Pró-Fono Revista de Atualização Científicahttps://www.scielo.br/feed/pfono/2010.v22n3/2020-08-09T08:15:03.769000ZVol. 22 No. 3 - 2010WerkzeugEditorial10.1590/S0104-568720100003000012020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZAndrade, Claudia Regina Furquim de
<em>Andrade, Claudia Regina Furquim De</em>;
<br/><br/>
Marcação de tempo por surdos sinalizadores brasileiros10.1590/S0104-568720100003000022020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZCrato, Aline NascimentoCárnio, Maria Silvia
<em>Crato, Aline Nascimento</em>;
<em>Cárnio, Maria Silvia</em>;
<br/><br/>
TEMA: marcação de tempo realizada por surdos sinalizadores na Língua Brasileira de Sinais e na Língua Portuguesa Escrita. OBJETIVOS: analisar a flexão verbal de tempo na Língua Portuguesa Escrita, averiguar se existe relação entre o desempenho no uso da flexão verbal de tempo e grau de escolaridade e verificar os marcadores de tempo utilizados na produção de frases na Língua Brasileira de Sinais e na Língua Portuguesa Escrita. MÉTODOS: participaram do estudo 18 surdos sinalizadores, com idade entre 15 e 23 anos e escolaridade de 3ª a 6ª série do Ensino Fundamental. Os indivíduos foram avaliados quanto ao conhecimento em Língua Brasileira de Sinais de nove verbos de ação, e em seguida foram orientados a elaborar três frases na Língua Portuguesa Escrita e na Língua Brasileira de Sinais com cada verbo, sendo uma no tempo passado, uma no presente e uma no futuro. Os dados foram avaliados qualitativa e quantitativamente. RESULTADOS: nas frases escritas houve o predomínio do verbo na forma nominal do infinitivo. Os sujeitos utilizaram adequadamente os marcadores de tempo na maioria das frases expressas na Língua Brasileira de Sinais. Quatro sujeitos fizeram uso de marcadores utilizados na língua de sinais para indicar o tempo nas frases escritas. Houve relação estatisticamente significante entre o uso da flexão verbal do tempo presente com o aumento da escolaridade. CONCLUSÃO: os surdos do estudo utilizam adequadamente marcadores de tempo na maioria das frases expressas na Língua Brasileira de Sinais, mas apresentam dificuldade na Língua Portuguesa Escrita.Perfil familial da fluência da fala: estudo linguístico, acústico e eletromiográfico10.1590/S0104-568720100003000032020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZAndrade, Claudia Regina Furquim de
<em>Andrade, Claudia Regina Furquim De</em>;
<br/><br/>
TEMA: fatores genéticos como possíveis responsáveis pela gagueira. OBJETIVO: identificar o perfil familial da fluência da fala - aspectos linguísticos, eletromiográficos e acústicos - em crianças com e sem história familiar próxima para a gagueira. MÉTODO: participaram do estudo 127 indivíduos, 32 crianças (probandos) e 95 membros da família imediata (pai, mãe, irmãs e irmãos) divididos em dois grupos: GI (CCG): 17 probandos com diagnóstico de gagueira; 17 pais, 17 mães, 10 irmãos e 13 irmãs; e GII (CSG): 15 probandos fluentes; 15 pais, 15 mães, 0 irmãos e 8 irmãs. Todos os procedimentos de testagem foram aplicados em todos os participantes: 1. Coleta das tipologias das rupturas; 2. Coleta eletromiográfica; 3. Coleta acústica. RESULTADOS: foi encontrado o percentual de 41,1% de mães afetadas; 35,3% de pais afetados; 16,7% de irmãs afetadas e 40 % de irmãos afetados. Foi observada similaridade na tipologia das rupturas da fala em todos os afetados de uma mesma família, mesmo havendo uma tendência a maior gravidade do distúrbio nos probandos. Foi encontrada similaridade na ativação muscular para as taxas de diadococinesia em todos os afetados de uma mesma família. Sugere-se um padrão motor para a fala, numa relação passível de ser mensurada pala captação da ativação muscular periférica, dentro de uma mesma família. Foi encontrada similaridade na variação acústica para as taxas de diadococinesia em todos os afetados de uma mesma família. CONCLUSÃO: esta pesquisa se caracteriza como uma primeira proposta de estudo endofenotípico da gagueira, em dois aspectos: critérios objetivos de inclusão e tipo de sintomatologia manifesta da gagueira.Influência da tonicidade e local da ruptura na palavra em adolescentes e adultos gagos e fluentes10.1590/S0104-568720100003000042020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZJuste, Fabiola StaróboleAndrade, Claudia Regina Furquim de
<em>Juste, Fabiola Staróbole</em>;
<em>Andrade, Claudia Regina Furquim De</em>;
<br/><br/>
TEMA: aspectos linguísticos que podem influenciar a ocorrência de rupturas na fala de indivíduos gagos e fluentes. OBJETIVO : verificar a influência da tonicidade e da posição dentro da palavra na ocorrência de rupturas de fala em adolescentes e adultos gagos e fluentes. MÉTODO : participaram do estudo 120 indivíduos, de ambos os sexos, com idades entre 12.0 a 49.11 anos, divididos em 4 grupos: grupo de pesquisa 1 (GP1) - 30 adolescentes gagos; grupo de pesquisa 2 (GP2) - 30 adultos gagos; grupo controle 1(GC1) - 30 adolescentes fluentes; grupo controle 2 (GC2) - 30 adultos fluentes. Foram coletadas amostras de fala contendo 200 sílabas fluentes. Nas amostras de fala, as sílabas rompidas foram analisadas quanto à sua tonicidade (átona, pré-tônica ou tônica) e quanto ao local da ruptura na palavra (sílaba inicial, medial ou final). RESULTADOS: quanto à tonicidade, para todos os grupos testados, não houve diferença estatisticamente significante no número de rupturas entre as tonicidades avaliadas. Em relação ao local da ruptura na sílaba, para os grupos de falantes gagos, houve predominância de rupturas na sílaba inicial das palavras e para os grupos fluentes, as rupturas foram mais frequentes na sílaba final. CONCLUSÃO: os resultados desse estudo reforçam a teoria de que as rupturas de fala decorrem principalmente da lentidão na codificação fonológica e na habilidade de construir e recuperar o plano fonético.Ensino da Língua Inglesa: contribuições da fonética, fonologia e do processamento auditivo10.1590/S0104-568720100003000052020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZAraújo, Letícia Maria MartinsFeniman, Mariza RibeiroCarvalho, Fernanda Ribeiro Pinto deLopes-Herrera, Simone Aparecida
<em>Araújo, Letícia Maria Martins</em>;
<em>Feniman, Mariza Ribeiro</em>;
<em>Carvalho, Fernanda Ribeiro Pinto De</em>;
<em>Lopes-Herrera, Simone Aparecida</em>;
<br/><br/>
TEMA: inter-relação da fonética, fonologia e processamento auditivo no ensino da Língua Inglesa. OBJETIVOS: verificar se o contato prévio com o sistema fonético da Língua Inglesa favorece o aprendizado geral desta língua em falantes do Português como segunda língua (L2), e verificar o desempenho dos participantes em um teste do processamento auditivo anterior e posterior ao ensino da L2. MÉTODO: participaram oito estudantes universitários que estudaram a Língua Inglesa somente no ensino médio, divididos em dois grupos: grupo controle - submetido apenas ao curso de Inglês - e grupo experimental - submetido à aulas de fonética da língua inglesa anteriores ao curso de Inglês. Os participantes foram submetidos ao teste de processamento auditivo e a um teste oral em inglês (Oral Test) antes e após as aulas. Foram analisados os dados dos testes anteriores e posteriores às aulas. RESULTADOS: estes foram expressos estatisticamente por meio do teste t student e mostraram que não houve diferença nos testes entre os grupos. Os escores indicaram melhor atuação do grupo controle ao responder as perguntas em Inglês no Oral Test. Houve melhor execução do grupo experimental no processamento auditivo após ser submetido às aulas de fonética e ao curso de Inglês. CONCLUSÃO: o conhecimento prévio básico da língua inglesa não favoreceu o aprendizado geral (melhora na pronúncia) da segunda língua do grupo como um todo, mas melhorou a capacidade de processamento temporal no teste realizado.Competência lexical e metafonológica em pré-escolares com transtorno fonológico10.1590/S0104-568720100003000062020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZCosta, Ranilde Cristiane CavalcanteÁvila, Clara Regina Brandão de
<em>Costa, Ranilde Cristiane Cavalcante</em>;
<em>Ávila, Clara Regina Brandão De</em>;
<br/><br/>
TEMA: competência lexical e metafonológica em pré-escolares com transtorno fonológico OBJETIVO: investigar, em um grupo de pré-escolares a influência do transtorno fonológico sobre as competências lexical e metafonológica e a existência de correlações entre ambas. MÉTODO: a amostra foi composta por 56 pré-escolares, 32 meninos e 24 meninas, entre 4:0 a 6:11 anos, que constituíram dois grupo: o Grupo Pesquisa, composto por 28 pré-escolares com transtorno fonológico e o grupo de comparação, composto por 28 pré-escolares com fala normal e sem quaisquer queixas relacionadas à comunicação oral, pareados aos primeiros por sexo e idade. Todos os 56 pré-escolares foram inicialmente avaliados por meio do Teste ABFW - Fonologia. Após, foram avaliados em suas competências lexical e metafonológica, por meio do Teste ABFW - Vocabulário e do teste consciência fonológica: instrumento de avaliação sequencial, CONFIAS - tarefas de identificação e produção de rima e aliteração, respectivamente. RESULTADOS: em relação à competência lexical, os pré-escolares dos dois grupos apresentaram comportamento semelhante. Os pré-escolares com transtorno mostraram pior desempenho na análise geral da competência metafonológica. A idade influenciou o desempenho na competência lexical em ambos os grupos e na metafonológica apenas no de comparação. Identificaram-se correlações, positivas, em sua maioria, de boas a moderadas, entre as competências lexicais e as metafonológicas. CONCLUSÃO: a influência do transtorno fonológico pôde ser observada somente sobre o desempenho metafonológico. O transtorno fonológico não interferiu no desenvolvimento da competência lexical desse grupo de pré-escolares. Identificaram-se correlações positivas entre ambas as competências na faixa etária estudada.Análise do grau global e tensão da voz em cantores de roque10.1590/S0104-568720100003000072020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZGonsalves, AlineAmin, ElisabethBehlau, Mara
<em>Gonsalves, Aline</em>;
<em>Amin, Elisabeth</em>;
<em>Behlau, Mara</em>;
<br/><br/>
TEMA: análise do grau global e tensão na voz de cantores de roque. OBJETIVO: analisar a voz de cantores de roque em dois parâmetros específicos: grau global de desvio vocal (GGDV) e grau de tensão (GT), comparando esses parâmetros em três trechos de músicas. MÉTODOS: participaram 26 cantores de roque com idade entre 17 e 46 anos (média = 29:08 anos). Todos responderam a um questionário para caracterização da amostra e realizaram a gravação dos trechos selecionados: Hino Nacional Brasileiro (HNB), Satisfaction e música do repertório auto-selecionada (MR). As amostras foram avaliadas por cinco fonoaudiólogas nos parâmetros GGDV e GT. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS versão 13.0. RESULTADOS: foram encontradas diferenças estatisticamente significantes para os valores médios de GGDV e GT na música Satisfaction (GGDV = 32,8 e GT = 45,8 / p = 0,024) e na MR (GGDV = 38,4 e GT = 55,8 / p = 0,010). Os valores de GGDV e GT possuem relação diretamente proporcional nos trechos HNB* e MR**, sendo que quanto maior a tensão maior o GGDV( p = < 0,001*, p = 0,010**). Quando se analisa individualmente os três trechos, encontra-se que o GGDV não varia de forma significante para as músicas, porém seus valores médios apresentam uma tendência crescente do não roque para o roque (24,0 HNB / 32,8 Satisfaction / 38,4 MR), porém a tensão encontrada no HNB apresenta diferença estatisticamente significante da tensão encontrada nas músicas de roque (Satisfaction e MR, p = 0,008 e p = 0,001). CONCLUSÕES: os dados observados sugerem que o estilo roque está relacionado com maior utilização de tensão na voz e que essa tensão não necessariamente impõe uma impressão negativa à voz, mas corresponde a um fator interpretativo comum ao estilo musical.Função motora fina de escolares com dislexia, distúrbio e dificuldades de aprendizagem10.1590/S0104-568720100003000082020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZCapellini, Simone AparecidaCoppede, Aline CirelliValle, Talita Regina
<em>Capellini, Simone Aparecida</em>;
<em>Coppede, Aline Cirelli</em>;
<em>Valle, Talita Regina</em>;
<br/><br/>
TEMA: função motora fina em escolares com dislexia, distúrbio e dificuldades de aprendizagem. OBJETIVO: este estudo teve por objetivo caracterizar o desempenho da função motora fina, sensorial e perceptiva em escolares com dislexia, distúrbio e dificuldades de aprendizagem e correlacionar estes achados à escrita destes escolares. MÉTODO: participaram deste estudo 80 escolares da 2ª à 4ª série do ensino fundamental, na faixa etária de 7 a 12 anos de idade, de ambos os gêneros, distribuídos em: GI: formado por 20 escolares com dislexia, GII: formado por 20 escolares com distúrbio de aprendizagem, GIII: formado por 20 escolares com dificuldades de aprendizagem e GIV: formado por 20 escolares sem dificuldades de aprendizagem. Os escolares foram submetidos à avaliação da função motora fina, sensorial e perceptiva e análise da escrita por meio da escala de disgrafia. RESULTADOS: os resultados evidenciaram que a maioria dos grupos apresentou desempenho inferior nas provas de FMF7 (oposição de dedos), S8 (grafoestesia) e P1 (imitar posturas). Os GI e GII foram os grupos que apresentaram desempenho inferior na maioria das provas em relação aos GIII e GIV. Quanto à grafia, observou-se que no GII todos os escolares são disgráficos. CONCLUSÃO: a presença de alterações motora fina, sensorial e perceptiva é característica de escolares com distúrbio de aprendizagem e dislexia, entretanto esta característica pode ou não ser encontrada nos escolares com dificuldades de aprendizagem, sendo, portanto, esta alteração responsável pelo comportamento disgráfico dos escolares com transtornos de aprendizagem deste estudo.Avaliação do desempenho escolar e praxias em crianças com Epilepsia Rolândica10.1590/S0104-568720100003000092020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZOliveira, Ecila Paula dos Mesquita deNeri, Marina LiberalessoMedeiros, Lívia Lucena deGuimarães, Catarina AbraãoGuerreiro, Marilisa Mantovani
<em>Oliveira, Ecila Paula Dos Mesquita De</em>;
<em>Neri, Marina Liberalesso</em>;
<em>Medeiros, Lívia Lucena De</em>;
<em>Guimarães, Catarina Abraão</em>;
<em>Guerreiro, Marilisa Mantovani</em>;
<br/><br/>
TEMA: Epilepsia Rolândica é a forma mais freqüente de epilepsia da infância. Ela é classificada como idiopática, idade-dependente e de evolução benigna. A ausência de comprometimento neuropsicológico faz parte dos critérios de benignidade desta síndrome epiléptica.Entretanto, recentemente têm sido sugeridos vários déficits relacionados à atenção e linguagem. OBJETIVO: o objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho escolar e investigar dificuldades práxicas em pacientes com epilepsia rolândica e comparar a um grupo controle composto por crianças normais com idade, gênero e nível escolar equivalentes. MÉTODO: dezenove pacientes com idade entre 7 e 12 anos foram submetidos a avaliação neurológica clínica, avaliação psicológica, através das Escalas Weschsler de Inteligência e avaliação fonoaudiológica, onde foram avaliados o desempenho escolar e a investigação da presença ou não de dificuldades práxicas. RESULTADOS: os dados mostraram que apesar da eficiência intelectual (medida pelo Quociente Inteligência - QI) estar dentro da média, crianças com epilepsia rolândica mostraram um desempenho significativamente mais pobre do que o grupo controle em provas de escrita, aritmética e leitura. Outro aspecto importante evidenciado foi a ausência de apraxia orofacial nas crianças do grupo afetado. CONCLUSÃO: deve ser ressaltado que a avaliação de crianças com epilepsia é necessária porque isso pode revelar distúrbios específicos que exigem ajuda profissional apropriada. Analisando a ocorrência de distúrbios de linguagem oral e/ou escrita nessas crianças, pode-se evitar um maior prejuízo acadêmico, social e emocional, afinal o prognóstico de uma síndrome epiléptica não depende exclusivamente do controle de crises, pois problemas sociais ou culturais podem interferir tanto quanto as crises na qualidade de vida dos pacientes.Fenótipo comportamental e cognitivo de crianças e adolescentes com Síndrome de Williams-Beuren10.1590/S0104-568720100003000102020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZTeixeira, Maria Cristina Triguero VelozMonteiro, Camila Rondinelli CobraVelloso, Renata de LimaKim, Chong AeCarreiro, Luiz Renato Rodrigues
<em>Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz</em>;
<em>Monteiro, Camila Rondinelli Cobra</em>;
<em>Velloso, Renata De Lima</em>;
<em>Kim, Chong Ae</em>;
<em>Carreiro, Luiz Renato Rodrigues</em>;
<br/><br/>
TEMA: a Síndrome de Williams-Beuren (SWB) é uma aneusomia segmentar devido à deleção de múltiplos genes no braço longo do cromossomo 7 (região 7q11-23) associada a alterações comportamentais e cognitivas. Para que a inclusão escolar dessas crianças seja eficaz são necessárias abordagens multidisciplinares que orientem professores e pais. OBJETIVO: descrever o perfil comportamental, cognitivo e de linguagem e identificar comportamentos autísticos em um grupo de crianças e adolescentes com SWB. MÉTODO: 10 crianças e adolescentes com diagnóstico clínico e/ou citogenético-molecular de SWB na faixa de 5 a 16 anos, e 10 crianças e adolescentes com desenvolvimento típico, pareados por sexo e idade. Instrumentos utilizados: Teste de Inteligência Não Verbal (Leiter-R); Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes - Child Behavior Checklist (CBCL/1½-5; CBCL/6-18); Exame de Linguagem (TIPITI) e o Autism Screening Questionaire (ASQ). RESULTADOS: o grupo com SWB demonstrou alterações comportamentais do tipo desatenção e problemas sociais em comparação com o grupo controle (GC). Na escala Leiter-R os escores de inteligência dos participantes com SWB foram abaixo da média para a idade (67,8 pontos) em comparação ao GC (101,2). O ASQ identificou um participante com comportamentos autísticos. O grupo com a síndrome apresentou defasagem na estruturação no nível morfossintático e elevado número de respostas ecolálicas nas provas do TIPITI, quando comparados ao GC. CONCLUSÃO: em função dos problemas comportamentais e cognitivos encontrados nos participantes com SWB confirma-se a necessidade de um acompanhamento multidisciplinar focado na estimulação cognitiva e controle comportamental, devido à interferência destas características na escolarização.Índice de desvantagem vocal no canto clássico (IDCC) em cantores eruditos10.1590/S0104-568720100003000112020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZÁvila, Maria Emília Barros deOliveira, GiseleBehlau, Mara
<em>Ávila, Maria Emília Barros De</em>;
<em>Oliveira, Gisele</em>;
<em>Behlau, Mara</em>;
<br/><br/>
TEMA: auto-avaliação da alteração vocal na qualidade de vida de cantores eruditos. OBJETIVO: verificar se a presença de queixa vocal em cantores eruditos produz desvantagem na qualidade de vida no que diz respeito ao uso da voz cantada e se tal desvantagem pode estar relacionada ao sexo, à idade, à classificação vocal ou ao tempo de canto. MÉTODO: 59 cantores eruditos profissionais, coralistas, preencheram um questionário com perguntas gerais de identificação, classificação vocal, idade, tempo de estudo e dedicação ao canto lírico. Os coralistas foram categorizados em dois grupos de acordo com a presença ou não de queixa vocal. Todos preencheram o protocolo de índice de desvantagem vocal pra o canto clássico (IDCC), que analisa o impacto da alteração vocal na voz cantada em três subescalas: incapacidade, desvantagem e defeito. RESULTADOS: as subescalas defeito (6,39) e incapacidade (5,39) apresentaram maiores escores que a subescala desvantagem (3,34), para todos os cantores. Além disso, foi observada relação estatisticamente significante entre a presença de queixa vocal e maior escore do IDCC (p < 0,001 para todas as subescalas). No grupo com queixa, mulheres apresentaram na subescala incapacidade maior escore que os homens; no grupo sem queixa, indivíduos com mais idade e mais tempo de canto apresentaram menores escores de IDCC. CONCLUSÃO: cantores líricos com queixa e/ou sintomas vocais apresentam maior índice de desvantagem no canto, com maior expressão nas subescalas de defeito e incapacidade, sem relação com a classificação vocal.Habilidades de leitura de legendas de filmes em escolares do ensino fundamental10.1590/S0104-568720100003000122020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZMinucci, Michele VianaCárnio, Maria Silvia
<em>Minucci, Michele Viana</em>;
<em>Cárnio, Maria Silvia</em>;
<br/><br/>
TEMA: as habilidades de leitura de textos fixos em escolares são amplamente conhecidas, no entanto ainda não se sabe como os escolares realizam a leitura de textos móveis e quais habilidades são necessárias para este tipo de leitura. OBJETIVO : avaliar as habilidades de leitura de legendas de filmes em escolares de segunda e quarta série do ensino fundamental de uma escola pública. MÉTODO: análise do nível e habilidades de leitura de legenda de filmes, por meio da recontagem de um trecho de filme assistido, de forma individual, sem som e com legenda, por 60 escolares, sendo 30 de segunda série e 30 de quarta série, pareados quanto ao gênero e idade. RESULTADOS: não foram encontradas diferenças significantes quanto aos níveis de letramento escolar entre as duas séries. Quanto às habilidades e ao nível de leitura de legenda de filmes os escolares de quarta série obtiveram desempenho significativamente superior aos de segunda série, uma vez que apresentaram habilidades referentes aos níveis de compreensão literal e compreensão independente, enquanto os de segunda série, em média ficaram no nível de decodificação. CONCLUSÃO: os escolares de segunda série estão em nível de decodificação, enquanto os de quarta série encontram-se em nível de compreensão literal de leitura de legenda de filmes, demonstrando que a escolaridade influencia a leitura de legenda de filmes. Entretanto, o grau de letramento escolar não foi um fator significante para a leitura de legenda de filmes.Resolução temporal e atenção seletiva de indivíduos com zumbido10.1590/S0104-568720100003000132020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZAcrani, Isabela OlszanskiPereira, Liliane Desgualdo
<em>Acrani, Isabela Olszanski</em>;
<em>Pereira, Liliane Desgualdo</em>;
<br/><br/>
TEMA: é comum a queixa de dificuldade de compreensão da fala em indivíduos que apresentam zumbido com ou sem perda auditiva. Para conhecer se o zumbido interfere no processamento auditivo e compreensão da fala em sujeitos com audiometria normal, foi realizado este trabalho. OBJETIVO: foi avaliar e comparar o comportamento auditivo de resolução temporal e de atenção seletiva de indivíduos adultos com audiometria normal, com e sem zumbido. MÉTODO: 45 indivíduos, 15 com zumbido constante e 30 sem zumbido, foram selecionados e avaliados por meio de três testes de processamento auditivo: Teste de Fala com Ruído Branco, Teste Dicótico de Dígitos e Gaps In Noise. Em seguida os resultados de cada grupo foram comparados entre si, utilizando testes estatísticos apropriados, dentre eles o ANOVA. RESULTADOS: não foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos em ambas as orelhas. CONCLUSÃO: o zumbido não interferiu nas habilidades auditivas de atenção seletiva e resolução temporal.Desempenho de escolares em consciência fonológica, nomeação rápida, leitura e escrita10.1590/S0104-568720100003000142020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZCapellini, Simone AparecidaLanza, Simone Cristina
<em>Capellini, Simone Aparecida</em>;
<em>Lanza, Simone Cristina</em>;
<br/><br/>
TEMA: consciência fonológica, nomeação rápida, leitura e escrita em escolares de ensino público com dificuldades de aprendizagem. OBJETIVO: caracterizar e comparar o desempenho de escolares com e sem dificuldades de aprendizagem do ensino público municipal em consciência fonológica, nomeação rápida, leitura e escrita. MÉTODO: participaram deste estudo 60 escolares de 2ª a 4ª séries de escola de ensino público municipal, distribuídos em 6 grupos, sendo cada grupo composto por 10 escolares, divididos em 3 subgrupos de escolares sem dificuldades de aprendizagem e 3 subgrupos de escolares com dificuldades de aprendizagem. Como procedimentos, foram realizadas provas de: nomeação automática rápida, consciência fonológica e leitura oral e escrita sob ditado. RESULTADOS: os resultados deste estudo evidenciaram desempenho superior dos escolares sem dificuldades de aprendizagem em relação àqueles com dificuldades. Os escolares com dificuldades de aprendizagem apresentaram maior relação velocidade/tempo em tarefas de nomeação e, consequentemente, desempenho inferior em tarefas de consciência fonológica e leitura e escrita de palavras isoladas quando comparados aos sem dificuldades de aprendizagem. CONCLUSÃO: os escolares com dificuldades de aprendizagem apresentaram comprometimento na relação entre as capacidades de nomeação e automatização dos estímulos apresentados com a capacidade de acesso lexical, discriminação visual, frequência de uso dos estímulos e competição para a apresentação do menor tempo possível na nomeação dos códigos necessários para o estabelecimento do mecanismo de conversão fonema-grafema, exigido para a realização da leitura e escrita em um sistema alfabético como o Português.Perda auditiva leve: desempenho no Teste da Habilidade de Atenção Auditiva Sustentada10.1590/S0104-568720100003000152020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZMondelli, Maria Fernanda Capoani GarciaCarvalho, Fernanda Ribeiro Pinto deFeniman, Mariza RibeiroLauris, José Roberto Pereira
<em>Mondelli, Maria Fernanda Capoani Garcia</em>;
<em>Carvalho, Fernanda Ribeiro Pinto De</em>;
<em>Feniman, Mariza Ribeiro</em>;
<em>Lauris, José Roberto Pereira</em>;
<br/><br/>
TEMA: a perda auditiva na infância é um fator de risco para o atraso no desenvolvimento. OBJETIVO: verificar o desempenho de crianças diagnosticadas com perda auditiva de grau leve - condutiva e sensorioneural, no Teste da Habilidade de Atenção Auditiva Sustentada (THAAS), visando constatar se este teste sofre influência da presença de uma perda auditiva. MÉTODO: estudo clínico do THAAS em 3 grupos: Grupo 1 (G1) grupo controle formado por crianças com audição normal, Grupo 2 (G2) crianças com deficiência auditiva sensorioneural bilateral de grau leve e Grupo 3 (G3) composto por crianças com perda auditiva condutiva bilateral de grau leve. Estudo prospectivo. Participantes: 90 crianças com idade entre 7 e 11 anos de idade, sendo 30 de cada grupo. Intervenções: Audiometria Tonal Limiar, Imitanciometria e THAAS. RESULTADOS: os grupos sensorioneural e condutivo apresentaram desempenho inferior ao grupo controle em todas as respostas do THAAS. CONCLUSÃO: o THAAS sofreu influência das perdas auditivas de grau leve, condutivas e sensorioneurais, sendo o pior comprometimento para perdas sensorioneurais.Desempenho comunicativo de crianças com síndrome de Down em duas situações diferentes10.1590/S0104-568720100003000162020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZPorto-Cunha, ElizaLimongi, Suelly Cecilia Olivan
<em>Porto-Cunha, Eliza</em>;
<em>Limongi, Suelly Cecilia Olivan</em>;
<br/><br/>
TEMA: análise dos aspectos pragmáticos da linguagem de crianças com síndrome de Down. OBJETIVO: verificar influência de variáveis ambientais e contextuais nos aspectos pragmáticos da linguagem de crianças com síndrome de Down, na interação com seu cuidador e com seu terapeuta e comparar o desempenho da criança nas duas situações. MÉTODO: participaram desse estudo 15 crianças com síndrome de Down, com idade entre 4 e 6:11 anos. Os dados foram obtidos por meio de anamnese, protocolo de avaliação pragmática da linguagem e questionário para determinar o nível econômico da família. Os dados obtidos nas duas situações foram comparados e realizou-se estudo estatístico. RESULTADOS: o nível econômico e o grau de escolaridade do cuidador foram os fatores que mais influenciaram os aspectos pragmáticos da criança nas duas situações. As crianças usaram sua comunicação de forma funcional e equilibrada em relação ao adulto e as funções comunicativas mais utilizadas por elas foram reconhecimento do outro, comentário e performativo. Foi observado que as crianças apresentaram desempenho comunicativo semelhante nas duas situações. CONCLUSÃO: o baixo nível econômico da família e o baixo grau de escolaridade do cuidador podem ser considerados como fatores de risco para o desenvolvimento dos aspectos pragmáticos da linguagem de crianças com SD e essas famílias devem ter atenção especial do fonoaudiólogo durante o processo terapêutico. Independente do interlocutor, essas crianças foram capazes de iniciar e manter a comunicação, utilizando os modos e funções comunicativas de forma semelhante.Teste GIN (Gaps-in-Noise) em ouvintes normais com e sem zumbido10.1590/S0104-568720100003000172020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZSanches, Seisse Gabriela GandolfiSamelli, Alessandra GiannellaNishiyama, Anne KellieSanchez, Tanit GanzCarvallo, Renata Mota Mamede
<em>Sanches, Seisse Gabriela Gandolfi</em>;
<em>Samelli, Alessandra Giannella</em>;
<em>Nishiyama, Anne Kellie</em>;
<em>Sanchez, Tanit Ganz</em>;
<em>Carvallo, Renata Mota Mamede</em>;
<br/><br/>
TEMA: o teste Gaps-in-Noise (GIN) avalia a habilidade auditiva de resolução temporal. Estudos têm mostrado o teste GIN como um instrumento de fácil aplicação, com boa sensibilidade e especificidade. OBJETIVO: comparar os resultados do teste GIN em ouvintes normais com e sem zumbido e fazer a correlação entre os resultados deste, os limiares tonais e idade. MÉTODO: foram avaliados 44 adultos (limiares tonais 25 dBNA nas freqüências de 0,25 a 8 kHz), formando 2 grupos: Grupo Controle composto por 23 sujeitos, 8 homens e 15 mulheres, sem queixa de zumbido, idade entre 22 e 40 anos (média 29,7); Grupo Pesquisa formado por 18 indivíduos, 3 homens e 15 mulheres, com queixa de zumbido, idade entre 21 e 45 anos (média 31,3). Os sujeitos foram submetidos à audiometria tonal e vocal, imitanciometria e ao teste GIN. Para a análise estatística foi adotado nível de significância de 0.05. RESULTADOS: na audiometria tonal, a média global dos limiares tonais foi mais elevada para o Grupo Pesquisa, comparado ao Grupo Controle (p = 0,001). A comparação do desempenho no teste GIN mostrou que o Grupo Controle detectou intervalos de silêncio em média com intervalo de tempo menor que o Grupo Pesquisa (p < 0,001). Não houve correlação entre a idade dos sujeitos e o limiar do GIN. CONCLUSÃO: o teste GIN identificou prejuízo na habilidade auditiva de resolução temporal nos indivíduos com zumbido. Na faixa etária pesquisada (entre 21 e 45 anos) não houve correlação entre a idade e os resultados do teste GIN.Vocabulário expressivo e processamento auditivo em crianças com aquisição de fala desviante10.1590/S0104-568720100003000182020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZQuintas, Victor GandraMezzomo, Carolina LisbôaKeske-Soares, MárciaDias, Roberta Freitas
<em>Quintas, Victor Gandra</em>;
<em>Mezzomo, Carolina Lisbôa</em>;
<em>Keske-Soares, Márcia</em>;
<em>Dias, Roberta Freitas</em>;
<br/><br/>
TEMA: vocabulário expressivo e processamento auditivo em crianças com desvio fonológico. OBJETIVOS: comparar o desempenho de crianças com desvio fonológico em teste de vocabulário com as normas apresentadas pelo mesmo e verificar a possível relação entre seus desempenhos nos testes de vocabulário e o déficit do processamento auditivo. MÉTODOS: participaram da pesquisa 12 crianças com diagnóstico de desvio fonológico, com idades entre 5:0 anos e 7:0 anos e de ambos os sexos. Foi feita avaliação do vocabulário através do uso do ABFW, e avaliação simplificada do processamento auditivo (triagem), Dicótico de Dissílabos Alternados - Staggered Spondaic Word (SSW), Teste de Padrão de Frequência - Pitch Pattern Sequence (PPS) e o Teste de Fusão Binaural (FB). RESULTADOS: quanto ao vocabulário, todas as crianças obtiveram resultados sem diferenças estatisticamente significantes. Quanto ao processamento auditivo, todas as crianças tiveram resultados aquém do esperado, com exceção da triagem com média de 8,25. Nos outros testes as médias de acerto foram, no SSW de 6,50, no PPS de 10,74 e no FB de 7,10. Ao relacionar as duas avaliações, considerando-se p > 0,05, os resultados mostraram que, apesar da normalidade, quanto menor o valor obtido no processamento, menor o número de acertos apresentados no teste de vocabulário, mostrando certa tendência, principalmente nos campos "meios de transporte e profissões". Das classes, o PS (processos de substituição), foi o que obteve maior aumento significativo, sendo em todos os campos semânticos. CONCLUSÃO: há uma correlação entre processamento auditivo e o léxico, onde o vocabulário pode ser influenciado em crianças com aquisição de fala desviante.Manifestações audiológicas em crianças e adultos com AIDS10.1590/S0104-568720100003000192020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZMatas, Carla GentileSantos Filha, Valdete Alves Valentins dosJuan, Kleber Ramos dePinto, Fernanda RodriguesGonçalves, Isabela Crivellaro
<em>Matas, Carla Gentile</em>;
<em>Santos Filha, Valdete Alves Valentins Dos</em>;
<em>Juan, Kleber Ramos De</em>;
<em>Pinto, Fernanda Rodrigues</em>;
<em>Gonçalves, Isabela Crivellaro</em>;
<br/><br/>
TEMA: a literatura relata a ocorrência de alteração auditiva em pacientes com HIV/AIDS, podendo esta ser decorrente de comprometimentos na orelha externa, média e/ou interna. OBJETIVOS: caracterizar e comparar os resultados da avaliação audiológica e do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico de crianças e adultos com AIDS. MÉTODOS: foram submetidos à avaliação audiológica e eletrofisiológica (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico) 51 crianças e 22 adultos com AIDS (grupos pesquisa I e II respectivamente) e 50 crianças e 25 adultos saudáveis (grupos controle I e II respectivamente), com idade entre três e 10 anos (crianças) e entre 18 e 50 anos (adultos). RESULTADOS: nas crianças com AIDS foram mais frequentes as alterações de orelha média e nos adultos as de orelha interna, bem como maior ocorrência de resultados alterados no potencial evocado auditivo de tronco encefálico nos adultos quando comparados às crianças. CONCLUSÃO: crianças e adultos com AIDS apresentam alterações na avaliação audiológica e no potencial evocado auditivo de tronco encefálico, sugestivas de comprometimento das vias auditiva periférica e central. Os resultados enfatizam a eficácia da utilização dos testes eletrofisiológicos da audição para melhor definição do grau de lesão encefálica em pacientes com AIDS, permitindo ainda a monitorização da velocidade de evolução da doença.Percepção da fala em deficientes auditivos pré-linguais usuários de implante coclear10.1590/S0104-568720100003000202020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZAngelo, Thais Corina Said deBevilacqua, Maria CecíliaMoret, Adriane Lima Mortari
<em>Angelo, Thais Corina Said De</em>;
<em>Bevilacqua, Maria Cecília</em>;
<em>Moret, Adriane Lima Mortari</em>;
<br/><br/>
TEMA: o implante coclear é um dispositivo eletrônico bastante promissor quanto aos benefícios, já que proporciona para a criança surda a apropriação da linguagem oral incidental. OBJETIVOS: avaliar o desempenho de audição do grupo das 60 primeiras crianças com deficiência auditiva neurossensorial pré-lingual implantadas no Centro de Pesquisas Audiológicas do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (CPA-HRAC/USP), após 16 anos de funcionamento do programa de implante coclear. MÉTODOS: foram avaliadas 57 crianças com idades entre 9 e 18 anos, utilizando os seguintes testes de percepção de fala: listas de reconhecimento de vocábulos monossílabos e dissílabos; listas de reconhecimento de sílabas sem sentido - Consonant Confusion Study - Confuse Program (apresentado no software do Sistema de Implante Coclear Nucleus, na sua unidade de programação - versão 6.90); listas de reconhecimento de sentenças e lista de palavras como procedimento de avaliação de percepção dos sons da fala para crianças deficientes auditivas. RESULTADOS: todas as crianças obtiveram resultados satisfatório com o implante coclear. Nos testes para o índice de reconhecimento de fonemas como para o reconhecimento de palavras, os resultados foram estatisticamente significante para o tipo de implante coclear Med-El em comparação com os demais tipos de implante. CONCLUSÃO: o estudo revela que o implante coclear trouxe benefícios reais para o grupo de crianças estudado, uma vez que possibilitou o desenvolvimento máximo das habilidades auditivas.Estudo do efeito de supressão no potencial evocado auditivo de tronco encefálico10.1590/S0104-568720100003000212020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZMatas, Carla GentileSilva, Fernanda Nivoloni OLeite, Renata AparecidaSamelli, Alessandra Giannella
<em>Matas, Carla Gentile</em>;
<em>Silva, Fernanda Nivoloni O</em>;
<em>Leite, Renata Aparecida</em>;
<em>Samelli, Alessandra Giannella</em>;
<br/><br/>
TEMA: o efeito de supressão com ruído branco contralateral verificado sobre o potencial evocado auditivo de tronco encefálico pode ter influência do sistema auditivo eferente. OBJETIVOS: avaliar o efeito de supressão com ruído branco contralateral no potencial evocado auditivo de tronco encefálico em indivíduos com limiares auditivos dentro da normalidade. MÉTODOS: participaram desta pesquisa 25 indivíduos, de 18 a 30 anos de idade, de ambos os sexos, que foram submetidos à anamnese, inspeção do meato acústico externo, audiometria tonal liminar, logoaudiometria e medidas de imitância acústica, com o objetivo de selecionar os indivíduos com acuidade auditiva normal. Em seguida os indivíduos selecionados realizaram o potencial evocado auditivo de tronco encefálico sem e com ruído branco contralateral. RESULTADOS: na comparação entre as condições sem e com ruído branco contralateral verificou-se diferença estatisticamente significante para a amplitude da onda I e para as latências absolutas das ondas III e V, porém não foi observada diferença estatisticamente significante com relação às latências interpicos. CONCLUSÕES: o presente estudo verificou aumento nas latências e diminuição nas amplitudes das ondas I, III e V na presença de ruído contralateral, quando comparadas as condições com e sem ruído. Estes resultados sugerem uma possível influência do sistema nervoso auditivo eferente na modulação das respostas do potencial evocado auditivo de tronco encefálico quando se utiliza ruído branco contralateral.Consciência fonológica e habilidades de escrita em crianças com síndrome de Down10.1590/S0104-568720100003000222020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZLavra-Pinto, Bárbara deLamprecht, Regina Ritter
<em>Lavra-Pinto, Bárbara De</em>;
<em>Lamprecht, Regina Ritter</em>;
<br/><br/>
TEMA: síndrome de Down, consciência fonológica, escrita e memória de trabalho. OBJETIVOS: avaliar a consciência fonológica de crianças brasileiras com síndrome de Down. Analisar a relação existente entre as hipóteses de escrita dos participantes e os escores de consciência fonológica. Comparar o desempenho de crianças com síndrome de Down aos resultados esperados para crianças com desenvolvimento típico de acordo com a Conciência Fonológica. Instrumento de Avaliação Sequencial (CONFIAS), utilizando as hipóteses de escrita como critério de emparelhamento. Verificar a correlação entre medidas de consciência fonológica e memória de trabalho fonológica. MÉTODOS: onze crianças com idades cronológicas entre 7 e 14 anos (média: 9a10m) constituíram a amostra. A consciência fonológica foi avaliada utilizando-se o CONFIAS. A memória de trabalho fonológica foi avaliada através de um instrumento elaborado pela pesquisadora. RESULTADOS: os sujeitos avaliados apresentaram níveis mensuráveis de consciência fonológica por meio da aplicação do CONFIAS. Os escores de consciência fonológica e as hipóteses de escrita apresentaram associação positiva significativa. O desempenho das crianças com síndrome de Down foi significativamente inferior ao de crianças com desenvolvimento típico e mesma hipótese de escrita. As medidas de consciência fonológica e de memória de trabalho fonológica apresentaram correlações positivas significativas. CONCLUSÃO: a consciência fonológica de crianças brasileiras com síndrome de Down pode ser avaliada utilizando-se o CONFIAS. A consciência silábica aprimora-se com a alfabetização, já a consciência fonêmica parece surgir como resultado do aprendizado da língua escrita. A memória de trabalho fonológica influencia o desempenho de crianças com a síndrome em tarefas de consciência fonológica.Caracterização das puérperas assistidas pela fonoaudiologia de uma maternidade escola10.1590/S0104-568720100003000232020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZSantana, Maria da Conceição Carneiro Pessoa deGoulart, Bárbara Niegia Garcia deChiari, Brasília Maria
<em>Santana, Maria Da Conceição Carneiro Pessoa De</em>;
<em>Goulart, Bárbara Niegia Garcia De</em>;
<em>Chiari, Brasília Maria</em>;
<br/><br/>
TEMA: puérperas atendidas por serviço de Fonoaudiologia. OBJETIVOS: caracterizar a população de puérperas assistidas pelo Serviço de Fonoaudiologia, participantes da segunda etapa do Método Mãe-Canguru, em uma Maternidade Escola referência em alto risco, no ano de 2006. MÉTODOS: estudo descritivo analítico retrospectivo desenvolvido através da análise de 204 prontuários. Foram utilizadas técnicas de estatística descritiva, testes de Mann-Withney para comparação das variáveis sem distribuição normal, considerando significativos valores de p < 0,05. RESULTADOS: a idade média das genitoras foi 24,61 anos (dp = 7,36), sendo 125 (61,27%) oriundas do interior do estado e 102 (50%) solteiras. A maioria da população atendida referiu 4 a 7 anos de estudo (35,29%), ocupação principal atividades domésticas (76,47%) e ausência de experiência prévia quanto ao aleitamento materno (53,43%). O tipo de parto predominante foi cesárea em 98 (48,03%) mulheres e 89 (43,62%) mencionaram a realização de um a três consultas no pré-natal. CONCLUSÃO: a população assistida pelo Serviço de Fonoaudiologia se caracterizou por predominantemente primíparas solteiras, do interior do estado, de baixa renda familiar, sem trabalho remunerado, porém elevada escolaridade, em anos de estudo. Também foram detectados baixo número de consultas pré-natais, tipo de parto cesárea, idade gestacional baixa e elevado tempo de internação hospitalar.Medidas acústicas de fonte glótica de vozes masculinas normais10.1590/S0104-568720100003000242020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZBeber, Bárbara CostaCielo, Carla Aparecida
<em>Beber, Bárbara Costa</em>;
<em>Cielo, Carla Aparecida</em>;
<br/><br/>
TEMA: características vocais acústicas de homens jovens adultos. OBJETIVO: caracterizar as medidas acústicas da fonte glótica de homens adultos jovens com voz e laringe normais e compará-las ao padrão do software usado. MÉTODO: foram selecionados 25 sujeitos do sexo masculino, voz e laringe normais, faixa etária de adulto jovem (20 a 40 anos). Todos tiveram a emissão da vogal [a] analisada pelo Multi Dimensional Voice Program Advanced (MDVPA). Foi realizada a distribuição normal dos resultados de cada medida do programa através do Teste Lilliefords, com nível de significância de 5%. Os parâmetros que tiveram distribuição normal tiveram suas médias comparadas ao padrão de normalidade proposto pelo programa através do Teste t, com nível de significância de 5%. Resultado: o grupo foi caracterizado por 18 médias de medidas acústicas. As medidas de perturbação de frequência e de amplitude foram as que mais se distanciaram da normalidade, apresentando valores altos. Aproximadamente a metade das medidas apresentou distribuição normal. CONCLUSÃO: em homens adultos jovens com voz e laringe normais, as medidas de jitter e de shimmer mostraram-se altas e as de frequência fundamental, de ruído e de instabilidade ficaram dentro do esperado. Aproximadamente a metade das medidas apresentou distribuição normal, predominando as de jitter e de shimmer, podendo ser utilizadas como referência.Representação fonológica em crianças com Distúrbio Específico de Linguagem (DEL)10.1590/S0104-568720100003000252020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZBefi-Lopes, Debora MariaPereira, Ana Carulina SpinardiBento, Ana Carolina Paiva
<em>Befi-Lopes, Debora Maria</em>;
<em>Pereira, Ana Carulina Spinardi</em>;
<em>Bento, Ana Carolina Paiva</em>;
<br/><br/>
TEMA: crianças com Distúrbio Especifico de Linguagem (DEL) apresentam dificuldades no processamento de fala e esses prejuízos afetam o desenvolvimento de representações fonológicas. OBJETIVOS: avaliar as habilidades de crianças em Desenvolvimento Normal de Linguagem (DNL) e com DEL em distinguir palavras de pseudopalavras em uma tarefa de decisão lexical. MÉTODOS: participaram deste estudo dois grupos: Grupo Controle (GC), sem alterações de linguagem, composto por 36 sujeitos, e Grupo Pesquisa (GP), 18 sujeitos, com diagnóstico de DEL, com idades entre 4:0 - 8;9 anos. As crianças de ambos os grupos foram distribuídas em 3 subgrupos de acordo com o vocabulário receptivo. Foram selecionadas 48 palavras trissílabas, sendo 24 palavras reais e 24 que foram manipuladas a fim de se obter pseudopalavras. Três variáveis foram consideradas: (a) extensão de modificação, (b) posição de modificação e (c) tipo de modificação. As crianças deveriam decidir se uma sequência fonológica falada consistia de uma palavra ou não. RESULTADOS: mesmo sendo pareados por idade lexical houve diferença entre os GP e o GC, sendo que o GP apresentou maior dificuldade na decisão lexical tanto de palavras quanto de pseudopalavras. Ambos os grupos com idade lexical de 4 anos apresentaram maior dificuldade na tarefa se compararmos aos grupos de idade lexical maior (5 e 6 anos). CONCLUSÕES: crianças com DEL apresentam déficit na representação fonológica quando comparadas com crianças em DNL e esta diferença de desempenho pode ser explicada pela diferença na formação e retenção das representações na memória de trabalho, discriminação auditiva e planejamento e execução motora.Habilidades de discriminação auditiva em crianças com desvios fonológicos evolutivos10.1590/S0104-568720100003000262020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZSantos-Carvalho, Beatriz dosMota, Helena BolliKeske-Soares, MárciaAttoni, Tiago Mendonça
<em>Santos-Carvalho, Beatriz Dos</em>;
<em>Mota, Helena Bolli</em>;
<em>Keske-Soares, Márcia</em>;
<em>Attoni, Tiago Mendonça</em>;
<br/><br/>
TEMA: a habilidade de discriminação auditiva em crianças com desvio fonológico evolutivo. OBJETIVO: investigar esta habilidade nestas crianças, que recebiam ou haviam recebido tratamento fonoaudiológico; verificar se os fonemas alterados no sistema fonológico eram os mesmos não discriminados no teste de figuras para discriminação auditiva (adaptado por Mota et al. 2000, do "The Boston University Speech Sound Discrimination Picture Test") e se as habilidades de discriminação auditiva relacionavam-se com o sexo, a idade e o grau de severidade do desvio fonológico evolutivo. MÉTODO: os dados utilizados foram referentes a 41 crianças, sendo 16 do sexo feminino e 25 do sexo masculino, com idades compreendidas entre 4 anos e 8 anos e 2 meses, e foram coletados por meio da avaliação fonológica da criança e do teste de figuras para discriminação auditiva. RESULTADOS: observou-se que não houve diferença estatisticamente significante de desempenho no teste de figuras para discriminação auditiva entre os sexos e que o melhor desempenho no teste está correlacionado estatisticamente com o avanço da idade cronológica. Quanto mais severo for o desvio fonológico evolutivo maior é o número de fonemas para os quais a criança apresenta inabilidade de discriminação auditiva. CONCLUSÃO: a inabilidade de discriminação auditiva pode ser um fator causal ou agravante do desvio fonológico evolutivo, embora não se aplique a todos os casos.Avaliação fonoaudiológica e cintilográfica da deglutição de pacientes pós acidente vascular encefálico10.1590/S0104-568720100003000272020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZSilva, Ana Cristina Viana daDantas, Roberto OliveiraFabio, Soraia Ramos Cabette
<em>Silva, Ana Cristina Viana Da</em>;
<em>Dantas, Roberto Oliveira</em>;
<em>Fabio, Soraia Ramos Cabette</em>;
<br/><br/>
TEMA: a deglutição em pacientes pós Acidente Vascular Encefálico (AVE). OBJETIVO: estudar a deglutição de pacientes pós-AVE através de avaliação clínica fonoaudiológica e do método cintilográfico. MÉTODO: estudou-se 26 pacientes, sendo o primeiro AVE ocorrido há no máximo dois meses; o grupo controle continha 15 voluntários saudáveis; ambos grupos foram submetidos a avaliação clínica e cintilográfica da deglutição, ingerindo 5ml de líquido e 5ml de pastoso. A avaliação clínica constou de anamnese, avaliação estrutural (sem alimento) e funcional (com alimento). RESULTADOS: durante avaliação fonoaudiológica, o grupo controle apresentou elevação laríngea ineficiente e sinais clínicos de aspiração em um indivíduo. Quanto aos pacientes, 27% apresentaram, na fase oral, um preparo ineficiente do líquido e 42% do pastoso. Na fase faríngea, 12% apresentaram tosse e engasgo. Na avaliação cintilográfica, três pacientes foram excluídos da análise, pois dois deles não deglutiram durante o tempo de aquisição do exame e um engoliu antes da instrução da pesquisadora. Os pacientes apresentaram maior quantidade de resíduo oral e menor duração de trânsito faríngeo na deglutição de pastoso, comparado ao grupo controle. CONCLUSÃO: a complementaridade da avaliação clínica e instrumental no estudo da deglutição de pacientes com AVE é necessária e importante para o desempenho do trabalho fonoaudiológico e para o paciente que será reabilitado. O método cintilográfico deve ser mais utilizado como instrumento de pesquisa para quantificar o tempo de trânsito, o resíduo e o tempo de depuração em cada fase da deglutição, estabelecendo-se parâmetros para outros estudos.Validação de itens para uma escala de avaliação da inteligibilidade de fala10.1590/S0104-568720100003000282020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZSouza, Ana Paula Ramos deMarques, Jair MendesScott, Lisiane Collares
<em>Souza, Ana Paula Ramos De</em>;
<em>Marques, Jair Mendes</em>;
<em>Scott, Lisiane Collares</em>;
<br/><br/>
TEMA: avaliação da inteligibilidade de fala. OBJETIVO: esta pesquisa objetivou desenvolver e validar itens para uma escala de inteligibilidade de fala a partir da fala de sujeitos com distúrbios fonológicos (DF) que apresentassem estratégias de reparo (ER) frequentes em Português Brasileiro (PB), através da testagem de sua eficácia para classificar a fala desses sujeitos. Também observou a inteligibilidade de fala gerada pelo uso das distintas ER e a possível interferência de variáveis como sexo, idade, escolaridade e contato com crianças entre os julgadores das amostras de fala. MÉTODO: assim, narrativas espontâneas de cinco crianças cujas falas representassem casos clínicos típicos e a de um sujeito controle foram apresentadas em compact disc (CD) a 103 juízes adultos, com habilidades auditivas normais, entre 18 e 39 anos de idade, com escolaridade fundamental, média e superior. RESULTADOS: os resultados demonstraram a validade estatística dos itens da escala e que o tipo de ER é fundamental no processo de inteligibilidade. Não houve interferência estatística das variáveis sexo, idade, escolaridade ou contato com crianças nos julgamentos realizados. CONCLUSÃO: os itens da escala foram validados e demonstraram eficácia na avaliação da inteligibilidade de fala dos casos estudados.Redução de sílaba em fala espontânea nas alterações específicas de linguagem10.1590/S0104-568720100003000292020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZBefi-Lopes, Débora MariaRondon, Silmara
<em>Befi-Lopes, Débora Maria</em>;
<em>Rondon, Silmara</em>;
<br/><br/>
TEMA: a redução de sílaba (RS) ocorre frequentemente nas Alterações Específicas de Linguagem (AEL), podendo indicar um fator desviante no processo de aquisição fonológica destes sujeitos. OBJETIVO: verificar a ocorrência de RS na fala espontânea de crianças com AEL e a influência dos fatores extensão das palavras e tonicidade para sua ocorrência. MÉTODO: foram sujeitos 27 crianças com AEL, com idades entre 3:0 e 5:11 anos, em tratamento fonoaudiológico semanal, que apresentaram 50% de acertos em provas específicas de fonologia realizadas ou que apresentaram inteligibilidade de fala passível de análise pela fala espontânea. As amostras de fala foram obtidas a partir de interação lúdica com a pesquisadora e pelo discurso eliciado por figuras. A ocorrência de RS foi analisada considerando-se: extensão das palavras produzidas, preferência por sílabas tônicas ou átonas e posição das sílabas nas palavras em que ocorreu RS. RESULTADOS: houve predomínio na produção de palavras dissílabas (X2 = 72,49; p < 0,001), a ocorrência de redução de sílaba foi significantemente maior nas palavras polissílabas (X2 = 11,22; p < 0,004) e as sílabas iniciais foram mais reduzidas (X2 = 34,99; p < 0,001). As sílabas átonas foram reduzidas com maior frequência (Z = -5,79; p < 0,001). CONCLUSÃO: a preferência pela produção de palavras dissílabas confirma a dificuldade dos sujeitos com estruturas silábicas complexas e justifica parte de sua ininteligibilidade em fala espontânea. A predominância da redução de sílabas átonas indica a preferência pela produção do núcleo das palavras, em que a ênfase é dada na sílaba tônica durante a expressão da linguagem.Avaliação do processamento auditivo central em adolescentes expostos ao mercúrio metálico10.1590/S0104-568720100003000302020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZDutra, Marilene Danieli SimõesMonteiro, Marcia CavadasCâmara, Volney de Magalhães
<em>Dutra, Marilene Danieli Simões</em>;
<em>Monteiro, Marcia Cavadas</em>;
<em>Câmara, Volney De Magalhães</em>;
<br/><br/>
TEMA: processamento auditivo central e exposição ao mercúrio metálico. OBJETIVO: comparar o desempenho nos testes comportamentais de processamento auditivo central entre adolescentes expostos e não expostos ao mercúrio metálico. MÉTODO: foram avaliados 52 adolescentes de ambos os sexos que apresentavam limiares auditivos dentro dos padrões de normalidade. O grupo de estudo (GE) incluiu 21 adolescentes que referiram trabalhar na queima dos amálgamas de ouro-mercúrio, re-queimar ouro em lojas que comercializam este metal ou residir próximos às áreas de garimpos e às lojas que comercializam ouro. O grupo de comparação (GC) foi composto por 31 adolescentes que não apresentaram história de exposição ao mercúrio. Os procedimentos incluíram um questionário sobre a história clínica, laboral e da exposição ao mercúrio, audiometria tonal liminar e bateria de testes para avaliação do processamento auditivo central. RESULTADOS: As diferenças de desempenho na avaliação do processamento auditivo central entre o GE e o GC foram estatisticamente significantes para o teste de memória seqüencial para sons não verbais (p = 0,001), para os testes de padrão de freqüência (p = 0,000) e de duração (p = 0,000) e para o SSW em Português (p = 0,006). CONCLUSÃO: os adolescentes expostos ao mercúrio metálico apresentaram desempenho significativamente inferior aos não expostos para a maioria dos testes comportamentais do processamento auditivo central e a principal alteração encontrada nessa população foi no processamento de sons breves e sucessivos.Desempenho de crianças com fenilcetonúria no Teste de Screening de Desenvolvimento Denver - II10.1590/S0104-568720100003000312020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZSilva, Greyce Kelly daLamônica, Dionísia Aparecida Cusin
<em>Silva, Greyce Kelly Da</em>;
<em>Lamônica, Dionísia Aparecida Cusin</em>;
<br/><br/>
TEMA: desempenho de crianças com PKU no Teste de Screening de Desenvolvimento Denver - II. Introdução: a fenilcetonúria é uma desordem autossômica recessiva resultante da mutação do gene localizado no cromossomo 12q22.24.1. OBJETIVO: caracterizar o desempenho de crianças com fenilcetonúria diagnosticadas e tratadas precocemente por meio do Teste de Screening de Desenvolvimento Denver II e dos níveis de fenilalanina sanguíneos. MÉTODO: participaram 20 crianças, dez com fenilcetonúria, diagnosticadas e tratadas desde o nascimento, de idade cronológica entre três a seis anos, e dez crianças do grupo típico, pareadas quanto ao sexo, idade e nível socioeconômico. Os níveis sanguíneos e as informações neurológicas, psicológicas e sociais foram obtidas no banco de dados do Programa de Triagem Neonatal para Erros Inatos do Metabolismo. A avaliação constou da aplicação do Teste de Screening de Desenvolvimento Denver-II. Utilizou-se estatística descritiva e aplicação do teste estatístico de Mann Whitney para a caracterização das habilidades. Para as medições dos níveis plasmáticos sanguíneos de fenilalanina considerou-se os valores abaixo de 2mg/dL, acima de 4mg/dL, os valores de referência entre 2 e 4mg/dL, de todos os exames realizados no decorrer da vida dos participantes, os valores mínimos e máximos e o valor obtido na época da avaliação fonoaudiológica. Resultado: A comparação entre os grupos foi estatisticamente significante nas áreas pessoal-social e de linguagem. CONCLUSÃO: crianças com fenilcetonúria diagnosticadas e tratadas precocemente apresentaram prejuízo nas áreas pessoal-social e de linguagem e, mesmo com o acompanhamento periódico, apresentaram dificuldades para manter os níveis de normalidade de fenilalanina, embora realizassem o tratamento recomendado.Limiar de resolução temporal auditiva em idosos10.1590/S0104-568720100003000322020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZQueiroz, Daniela Soares deMomensohn-Santos, Teresa MariaBranco-Barreiro, Fátima Cristina Alves
<em>Queiroz, Daniela Soares De</em>;
<em>Momensohn-Santos, Teresa Maria</em>;
<em>Branco-Barreiro, Fátima Cristina Alves</em>;
<br/><br/>
TEMA: o Teste de Detecção de Intervalo Aleatório - Random Gap Detection Test (RGDT) avalia o limiar de resolução temporal. Existem dúvidas se à medida que o sujeito envelhece, seu desempenho nesta tarefa se mantém inalterada. Ao mesmo tempo, existe a preocupação do quanto as suas dificuldades de comunicação estariam relacionadas a uma degradação da resolução temporal. OBJETIVO: determinar o limiar de resolução temporal auditiva em idosos com audição periférica normal ou perda do tipo neurossensorial, simétrica de até grau leve, e sua correlação com: gênero, idade, achados audiométricos e pontuação no Questionário de Auto-Avaliação da Comunicação - Self-Assessment of Communication (SAC). MÉTODO: 63 idosos, com idades entre 60 e 80 anos (53 mulheres e 10 homens), foram submetidos ao RGDT e ao SAC. RESULTADOS: a análise estatística da relação entre gênero e limiar do RGDT mostrou que o desempenho dos idosos do gênero feminino foi estatisticamente pior em relação ao masculino. Não houve correlação das variáveis idade e configuração audiométrica entre os sujeitos do gênero feminino e o desempenho do RGDT e no SAC. Os resultados do SAC mostraram que ambos os gêneros não apresentaram queixas significantes de dificuldade de comunicação independente do resultado do RGDT ou da configuração audiométrica. CONCLUSÃO: o limiar médio de resolução temporal para os idosos do gênero feminino foi de 104,81ms. Para o grupo do gênero feminino, não foram observadas correlação entre as variáveis idade e configuração audiométrica, tanto para os resultados do teste RGDT quanto para os resultados do questionário SAC.Disfonia psicogênica associada a outras doenças: desafio para o tratamento fonoaudiológico10.1590/S0104-568720100003000332020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZNemr, KátiaSimões-Zenari, MarciaMarques, Suelen FernandaCortez, Juliane PereiraSilva, Andreza Luciane da
<em>Nemr, Kátia</em>;
<em>Simões-Zenari, Marcia</em>;
<em>Marques, Suelen Fernanda</em>;
<em>Cortez, Juliane Pereira</em>;
<em>Silva, Andreza Luciane Da</em>;
<br/><br/>
TEMA: sucessos e dificuldades no tratamento de disfonia psicogênica. OBJETIVO: discutir as limitações da terapia fonoaudiológica para disfonia psicogênica associada a outras doenças. MÉTODO: foram utilizados protocolos de avaliação e registros de terapia para discussão do caso. RESULTADOS: a paciente chegou com importante alteração vocal e, após avaliação, diagnosticou-se disfonia psicogênica. O tratamento envolveu ativação vocal e modificação do ajuste fixado. Observaram-se mudanças positivas como estabilidade no padrão vocal, redução da rouquidão, aspereza, soprosidade e desconforto laríngeo e na qualidade de vida relacionada à voz, mas que não se sustentaram na medida em que houve piora dos outros problemas de saúde. CONCLUSÃO: o tratamento fonoaudiológico pode ser limitado, contudo desafiador, quando a disfonia psicogênica ocorre de maneira concomitante com outras doenças.A regressão observada no tratamento do desvio fonológico10.1590/S0104-568720100003000342020-08-09T08:15:03.769000Z2020-08-09T06:48:53.546000ZChecalin, Mardônia AlvesGhisleni, Maria Rita LealFerreira-Gonçalves, GiovanaKeske-Soares, MárciaMota, Helena Bolli
<em>Checalin, Mardônia Alves</em>;
<em>Ghisleni, Maria Rita Leal</em>;
<em>Ferreira-Gonçalves, Giovana</em>;
<em>Keske-Soares, Márcia</em>;
<em>Mota, Helena Bolli</em>;
<br/><br/>
TEMA: regressão no desempenho fonológico. OBJETIVO: verificar a regressão no desempenho fonológico quanto à produção dos sons no tratamento do desvio fonológico. MÉTODO: três sujeitos com desvios fonológicos, com idade de 6:0, 7:0, 7:0, foram tratados com o /r/ pelo Modelo ABAB-Retirada e Provas Múltiplas. Compararam-se, após um ciclo de tratamento, quais fonemas sofreram processo de regressão no percentual de produção. RESULTADOS: verificou-se que o processo de regressão ocorreu no sistema fonológico de todos os sujeitos. Os traços envolvidos foram, na sua maioria, os de classe principal. CONCLUSÃO: há relação entre os traços do fonema tratado e dos que apresentaram regressão nos casos estudados.