em>Ribeiro, Kátia Suely Queiroz Silva</em>;
<em>Sampaio, Juliana</em>;
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Resumo Introdução O referencial teórico-metodológico do apoio matricial deve orientar o trabalho do NASF. Objetivo Analisar o processo de trabalho das equipes NASF sob a perspectiva do apoio matricial a partir dos dados do 2º Ciclo de avaliação externa do PMAQ-NASF. Método Foram analisadas 57 equipes NASF de 9 municípios do Nordeste classificados no Estrato 6 do PMAQ. Classificou-se o desempenho dos municípios em três categorias: A (acima de 75%) para condição satisfatória; B (entre 25% e 75%) para moderada; e C (abaixo de 25%) para insatisfatória. Resultados No Planejamento das Ações e na Organização da Agenda, 22,80% e 33,33% das equipes apresentaram classificação A, respectivamente. Na Organização do Apoio Matricial, houve o maior percentual com classificação satisfatória (54,38%). Os piores desempenhos foram observados na Gestão da Demanda e da Atenção Compartilhada (22,80%). Conclusão O NASF tem uma forte atuação no planejamento e desenvolvimento de ações de forma integrada com eAB, assim como organiza a sua agenda de forma compartilhada. Contudo, apresenta fragilidades na avaliação e monitoramento das ações. Aponta-se para a necessidade de fortalecer a capacidade de atuação das EqNASF no que tange à gestão das demandas existentes, a fim de ofertar um melhor apoio às eAB.Prevalência de sobrepeso e de obesidade no primeiro ano de vida nas Estratégias Saúde da Família10.1590/1414-462X2019000100102024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZCamargos, Ana Cristina ResendeAzevedo, Bárbara Nayara SouzaSilva, Darlene daMendonça, Vanessa AmaralLacerda, Ana Cristina Rodrigues
<em>Camargos, Ana Cristina Resende</em>;
<em>Azevedo, Bárbara Nayara Souza</em>;
<em>Silva, Darlene Da</em>;
<em>Mendonça, Vanessa Amaral</em>;
<em>Lacerda, Ana Cristina Rodrigues</em>;
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Resumo Introdução O sobrepeso e a obesidade infantil representam alguns dos principais problemas de saúde pública no mundo, porém se observa escassez de registros de prevalência no Brasil no primeiro ano de vida. Objetivo Verificar a prevalência de sobrepeso e de obesidade no primeiro ano de vida das crianças cadastradas nas Estratégias Saúde da Família e identificar se existe diferença entre os índices peso por idade, estatura por idade, peso/estatura por idade e índice de massa corporal (IMC) por idade em relação ao sexo, à faixa etária e ao nível socioeconômico. Método Estudo transversal, com dados de peso e estatura coletados da Caderneta de Saúde da Criança. Resultados A prevalência de sobrepeso e de obesidade foi de 7,2% pelo índice peso/estatura e de 4,8% pelo IMC. Crianças com nível socioeconômico A-B apresentaram maior IMC por idade quando comparadas às crianças do nível C (p = 0,048). Crianças entre 6 e 12 meses de idade apresentaram valores superiores de peso por idade (p = 0,02) e estatura por idade (p = 0,01) quando comparadas às crianças menores de 6 meses. Conclusão A prevalência de sobrepeso e de obesidade das crianças no primeiro ano de vida depende do índice utilizado para classificação. O nível socioeconômico pode interferir nos valores do IMC por idade, enquanto a faixa etária pode interferir nos índices peso por idade e estatura por idade.(Dis) connections between health councils and audit: advancements and challenges in the democratization of public health management10.1590/1414-462X2019000102962024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZPinto, José ReginaldoPedrosa, Kamyla de ArrudaMartins, PollyannaFerreira, Antonio RodriguesMaranhão, Bruna Dayane Rocha
<em>Pinto, José Reginaldo</em>;
<em>Pedrosa, Kamyla De Arruda</em>;
<em>Martins, Pollyanna</em>;
<em>Ferreira, Antonio Rodrigues</em>;
<em>Maranhão, Bruna Dayane Rocha</em>;
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Abstract Background Aware of the importance of consolidating social control in the qualification of the Brazilian government’s Unified Health System (SUS) management, it is important to highlight that the audit must implement technical cooperation actions with the municipal, state and national health councils and with the three management spheres. Objective Analyze the interaction between the Municipal Health Councils and the SUS audit service. Method The research, with a qualitative approach, had the participation of 20 municipal health counselors, who worked in the largest health region of Ceará, Brazil, composed of 24 municipalities. The thematic content analysis data were collected using self-administered questionnaire. Results We observed a weak interaction between the Municipal Health Council and the SUS audit sector in the municipalities. Conclusion Counselors are unaware of their competencies and the functions of the municipal audit sector.Associação do tabagismo com biomarcadores REDOX e fatores de risco cardiometabólicos em idosos10.1590/1414-462X2019000102792024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZJacondino, Camila BittencourtSchwanke, Carla Helena AugustinCloss, Vera ElizabethGomes, IrênioBorges, Cristiane AlvesGottlieb, Maria Gabriela Valle
<em>Jacondino, Camila Bittencourt</em>;
<em>Schwanke, Carla Helena Augustin</em>;
<em>Closs, Vera Elizabeth</em>;
<em>Gomes, Irênio</em>;
<em>Borges, Cristiane Alves</em>;
<em>Gottlieb, Maria Gabriela Valle</em>;
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Resumo Introdução O tabagismo constitui a principal causa de morte evitável no mundo e é considerado um importante fator de risco para as doenças cardiovasculares (DCV). Objetivo Verificar a associação do tabagismo com sexo, metabolismo redox e fatores de risco cardiometabólicos de 381 idosos da Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre/RS. Método Para categorizar o tabagismo, seguiram-se as recomendações do Center of Diseases Control (CDC). Os marcadores de estresse oxidativo investigados foram: produtos avançados da oxidação proteica (AOPP), metabólitos do óxido nítrico (NOx), capacidade antioxidante medida por meio do ensaio ferric reducing ability of plasma (FRAP). Fatores de risco cardiometabólicos também foram avaliados. Resultados Em relação ao sexo/fumo, foram mais frequentes as mulheres não fumantes (P = 0,001). Os homens ex-tabagistas apresentaram maiores concentrações de FRAP (P = 0,001), e os tabagistas, maior concentração de NOx, (0,012), menores médias de circunferência de cintura-CC (P = 0,017) e de índice de massa corporal-IMC (P = 0,003) e maior HDL-c (P = 0,003). Não foram verificados resultados significativos entre as mulheres. Conclusão Os idosos do sexo masculino tabagistas apresentaram menores valores de CC, IMC e HDL-c, porém os tabagistas apresentaram aumento da concentração do NO x, o qual é um biomarcador de estresse oxidativo associado a doenças cardiovasculares. Portanto, é preciso destacar a importância na prevenção e adesão à cessação de tabagismo para evitar comorbidades cardiovasculares.Análise do perfil e da tendência dos eventos toxicológicos ocorridos em crianças atendidas por um Hospital Universitário10.1590/1414-462X2019000103332024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZRocha, Everton Jose da SilvaGonzalez, Alberto DuránGirotto, EdmarlonGuidoni, Camilo Molino
<em>Rocha, Everton Jose Da Silva</em>;
<em>Gonzalez, Alberto Durán</em>;
<em>Girotto, Edmarlon</em>;
<em>Guidoni, Camilo Molino</em>;
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Resumo Introdução Intoxicação humana é um importante problema de saúde pública, com elevado impacto socioeconômico e de saúde. Objetivo Determinar perfil e tendência dos eventos toxicológicos ocorridos em crianças. Método Estudo de tendência, realizado em crianças (menores de 12 anos, conforme Estatuto da Criança e do Adolescente) notificadas no Centro de Informações e Assistência Toxicológica (CIATox) de Londrina, de 2005-2014. As variáveis foram coletadas através do banco de dados do CIATox-Londrina. Análise de tendência foi realizada por meio de modelos de regressão linear simples. Resultados Identificaram-se 4.726 casos de eventos toxicológicos infantis, predominando de 1 a 3 anos (59,2%) de idade. A maioria foi evento acidental (93,5%), de forma aguda (99,8%), tendo medicamentos (34,6%) como principal agente envolvido. A maioria das crianças (88,1%) não necessitou de internação hospitalar, havendo reduzida taxa de óbito (0,1%). Observa-se elevação na proporção de casos de produtos domissanitários (R2=0,440; p=0,037; β1=0,307) e químicos (R2=0,456; p=0,032; β1=0,345) e redução nos acidentes com raticidas (R2=0,589; p=0,010; β1=-0,246). Conclusão Houve predominância de crianças de 1 a 3 anos, com exposição acidental e aguda, principalmente com medicamentos. Ressaltam-se as tendências significativas de aumento na proporção de casos com produtos domissanitários e produtos químicos, e redução nos casos com raticidas.Gênero como marcador das relações de cuidado informal em saúde mental10.1590/1414-462X2019000100712024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZKantorski, Luciane PradoJardim, Vanda Maria da RosaTreichel, Carlos Alberto dos SantosAndrade, Ana Paula Muller deSilva, Marta Solange Streicher Janelli daCoimbra, Valéria Cristina Christello
<em>Kantorski, Luciane Prado</em>;
<em>Jardim, Vanda Maria Da Rosa</em>;
<em>Treichel, Carlos Alberto Dos Santos</em>;
<em>Andrade, Ana Paula Muller De</em>;
<em>Silva, Marta Solange Streicher Janelli Da</em>;
<em>Coimbra, Valéria Cristina Christello</em>;
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Resumo Introdução A interface do gênero enquanto importante categoria no âmbito da saúde mental ainda é incipiente, ocasionando uma reificação de práticas que reproduzem desigualdades e assimetrias entre homens e mulheres cuidadores/as no contexto da atenção em saúde mental no Brasil. Objetivo Discutir como o gênero tem marcado as práticas de cuidado desempenhadas pelas famílias, por meio da identificação de diferenças quanto ao perfil sociodemográfico, ao desenvolvimento das atividades de cuidado e às suas repercussões na vida dos familiares de acordo com o sexo dos indivíduos. Método Estudo transversal conduzido com 1.242 familiares de usuários/as de Centros de Atenção Psicossocial. Verificou-se a prevalência de cada estrato das variáveis de acordo com o sexo dos indivíduos estudados utilizando o teste qui-quadrado para heterogeneidade. Resultados Aspectos, como ausência da divisão da atividade de cuidado, sentimento de sobrecarga, avaliação ruim da qualidade de vida, insatisfação com as relações familiares e manifestação de transtornos psiquiátricos menores, foram mais prevalentemente encontrados entre as mulheres. Conclusão Há diferenças importantes entre homens e mulheres cuidadores/as em saúde mental, em especial no que diz respeito às repercussões do cuidado na vida dessas pessoas.Medicalização social e bucalidade: a busca pela superação da técnica10.1590/1414-462X2019000101972024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZBortoli, Francieli ReginaKovaleski, Douglas FranciscoMoretti-Pires, Rodrigo Otávio
<em>Bortoli, Francieli Regina</em>;
<em>Kovaleski, Douglas Francisco</em>;
<em>Moretti-Pires, Rodrigo Otávio</em>;
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Resumo Introdução O processo de medicalização social vem transformando em necessidades médicas as experiências, os sofrimentos e as dores, permeando cada vez mais aspectos da vida diária e gerando dependência de saberes e práticas profissionalizados. Objetivo Apresenta-se um ensaio com objetivo de investigar e discutir o campo da Odontologia à luz da medicalização social, com destaque para as práticas profissionais, contextualizando-o na realidade brasileira. Método A discussão abrange a prática nos setores privado e público, relacionando-os a estudos já realizados sobre a Biomedicina e a Odontologia. Para tal, uma análise da literatura referenciada permite o entendimento do processo de medicalização social a partir das ideias de Ivan Illich e Charles Tesser; já para dialogar especificamente com a saúde bucal, a partir dos acúmulos da teoria da bucalidade, tem-se como expoente Carlos Botazzo. Resultados O debate amplia o olhar dos profissionais e pesquisadores da área odontológica, nas dimensões clínica, política ou sociológica, na perspectiva de melhorar a qualidade da atenção e evitar a reprodução do modelo biomédico e curativista hegemônico. Conclusão Almeja-se que a Odontologia atue no sentido de fomentar uma abordagem ampliada e holística dos problemas de saúde, além de propiciar um cuidado com caráter menos medicalizante.Avaliação da implantação da atenção à pessoa com fissura labiopalatina em um centro de reabilitação brasileiro10.1590/1414-462X2019000103652024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZAlmeida, Ana Maria Freire de LimaChaves, Sônia Cristina Lima
<em>Almeida, Ana Maria Freire De Lima</em>;
<em>Chaves, Sônia Cristina Lima</em>;
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Resumo Introdução A fissura labiopalatina é a anomalia craniofacial mais prevalente na população. Apesar das iniciativas de tratamento e reabilitação pelo SUS existirem desde 1993, há poucos estudos sobre a realidade dos centros brasileiros. Objetivo Avaliar a implantação da atenção à pessoa com fissura labiopalatina em um centro de reabilitação brasileiro. Método Pesquisa avaliativa do tipo avaliação do grau de implantação utilizando um estudo de caso. Inicialmente foi construída uma modelização da atenção com base na literatura internacional e nacional. Foi elaborada uma matriz com critérios, indicadores e padrões, validada pela técnica de consenso Delphi. Visitas com observação in loco e entrevistas semiestruturadas com informantes-chave foram realizadas. Resultados Observou-se grau avançado de implantação na dimensão Gestão (89,2%) e sua subdimensão Organização (94,7%), bem como na dimensão Reabilitação (84,9%). A subdimensão Gerência encontra-se incipiente (48,8%) com fragilidades na realização de reuniões, apoio à educação permanente, monitoramento dos resultados, avaliação da percepção dos usuários, educação em saúde, realização de busca ativa e relação com associação de apoio. Conclusão O centro avaliado apresentou implantação avançada, cumprindo em mais de 80% os critérios estabelecidos. Recomenda-se maior interação entre gestão e profissionais para intervir sobre os pontos para melhoria identificados. O instrumento desenvolvido pode contribuir para avaliação e implantação de outros centros.Uma proposta para parametrização de ações especializadas em saúde bucal10.1590/1414-462X2019000100112024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZBarroso, Álvaro de PinhoAbreu, Mauro Henrique Nogueira Guimarães dePinto, Rafaela da SilveiraRoncalli, Angelo GiuseppeVasconcelos, MaraWerneck, Marcos Azeredo Furquim
<em>Barroso, Álvaro De Pinho</em>;
<em>Abreu, Mauro Henrique Nogueira Guimarães De</em>;
<em>Pinto, Rafaela Da Silveira</em>;
<em>Roncalli, Angelo Giuseppe</em>;
<em>Vasconcelos, Mara</em>;
<em>Werneck, Marcos Azeredo Furquim</em>;
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Resumo Introdução A definição de parâmetros assistenciais é de relevância para a execução de ações de saúde pública. Objetivo Descrever um percurso para elaboração de parâmetros de produção e de cobertura para endodontia e periodontia. Método Parâmetros de cobertura foram calculados a partir das necessidades normativas identificadas no levantamento epidemiológico de saúde bucal em Minas Gerais. Parâmetros de produção per capita foram calculados a partir das necessidades normativas, dos dados de produção do SIA/SUS e da capacidade instalada nos serviços. A análise foi desenvolvida no módulo Complex Samples do Programa SPSS. Resultados 6,2% (IC 95% 5,2%-7,3%) e 2,9% (IC 95% 2,2%-3,9%) dos indivíduos apresentavam, pelo menos, uma necessidade de tratamento endodôntico e periodontal, respectivamente. Em relação à produção, tanto a capacidade potencial de produção dos serviços especializados quanto a produção média registrada no SIA/SUS são muito inferiores às necessidades normativas globais da população. Conclusão A endodontia apresentou cobertura populacional e média de procedimentos maiores do que a periodontia. Os parâmetros de cobertura populacional podem ser utilizados para a organização dos serviços.Percepção de risco: estudo com trabalhadores de um estaleiro expostos a metais10.1590/1414-462X2019000103302024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZMiranda, Ana LídiaJesus, Leda Freitas deMoreira, Maria de Fátima RamosOliveira, Simone Santos
<em>Miranda, Ana Lídia</em>;
<em>Jesus, Leda Freitas De</em>;
<em>Moreira, Maria De Fátima Ramos</em>;
<em>Oliveira, Simone Santos</em>;
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Resumo Introdução Periculosidade e insalubridade são características do processo de trabalho em um estaleiro. Objetivo Conhecer a percepção que trabalhadores de um estaleiro tinham sobre riscos a que estavam expostos, especialmente os relacionados a metais, e quais estratégias desenvolviam para lidar com os riscos percebidos. Método Pesquisa qualitativa com realização de entrevistas semiestruturadas, com 14 trabalhadores que atuavam diretamente expostos a metais em um estaleiro no Rio de Janeiro. O roteiro abordou questões relacionadas ao processo trabalho/saúde, riscos, acidentes de trabalho e estratégias defensivas. Realizou-se uma análise temática interpretada à luz da Psicodinâmica do Trabalho. Resultados Percepções sobre: organização do trabalho, riscos de acidentes, problemas de saúde relacionados ao trabalho e riscos dos metais. Estratégias defensivas identificadas: religiosidade, menosprezo dos perigos, submissão e passividade, controle, negação, cooperação/confiança, racionalização e uso de drogas no trabalho. Constatou-se que os trabalhadores detinham poucas informações técnicas sobre os perigos da exposição aos metais e somente trabalhadores mais antigos reconheciam os metais presentes nos processos de trabalho. Conclusão A percepção dos trabalhadores sobre os riscos está baseada na prática, deduções e conversas com os colegas. Quanto aos metais, a maioria afirma não receber informações a respeito, assim como não conseguem identificar a que metais estão expostos.Associação entre a qualidade de vida relacionada à saúde bucal e a capacidade para o trabalho de técnicos administrativos em educação: um estudo transversal10.1590/1414-462X2019000100892024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZPalma, Pamella ValenteLeite, Isabel Cristina GonçalvesGreco, Rosangela Maria
<em>Palma, Pamella Valente</em>;
<em>Leite, Isabel Cristina Gonçalves</em>;
<em>Greco, Rosangela Maria</em>;
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Resumo Introdução Trabalhadores ativos constituem uma parcela importante da população que demanda os serviços de saúde. O estudo da relação entre saúde bucal e trabalho visa à melhoria da qualidade de vida e do desempenho profissional. Objetivo associar a capacidade para o trabalho com a qualidade de vida relacionada à saúde bucal de técnicos administrativos em educação de uma instituição de ensino superior de Minas Gerais. Método estudo transversal com 833 funcionários, com os quais foram coletados dados de identificação, socioeconômicos, demográficos, autopercepção e morbidade em saúde bucal. O impacto da saúde bucal na qualidade de vida foi avaliado pelo Oral Health Impact Profile (OHIP-14), e a capacidade de trabalho, pelo Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Os dados foram analisados pelos testes Mann-Whitney e coeficiente de correlação de Spearman. Resultados 83% dos entrevistados possuíam ótima ou boa capacidade para o trabalho. Houve correlação positiva e significativa da autopercepção da saúde bucal com a autopercepção da saúde geral (p < 0,001) e negativa com o ICT (p = 0,026). Na análise de regressão, ICT total permaneceu significativo para o domínio dor física do OHIP-14. Conclusão capacidade para o trabalho foi associada ao domínio dor física. Condições sociodemográficas e de autopercepção também impactaram na qualidade de vida associada à saúde bucal.Adesão ao tratamento para Tuberculose Multidroga Resistente (TBMDR): estudo de caso em ambulatório de referência, Niterói (RJ), Brasil10.1590/1414-462X2019000102922024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000ZCosta, Patricia ValériaMachado, Monica Tereza ChristaDutra de Oliveira, Luísa Gonçalves
<em>Costa, Patricia Valéria</em>;
<em>Machado, Monica Tereza Christa</em>;
<em>Dutra De Oliveira, Luísa Gonçalves</em>;
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Resumo Introdução Adesão ao tratamento e aumento das taxas de cura resultam da interação de fatores relacionados aos serviços de saúde, pacientes, sociedade e gestão pública. Objetivo Conhecer os fatores relativos à adesão ao tratamento da tuberculose multidroga resistente (TBMDR), na perspectiva dos usuários, profissionais e gestores. Método Estudo de caso de abordagem qualiquantitativa, diferentes fontes de evidência, estatística descritiva e análise de conteúdo das categorias: adesão, acesso, acolhimento, vínculo e responsabilização. Resultados Oferta gratuita da medicação, realização de exames no ambulatório, flexibilidade na agenda, busca de faltosos e vínculo com a equipe de saúde foram descritos como favoráveis à adesão; sendo a dificuldade de acesso aos benefícios sociais e equipe de saúde incompleta como desfavoráveis. Conhecimento sobre a doença atual, o tratamento e o desejo de cura foram relatados como importantes fatores para superar barreiras encontradas para adesão. Conclusão Apesar da existência de fatores desfavoráveis à adesão, as ações de acolhimento, vínculo e responsabilização desenvolvidas pelo serviço foram suficientes para promover a adesão neste grupo. Recomenda-se a melhoria do acesso aos benefícios assistenciais, implementação de novas formas de comunicação e articulação com outros segmentos públicos e da sociedade para o enfrentamento da TBMDR.Errata10.1590/1414-462X2019000127012024-02-06T20:23:39.672000Z2020-08-09T06:48:23.012000Z