Educação & Sociedadehttps://www.scielo.br/feed/es/2003.v24n85/2024-01-19T19:38:47.830000ZUnknown authorVol. 24 No. 85 - 2003WerkzeugComitê Editorial (Com colaboração de Lucíola Licinio de C. P. Santos)10.1590/S0101-733020030004000012024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZCertificação docente e formação do educador: regulação e desprofissionalização10.1590/S0101-733020030004000022024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZFreitas, Helena Costa Lopes de
<em>Freitas, Helena Costa Lopes De</em>;
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Este texto analisa as iniciativas do atual Governo Lula no campo da formação de professores. Para esta análise foi considerado o Programa Toda Criança Aprendendo, orientador da política de formação continuada e da certificação de professores, que oferece as diretrizes para a criação das matrizes de competência e da Rede Nacional de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação. Tais matrizes deverão constituir-se em referência não apenas para os processos de certificação dos professores, mas sobretudo para a acreditação e autorização das instituições formadoras. A atual política, ao dar seqüência às políticas anteriores marcadas pela subordinação do país às agências internacionais de financiamento, indica, portanto, uma continuidade do processo de desprofissionalização do magistério e o aprofundamento do processo de controle e regulação do trabalho docente, principalmente por meio dos exames de certificação e da ampliação do caráter tutorial da formação, com a criação da Rede e, nela, a priorização de produção de programas de educação a distância e material didático para a formação continuada de professores da educação básica.Profissionalização docente e políticas públicas no Brasil10.1590/S0101-733020030004000032024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZWeber, Silke
<em>Weber, Silke</em>;
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Com o aprofundamento do debate sobre questões educacionais, o professorado, a partir da década de 1980, passou a ser reconhecido como um dos principais agentes de mudança, seja da qualidade do ensino, seja da democratização da sociedade brasileira. A sua atuação organizada, entretanto, segundo Cunha (1991), poderia estar tendo um "efeito de retroanulação política", favorecendo as teses de privatização do ensino público. A pertinência desta interpretação é examinada sob a perspectiva do docente como profissional que busca alargar o seu poder e o reconhecimento de sua especialidade pelo Estado e pelo mercado, aspectos enfatizados ou criticados nos estudos sobre profissões (Barbosa, 1993; Bonelli, 1999; Freidson, 1998; Larson, 1977; Marques, 1995). Destaque é dado ao movimento, deslocamentos de interesse, de demandas, promovidos pela ação das entidades representativas da educação básica, sendo possível inferir que, diferentemente do que interpreta Cunha (1991), a atuação organizada dos docentes tem favorecido a delimitação de seu campo de atuação específica e o âmbito de sua influência política.Competências na formação de professores no Brasil: o que (não) há de novo10.1590/S0101-733020030004000042024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZDias, Rosanne EvangelistaLopes, Alice Casimiro
<em>Dias, Rosanne Evangelista</em>;
<em>Lopes, Alice Casimiro</em>;
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Neste artigo, analisamos a centralidade do conceito de competências na reforma curricular da formação de professores no Brasil nos anos de 1990. Com base em Basil Bernstein, consideramos competências um conceito recontextualizado. Com base nos documentos oficiais, analisamos as relações globais e locais instituintes do controle da profissionalização docente via currículo por competências. Analisamos também como o conceito de competências já foi empregado ao longo da história do currículo, particularmente na formação de professores, bem como as perspectivas que se apresentam para a formação de professores em nossa história recente.Educação, conhecimento e a sociedade em rede10.1590/S0101-733020030004000052024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZStoer, Stephen RMagalhães, António M
<em>Stoer, Stephen R</em>;
<em>Magalhães, António M</em>;
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Neste trabalho centramos a nossa atenção no "desenvolvimento de capacidades individuais" numa tentativa de mapear os efeitos da simultânea pressão "de cima para baixo" e de "baixo para cima" a que, quer o Estado-nação, quer o sistema educativo, têm vindo a estar sujeitos. Quanto à primeira, pode defender-se (cf. Bernstein, 1996) que o que está em causa é a transformação do próprio conhecimento em moeda (isto é, em performatividade pura); quanto à segunda, parece haver em curso uma deslocação do conhecimento da escola (nacional) para a comunidade (local) em que esta última é interpretada como "a cidade educativa" (onde reina uma pedagogia comunicacional "branca"). Este trabalho pretende pôr em causa a dicotomia construída por meio da análise das implicações, para a pedagogia e para o desenvolvimento de capacidades individuais, do desenvolvimento e da consolidação de um Estado (e sociedade) em rede (Castells, 1996).Cultura midiática e educação infantil10.1590/S0101-733020030004000062024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZMoreira, Alberto da Silva
<em>Moreira, Alberto Da Silva</em>;
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Neste artigo retomo uma discussão já em curso sobre cultura midiática e educação infantil. A partir do impacto social dos conglomerados de comunicação e entretenimento, proponho o conceito de sistema midiático-cultural para dar conta da complexidade crescente no campo da indústria cultural. Para isso examino dois eixos temáticos interligados: 1) a midiatização da cultura e a produção da cultura midiática; e 2) a função socializadora e pedagógica do sistema midiático-cultural nas sociedades modernas, com um acento sobre a publicidade.O técnico de escolaridade média no setor produtivo: seu novo lugar e suas competências10.1590/S0101-733020030004000072024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZLaudares, João BoscoTomasi, Antônio
<em>Laudares, João Bosco</em>;
<em>Tomasi, Antônio</em>;
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Os convênios recentes estabelecidos entre os Centros de Formação Profissional e as grandes indústrias empregadoras de profissionais técnicos, de nível médio, parecem indicar uma realocação desses profissionais na estrutura de produção. A posição intermediária, entre os operários e os engenheiros ou entre o "chão de fabrica" e o "escritório de projeto", típica da gestão taylorista, tende ao desaparecimento na gestão horizontalizada dos novos modelos organizacionais. A proximidade desses profissionais com os engenheiros passa a demandar deles um nível mais elevado de qualificação, como atesta o aumento da demanda dos setores produtivos industriais de tecnólogos, profissionais de nível superior. Recorre-se à sociologia do trabalho e às noções construídas por ela, de qualificação, de competência e de saber, como forma de se identificar as tendências de mobilidade profissional dos técnicos e dos tecnólogos no interior de grandes empresas industriais.O autoritarismo institucional e a extinção do IESAE10.1590/S0101-733020030004000082024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZFávero, Maria de Lourdes de Albuquerque
<em>Fávero, Maria De Lourdes De Albuquerque</em>;
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O trabalho objetiva situar as origens, o percurso de construção e desenvolvimento do Instituto de Estudos Avançados em Educação (IESAE/FGV), no período de 1971 a 1990. Analisa, especialmente, a extinção desse Instituto, após cerca de 20 anos de funcionamento, com conceito A em sucessivas avaliações da CAPES e classificado por essa agência e o CNPQ entre os melhores mestrados em educação no país. Situa a posição autoritária dos dirigentes da FGV com relação à extinção do IESAE, assim como a reação de vários atores e entidades representativas da sociedade civil - professores, alunos, políticos, intelectuais etc. - que se posicionaram contra o fechamento desse Instituto pela Fundação Getúlio Vargas. Conclui mostrando que a experiência do IESAE constituiu um marco no sentido de integrar pensamento e ação no estudo e na pesquisa de nossa realidade educacional, tendo em vista seu diagnóstico e o encaminhamento de soluções.Vico e a ordem de estudos de seu tempo: a ligação entre conhecimento e ética10.1590/S0101-733020030004000092024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZSantos, Vladimir Chaves dos
<em>Santos, Vladimir Chaves Dos</em>;
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Vico criticou a racionalidade que predominava em seu tempo e propôs outra como alternativa. No início dessa empreitada, sugeriu o engenho como perfil de inteligência que um programa pedagógico deveria fomentar. O engenho pensado por Vico deveria ser apto a restabelecer a ligação entre conhecimento e ética, algo que, segundo esse filósofo, teria sido abandonado pelas filosofias da moda na virada do século XVII para o XVIII. Além disso, o engenho poderia revigorar a inventio, uma das principais faculdades da retórica clássica, então menosprezada pela filosofia moderna. O ponto de partida do impulso inovador da filosofia de Vico foi a contestação de alguns princípios e conseqüências da filosofia de Descartes, urna grande moda filosófica à época do napolitano.A escrita dos professores: textos em formação, professores em formação, formação em formação10.1590/S0101-733020030004000102024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZAndrade, Ludmila Thomé de
<em>Andrade, Ludmila Thomé De</em>;
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O presente artigo apresenta a análise de trabalhos de fim de curso escritos por professoras da rede municipal que freqüentaram um curso de extensão numa universidade pública. Após um semestre de contato com saberes científicos sobre alfabetização e letramento, em simultaneidade com discussões sobre possíveis trajetórias profissionais de formação docente, escreveram sobre suas próprias trajetórias profissionais. Efetuamos uma análise discursiva desses textos. Levantamos certos temas centrais deste discurso dos professores, situando a sua identidade profissional com relação aos saberes profissionais, delimitando certas posições discursivas no campo da formação, umas em relação às outras. Diferenças importantes foram encontradas entre as posições discursivas ocupadas por professores "não-regentes", que atuam como coordenadores e formadores, e as dos professores "regentes". Estes últimos têm clareza quanto a sua impossibilidade de acesso a posições. A análise do discurso, se apresentada às autoras, poderá produzir um efeito formador, tornando-as receptivas a prescrições de práticas pedagógicas produtivas para o trabalho escolar com a linguagem.Projectos educativos das escolas: um contributo para a sua (des)construção10.1590/S0101-733020030004000112024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZCosta, Jorge Adelino
<em>Costa, Jorge Adelino</em>;
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À semelhança do ocorrido noutros países do mesmo contexto geográfico, também em Portugal o desenvolvimento da autonomia das organizações escolares tem sido associado à ideia de que cada escola deve construir o seu projecto educativo. Tomando como quadro central de referência as perspectivas da análise organizacional, procuramos dar conta quer de alguns dos pressupostos teóricos que subjazem a estas intenções, quer dos requisitos que, no nível da participação, da estratégia e da liderança, devem sustentar a construção de projectos educativos nas escolas.O crescimento do conhecimento e a lacuna discursiva10.1590/S0101-733020030004000122024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZMoore, RobMuller, Johan
<em>Moore, Rob</em>;
<em>Muller, Johan</em>;
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Este artigo discute a questão do caráter da teoria de Bernstein. Ele baseia-se em um conjunto de conceitos-chave elaborados em alguns de seus artigos mais recentes, embora sugira ser possível discernir as origens dessas idéias em trabalhos muito mais antigos. Na primeira seção discute-se o diagnóstico de Bernstein, que compreende a sociologia da educação como uma estrutura do conhecimento horizontal com uma gramática fraca. Destaca-se um aparente paradoxo: se a sociologia da educação tem essa forma, como podemos explicar a própria teoria de Bernstein? O resto do texto emprega os próprios trabalhos de Bernstein como uma maneira de explorar as condições para o crescimento do conhecimento em sociologia como uma estrutura do conhecimento vertical com uma gramática forte.Problemas da educação: o caso da psicopedagogia10.1590/S0101-733020030004000132024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZSass, Odair
<em>Sass, Odair</em>;
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Neste artigo é discutida a relevância dos problemas psicopedagógicos recorrentes das determinações internas e externas à educação escolar, a par do equívoco da pretensão de regulamentar a psicopedagogia como mais uma profissão da esfera educacional. Destaca a questão da regulamentação das profissões de nível superior no Brasil e as raízes variadas da psicopedagogia desde o período imediato após a Segunda Guerra Mundial.Conversações: modelo cibernético da construção do conhecimento/realidade10.1590/S0101-733020030004000142024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZPellanda, Nize Maria Campos
<em>Pellanda, Nize Maria Campos</em>;
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Este artigo trata da discussão da aplicação de uma metodologia baseada em princípios cibernéticos com um grupo de pesquisadoras em educação no processo de construção de conhecimento por meio da Dinâmica das Conversações. Conversação é um dos pressupostos básicos da teoria de Humberto Maturana sobre Biologia da Cognição, a qual constitui o núcleo do marco teórico deste trabalho.Reforma do Estado e da educação no Brasil de FHC10.1590/S0101-733020030004000152024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZSanfelice, José Luís
<em>Sanfelice, José Luís</em>;
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Aprendizagem adulta e tecnologia na vida da classe operária10.1590/S0101-733020030004000162024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZInvernizzi, Noella
<em>Invernizzi, Noella</em>;
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Política educacional paulista: análise da gestão do PMDB10.1590/S0101-733020030004000172024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZOliveira, Cleiton de
<em>Oliveira, Cleiton De</em>;
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Antropologia e comunicação: diálogo possível e necessário10.1590/S0101-733020030004000182024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZPinheiro Júnior, Gilberto
<em>Pinheiro Júnior, Gilberto</em>;
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Quanto tempo o tempo tem!10.1590/S0101-733020030004000192024-01-19T19:38:47.830000Z2020-08-09T06:48:29.274000ZNoronha, Olinda Maria
<em>Noronha, Olinda Maria</em>;
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