Psicologia em Estudohttps://www.scielo.br/feed/pe/2005.v10n3/2024-01-16T19:49:30.479000ZVol. 10 No. 3 - 2005Werkzeug"É preciso sonhar"10.1590/S1413-737220050003000012024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZBoarini, Maria Lucia
<em>Boarini, Maria Lucia</em>;
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Trabalho de casa, tarefas escolares, auto-regulação e envolvimento parental10.1590/S1413-737220050003000022024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZRosário, PedroMourão, RosaSoares, SerafimChaleta, ElisaGrácio, LuísaSimões, FátimaNúñez, José CarlosGonzalez-Pienda, Júlio A.
<em>Rosário, Pedro</em>;
<em>Mourão, Rosa</em>;
<em>Soares, Serafim</em>;
<em>Chaleta, Elisa</em>;
<em>Grácio, Luísa</em>;
<em>Simões, Fátima</em>;
<em>Núñez, José Carlos</em>;
<em>Gonzalez-Pienda, Júlio A.</em>;
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Urge entender o Trabalho de Casa (TPC) como processo complexo para o qual conflui um vasto leque de factores impactantes. Neste relato analisam-se as relações entre os perfis de atitudes e comportamentos diante do TPC de Inglês e o nível instrutivo dos pais, a auto-eficácia percebida nessa disciplina bem como a correlação entre tais perfis de TPC e os perfis auto-regulatórios, em face do estudo. A amostra tomada é composta de 3929 alunos. O nível instrutivo dos pais associa-se positiva e significativamente aos perfis de atitudes e comportamentos de TPC. As atitudes e comportamentos de TPC correlacionam-se, positiva e significativamente, com os perfis auto-regulatórios, diante do estudo. Alunos que se percepcionam como mais auto-eficazes registam melhores perfis de atitudes e comportamentos de TPC. Os resultados sugerem a necessidade de os diferentes parceiros do sistema educativo analisarem e promoverem activamente os processos auto-regulatórios envolvidos no ensino-aprendizagem em geral e no TPC em particular.O comportamento agressivo de crianças do sexo masculino na escola e sua relação com a violência doméstica<A NAME="n1"></A>10.1590/S1413-737220050003000032024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZMaldonado, Daniela Patricia AdoWilliams, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque
<em>Maldonado, Daniela Patricia Ado</em>;
<em>Williams, Lúcia Cavalcanti De Albuquerque</em>;
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Este trabalho teve como meta estudar o comportamento agressivo de crianças do sexo masculino na escola e sua relação com a violência doméstica. Avaliaram-se 28 crianças do sexo masculino e suas respectivas mães, dentre as quais 14 crianças apresentavam comportamentos agressivos na escola (Grupo A). Estas últimas foram comparadas às 14 crianças do mesmo sexo e nível de renda que não apresentavam tais comportamentos (Grupo B). Os dados foram coletados inicialmente pelas professoras das crianças em três escolas de Ensino Básico de uma cidade do interior de São Paulo. Seguidamente, foram coletados dados com as mães das crianças em visitas domiciliares. Os resultados gerais apontam para a ocorrência de violência em ambos os grupos, porém, com maior incidência e maior severidade, no grupo de crianças agressivas. As considerações finais sinalizam a necessidade de futuros estudos para expandir a compreensão do comportamento agressivo e sua relação com a violência doméstica.Mulheres indigenas: poder e tradição10.1590/S1413-737220050003000042024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZGrubits, SoniaDarrault-Harris, IvanPedroso, Maíra
<em>Grubits, Sonia</em>;
<em>Darrault-Harris, Ivan</em>;
<em>Pedroso, Maíra</em>;
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Este trabalho contém relatos e reflexões sobre gênero nas suas interfaces com trabalho, poder e participação política da mulher nas comunidades indígenas Bororo de Mato Grosso, Guarani/Kaiowá e Kadiwéu, de Mato Grosso do Sul. No estudo com os Bororo a valorização de uma mulher da comunidade se devia ao fato de ser ela guardiã da cultura e dos conhecimentos tradicionais e ao mesmo tempo uma importante interlocutora com o mundo do não índio. No caso dos Guarani/Kaiowá, os elementos mais importantes dizem respeito à saída dos homens da reserva e ao seu desejo se tornar homens da cidade, ao contrário das mulheres, que desejam ou necessitam manter a identidade Guarani e residir na reserva. Entre os Kadiwéu, o fato mais relevante é a questão do poder político das mulheres e uma divisão de papéis entre homens e mulheres, sem que seja atribuído mais valor a um papel do que a outro.Mulheres empreendedoras: medos, conquistas e qualidade de vida10.1590/S1413-737220050003000052024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZJonathan, Eva Gertrudes
<em>Jonathan, Eva Gertrudes</em>;
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Face ao desafio de construir conhecimento sobre os aspectos psicológicos envolvidos no empreendedorismo feminino brasileiro, este estudo busca analisar as inquietações e o bem-estar subjetivo de mulheres empreendedoras. Quarenta e nove donas de variados negócios no Rio de Janeiro foram entrevistadas em suas empresas. Uma medida de auto-avaliação mostrou que as empreendedoras compartilhavam uma boa qualidade de vida, fundamentada principalmente na satisfação com o trabalho, com os filhos e com o auto-respeito. Os dados evidenciaram que os múltiplos papéis desempenhados pelas empreendedoras possuem relevância semelhante. A análise qualitativa das entrevistas revelou que as empreendedoras são destemidas e autoconfiantes, embora preocupadas com questões financeiras e com o crescimento das empresas. Auto-realizadas, apaixonadas e identificadas com seus empreendimentos, as empreendedoras se percebem num processo contínuo de conquistas. Dificuldades relativas à discriminação de gênero e à multiplicidade de papéis, bem como os demais dados, são discutidos à luz da literatura sobre empreendedorismo feminino.Características psicológicas da primigestação10.1590/S1413-737220050003000062024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZFaisal-Cury, AlexandreTedesco, José Julio Azevedo
<em>Faisal-Cury, Alexandre</em>;
<em>Tedesco, José Julio Azevedo</em>;
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Com o objetivo de avaliar as características psicológicas da primeira gestação foram estudadas 150 grávidas clínica e obstetricamente normais, no terceiro trimestre de gestação. Como controle, selecionaram-se 55 pacientes em consulta ginecológica de rotina, atendidas pelo mesmo profissional, no ambulatório da Maternidade Dr. Cury, em Osasco, São Paulo. As pacientes se submeteram à realização do Teste de Wartegg, sob orientação da mesma psicóloga. Os dados sociodemográficos foram obtidos através de questionário. Adotou-se a análise formal (abordagem expressiva) das respostas ao teste, para a caracterização do perfil psicológico das primigrávidas. O perfil psicológico da primigrávida obtido pelo Teste de Wartegg, mostra que a gravidez é período de normalidade psíquica, de caráter adaptativo. A gestação é também momento crítico vital, de caráter regressivo, com presença de angústia, com conflitos ligados à sexualidade e identidade sexual, narcisismo representado pelo marcado investimento libidinal no próprio ego e utilização intensificada dos recursos do pensamento, imaginação e fantasia.Ser pai no subúrbio ferroviário de Salvador: um estudo de caso com homens de camadas populares<A NAME="n1"></A>10.1590/S1413-737220050003000072024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZBustamante, Vânia
<em>Bustamante, Vânia</em>;
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Realizamos um estudo de cunho etnográfico com homens de camadas populares, pais de crianças menores de seis anos, procurando conhecer suas vivências em torno da paternidade e estabelecendo nexos com discursos e práticas. Utilizamos observação participante, através de visitas freqüentes aos domicílios, por um período de nove meses, e entrevistas semi-estruturadas. Observamos que, para os informantes, sentir-se pai não está determinado pelo laço biológico com a criança, e sim, fortemente influenciado pela qualidade da relação com a parceira e a própria experiência como filho. Ser provedor é condição necessária para ter uma relação afetiva com os filhos, da qual os cuidados corporais tendem a estar excluídos, por serem considerados atribuição feminina. Estar presente como pai envolve múltiplos sentidos, tanto concretos quanto psíquicos. Sugerimos por fim que o tema continue a ser estudado, diferenciando-se três dimensões - sociocultural, relacional e individual -, e que seja incluído nas reflexões sobre práticas de saúde.Recursos psicológicos e ajustamento pessoal frente à incapacidade funcional na velhice<A NAME="n1"></A>10.1590/S1413-737220050003000082024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZRabelo, Dóris FirminoNeri, Anita Liberalesso
<em>Rabelo, Dóris Firmino</em>;
<em>Neri, Anita Liberalesso</em>;
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Diante do aumento da prevalência de condições crônicas na população idosa, crescente atenção é dada à identificação dos fatores psicológicos e sociais que podem afetar o bem-estar e a qualidade de vida de indivíduos mais velhos com incapacidades. Os recursos psicológicos e sociais de que o indivíduo dispõe são um caminho na determinação das implicações da incapacidade funcional na vida das pessoas afetadas. Esta revisão tem como objetivo apresentar algumas maneiras pelas quais os indivíduos enfrentam suas perdas em funções físicas e papéis sociais e a extensão em que os recursos psicológicos e sociais operam sobre os efeitos negativos das condições crônicas na qualidade de vida dos idosos. Entre as variáveis explanatórias apresentadas estão o suporte social, as crenças e estados emocionais positivos, a regulação afetiva, o mecanismo de comparação social, o senso de auto-eficácia percebida, o mecanismo de seleção-otimização-compensação e mecanismos de coping.A família e o processo de adoecer de câncer bucal10.1590/S1413-737220050003000092024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZMelo, Mônica Cristina Batista deLorenzato, Felipe Rinald BarbosaCabral Filho, José EulálioMelo, Zélia Maria deCardoso, Silvana Orestes
<em>Melo, Mônica Cristina Batista De</em>;
<em>Lorenzato, Felipe Rinald Barbosa</em>;
<em>Cabral Filho, José Eulálio</em>;
<em>Melo, Zélia Maria De</em>;
<em>Cardoso, Silvana Orestes</em>;
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Considerando-se que a família participa na iniciação de comportamentos sociais dos indivíduos, o presente estudo teve como objetivo investigar sua participação na adoção de hábitos considerados como fatores de risco para o câncer. O perfil sociodemográfico da população estudada (32 mulheres portadoras de câncer bucal) caracterizou um quadro de pobreza social. Dentre os fatores de risco associados à doença predominaram o fumo e o álcool. Concluiu-se que a família, através dos processos de aprendizagem social e identificação, teve uma participação importante quanto à adoção das atitudes de risco.Enfrentamento, aspectos clínicos e sociodemográficos de pessoas vivendo com HIV/Aids10.1590/S1413-737220050003000102024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZSeidl, Eliane Maria Fleury
<em>Seidl, Eliane Maria Fleury</em>;
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O estudo objetivou descrever as estratégias de enfrentamento adotadas por pessoas portadoras de HIV/Aids e identificar associações entre modalidades de enfrentamento e variáveis sociodemográficas (sexo, escolaridade e situação conjugal) e médico-clínica (condição sintomática e assintomática). A amostra de conveniência foi composta de 241 pessoas soropositivas, 161 (66,8%) homens, de 20 a 64 anos (M=37,4; DP=7,8), 169 (70,1%) sintomáticas. A coleta de dados incluiu questionários estruturados e a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), com aplicação individual assistida e preenchimento da EMEP sem a presença do pesquisador. Os resultados indicaram a variabilidade das estratégias de enfrentamento, com predomínio de enfrentamento focalizado no problema. Em mulheres e pessoas com níveis mais baixos de escolaridade predominaram enfrentamento focalizado na emoção e busca de práticas religiosas. Os resultados fornecem subsídios para a intervenção psicológica em se tratando de pessoas soropositivas. Limitações da conceituação e da avaliação do enfrentamento são discutidas, devendo ser consideradas em estudos futuros.Atuação psicológica coletiva: uma trajetória profissional em unidade básica de saúde<A NAME="n1"></A>10.1590/S1413-737220050003000112024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZLima, Mônica
<em>Lima, Mônica</em>;
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Neste artigo, problematiza-se a realização de práticas psicológicas mais compatíveis com os princípios que orientam a organização da atenção à saúde no SUS e os desafios decorrentes da inserção de psicólogos na saúde coletiva. Tem-se como objetivo apresentar uma proposta de atuação psicológica coletiva como uma estratégia de trabalho no campo da saúde coletiva, destacando a importância de um caráter mais socioculturalmente orientado. Através de entrevistas semi-estruturadas descreveram-se trajetórias profissionais de psicólogos, distribuídos em UBSs da Secretária Municipal de Saúde de Salvador-BA, em 2003. Para isto utilizaram-se três modalidades de trajetórias profissionais, considerando as práticas psicológicas desenvolvidas e os significados a elas atribuídos: de conflito, de reprodução e de construção. Definiu-se a atuação psicológica coletiva e tomou-se para este artigo uma trajetória profissional de construção como ponto de partida.Impactos da internet sobre pacientes: a visão de psicoterapeutas<A NAME="n1"></A>10.1590/S1413-737220050003000122024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZLeitão, Carla FariaNicolaci-da-Costa, Ana Maria
<em>Leitão, Carla Faria</em>;
<em>Nicolaci-Da-Costa, Ana Maria</em>;
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Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa na qual foram entrevistados psicanalistas e gestalt-terapeutas, visando conhecer os impactos da difusão da Internet sobre os processos de subjetivação de seus pacientes. Para os entrevistados, o atendimento de usuários da Rede revela a emergência de novos processos de subjetivação. Estes, no entanto, por serem em grande parte desconhecidos, ainda não podem ser integrados em um modelo que defina a subjetividade contemporânea. Segundo os entrevistados, é possível, contudo, identificar algumas características subjetivas comuns aos pacientes usuários da Internet. São elas: o prazer derivado do uso da Rede como um novo espaço de vida, o sentimento de onipotência originado na experiência online, as relações estabelecidas com seus corpos e os excessos vividos no espaço virtual. Finalmente, o exame destas características e dos resultados de outras pesquisas gera uma interessante convergência que fornece pontos de partida para uma reflexão teórica sobre a subjetividade contemporânea.Formação do pesquisador e sofrimento mental: um estudo de caso10.1590/S1413-737220050003000132024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZLouzada, Rita de Cássia RamosSilva Filho, João Ferreira da
<em>Louzada, Rita De Cássia Ramos</em>;
<em>Silva Filho, João Ferreira Da</em>;
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Neste trabalho foram investigadas as relações entre formação de pesquisadores e sofrimento psíquico. Trabalhamos com relatos de um grupo de 21 pós-graduandos inscritos num programa de excelência, na área biomédica, numa universidade pública brasileira. Utilizamos metodologia qualitativa (método biográfico e observação participante). O material encontrado revelou que, neste grupo, o sofrimento psíquico faz parte do percurso acadêmico, aparece nomeado de diversas formas e em diferentes graus de intensidade. Na maior parte dos relatos o sofrimento foi relacionado a dificuldades institucionais (financiamento, por exemplo) na condução do projeto de pesquisa, na divulgação de trabalhos e no processo de "tornar-se pesquisador independente".O inconsciente se lê e se escreve como um poema: condições poéticas do inconsciente psíquico10.1590/S1413-737220050003000142024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZBenmasour, Maryan
<em>Benmasour, Maryan</em>;
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O presente artigo busca propor e resolver o seguinte problema: é, de fato, surpreendente notar que a poesia seja concebida na obra de Bachelard, assim como na de Freud, como um modo especificamente adequado de acesso ao inconsciente. Como explicar, nessas duas teorias, a presença de tal postulado? Para responder a essa questão, esboça-se uma explicação genética e histórica. Tal laço entre a poesia e o inconsciente psíquico deve ser compreendido como uma conseqüência da revolução poética (J. Rancière) iniciada pelo filósofo Gianbatistta Vico, revolução na concepção de poesia como na concepção e psiquismo humano, que trouxe novos princípios de compreensão e de leitura das produções da humanidade.O sofrimento psíquico na perspectiva da psicopatologia fundamental10.1590/S1413-737220050003000152024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZCeccarelli, Paulo
<em>Ceccarelli, Paulo</em>;
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Partindo da palavra PSICOPATOLOGIA, o autor mostra, de forma resumida, como cada contexto histórico tentou "decompor" o sofrimento psíquico em seus elementos de base para classificá-lo, estudá-lo e tratá-lo. Após uma breve apresentação da psicopatologia na contemporaneidade, o autor introduz os pressupostos da Psicopatologia Fundamental e suas contribuições na compreensão do sofrimento psíquico. Ainda que não seja objetivo do texto participar do debate atual sobre as diretrizes curriculares que norteiam a formação do psicólogo, o autor toma o estudo do conhecimento (logos) da alma (psyché) - a psicologia - como exemplo de um dos campos de aplicação da Psicopatologia Fundamental.Pensando os fenômenos psicológicos: um ensaio esquizoanalítico10.1590/S1413-737220050003000162024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZParpinelli, Roberta StubsSouza, Edmilson Wantuil Freitas de
<em>Parpinelli, Roberta Stubs</em>;
<em>Souza, Edmilson Wantuil Freitas De</em>;
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O artigo se apropria de algumas idéias e conceitos da teoria esquizoanalítica e os utiliza para repensar os fenômenos psicológicos e a própria realidade. A idéia de devir, a concepção de subjetividade, de inconsciente, de desejo, de rizoma, de agenciamento, de multiplicidade, de vozes de poder, de saber e de auto-referência, etc. são alguns elementos tomados de empréstimo da esquizoanálise para conferir um entendimento renovado aos denominados fenômenos psicológicos. A partir da discussão inspirada pelo aporte teórico das multiplicidades buscaram-se novas possibilidades para conceber tais fenômenos e a própria realidade, de modo que as dimensões éticas e políticas se façam indissociáveis do compromisso de emancipar e enriquecer a vida humana.Experiências de injustiça, sofrimento e retaliação no contexto de uma organização pública do Estado de Goiás10.1590/S1413-737220050003000172024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZMendonça, HelenidesMendes, Ana Magnólia
<em>Mendonça, Helenides</em>;
<em>Mendes, Ana Magnólia</em>;
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O estudo teve como objetivo analisar as percepções dos trabalhadores de que as organizações, quando injustas, podem gerar sofrimento, provocando reações retaliatórias. A realização da pesquisa contou com a participação de trabalhadores pertencentes a uma organização pública do Estado de Goiás, que foram submetidos a uma entrevista semi-estruturada. As análises de conteúdo revelaram seis categorias-sínteses: ambiente de trabalho, tipos de injustiça, sentimentos em relação à injustiça, reações à injustiça, objetivos das reações, julgamento sobre as reações do trabalhador. Conclui-se que a injustiça gera sofrimento e este, de certa forma, exerce um papel de mediação para os comportamentos de retaliação. Em seguida, demonstra que as reações do trabalhador podem ser consideradas tipos de estratégias de enfrentamento do sofrimento e da insatisfação originados das experiências de injustiça.Integração entre assentados agrários e comunidades vizinhas<A NAME="n1"></A>10.1590/S1413-737220050003000182024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZAlbuquerque, Francisco José Batista deCoelho, Jorge Artur Peçanha de MirandaNóbrega, Alex Figueirêdo daLacerda, Ceci de SouzaMaribondo, Ovídio Ferreira
<em>Albuquerque, Francisco José Batista De</em>;
<em>Coelho, Jorge Artur Peçanha De Miranda</em>;
<em>Nóbrega, Alex Figueirêdo Da</em>;
<em>Lacerda, Ceci De Souza</em>;
<em>Maribondo, Ovídio Ferreira</em>;
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O presente estudo objetivou avaliar o processo de integração entre pequenos agricultores e assentados da reforma agrária de uma cidade da Zona da Mata paraibana, através de um levantamento de crenças destes grupos. Utilizou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado Participaram 232 pessoas, com idade entre 14 e 78 anos (M=28,31; DP=14,45), sendo 116 homens e 116 mulheres. Dos participantes, 56,0% eram assentados e 44,0% eram moradores da comunidade. Verificou-se que as variáveis sociodemográficas (sexo, estado civil e origem dos assentados) não exercem influência sobre o processo de integração entre os grupos. O fator determinante para esta integração reside no modo como o governo central financia a produção, posto que, antes do Pronaf, era mais forte a presença de discursos conflituosos entre assentados e seus vizinhos pequenos agricultores.Escala de coping religioso-espiritual (Escala CRE): elaboração e validação de construto<A NAME="n2"></A>10.1590/S1413-737220050003000192024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZPanzini, Raquel GehrkeBandeira, Denise Ruschel
<em>Panzini, Raquel Gehrke</em>;
<em>Bandeira, Denise Ruschel</em>;
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O coping religioso-espiritual (CRE), que descreve o modo como os indivíduos utilizam sua fé para lidar com o estresse, tem se mostrado associado com melhores índices de qualidade de vida e saúde física e mental. O objetivo deste artigo foi relatar a elaboração e o processo de validação de construto da Escala de Coping Religioso-Espiritual (Escala CRE), primeiro instrumento de avaliação de CRE do Brasil, com base na escala norte-americana RCOPE (Pargament, Koenig & Perez, 2000). O estudo foi realizado em duas fases: (1) tradução, adaptação e teste piloto (N=50), (2) teste de campo (N=616) e validação de construto. Análises fatoriais, de consistência interna e de correlação indicaram que a Escala CRE é válida e fidedigna, avaliando aspectos positivos e negativos do uso da religião/espiritualidade para manejo do estresse e constituindo-se em um instrumento compreensivo, teórica e empiricamente embasado, funcionalmente orientado, clinicamente significativo e útil a várias áreas da pesquisa científica.O profissional da informática e sua personalidade analisada por meio da técnica de Rorschach<A NAME="n1"></A>10.1590/S1413-737220050003000202024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZSantos, Seille Cristine GarciaVaz, Cícero Emidio
<em>Santos, Seille Cristine Garcia</em>;
<em>Vaz, Cícero Emidio</em>;
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Este artigo apresenta os resultados de um estudo comparativo da capacidade de análise, iniciativa e relacionamento humano entre informatas gerentes e operacionais. Participaram 66 informatas, de 9 empresas e 5 departamentos de informática com até 150 funcionários, de Porto Alegre e Grande Porto Alegre. Foram utilizados a técnica de Rorschach (Sistema Klopfer) e um questionário estruturado. O mesmo questionário foi respondido pelo superior imediato de cada participante do estudo. Os resultados mostram que não existem diferenças significativas (t-Test e correlação de Pearson) entre informatas gerentes e informatas operacionais com relação à capacidade de análise, iniciativa e relacionamento humano. Os operacionais se diferenciam dos gerentes no que diz respeito à liberação das reações emocionais com menos controle. É discutida a presença em ambos os grupos de indicativos no Rorschach de dificuldades para interagir com outras pessoas.Efeito de dois procedimentos de ensino sobre o comportamento de ordenar10.1590/S1413-737220050003000212024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZSouza, Jaci Augusta Neves deAssis, Grauben José Alves de
<em>Souza, Jaci Augusta Neves De</em>;
<em>Assis, Grauben José Alves De</em>;
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As relações entre estímulos podem ser documentadas por meio de testes comportamentais. O presente estudo teve por objetivo comparar o efeito de duas táticas de ensino sobre o comportamento de ordenar. Doze participantes portadores de necessidades educacionais especiais de ambos os sexos, distribuídos em dois grupos experimentais, foram expostos às duas táticas de ensino. O Grupo A iniciou pelo procedimento de ensino por encadeamento e os participantes do Grupo B pelo procedimento de justaposição. Testes comportamentais avaliaram a produção de seqüências de até cinco estímulos em ordem decrescente. A tarefa dos participantes era ordenar os estímulos. Nove participantes apresentaram desempenhos consistentes com a literatura nos testes, sugerindo a formação de classes ordinais. O ensino por encadeamento mostrou-se mais eficaz. A característica fundamental deste procedimento pode estar na exposição continuada dos estímulos nas tentativas de ensino. A justaposição de estímulos parece induzir a mais erros, provavelmente, pela supressão dos estímulos à medida que novos estímulos são adicionados.Oficinas sobre sexualidade com adolescentes: um relato de experiência<A NAME="n1"></A>10.1590/S1413-737220050003000222024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZMaheirie, KátiaUrnau, Lílian CarolineVavassori, Mariana BarretoOrlandi, RenataBaierle, Roberta Ertel
<em>Maheirie, Kátia</em>;
<em>Urnau, Lílian Caroline</em>;
<em>Vavassori, Mariana Barreto</em>;
<em>Orlandi, Renata</em>;
<em>Baierle, Roberta Ertel</em>;
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Este artigo apresenta o relato de experiência de estágio em psicologia, o qual versava sobre o oferecimento de oficinas abordando a sexualidade na adolescência. Tais oficinas tinham o objetivo de fornecer informações, além de promover discussão e reflexão sobre alguns aspectos envolvidos na sexualidade, como o uso de métodos contraceptivos/preventivos e relações de gênero, com vista a contribuir para a emancipação dos sujeitos no campo dos direitos sexuais e reprodutivos. Foram empregados como recursos: dinâmica de grupo, jogos didáticos, simulações do uso de métodos contraceptivos e preventivos, palestra com profissional da saúde e visita à unidade de saúde da comunidade. Os adolescentes participavam das oficinas trazendo exemplos, discutindo e perguntando suas dúvidas. Foi possível perceber ao final desse processo um aumento no nível de informações dos adolescentes participantes, favorecendo assim, a adoção de práticas de comportamento preventivo.Eugenia X Ética<A NAME="n1"></A>10.1590/S1413-737220050003000232024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZCosta, Morgana Iglesias
<em>Costa, Morgana Iglesias</em>;
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É possível uma educação para morte?<A NAME="n1"></A>10.1590/S1413-737220050003000242024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZFrança, Maria Dulce deBotomé, Silvio Paulo
<em>França, Maria Dulce De</em>;
<em>Botomé, Silvio Paulo</em>;
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Dez anos de Psicologia em Estudo10.1590/S1413-737220050003000252024-01-16T19:49:30.479000Z2020-08-09T06:48:55.139000ZSilva, Karen Silvia SallesPaulino, Alice Dias
<em>Silva, Karen Silvia Salles</em>;
<em>Paulino, Alice Dias</em>;
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