Revista de Saúde Públicahttps://www.scielo.br/feed/rsp/2002.v36n2/2024-02-16T20:15:39.765000ZUnknown authorVol. 36 No. 2 - 2002WerkzeugEleição para diretor geral da Organização Pan-Americana da Saúde, 200210.1590/S0034-891020020002000012024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZGoldbaum, Moisés
<em>Goldbaum, Moisés</em>;
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Risco de câncer de pulmão, laringe e esôfago atribuível ao fumo10.1590/S0034-891020020002000022024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZMenezes, Ana MBHorta, Bernardo LOliveira, André Luiz BKaufmann, Ricardo ACDuquia, RodrigoDiniz, AlessandroMotta, Luiz HenriqueCenteno, Marco SEstanislau, GustavoGomes, Laura
<em>Menezes, Ana Mb</em>;
<em>Horta, Bernardo L</em>;
<em>Oliveira, André Luiz B</em>;
<em>Kaufmann, Ricardo Ac</em>;
<em>Duquia, Rodrigo</em>;
<em>Diniz, Alessandro</em>;
<em>Motta, Luiz Henrique</em>;
<em>Centeno, Marco S</em>;
<em>Estanislau, Gustavo</em>;
<em>Gomes, Laura</em>;
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OBJETIVO: Os tipos de câncer de pulmão, laringe e esôfago têm como um de seus principais fatores de risco o fumo. O objetivo do estudo foi avaliar o risco populacional atribuível ao fumo nesses tipos de câncer. MÉTODOS: A pesquisa baseou-se em três estudos de caso-controle em cidade de médio porte do Brasil. Analisaram-se casos incidentes hospitalares de câncer de pulmão, de laringe e de esôfago diagnosticados por biópsias; os controles foram pacientes hospitalizados por outros motivos, sem ser câncer ou doenças altamente relacionadas ao fumo. O fator de exposição foi o tabagismo medido em três níveis: não-fumantes, ex-fumantes e fumantes atuais, definidos por meio de questionários aplicados por entrevistadores treinados. Para a medida de efeito, foi utilizado o odds ratio obtendo-se, dessa forma, o "risco populacional atribuível" ao fumo com IC de 95%. RESULTADOS: Foram estudados 122 casos e 244 controles de câncer de pulmão, 50 casos de câncer de laringe e 48 casos de câncer de esôfago, com um grupo de 96 controles comum a ambos. A prevalência da exposição ao fumo utilizada para a análise foi de 34%, que corresponde à prevalência de fumo na população adulta da cidade. Os odds ratios para o cálculo do risco populacional atribuível foram obtidos por análises ajustadas para os fatores de confusão de cada um dos estudos. Para ex-fumantes com câncer de pulmão, o risco populacional atribuível foi de 63% (IC95%, 0,58-0,68) e, para fumantes, de 71% (IC95%, 0,65-0,77). Para câncer de laringe, o RPA foi de 74% (IC95%, 0,70-0,78) para ex-fumantes e de 86% (IC95%, 0,81-0,85) para fumantes. O câncer de esôfago mostrou um risco de 54% (IC95%, 0,46-0,62) para fumantes. CONCLUSÃO: Conclui-se que o fumo é um importante fator de risco e que a cessação do mesmo contribuiria para reduções significativas na incidência de câncer nesses três sítios.Mortalidade em idosos por diabetes mellitus como causa básica e associada10.1590/S0034-891020020002000032024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZCoeli, Cláudia MedinaFerreira, Luis Guilherme Francisco DuarteDrbal, Mônica de MirandaVeras, Renato PeixotoCamargo Jr., Kenneth Rochel deCascão, Ângela Maria
<em>Coeli, Cláudia Medina</em>;
<em>Ferreira, Luis Guilherme Francisco Duarte</em>;
<em>Drbal, Mônica De Miranda</em>;
<em>Veras, Renato Peixoto</em>;
<em>Camargo Jr., Kenneth Rochel De</em>;
<em>Cascão, Ângela Maria</em>;
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OBJETIVO:Analisar a mortalidade por diabetes mellitus em idosos e a subenumeração do diabetes como causa do óbito de acordo com estatísticas baseadas unicamente em causa básica de óbito. MÉTODOS:Foram revisadas todas as 2.974 declarações de óbito ocorridas em 1994 de idosos residentes em um núcleo habitacional localizado na cidade do Rio de Janeiro, RJ. Destas, foram estudados 291 óbitos, tendo o diabetes mellitus como causa básica (150) e associada (141). A proporção de óbitos em que a diabetes aparece como causa básica em relação ao total de óbitos por diabetes foi calculada de forma global e segundo sexo e faixa etária. RESULTADOS:Dos 291 óbitos estudados, 138 (47,4%) ocorreram em homens, e 153, em mulheres (52,6%). As taxas de mortalidade apresentaram crescimento contínuo com o avançar da idade, sendo superiores no sexo masculino, embora a diferença entre sexos tenha sido menor para a análise baseada unicamente na causa básica. Observou-se proporção elevada de óbitos domiciliares (22%). A proporção de óbitos por diabetes como causa básica foi de 51,5%, sendo maior nas mulheres do que nos homens. CONCLUSÕES:A análise das estatísticas de mortalidade baseadas unicamente na causa básica do óbito pode levar a perfis distorcidos, em função da subenumeração não ocorrer aleatoriamente. Estudos adicionais em coortes de idosos brasileiros diabéticos são necessários para permitir uma avaliação mais acurada da mortalidade nesse grupo.Mortalidade por desnutrição em idosos, região Sudeste do Brasil, 1980-199710.1590/S0034-891020020002000042024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZOtero, Ubirani BarrosRozenfeld, SuelyGadelha, Angela Maria JourdanCarvalho, Marilia Sá
<em>Otero, Ubirani Barros</em>;
<em>Rozenfeld, Suely</em>;
<em>Gadelha, Angela Maria Jourdan</em>;
<em>Carvalho, Marilia Sá</em>;
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OBJETIVO: Conhecer a freqüência da desnutrição como causa de morte na população idosa. MÉTODOS: Foram selecionados indivíduos com 60 anos ou mais de ambos os sexos, dos municípios da região Sudeste, entre 1980 e 1997. As fontes de dados foram o registro de óbitos do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (1980-1998) e a população estimada pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar). Para classificação dos óbitos, empregou-se a CID-9 (260 a 263.9), para os anos de 1980 até 1995, e a CID-10 (E40 a E46), para os anos mais recentes. RESULTADOS: No Brasil, entre 1980 e 1997, ocorreram 36.955 óbitos por desnutrição em idosos. A região Sudeste concentrou o maior número -- 23.968 (64,9%) -- dentre as demais regiões brasileiras. No Estado de São Paulo, ocorreram 11.067 óbitos por desnutrição em idosos, e, no Rio de Janeiro, 7.763, obtendo, esses dois estados em conjunto, os maiores valores da região. É maior a proporção de óbitos e maiores os coeficientes de mortalidade em indivíduos de 70 anos ou mais do que em indivíduos da faixa etária de 60 a 69 anos, independentemente do sexo. CONCLUSÃO: Os resultados preliminares do estudo levantam algumas questões: o papel da desnutrição como causa associada; a tendência de aumento dos óbitos por desnutrição na velhice; o comportamento diferenciado entre estados da mesma região. Análises estatísticas do tipo séries-temporais possivelmente conseguiriam explicar melhor os fenômenos apontados. Será preciso aprofundar o estudo do papel da desnutrição na população com 60 anos ou mais para estabelecer estratégias de intervenção adequadas.Mortalidade por asma no Município de São Paulo, Brasil10.1590/S0034-891020020002000052024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZRio, Evani Marzagão BeringhsGallo, Paulo RogérioSiqueira, Arnaldo A Franco de
<em>Rio, Evani Marzagão Beringhs</em>;
<em>Gallo, Paulo Rogério</em>;
<em>Siqueira, Arnaldo A Franco De</em>;
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OBJETIVO: Quantificar e comparar a mortalidade por asma como causa básica, considerando as variáveis sexo, idade e sazonalidade. MÉTODO: Os dados foram obtidos de atestados de óbito com código 493 (CID-9) ocorridos entre cinco e 34 anos nos triênios: 1983-1985 e 1993-1995, no Município de São Paulo, SP. Comparam-se diretamente os valores dos coeficientes de mortalidade, a tendência das razões de chance e o número absoluto de mortes por asma. Para análise dos dados, foi adotado o odds ratio (razões de chance). RESULTADOS: Não se observou aumento da mortalidade por asma na comparação dos triênios. Não há diferenças entre sexos. Observa-se maior número de ocorrências na faixa etária de 20 a 34 anos. A sazonalidade mostra melhor definição no primeiro triênio estudado que no segundo. CONCLUSÕES: Os resultados contrariam estudos realizados em vários outros países onde houve tendência de aumento da mortalidade por asma nesse mesmo período estudado. O sexo não influiu no risco de mortalidade. Os óbitos são mais freqüentes entre adultos jovens, podendo ser nove vezes maiores que em crianças menores. Razões como o agravamento das questões sociais e da assistência à saúde ou mesmo as alterações nos fenômenos climáticos podem estar relacionadas à perda de definição da sazonalidade no risco de morte por asma. A doença ainda não é considerada, por muitos profissionais, essencial para explicar a cadeia de eventos que levam o indivíduo à morte.Rash after measles vaccination: laboratory analysis of cases reported in São Paulo, Brazil10.1590/S0034-891020020002000062024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZOliveira, Maria ICurti, Suely PFigueiredo, Cristina AAfonso, Ana MSTheobaldo, MárciaAzevedo, Raymundo SDurigon, Edison L
<em>Oliveira, Maria I</em>;
<em>Curti, Suely P</em>;
<em>Figueiredo, Cristina A</em>;
<em>Afonso, Ana Ms</em>;
<em>Theobaldo, Márcia</em>;
<em>Azevedo, Raymundo S</em>;
<em>Durigon, Edison L</em>;
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OBJECTIVE: The clinical differential diagnosis of rash due to viral infections is often difficult, and misdiagnosis is not rare, especially after the introduction of measles and rubella vaccination. A study to determine the etiological diagnosis of exanthema was carried out in a group of children after measles vaccination. METHODS: Sera collected from children with rash who received measles vaccine were reported in 1999. They were analyzed for IgM antibodies against measles virus, rubella virus, human parvovirus B19 (HPV B19) using ELISA commercial techniques, and human herpes virus 6 (HHV 6) using immunofluorescence commercial technique. Viremia for each of those viruses was tested using a polimerase chain reaction (PCR). RESULTS: A total of 17 cases of children with exanthema after measles immunization were reported in 1999. The children, aged 9 to 12 months (median 10 months), had a blood sample taken for laboratory analysis. The time between vaccination and the first rash signs varied from 1 to 60 days. The serological results of those 17 children suspected of measles or rubella infection showed the following etiological diagnosis: 17.6% (3 in 17) HPV B19 infection; 76.5% (13 in 17) HHV 6 infection; 5.9% (1 in 17) rash due to measles vaccine. CONCLUSIONS: The study data indicate that infection due to HPV B19 or HHV 6 can be misdiagnosed as exanthema due to measles vaccination. Therefore, it is important to better characterize the etiology of rash in order to avoid attributing it incorrectly to measles vaccine.Epidemiologia da infecção pela dengue em Ribeirão Preto, SP, Brasil10.1590/S0034-891020020002000072024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZRodrigues, Eugênia Maria SilveiraDal-Fabbro, Amaury LélisSalomão, RogérioFerreira, Ivani BisordiRocco, Iray MariaFonseca, Benedito Antonio Lopes da
<em>Rodrigues, Eugênia Maria Silveira</em>;
<em>Dal-Fabbro, Amaury Lélis</em>;
<em>Salomão, Rogério</em>;
<em>Ferreira, Ivani Bisordi</em>;
<em>Rocco, Iray Maria</em>;
<em>Fonseca, Benedito Antonio Lopes Da</em>;
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OBJETIVO: Avaliar a transmissão de dengue em uma instituição correcional de adolescentes localizada em Ribeirão Preto, SP, Brasil. MÉTODOS: Foi realizado um inquérito sorológico e virológico da população de internos e funcionários de uma instituição correcional de adolescentes infratores localizada em Ribeirão Preto, SP, Brasil. A população de estudo consistiu em 105 menores e 91 funcionários que representavam 89% do total de pessoas expostas. O sangue coletado da população estudada foi armazenado e processado para avaliação pelas técnicas de MAC-Elisa e de isolamento viral. Cada participante respondeu a um questionário aplicado na ocasião da coleta de sangue. RESULTADOS: Do total de amostras de sangue coletadas (n=196), 42 (21,4%) foram positivas para anticorpos da classe IgM, e 43 (21,9%), para anticorpo IgG; destes, 15 com IgM e IgG positivas e 28 (14,3%) com apenas IgG positiva. Em cinco amostras, foram isolados vírus da dengue, sorotipo 1. Dos 42 casos com IgM positiva, 14 (33,4%) não relataram sintomas característico de dengue. A incidência entre os internos foi de 23,8% e, entre funcionários, de 18,6%. Os primeiros casos foram notificados em fevereiro de 1997, e os últimos, em março do mesmo ano, embora os resultados mostrem a possibilidade de a transmissão ter se iniciado bem antes de ser detectada. CONCLUSÕES: A alta incidência observada pode ser explicada pela grande densidade populacional na instituição, alta infestação do vetor Aedes aegypti, alta taxa de assintomáticos e transmissão favorecida pelo fato de a comunidade ser fechada.Clima e sobreposição da distribuição de Aedes aegypti e Aedes albopictus na infestação do Estado de São Paulo10.1590/S0034-891020020002000082024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZGlasser, Carmen MorenoGomes, Almério de Castro
<em>Glasser, Carmen Moreno</em>;
<em>Gomes, Almério De Castro</em>;
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OBJETIVO: Estudar a influência de fatores climáticos e da sobreposição da distribuição das populações de Aedes aegypti e de Aedes albopictus na expansão geográfica dessas espécies no Estado de São Paulo. MÉTODOS: Foram obtidas informações de órgãos do governo sobre ocorrência de focos de Ae. aegypti e de Ae. albopictus e sobre o estabelecimento dessas espécies em municípios do Estado de São Paulo ano a ano -- entre 1985 e 1995 --, além de informações referentes a temperatura e índices pluviométricos. Dois indicadores foram utilizados: infestação e velocidade. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Verificou-se que quanto menor a temperatura, mais lento foi o processo de expansão geográfica da população de Ae. aegypti. Esse fator teve influência preponderante na determinação dos diversos padrões macrorregionais de expansão geográfica dessa espécie no Estado de São Paulo. Não foram encontradas indicações claras sobre a influência da temperatura na dispersão de Ae. albopictus. A influência dos índices pluviométricos nos padrões de expansão geográfica dessas espécies somente foi constatada para Ae. aegypti numa das áreas do Estado. Não se verificou influência da presença anterior de Ae. albopictus para o estabelecimento de Ae. aegypti.Avaliação da influência da temperatura sobre o desenvolvimento de Aedes albopictus10.1590/S0034-891020020002000092024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZCalado, Daniéla CristinaSilva, Mário Antônio Navarro da
<em>Calado, Daniéla Cristina</em>;
<em>Silva, Mário Antônio Navarro Da</em>;
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OBJETIVO: Verificar a influência da temperatura sobre os estágios de desenvolvimento de Aedes albopictus sob condições de laboratório. MÉTODOS: Foi avaliado o período de desenvolvimento dos estágios de ovo, larva e pupa em quatro temperaturas constantes de 15ºC, 20ºC, 25ºC e 30ºC em câmaras climatizadas com umidade relativa do ar oscilando entre 70% e 85% e fotoperíodo de CE 12:12 horas. Pela análise de variância, foram testados os efeitos das quatro temperaturas constantes. RESULTADOS: O período de incubação dos ovos compreendeu 38,38; 19,09; 13,10; e 10,44 dias; o período larval dos indivíduos machos atingiu 30,13; 13,83; 7,36; e 5,57 dias; o período larval para fêmeas apresentou duração de 33,22; 15,00; 8,06; e 6,16 dias; o período pupal em machos compreendeu 8,01; 4,92; 2,40; e 1,76 dias, enquanto nas fêmeas foi de 8,15; 5,11; 2,60; e 1,88 dias sob as temperaturas de 15ºC, 20ºC, 25ºC e 30ºC, respectivamente. Em todos os estágios de desenvolvimento, foram encontradas diferenças significativas, entre as temperaturas avaliadas, em torno de 5% no tempo de desenvolvimento. O período de desenvolvimento foi inversamente relacionado à temperatura, com o período larval mais breve em machos que em fêmeas. Nas temperaturas de 20ºC a 30ºC, o desenvolvimento foi mais breve e com maior viabilidade que a 15ºC. CONCLUSÕES: Nas condições em que foram realizados os experimentos, a temperatura afetou de forma significativa e inversamente proporcional os estágios imaturos de Aedes albopictus. Esses resultados mostram que os estágios imaturos são mais suscetíveis durante os períodos de baixas temperaturas devido ao maior tempo necessário para completar o desenvolvimento, informação que pode ser utilizada em estratégias de controle.Peso ao nascer e influência do consumo de cafeína10.1590/S0034-891020020002000102024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZBicalho, Gladys GrippBarros Filho, Antônio de Azevedo
<em>Bicalho, Gladys Gripp</em>;
<em>Barros Filho, Antônio De Azevedo</em>;
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OBJETIVO: Estudar a associação entre consumo de cafeína na gestação e ocorrência de baixo peso ao nascer, prematuridade e restrição do crescimento intra-uterino. MÉTODOS: A investigação se desenvolveu por estudo caso-controle. Foram selecionados 354 recém-nascidos vivos de partos únicos com peso menor que 2.500 g (casos) e 354 com 3.000 g ou mais (controles). A ingesta de cafeína foi calculada considerando-se o consumo diário de café, refrigerante e chá. Os resultados foram ajustados por análise de regressão logística múltipla para as variáveis de confundimento: idade materna, escolaridade, renda, situação conjugal, cor, paridade, fumo, filhos anteriores de baixo peso, peso prévio à gestação, trabalho, intervalo gestacional, consultas durante o pré-natal e hipertensão arterial. RESULTADOS: Os resultados mostraram os seguintes "odds ratio", ajustados entre o consumo diário de cafeína <300 mg/dia e >300mg/dia, e o baixo peso ao nascer, respectivamente: 0,72 (IC95%, 0,45-1,25) e 0,47 (IC95%, 0,24-0,92); prematuridade: 0,59 (IC95%, 0,32-1,09) e 0,32 (IC95%, 0,15-0,72); e retardo do crescimento intra-uterino: 1,16 (IC95%, 0,45-3,01) e 0,64 (IC95%, 0,20-1,98). CONCLUSÃO: Na amostra estudada, a ingesta de cafeína não foi identificada como fator de risco para prejuízo do crescimento intra-uterino ou para a duração da gestação.Capacidade materna de cuidar e desnutrição infantil10.1590/S0034-891020020002000112024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZCarvalhaes, Maria Antonieta de BLBenício, Maria Helena D'Aquino
<em>Carvalhaes, Maria Antonieta De Bl</em>;
<em>Benício, Maria Helena D'aquino</em>;
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OBJETIVOS: Identificar e medir a magnitude do risco de desnutrição associada a fatores determinantes da capacidade materna de cuidado infantil: estrutura familiar, escolaridade, trabalho, saúde física e saúde mental maternas. MÉTODOS: Delineou-se um estudo de casos e controles. Foram selecionados 101 casos (crianças com peso/idade abaixo do percentil 5) e 200 controles (crianças com peso/idade acima do percentil 25) mediante inquéritos antropométricos realizados durante três "Dias Nacionais de Vacinação", em 1996 e 1997. Os dados foram obtidos em entrevistas realizadas nos domicílios com as mães das crianças. Para detectar o efeito-líquido de cada fator em estudo, realizou-se análise de regressão logística multivariada e hierarquizada. Tais fatores e as possíveis variáveis de controle foram agrupados em blocos, ordenados segundo a precedência com que influiriam sobre o estado nutricional infantil. Adotaram-se p<0,20 para seleção das variáveis de controle (mediante análise univariada) e p<0,05 para identificação de associação estatisticamente significativa entre fatores de estudo e desnutrição infantil. RESULTADOS: Foram identificados como fatores de risco de desnutrição: (a) estrutura familiar adversa indicada pela ausência de companheiro ("odds ratio" [OR] = 2,2; IC95%, 1,1-4,5); (b) internação materna durante a gravidez (OR=3,5; IC95%, 1,6-7,7); (c) precária saúde mental materna expressa pela presença de três a quatro sintomas de depressão (OR=3,1; IC95%, 0,9-10,3); (d) fatores de estresse familiar, no caso, indícios de alcoolismo em pelo menos um membro da família (OR=2,1; IC95%, 1,2-3,9). A idade da criança no início/retorno da mãe ao trabalho também se associou de modo independente à presença de desnutrição, porém os efeitos variaram: retorno precoce (criança com menos de quatro meses) não significou risco ou proteção; volta da mãe ao trabalho quando a criança tinha entre quatro meses e 12 meses constituiu fator de proteção. CONCLUSÕES: Evidenciou-se que fatores potencialmente definidores da capacidade materna de cuidado exercem efeito independente sobre o estado nutricional infantil.Relação cintura-quadril e fatores de dieta em adultos10.1590/S0034-891020020002000122024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZMachado, Paula Aballo NunesSichieri, Rosely
<em>Machado, Paula Aballo Nunes</em>;
<em>Sichieri, Rosely</em>;
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OBJETIVO: Avaliar as associações entre fatores de dieta e acúmulo de tecido adiposo na região abdominal. MÉTODOS: A partir de um inquérito de base domiciliar realizado no Município do Rio de Janeiro, RJ, em 1995 e 1996, foi investigada a dieta usual em 2.441 pessoas (42,8% homens e 57,2% mulheres) entre 20 anos e 60 anos. Para tanto, utilizou-se um questionário semiquantitativo de freqüência de consumo alimentar, e aferiram-se altura, peso e perímetros de cintura e quadril. Considerou-se a relação cintura-quadril (RCQ) inadequada para os homens que apresentassem RCQ acima de 0,95 e, para as mulheres, acima de 0,80. RESULTADOS: A RCQ inadequada associou-se positivamente a idade, tabagismo, índice de massa corporal e inversamente a escolaridade, renda e atividade física de lazer para ambos os sexos (p<0,05). Não foi verificada associação entre RCQ elevada e consumo de lipídios, carboidratos e fibras totais. Foi encontrada associação positiva entre RCQ inadequada e consumo de bebidas destiladas entre mulheres na menopausa (p<0,001) e consumo de quatro ou mais copos por dia de cerveja entre os homens (p<0,001). CONCLUSÃO: Em concordância a outros estudos similares, somente o consumo de álcool parece estar associado ao acúmulo de gordura abdominal.Prevalência do uso de medicamentos na gravidez: uma abordagem farmacoepidemiológica10.1590/S0034-891020020002000132024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZFonseca, Márcia Regina Campos Costa daFonseca, Edson daBergsten-Mendes, Gun
<em>Fonseca, Márcia Regina Campos Costa Da</em>;
<em>Fonseca, Edson Da</em>;
<em>Bergsten-Mendes, Gun</em>;
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INTRODUÇÃO: Tendo em vista as mudanças freqüentes do mercado de medicamentos que influenciam o padrão de prescrição e automedicação, realizou-se estudo para conhecer a utilização de medicamentos entre mulheres durante a gravidez. MÉTODOS: Em um estudo retrospectivo sobre o padrão do uso de medicamentos durante a gravidez realizado em um hospital-escola de Campinas, SP, 1.000 puérperas foram entrevistadas após o parto, ainda no hospital, por meio de um questionário estruturado. Foram registrados: características sociodemográficas, antecedentes obstétricos e de contracepção, dados sobre assistência pré-natal e sobre uso de medicamentos na gravidez. Para análise estatística dos dados, foram utilizados Anova e qui-quadrado considerando o nível de significância (sinal de menor a 0,05). RESULTADOS: Das entrevistadas, 94,6% tomaram pelo menos um medicamento durante a gravidez, e 46,1% das pacientes utilizaram medicamentos no primeiro trimestre. Dos 3.778 itens de medicamentos relatados, 88,8% foram prescritos por médico. A mediana de medicamentos utilizados foi de 3 (0-18). As seis classes de medicamentos mais usados foram: analgésicos, antiespasmódicos, antiinfecciosos ginecológicos, antianêmicos, antiácidos e antibióticos sistêmicos. Os cinco medicamentos mais utilizados foram: butilescopolamina, sulfato ferroso, dipirona, nistatina e multivitaminas. Apenas 27,7% das pacientes haviam sido alertadas para o risco de utilizar medicamentos na gravidez. CONCLUSÃO: Conhecer o perfil dos medicamentos usados na gravidez pode ajudar a planejar programas de esclarecimento para pacientes e de educação continuada para profissionais de saúde.Condições de vida e estrutura ocupacional associadas a transtornos mentais comuns10.1590/S0034-891020020002000142024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZLudermir, Ana BernardaMelo Filho, Djalma A de
<em>Ludermir, Ana Bernarda</em>;
<em>Melo Filho, Djalma A De</em>;
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OBJETIVO: Determinar a prevalência de transtornos mentais comuns e analisar sua associação a condições de vida e inserção na estrutura ocupacional. MÉTODOS: Estudo transversal conduzido em 1993, em Olinda, PE, envolvendo 621 adultos de 15 ou mais anos em uma amostra domiciliar aleatória, aos quais se aplicaram o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) e um questionário socioeconômico. Estimaram-se os odds-ratios (OR) simples e ajustados, utilizando-se regressão logística. RESULTADOS: A prevalência total dos transtornos mentais comuns (TMC) foi de 35%. As variáveis relativas às condições de vida foram ajustadas entre si e por sexo, idade e situação conjugal. Apenas escolaridade (p<0,0001) e condições de moradia (p=0,02) mantiveram-se associadas aos TMC. Em relação à estrutura ocupacional, os trabalhadores manuais informalmente inseridos no processo produtivo (OR=2,21; IC95% 1,1-4,5), e os indivíduos com pior situação de renda familiar per capita (OR=2,87; IC95%1,4-5,8) apresentaram maior prevalência de TMC. CONCLUSÃO: Baixa escolaridade, baixa renda e exclusão do mercado formal de trabalho, expressões da estrutura das classes sociais, proporcionam situações de estresse contribuindo para a produção dos TMC.Assessment of a consultation-liaison psychiatry and psychology health care program10.1590/S0034-891020020002000152024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZAndreoli, Paola BAMari, Jair de J
<em>Andreoli, Paola Ba</em>;
<em>Mari, Jair De J</em>;
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OBJECTIVE: To investigate the relevance of subjective criteria adopted by a psychiatry and psychology consultation-liaison service, and their suitability in the evaluation of case registries and objective results. METHODS: Semi-structured interviews were conducted and all supervisors of the university hospital service were interviewed. Routinely collected case registries were also reviewed. Standardized assessment with content analysis for each category was carried out. RESULTS: The results showed distortions in the adopted service focus (doctor-patient relationship) and consultant requests. This focus is more on consulting physician-oriented interventions than on patients. DISCUSSION: Evaluation of the relevance of service criteria could help promoting quality assessment of the services provided, mainly when objective criteria have not yet been established to assure their suitability.Diferenças entre autopercepção e critérios normativos na identificação das oclusopatias10.1590/S0034-891020020002000162024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZPeres, Karen GlazerTraebert, Eliane Silva de AzevedoMarcenes, Wagner
<em>Peres, Karen Glazer</em>;
<em>Traebert, Eliane Silva De Azevedo</em>;
<em>Marcenes, Wagner</em>;
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OBJETIVO: Avaliar o impacto das necessidades ortodônticas tecnicamente definidas (critérios normativos) sobre a satisfação com a aparência e a mastigação e compará-las com as autopercebidas (critérios subjetivos) em um grupo de adolescentes. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com a totalidade dos alunos entre 14 e 18 anos de idade (n=315) de um colégio em Florianópolis, SC, Brasil, em 1999. Uma cirurgiã-dentista realizou os exames clínicos para diagnóstico das principais oclusopatias (Dental Aesthetic Index) e aplicou um questionário para conhecer a satisfação dos indivíduos quanto a aparência, mastigação e percepção das necessidades de tratamento ortodôntico. Foi utilizada análise de regressão logística múltipla para conhecer o impacto de cada oclusopatia sobre a percepção dos indivíduos a respeito dos problemas oclusais. RESULTADOS: Obtiveram-se alta taxa de resposta (95%) e alta concordância intra-examinadora (Kappa 0,6 a 1,0). A prevalência de pelo menos um tipo de oclusopatia foi de 71,3%. Presença de apinhamento incisal (OR=2,8 [1,6-4,9]) e overjet (trespasse horizontal) (OR=2,4[1,4-4,3]) foram fatores de risco para insatisfação com a aparência. Adolescentes que apresentaram irregularidade anterior da mandíbula (OR=3,3 [1,6-6,9]), overjet (OR=1,7 [1,1-3,0]) e diastema anterior (OR=3,1 [1,4-6,9]) apresentaram maior percepção para a necessidade de tratamento ortodôntico. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que existem graus de problemas oclusais tecnicamente definidos que são aceitáveis pela população e que devem influenciar na decisão de tratamento, interferindo diretamente na demanda para esse tipo de atendimento. Medidas subjetivas poderiam ser incorporadas aos critérios clínicos atualmente utilizados.Projeto Bambuí: avaliação de serviços odontológicos privados, públicos e de sindicato10.1590/S0034-891020020002000172024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZMatos, Divane LeiteLima-Costa, Maria FernandaGuerra, Henrique LMarcenes, Wagner
<em>Matos, Divane Leite</em>;
<em>Lima-Costa, Maria Fernanda</em>;
<em>Guerra, Henrique L</em>;
<em>Marcenes, Wagner</em>;
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OBJETIVO: Partindo do princípio de que um dos objetivos dos serviços odontológicos públicos é reduzir os efeitos das desigualdades sociais sobre a saúde bucal, investigou-se se essas desigualdades estão presentes entre usuários dos serviços odontológicos públicos, privados e de sindicato. MÉTODOS: A população estudada foi constituída por uma amostra representativa de adultos residentes na cidade de Bambuí, MG. Os participantes foram entrevistados por meio de um questionário estruturado. RESULTADOS: Entre os 1.664 moradores amostrados, 1.382 (83,1%) participaram do inquérito de saúde bucal. Destes, 656 preenchiam os critérios de inclusão (idade >18 anos, presença de pelo menos um dente natural e visita ao dentista pelo menos uma vez na vida) e participaram do trabalho. Os usuários dos serviços privados estavam mais satisfeitos com a aparência dos dentes (ORaj=3,03; IC95%=1,70-5,39) e com a mastigação (ORaj=2,27; IC95%=1,17-4,40) do que os usuários de serviços públicos. Aqueles também percebiam menos necessidade atual de tratamento odontológico (ORaj=0,39; IC95%=0,18-0,86) e receberam com mais freqüência tratamento restaurador (ORaj=9,57; IC95%=4,72-19,43) ou preventivo (ORaj=5,57; IC95%=2,31-13,40) na última visita ao dentista. Aqueles que usaram os serviços do sindicato também receberam mais tratamentos restauradores (ORaj=8,51; IC95%=2,80-25,92) e preventivos (ORaj=11,42; IC95%=3,49-37,43) na última visita ao dentista do que os usuários de serviços públicos. Nenhuma diferença foi encontrada em relação à satisfação com a aparência dos dentes, à capacidade de mastigação e à percepção de necessidade de tratamento odontológico. CONCLUSÃO: Os serviços públicos odontológicos, com base no estudo da comunidade local, aparentemente não têm conseguido reduzir as desigualdades sociais com referência à saúde bucal.Presença de Aedes aegypti em Bromeliaceae e depósitos com plantas no Município do Rio de Janeiro, RJ10.1590/S0034-891020020002000182024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZCunha, Sergio PAlves, João R CarreiraLima, Milton MDuarte, Jair RBarros, Luiz CV deSilva, José L daGammaro, Angelo TMonteiro Filho, Orlando de SWanzeler, Amauri R
<em>Cunha, Sergio P</em>;
<em>Alves, João R Carreira</em>;
<em>Lima, Milton M</em>;
<em>Duarte, Jair R</em>;
<em>Barros, Luiz Cv De</em>;
<em>Silva, José L Da</em>;
<em>Gammaro, Angelo T</em>;
<em>Monteiro Filho, Orlando De S</em>;
<em>Wanzeler, Amauri R</em>;
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Relata-se a freqüência de vegetais Bromeliaceae e de outros criadouros com plantas positivos para Aedes aegypti durante dois ciclos operacionais (tratamento focal) consecutivos no Município do Rio de Janeiro, RJ, cujos períodos foram de 12 de novembro de 2000 a 9 de março de 2001 e 12 de março de 2001 a 15 de junho de 2001. O trabalho destaca as implicações epidemiológicas oriundas da crescente utilização dessas plantas para fins decorativos.Primeiro registro de Aedes albopictus no Estado de Santa Catarina, Brasil10.1590/S0034-891020020002000192024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZLöwenberg-Neto, PeterNavarro-Silva, Mário A
<em>Löwenberg-Neto, Peter</em>;
<em>Navarro-Silva, Mário A</em>;
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Três fêmeas adultas de Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse) foram capturadas por meio de isca humana em área peridomiciliar de remanescente de Mata Atlântica na Praia de Itaguaçu, Ilha de São Francisco do Sul, litoral Norte de Santa Catarina.Encontro do parasita Hemencyrtus herbertii (Hymenoptera: Encyrtidae) em Musca domestica (Diptera: Muscidae) no Brasil10.1590/S0034-891020020002000202024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZMarchiori, Carlos HPereira, Luiz AS Filho, Otacilio M
<em>Marchiori, Carlos H</em>;
<em>Pereira, Luiz A</em>;
<em>S Filho, Otacilio M</em>;
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Relata-se a primeira ocorrência de Hemencyrtus herbertii parasitando pupas de Musca domestica em fezes humanas no Brasil.Consumo de produtos vitamínicos entre universitários de São Paulo, SP10.1590/S0034-891020020002000212024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZSantos, Karina Maria Olbrich dosBarros Filho, Antônio de Azevedo
<em>Santos, Karina Maria Olbrich Dos</em>;
<em>Barros Filho, Antônio De Azevedo</em>;
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Com o objetivo de determinar a prevalência do consumo de vitaminas, foi estudada uma amostra de 894 estudantes ingressantes de uma universidade privada do Município de São Paulo. Verificou-se que 30,4% usaram produtos vitamínicos nos três meses precedentes ao levantamento (23,1% regularmente e 6,0% esporadicamente). Vitamina C e multivitamínicos foram os mais consumidos. Houve relação entre consumo regular de produtos vitamínicos e freqüência de atividade física. "Garantir a saúde" foi a razão principal da suplementação.Programa Nacional de Promoção da Atividade Física "Agita Brasil": Atividade física e sua contribuição para a qualidade de vida10.1590/S0034-891020020002000222024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000Z