Physis: Revista de Saúde Coletivahttps://www.scielo.br/feed/physis/2008.v18n3/2022-12-16T19:51:43.123000ZVol. 18 No. 3 - 2008WerkzeugNovas perspectivas em Epidemiologia10.1590/S0103-733120080003000012022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZCamargo Jr., Kenneth Rochel de
<em>Camargo Jr., Kenneth Rochel De</em>;
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Determinantes sociais da saúde: alguns avanços na pesquisa epidemiológica10.1590/S0103-733120080003000022022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZFaerstein, Eduardo
<em>Faerstein, Eduardo</em>;
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Associação do status socioeconômico com obesidade10.1590/S0103-733120080003000032022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZVieira, Ana CarolinaReiff eSichieri, Rosely
<em>Vieira, Ana Carolinareiff E</em>;
<em>Sichieri, Rosely</em>;
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Os estudos nacionais indicam comportamento epidêmico da obesidade, e ênfase tem sido dada sobre os determinantes sociais do excesso de peso. O status socioeconômico tem sido avaliado por ocupação, educação e renda. Vários fatores relacionados à obesidade, como atividade física, consumo alimentar e hábitos familiares sofrem também influência do status socioeconômico. Realizou-se revisão da literatura sobre a associação do status socioeconômico com obesidade e também foram apresentados dados de uma pesquisa de base populacional sobre obesidade em mulheres do município do Rio de Janeiro. A ocorrência da obesidade entre os diferentes níveis de status socioeconômico é influenciada pelo sexo e idade, e são discutidos fatores ambientais que determinam a possibilidade de acesso aos alimentos saudáveis e a oportunidade de prática de atividade física. Por fim, é discutido como os hábitos familiares influenciam nas escolhas dos alimentos e como o status socioeconômico pode modificar esse efeito, bem como a disponibilidade de alimentos e o preço destes, levando a um maior consumo de alimentos de alta densidade energética, fator de risco dietético para obesidade.Perspectivas da investigação sobre determinantes sociais em câncer10.1590/S0103-733120080003000042022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZWünsch Filho, VictorAntunes, José Leopoldo FerreiraBoing, Antonio FernandoLorenzi, Ricardo Luiz
<em>Wünsch Filho, Victor</em>;
<em>Antunes, José Leopoldo Ferreira</em>;
<em>Boing, Antonio Fernando</em>;
<em>Lorenzi, Ricardo Luiz</em>;
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As diferenças socioeconômicas têm reflexos no perfil epidemiológico de câncer, no que diz respeito a incidência, mortalidade, sobrevida e qualidade de vida após o diagnóstico. Neste artigo examinam-se as disparidades da ocorrência de câncer na população brasileira e sintetizam-se evidências das investigações sobre determinantes sociais em câncer. Foram considerados os principais fatores que modulam a influência das condições socioeconômicas na ocorrência do câncer, como tabagismo, consumo de álcool, hábitos alimentares e obesidade, ocupação e acesso aos serviços de saúde. Modificações nas condições sociais dependem de mudanças estruturais na sociedade, a exemplo de melhorias do nível educacional; no entanto, investigações epidemiológicas bem conduzidas podem contribuir para o planejamento de intervenções visando a reduzir o impacto dos determinantes sociais em câncer. Esses estudos devem prover estratégias para promoção da qualidade das informações de incidência e mortalidade; realização periódica de inquéritos populacionais sobre prevalência de fatores de risco para câncer; desenvolver desenhos epidemiológicos mais eficientes para avaliar o efeito de fatores etiológicos em câncer e suas relações com o status social; análise de programas de rastreamento para tumores passíveis de detecção precoce; e avaliações do acesso da população ao diagnóstico e tratamento. Essas pesquisas devem contemplar populações em distintas regiões do mundo, em particular aquelas vivendo em regiões marginalizadas da dinâmica do atual sistema econômico global.Desigualdades de classe e gênero e saúde mental nas cidades10.1590/S0103-733120080003000052022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZLudermir, Ana Bernarda
<em>Ludermir, Ana Bernarda</em>;
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O caráter social da doença mental se expressa objetivamente na sua distribuição desigual entre homens e mulheres e entre diferentes classes sociais. Essas desigualdades representam um persistente achado na literatura. Diversos autores têm encontrado alta prevalência dos Transtornos Mentais Comuns (TMC) em mulheres, nos excluídos do mercado formal de trabalho, nos indivíduos de baixa renda e nos de baixa escolaridade. Alguns estudos fundamentais para a visão contemporânea sobre as desigualdades de classe e gênero dos TMC são tratados neste artigo. As reflexões a respeito dos determinantes sociais da doença mental apontam desafios para a formulação de políticas públicas de saúde.Unidade de contexto e observação social sistemática em saúde: conceitos e métodos10.1590/S0103-733120080003000062022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZProietti, Fernando AugustoOliveira, Cláudia Di LorenzoFerreira, Fabiane RibeiroFerreira, Aline DayrellCaiaffa, Waleska Teixeira
<em>Proietti, Fernando Augusto</em>;
<em>Oliveira, Cláudia Di Lorenzo</em>;
<em>Ferreira, Fabiane Ribeiro</em>;
<em>Ferreira, Aline Dayrell</em>;
<em>Caiaffa, Waleska Teixeira</em>;
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Assumimos que "onde você mora é importante para sua saúde, para além de quem você é". Entendemos que o impacto do local de moradia ou unidade de contexto (UC) na saúde das populações se deve à heterogeneidade dos atributos do entorno físico e social da UC, para além das características individuais ou agregadas daqueles ali aninhados. Estes atributos, embora dependentes dos indivíduos, são tipicamente externos a eles e potencialmente modificáveis. As UC são compreendidas como unidades ecológicas inseridas em conjuntos sucessivamente mais amplos e interdependentes. Quando relevante para a hipótese do estudo, unidades geográficas administrativas podem ser utilizadas como aproximações da UC. Outra alternativa é a que utiliza a percepção de seus moradores, a "vizinhança percebida". O ressurgimento do interesse com relação à determinação dos efeitos da UC sobre a saúde correlaciona com novas tendências na área da saúde coletiva: incorporação de novos níveis hierárquicos de exposição, as iniqüidades e seus determinantes, a urbanização e seus efeitos e a avaliação de intervenções multi-setoriais. Nosso objetivo central é rever opções para a escolha da UC a ser investigada além de estratégias para a aferição de seus atributos físicos e sociais, utilizando a observação social sistemática (OSS). A combinação de dados originárias de dados administrativos, da vizinhança percebida, dos inquéritos populacionais e da OSS ainda necessita de maiores elaborações conceitual, metodológica e analítica. Entretanto, a compreensão da distribuição dos atributos físicos e sociais da UC permite compor níveis hierárquicos de complexidade relevantes para o entendimento da ocorrência dos eventos relacionados à saúde nas populações.O discurso da institucionalização de práticas em saúde: uma reflexão à luz dos referenciais teóricos das ciências humanas10.1590/S0103-733120080003000072022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZLins, Auristela MacielCecilio, Luiz Carlos de Oliveira
<em>Lins, Auristela Maciel</em>;
<em>Cecilio, Luiz Carlos De Oliveira</em>;
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O objetivo deste artigo é promover uma reflexão sobre o discurso da institucionalização de práticas de saúde, notadamente da avaliação, e em que medida ela pode levar à mudança pretendida, ou, por outro lado, reafirmar conceitos enraizados e reproduzir práticas. Para isto, se buscou auxílio nos teóricos do campo das ciências humanas, principalmente aqueles que têm refletido sobre as instituições sociais. Os referenciais teóricos utilizados são de autores da sociologia positivista, da fenomenologia sociológica e do movimento institucionalista francês. Com eles, busca-se compreender a noção de instituição presente nessas escolas e seu reflexo na concepção de institucionalização. À luz do referencial no qual se apóiam, os autores sugerem alguns cuidados na condução prática das ações que apóiam o movimento da institucionalização da avaliação em saúde.Pessoas com deficiência: nossa maior minoria10.1590/S0103-733120080003000082022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZSantos, Wederson Rufino dos
<em>Santos, Wederson Rufino Dos</em>;
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Os estudos internacionais sobre deficiência são um campo consolidado nas ciências sociais, embora no Brasil seja incipiente e frágil. O conceito de deficiência diz respeito às restrições sociais impostas às pessoas que possuem variedade nas habilidades corporais. O objetivo deste artigo é analisar o debate sobre deficiência a partir de dois enfoques: 1) compreender a deficiência como uma manifestação da diversidade humana, partindo da análise do debate do modelo social da deficiência - uma corrente política e teórica que reconhece a deficiência como opressão sofrida pelas pessoas com lesões em ambientes sociais pouco adaptados às diversidades corporais; 2) demonstrar que a mudança na compreensão do corpo com deficiência como manifestação da diversidade corporal traz melhores instrumentos para o modo como a sociedade deve se organizar para promover justiça às pessoas com deficiência, promovendo a garantia dos direitos de cidadania dessas pessoas que representam 14,5% da população brasileira, segundo o último Censo de 2000.Mercado de trabalho: revendo conceitos e aproximando o campo da saúde. A década de 90 em destaque10.1590/S0103-733120080003000092022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZVarella, Thereza ChristinaPierantoni, Célia Regina
<em>Varella, Thereza Christina</em>;
<em>Pierantoni, Célia Regina</em>;
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Este artigo analisa o mercado de trabalho em saúde, em comparação com o mercado de trabalho brasileiro em geral. Apresenta inicialmente uma aproximação teórica sobre o tema, para sustentar o debate. Discute as características do mercado de trabalho em geral, buscando evidenciar se o quadro de desestruturação e desregulamentação verificado pode, em parte, ser reflexivo na configuração do setor saúde. Evidencia um movimento migratório de empregos públicos da esfera federal para a municipal, e também que, na década de 90, sobretudo o setor público se valeu de modalidades mais flexíveis para a contratação de profissionais de saúde.Sobre determinado uso do enquadre na pesquisa qualitativa em saúde: a questão do analisador natural10.1590/S0103-733120080003000102022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZVidal, Manola
<em>Vidal, Manola</em>;
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Este artigo procura demonstrar a inclusão, nos limites do enquadre metodológico da pesquisa qualitativa em saúde, de um analisador natural surgido na dinâmica da relação entre pesquisador e sujeito da pesquisa. A investigação sobre o humor materno em mães de bebês prematuros após a alta hospitalar, objeto de pesquisa de doutoramento em Saúde da Mulher, apresentou uma interface com as reações emocionais experienciadas no interior do ambiente de tratamento intensivo. A análise e interpretação do material da pesquisa referente a esse período contribuíram de forma a reparar a condição de vulnerabilidade moral de um grupo frequentemente excluído do conhecimento sobre os processos de humanização de assistência à saúde, o das mães em alojamento conjunto na internação de seus filhos, contribuindo para reflexões sobre a ética em pesquisa com seres humanos.O que pode um corpo? O método Angel Vianna de conscientização do movimento como um instrumento terapêutico10.1590/S0103-733120080003000112022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZResende, Catarina
<em>Resende, Catarina</em>;
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Contrapondo-se à educação tradicional da dança, quando esta trabalhava corpo e movimento padronizados, o método Angel Vianna de Conscientização do Movimento começou a ser desenvolvido no ensino do balé clássico - e posteriormente da expressão corporal - que considerasse o corpo e o movimento na sua singularidade. Esse modo original e autêntico de lidar com o corpo acabou direcionando a Conscientização do Movimento para uma utilidade também terapêutica, sendo aplicada em diversas áreas de atuação no campo da saúde. Porém, apesar de a Conscientização do Movimento ter demonstrado consistência e eficácia, sua aplicação terapêutica ainda se dá na primazia da experiência, carecendo de uma formalização dos fundamentos teórico-conceituais que a sustente enquanto método de trabalho terapêutico para a área da saúde. O objetivo principal deste artigo foi propor uma possível formalização dos fundamentos teórico-conceituais que orientam a Conscientização do Movimento no campo da saúde. A pesquisa parte de nossa própria experiência, além da utilização do método filosófico-conceitual que nos permite desconstruir crenças cristalizadas e propor uma concepção mais ampliada do processo saúde-doença. Consideramos que uma terapêutica como o método Angel Vianna de Conscientização do Movimento pode, via corpo, contribuir para a integração do psicossoma, ampliando a saúde do indivíduo enquanto capacidade normativa e criativa. Entretanto, mesmo sendo uma prática corporal que se faz potente em vários âmbitos por sua própria experiência, percebemos que o fato de ser formalizada sem cair em reducionismos ou cristalizações pôde trazer ainda mais vitalidade à sua aplicação terapêutica.Uma nova anatomia é destino?10.1590/S0103-733120080003000122022-12-16T19:51:43.123000Z2020-08-09T06:48:51.354000ZChazan, Lilian Krakowski
<em>Chazan, Lilian Krakowski</em>;
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