Estudos Históricos (Rio de Janeiro)https://www.scielo.br/feed/eh/2009.v22n44/2024-01-30T20:09:53.411000ZVol. 22 No. 44 - 2009WerkzeugO Brasil e a ideia de "América Latina" em perspectiva histórica10.1590/S0103-218620090002000012024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZBethell, Leslie
<em>Bethell, Leslie</em>;
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Este ensaio sobre a história das ideias e a história das relações internacionais examina as origens do conceito de "América Latina" e discute o fato de que nem os intelectuais hispano-americanos e brasileiros, nem os governos hispano-americanos e brasileiros consideravam o Brasil parte da "América Latina" - expressão que se referia somente à América Espanhola - pelo menos até a segunda metade do século XX, quando os Estados Unidos e o resto do mundo exterior começaram a pensar o Brasil como parte integrante de uma região chamada "Latin America". Mesmo agora, os governos brasileiros e os intelectuais brasileiros, exceto talvez da esquerda, continuam sem convicção profunda de que o Brasil é parte da América Latina.Movimentos sociais na América Latina: elementos para uma abordagem comparada10.1590/S0103-218620090002000022024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZGoirand, Camille
<em>Goirand, Camille</em>;
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A análise das mobilizações a partir da categoria "novos movimentos sociais", construída na Europa, continua sendo dominante na abordagem dos movimentos latino-americanos. Este artigo lembra, na sua primeira parte, as especificidades dos movimentos "de base" nascidos durante os anos 1970 na América Latina. Em seguida, mostra as diferenças entre os debates e as abordagens das mobilizações, de um continente para o outro. Quando, sobre a América Latina, se insistiu muito sobre os valores, as mudanças culturais e as identidades, nos Estados Unidos o enfoque foi para a análise das organizações, das estratégias e das práticas. A terceira parte do artigo mostra as consequências dessa divergência científica para a observação dos processos de institucionalização dos movimentos sociais, assim como para a análise da contestação na América Latina nos anos 2000.Relações Brasil-Argentina: a cooperação cultural como instrumento de integração regional10.1590/S0103-218620090002000032024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZSantos, Raquel Paz dos
<em>Santos, Raquel Paz Dos</em>;
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Este estudo desenvolve uma nova perspectiva das relações Brasil-Argentina a partir da análise de sua dimensão cultural entre os anos 1930-1954. Trata-se de mostrar como uma aproximação entre esses dois países foi incentivada através de projetos de cooperação intelectual, científica e artística, com o objetivo de desfazer imagens negativas e criar um sentimento de fraternidade entre brasileiros e argentinos. Com base na ideia de que uma maior cooperação contribuiria para o fortalecimento da região, e com o objetivo de alcançar uma futura integração econômica, essa prática também foi estimulada entre os demais países da América do Sul.Representações regionais em Carlos Gardel e Carmen Miranda10.1590/S0103-218620090002000042024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZKerber, Alessander
<em>Kerber, Alessander</em>;
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No presente artigo, propõe-se uma análise das representações de identidades regionais presentes nas músicas e na imagem de Carlos Gardel e Carmen Miranda. Parte-se da hipótese de que esses dois artistas foram importantes no processo de negociação e construção das identidades nacionais brasileira e argentina. Em suas músicas, imagem e performance havia, também, representações de identidades regionais, algumas das quais foram afirmadas como nacionais.Vargas, Perón e o esporte: propaganda política e a imagem da nação10.1590/S0103-218620090002000052024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZDrumond, Maurício
<em>Drumond, Maurício</em>;
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Durante a primeira Era Vargas no Brasil (1930-1945), e durante os dois primeiros mandatos de Perón (1946-1952 e 1952-1955) na Argentina, o esporte foi um importante instrumento político. O controle estatal sobre o esporte e sua utilização pelos meios de propaganda política visavam a criar um elo de identificação nacional entre esporte e governo. Por esta razão, este artigo estabelece uma relação entre o esporte e a política nos dois governos estudados, comparando manifestações públicas - eventos esportivos, comemorações cívicas -, a produção dos principais órgãos da imprensa esportiva especializada e produções culturais do Estado, que envolvem o esporte e a ideologia oficial dos regimes.Pelas letras do vazio: as categorias de desaparecidos e ausentes na Argentina dos anos 197010.1590/S0103-218620090002000062024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZRocha, Marina Maria de Lira
<em>Rocha, Marina Maria De Lira</em>;
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Este trabalho visa a analisar as categorias de desaparecidos e ausentes, na Argentina, durante os anos de 1975 e 1976, que se materializam em comunicados da época. Procura identificar a formação dos sentidos desses signos e as disputas por sua homogeneização, antes de sua consolidação sob a perspectiva dos organismos de direitos humanos. Fundamenta-se em marcos da teoria bakhtiniana da linguagem e na idéia de ação comunicativa em periódicos elaborada por Eliseo Verón. Busca entender a ligação desses termos entre o público e a publicação, assim como demonstrar a procura por convencer leitores através dessas categorias, dentro de perspectivas ideológicas.Experiências de liberdade em tempos de guerra: escravos e libertos nas Guerras Cisplatinas (1811-1828)10.1590/S0103-218620090002000072024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZAladrén, Gabriel
<em>Aladrén, Gabriel</em>;
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Este artigo trata do impacto das Guerras Cisplatinas (1811-1828) nas experiências de escravos e libertos na fronteira do Brasil com a região platina. Analisa sua participação no exército luso-brasileiro e nas tropas comandadas pelo general José Artigas. Sugere que a conjuntura das Guerras Cisplatinas, associada aos movimentos de independência na região do Prata e no Brasil, inaugura um processo de reestruturação da escravidão no Rio Grande do Sul, trazendo consigo implicações complexas para a inserção social de escravos e libertos.O maior "pelego" do mundo? Fidel Velázquez e o sindicalismo oficial no México pós-revolucionário10.1590/S0103-218620090002000082024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZFortes, Alexandre
<em>Fortes, Alexandre</em>;
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Tomando como objeto a trajetória de Fidel Velázquez Sanchez, líder supremo da Confederación de Trabajadores de México (CTM) por quase 60 anos, o artigo examina os modos como o foco em história oral, livros de memórias, biografias, assim como em discursos e declarações de sindicalistas, contribui para tornar possível um novo olhar sobre a experiência dos trabalhadores sob regimes políticos latino-americanos tradicionalmente denominados "populistas"."Nicarágua na encruzilhada": Cortázar, Vargas Llosa e a experiência sandinista10.1590/S0103-218620090002000092024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZCosta, Adriane Vidal
<em>Costa, Adriane Vidal</em>;
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No final dos anos 1970 e início dos 80, Julio Cortázar e Mario Vargas Llosa compararam a Nicarágua sandinista com a Cuba de Fidel Castro, colocando em dia o debate sobre a revolução e o socialismo na América Latina. O presente trabalho analisa os artigos de Cortázar e Vargas Llosa para mostrar como eles compreenderam e traduziram a experiência sandinista. Em fins dos anos 1970, muitos intelectuais passaram a defender a Revolução Sandinista, como a possível revolução ideal ou uma nova chance para a experiência socialista na América Latina, como foi o caso de Cortázar. Vargas Llosa, desencantado com as esquerdas, apontava os "erros" do regime que poderiam levar a experiência sandinista a transformar o país centro-americano em uma "nova Cuba".América: Uma utopia republicana para crianças brasileiras10.1590/S0103-218620090002000102024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZHansen, Patricia Santos
<em>Hansen, Patricia Santos</em>;
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Escrito por Coelho Netto e publicado em 1897 pela Editora Bevilacqua & C., América foi provavelmente o primeiro livro de educação cívica em prosa de ficção escrito por um autor brasileiro. Seguindo um modelo que se tornou célebre com o estrondoso sucesso de Coração, de Edmondo de Amicis, América não teve a mesma acolhida do romance italiano e nem mesmo de outros livros brasileiros do gênero, como, por exemplo, Através do Brasil. Este artigo tem como objetivo discutir alguns dos principais tópicos do livro e analisar aspectos que permitem sua leitura como uma espécie de utopia republicana para crianças.Onde está Waldo Frank? God bless a América Hispânica10.1590/S0103-218620090002000112024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZLino, Sonia Cristina
<em>Lino, Sonia Cristina</em>;
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Este artigo busca apresentar um pouco da biografia pessoal e intelectual do escritor norte-americano Waldo Frank (1889-1967) que, embora nunca traduzido no Brasil, exerceu influência no pensamento latino-americano na primeira metade do século XX. Suas principais ideias são analisadas a partir de três de seus livros publicados no período: Our America (1919), America Hispana (1931) e South American Journey (1943).Entrevista com Mauricio Tenorio Trillo10.1590/S0103-218620090002000122024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZTrillo, Mauricio Tenorio
<em>Trillo, Mauricio Tenorio</em>;
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"Latin America": entre o politicamente correto e o conceitualmente inadequado10.1590/S0103-218620090002000132024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZRoiz, Diogo da Silva
<em>Roiz, Diogo Da Silva</em>;
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Roquette-Pinto: uma vida dedicada ao progresso da nação10.1590/S0103-218620090002000142024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZHofbauer, Andreas
<em>Hofbauer, Andreas</em>;
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A União Europeia e a América Latina: um panorama da cooperação interregional10.1590/S0103-218620090002000152024-01-30T20:09:53.411000Z2020-08-09T06:48:32.041000ZLazarou, Elena
<em>Lazarou, Elena</em>;
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