Revista de Saúde Públicahttps://www.scielo.br/feed/rsp/2008.v42n5/2024-02-16T20:15:39.765000ZUnknown authorVol. 42 No. 5 - 2008WerkzeugFatores associados ao consumo de frutas, legumes e verduras em adultos da cidade de São Paulo10.1590/S0034-891020080050000492024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZFigueiredo, Iramaia Campos RibeiroJaime, Patricia ConstanteMonteiro, Carlos Augusto
<em>Figueiredo, Iramaia Campos Ribeiro</em>;
<em>Jaime, Patricia Constante</em>;
<em>Monteiro, Carlos Augusto</em>;
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OBJETIVO: Descrever a freqüência de consumo de frutas, legumes e verduras por adultos e analisar os fatores associados ao seu consumo. MÉTODOS: Estudo transversal realizado entre outubro e dezembro de 2003 no município de São Paulo (SP). Foram realizadas entrevistas telefônicas em amostra probabilística da população adulta (>18 anos) residente em domicílios servidos por linhas fixas de telefone, totalizando 1.267 mulheres e 855 homens. A freqüência do consumo de frutas, legumes e verduras foi medida por meio de um roteiro com perguntas curtas e simples. Na avaliação dos fatores associados ao consumo, realizou-se análise de regressão linear multivariada e hierarquizada, com variáveis sociodemográficas no primeiro nível hierárquico, comportamentais no segundo e relacionadas ao padrão alimentar no terceiro nível. RESULTADOS: A freqüência de consumo de frutas, legumes e verduras foi maior entre as mulheres. Para ambos os sexos, verificou-se que a freqüência desse consumo aumentava de acordo com a idade e a escolaridade do indivíduo. Entre mulheres que relataram ter realizado dieta no ano anterior houve maior consumo de frutas, legumes e verduras. O consumo de alimentos que indicam um padrão de consumo não saudável como açúcares e gorduras se mostrou inversamente associado ao consumo de frutas, legumes e verduras em ambos os sexos. CONCLUSÕES: O consumo de frutas, legumes e verduras da população adulta residente em São Paulo foi maior entre as mulheres, sendo influenciado pela idade, escolaridade e dieta.Efetividade da suplementação diária ou semanal com ferro na prevenção da anemia em lactentes10.1590/S0034-891020080050000432024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZEngstrom, Elyne MontenegroCastro, Inês Rugani Ribeiro dePortela, MargarethCardoso, Letícia OliveiraMonteiro, Carlos Augusto
<em>Engstrom, Elyne Montenegro</em>;
<em>Castro, Inês Rugani Ribeiro De</em>;
<em>Portela, Margareth</em>;
<em>Cardoso, Letícia Oliveira</em>;
<em>Monteiro, Carlos Augusto</em>;
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OBJETIVO: Avaliar a efetividade da suplementação universal profilática com sulfato ferroso, em administração diária ou semanal, na prevenção da anemia em lactentes. MÉTODOS: Ensaio de campo randomizado com crianças de seis a 12 meses de idade, atendidas em unidades básicas de saúde do município do Rio de Janeiro, em 2004-2005. Foram formadas três coortes concorrentes com suplementação universal com sulfato ferroso com grupos: diário (n=150; 12,5mgFe/dia), semanal (n=147; 25mgFe/semana) e controle (n=94). A intervenção durou 24 semanas e foi acompanhada por ações educativas promotoras de adesão. A concentração de hemoglobina sérica foi analisada segundo sua distribuição, média e prevalência de anemia (Hb<110,0g/L) aos 12 meses de idade. A avaliação da efetividade foi realizada segundo intenção de tratar e adesão ao protocolo, utilizando-se análises de regressão múltipla (linear e de Poisson). RESULTADOS: Os grupos mostraram-se homogêneos quanto às variáveis de caracterização. A intervenção foi operacionalizada com sucesso, com elevada adesão ao protocolo em ambos os grupos expostos a ela, sem diferença estatística entre eles. Após ajuste, somente o esquema diário apresentou efeito protetor. Na análise por adesão, o esquema diário apresentou evidente efeito dose-resposta para média de hemoglobina sérica e prevalência de anemia, não sendo observado nenhum efeito protetor do esquema semanal. CONCLUSÕES: Apenas o esquema diário de suplementação universal com sulfato ferroso dos seis aos 12 meses de idade foi efetivo em aumentar a concentração de hemoglobina sérica e em reduzir o risco de anemia.Análise por dados em painel do status de saúde no Nordeste Brasileiro10.1590/S0034-891020080050000472024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZSousa, Tanara Rosângela VieiraLeite Filho, Paulo Amilton Maia
<em>Sousa, Tanara Rosângela Vieira</em>;
<em>Leite Filho, Paulo Amilton Maia</em>;
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OBJETIVO: Analisar fatores determinantes do status de saúde em cada estado da Região Nordeste do Brasil. MÉTODOS: Estudo utilizando a metodologia de dados em painel, com informações agregadas para municípios. Os dados compreendem os anos de 1991 e 2000, e foram obtidos no Atlas do Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, e Secretaria do Tesouro Nacional. Utilizou-se como indicador do status de saúde, a taxa de mortalidade infantil, e como determinantes as variáveis: gastos com saúde e saneamento per capita, números de médicos por mil habitantes, acesso à água tratada, taxa de fecundidade e de analfabetismo, percentual de mães adolescentes, renda per capita e índice de Gini. RESULTADOS: As taxas de mortalidade infantil na região Nordeste reduziram-se em 31,8% no período analisado, desempenho pouco superior ao apresentado para a média nacional. No entanto, em alguns estados, como Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará e Alagoas, a redução foi mais significativa. Isso pode ser atribuído à melhora de alguns indicadores que são os principais determinantes da redução da taxa de mortalidade infantil: maior acesso à educação, redução da taxa de fecundidade, aumento da renda, e do acesso à água. CONCLUSÕES: Os estados que apresentaram maiores ganhos no acesso à água tratada, educação, renda e redução da taxa de fecundidade, foram também os que obtiveram maiores ganhos na redução da mortalidade de menores de um ano de idade.Perfil de pacientes que evoluem para óbito por tuberculose no município de São Paulo, 200210.1590/S0034-891020080005000042024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZLindoso, Ana Angélica Bulcão PortelaWaldman, Eliseu AlvesKomatsu, Naomi KawaokaFigueiredo, Sumie Matai deTaniguchi, MauroRodrigues, Laura C
<em>Lindoso, Ana Angélica Bulcão Portela</em>;
<em>Waldman, Eliseu Alves</em>;
<em>Komatsu, Naomi Kawaoka</em>;
<em>Figueiredo, Sumie Matai De</em>;
<em>Taniguchi, Mauro</em>;
<em>Rodrigues, Laura C</em>;
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OBJETIVO: Descrever o perfil de pacientes adultos residentes no município de São Paulo que evoluíram para óbito associado à tuberculose, segundo fatores biológicos, ambientais e institucionais. MÉTODOS: Estudo descritivo, abrangendo todos os óbitos por tuberculose (N=416) ocorridos em 2002, entre maiores de 15 anos. Os dados analisados foram obtidos do Sistema Municipal de Informações de Mortalidade, prontuários hospitalares, Serviço de Verificação de Óbitos e Sistema de Vigilância de Tuberculose. Os cálculos dos riscos relativos e intervalos de confiança de 95% (IC 95%) tiveram como referência o sexo feminino, grupo de 15 a 29 anos, e os naturais do Estado de São Paulo. A análise comparativa usou o teste do qui-quadrado de Pearson e o exato de Fisher para variáveis categóricas e o teste Kruskal-Wallis para variáveis contínuas. RESULTADOS: Do total de óbitos, 78% apresentavam a forma pulmonar; o diagnóstico foi efetuado após a morte em 30% e em unidades de atendimento primário em 14% dos casos; 44% não iniciaram tratamento; 49% não foram notificados; 76% eram homens e a mediana da idade foi de 51 anos; 52% tinham até quatro anos de estudo, 4% eram prováveis moradores de rua. As taxas de mortalidade aumentavam com a idade, sendo de 5,0/100.000 no município, variando de zero a 35, conforme o distrito. Para 82 de 232 pacientes com registro de tratamento, havia referência de tratamento anterior, e desses, 41 o haviam abandonado. Constatou-se presença de diabetes (16%), doença pulmonar obstrutiva crônica (19%), HIV (11%), tabagismo (71%) e alcoolismo (64%) nos pacientes. CONCLUSÕES: Homens acima de 50 anos, migrantes e residentes em distritos com baixo Índice de Desenvolvimento Humano apresentam maiores riscos de óbito. A pouca escolaridade e apresentar co-morbidades são características importantes. Observou-se baixa participação das unidades básicas de saúde no diagnóstico e a elevada sub-notificação.Ingestão alcoólica em vítimas de causas externas atendidas em um hospital geral universitário10.1590/S0034-891020080005000052024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZFreitas, Efigênia Aparecida Maciel deMendes, Ismênia DinizOliveira, Luiz Carlos Marques de
<em>Freitas, Efigênia Aparecida Maciel De</em>;
<em>Mendes, Ismênia Diniz</em>;
<em>Oliveira, Luiz Carlos Marques De</em>;
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OBJETIVO: Estimar a freqüência de ingestão alcoólica em vítimas de causas externas atendidas em hospital. MÉTODOS: Estudo realizado com vítimas atendidas em um hospital geral universitário em Uberlândia (MG), de fevereiro a agosto de 2004. A alcoolemia foi determinada em 85 pacientes no pronto-socorro e entrevistaram-se outros 301 internados nas enfermarias sobre possível ingestão alcoólica previamente ao trauma; em ambos os grupos foi aplicado o questionário Cut-down, Annoyed by criticism, Guilty and Eye-opener (CAGE). Para as comparações das freqüências foi utilizado o teste exato de Fisher. RESULTADOS: A alcoolemia foi positiva em 31,8% dos pacientes testados, os quais mais freqüentemente necessitaram de internação (70,4% versus 37,9%; p<0,05). Proporcionalmente, alcoolemia positiva foi mais freqüente (p<0,05) entre as vítimas de agressão física (57,1%) do que as de queda (18,2%) ou de acidente de trânsito (29,3%). Nas enfermarias, 29,9% dos pacientes referiram ingestão alcoólica, proporcionalmente mais freqüente (p<0,01) entre as vítimas de agressão física (67,4%) do que entre as de acidente de trânsito (27,8%) ou queda (19,3%). Entre aqueles que ingeriram álcool, abordados no pronto-socorro e nas enfermarias, observou-se, respectivamente: que a maioria era homens (85,2% e 80,4%), a ocorrência de trauma foi maior (p<0,05) nos finais de semana (63% e 57,8%) e no período noturno (59,3% e 57,8%), e o questionário CAGE foi positivo em 81,5% e 82,2%. CONCLUSÕES: Cerca de um terço dos pacientes ingeriu bebidas alcoólicas previamente ao trauma e, entre eles, a maioria era homens. Proporcionalmente, a ingestão prévia de bebidas alcoólicas foi mais freqüente entre os pacientes vítimas de violência. Os resultados da aplicação do CAGE mostra que a maioria dos pacientes vítimas de causas externas após ingestão etílica não era alcoolista ocasional, e sim provável usuário crônico ou dependente de álcool.Vulnerabilidad al VIH en mujeres en riesgo social10.1590/S0034-891020080050000502024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZUrzúa Morales, AlfonsoBarreda, Patricia Zúñiga
<em>Urzúa Morales, Alfonso</em>;
<em>Barreda, Patricia Zúñiga</em>;
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OBJETIVO: Evaluar la vulnerabilidad por factores de riesgo al VIH/SIDA en mujeres en riesgo social. MÉTODOS: Estudio llevado a cabo con 178 mujeres dueñas de casa (n=101) y trabajadoras del sector salud (n=77) de Antofagasta, Chile, en 2006-2007. Las dueñas de casa fueron consideradas en riesgo social. La vulnerabilidad al VIH fue calculada por medio de una escala que agrupó 21 reactivos en tres dimensiones: roles de género, comunicación con la pareja y actitud ante al uso del preservativo. Para determinar el peso relativo de cada una de las dimensiones en la vulnerabilidad total se realizó un análisis de regresión múltiple utilizando el puntaje total de la escala como variable dependiente y cada una de las tres dimensiones como variable independiente. RESULTADOS: En el grupo general, la dimensión con peso relativo mayor fue la dimensión actitud frente al uso del preservativo (0.542), seguida de relación de pareja (0.453) y roles de género (0.379). Para mujeres dueñas de casa, se observó una variación: relación de pareja (0.597), actitud frente al uso del preservativo (0.508) y roles de género (0.403). Para trabajadoras de la salud, el peso de las dimensiones fue: actitud frente al uso del preservativo (0.638), relación de pareja (0.397), y roles de género (0.307). CONCLUSIONES: Los resultados permiten inferir diferencias en los factores que condicionan la vulnerabilidad al VIH en los grupos de mujeres, siendo para aquellas que están en riesgo social el rol de género el factor con mayor capacidad predictiva de riesgo.HIV/AIDS risk among female sex workers who use crack in Southern Brazil10.1590/S0034-891020080005000072024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZMalta, MonicaMonteiro, SimoneLima, Rosa Maria JeronymoBauken, SuzanaMarco, Aliamar deZuim, Gleisse CristineBastos, Francisco InacioSinger, MerrillStrathdee, Steffanie Anne
<em>Malta, Monica</em>;
<em>Monteiro, Simone</em>;
<em>Lima, Rosa Maria Jeronymo</em>;
<em>Bauken, Suzana</em>;
<em>Marco, Aliamar De</em>;
<em>Zuim, Gleisse Cristine</em>;
<em>Bastos, Francisco Inacio</em>;
<em>Singer, Merrill</em>;
<em>Strathdee, Steffanie Anne</em>;
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OBJECTIVE: To understand the social context of female sex workers who use crack and its impact on HIV/AIDS risk behaviors. METHODODOLOGICAL PROCEDURES: Qualitative study carried out in Foz do Iguaçu, Southern Brazil, in 2003. Twenty-six in-depth interviews and two focus groups were carried out with female commercial sex workers who frequently use crack. In-depth interviews with health providers, community leaders and public policy managers, as well as field observations were also conducted. Transcript data was entered into Atlas.ti software and grounded theory methodology was used to analyze the data and develop a conceptual model as a result of this study. ANALYSIS OF RESULTS: Female sex workers who use crack had low self-perceived HIV risk in spite of being engaged in risky behaviors (e.g. unprotected sex with multiple partners). Physical and sexual violence among clients, occasional and stable partners was widespread jeopardizing negotiation and consistent condom use. According to health providers, community leaders and public policy managers, several female sex workers who use crack are homeless or live in slums, and rarely have access to health services, voluntary counseling and testing, social support, pre-natal and reproductive care. CONCLUSIONS: Female sex workers who use crack experience a plethora of health and social problems, which apparently affect their risks for HIV infection. Low-threshold, user-friendly and gender-tailored interventions should be implemented, in order to increase the access to health and social-support services among this population. Those initiatives might also increase their access to reproductive health in general, and to preventive strategies focusing on HIV/AIDS and other sexually transmitted infections.HIV infection and related risk behaviors in a community of recyclable waste collectors of Santos, Brazil10.1590/S0034-891020080050000422024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZRozman, Mauro AbrahãoAlves, Igor SantinoPorto, Marcela AlvesGomes, Patrícia OliveiraRibeiro, Nilva MariaNogueira, Lucyene Aparecida AndradeCaseiro, Marcos MonteiroSilva, Vera Aparecida daMassad, EduardoBurattini, Marcelo Nascimento
<em>Rozman, Mauro Abrahão</em>;
<em>Alves, Igor Santino</em>;
<em>Porto, Marcela Alves</em>;
<em>Gomes, Patrícia Oliveira</em>;
<em>Ribeiro, Nilva Maria</em>;
<em>Nogueira, Lucyene Aparecida Andrade</em>;
<em>Caseiro, Marcos Monteiro</em>;
<em>Silva, Vera Aparecida Da</em>;
<em>Massad, Eduardo</em>;
<em>Burattini, Marcelo Nascimento</em>;
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OBJECTIVE: To estimate the seroprevalence of HIV, hepatitis B and C and syphilis and to describe risk behaviors associated to their transmission among recyclable waste collectors. METHODS: A seroepidemiological survey was carried out in the city of Santos, Southeastern Brazil, in 2005. A total of 315 individuals were enrolled in the survey, of which 253 subjects underwent serological testing HIV, hepatitis B and C and syphilis. Statistical analysis consisted of univariate and bivariate analyses (cross-tabulation and odds ratio) and multivariate analysis (by logistic regression), relating HIV infection with established risk behaviors and seropositivity. RESULTS: Overall seroprevalences were: HIV, 8.9%; hepatitis B, 34.4%; hepatitis C, 12.4%; and syphilis, 18.4%. Subjects were characterized by a predominance of males with low educational and economic levels, subjected to parenteral and sexual exposures to HIV and other sexually transmitted infections. Multivariate analysis results indicated that risk factors for both sexually and parenterally related exposure were significantly associated with HIV in this community. CONCLUSIONS: Seroprevalences found in the study were approximately 10 to 12 times higher than the national average. These communities are socially marginalized and generally not recognized by national programs as potentially endangered populations.Avaliação da resposta humoral à vacina pneumocócica 7-valente em crianças com Aids10.1590/S0034-891020080050000482024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZCosta, Isabel de CamargoGuilardi, FabianaKmiliauskis, Mariana AcenjoArslanian, ChristinaBaldacci, Evandro Roberto
<em>Costa, Isabel De Camargo</em>;
<em>Guilardi, Fabiana</em>;
<em>Kmiliauskis, Mariana Acenjo</em>;
<em>Arslanian, Christina</em>;
<em>Baldacci, Evandro Roberto</em>;
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OBJETIVO: A doença pneumocócica invasiva é importante causa de morbi-mortalidade em crianças infectadas pelo HIV. O objetivo do estudo foi avaliar quantitativamente a resposta com anticorpos aos sete sorotipos pneumocócicos da vacina em um grupo de crianças infectadas pelo HIV. MÉTODOS: Estudo realizado com 40 crianças infectadas pelo HIV, com idade entre 2 e 9 anos, em seguimento em ambulatório especializado no município de São Paulo, em 2002-2003. A dosagem de anticorpos IgG contra os polissacarídeos da cápsula pneumocócica foi realizada por meio de ensaio imunoenzimático (ELISA). Os anticorpos foram dosados imediatamente antes e um mês após a aplicação da segunda dose da vacina. Utilizaram-se dois critérios para avaliar a resposta à vacina: títulos de anticorpos >1,3 µg/mL na sorologia pós-imunização e aumento >4 vezes nos títulos da sorologia pós em relação à pré-imunização. RESULTADOS: Para o primeiro critério (>1,3 µg/mL), 26 (65%) crianças obtiveram resposta sorológica à vacina, 12 (30%) delas apresentaram títulos de IgG pós-imunização em níveis de pelo menos 1,3 µg/mL para todos os sorotipos. Para o segundo critério (incremento >4 vezes nos títulos para quatro sorotipos ou mais), obteve-se resposta sorológica para 15 (37,5%) crianças. CONCLUSÕES: A resposta à vacina foi considerada satisfatória, com aumento estatisticamente significante dos títulos geométricos médios pós-vacinais em relação aos pré-vacinais para todos os sorotipos estudados.Missed opportunities for congenital syphilis and HIV perinatal transmission prevention10.1590/S0034-891020080005000102024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZRodrigues, Celeste SouzaGuimarães, Mark Drew CroslandCésar, Cibele Comini
<em>Rodrigues, Celeste Souza</em>;
<em>Guimarães, Mark Drew Crosland</em>;
<em>César, Cibele Comini</em>;
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OBJECTIVE: To estimate the prevalence of missed opportunities for congenital syphilis and HIV prevention in pregnant women who had access to prenatal care and to assess factors associated to non-testing of these infections. METHODS: Cross-sectional study comprising a randomly selected sample of 2,145 puerperal women who were admitted in maternity hospitals for delivery or curettage and had attended at least one prenatal care visit, in Brazil between 1999 and 2000. No syphilis and/or anti-HIV testing during pregnancy was a marker for missed prevention opportunity. Women who were not tested for either or both were compared to those who had at least one syphilis and one anti-HIV testing performed during pregnancy (reference category). The prevalence of missed prevention opportunity was estimated for each category with 95% confidence intervals. Factors independently associated with missed prevention opportunity were assessed through multinomial logistic regression. RESULTS: The prevalence of missed prevention opportunity for syphilis or anti-HIV was 41.2% and 56.0%, respectively. The multivariate analysis showed that race/skin color (non-white), schooling (<8 years), marital status (single), income (<3 monthly minimum wages), having sex during pregnancy, history of syphilis prior to the current pregnancy, number of prenatal care visits (<6), and last prenatal visit before the third trimester of gestation were associated with an increased risk of missed prevention opportunity. A negative association with missed prevention opportunity was found between marital status (single), prenatal care site (hospital) and first prenatal visit in the third trimester of gestation. CONCLUSIONS: High rates of non-tested women indicate failures in preventive and control actions for HIV infection and congenital syphilis. Pregnant women have been discontinuing prenatal care at an early stage and are failing to undergo prenatal screening for HIV and syphilis.HIV testing among pregnant women in Brazil: rates and predictors10.1590/S0034-891020080005000112024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZVeloso, Valdiléa GPortela, Margareth CVasconcellos, Mauricio T LMatzenbacher, Luiz AVasconcelos, Ana Lúcia R deGrinsztejn, BeatrizBastos, Francisco I
<em>Veloso, Valdiléa G</em>;
<em>Portela, Margareth C</em>;
<em>Vasconcellos, Mauricio T L</em>;
<em>Matzenbacher, Luiz A</em>;
<em>Vasconcelos, Ana Lúcia R De</em>;
<em>Grinsztejn, Beatriz</em>;
<em>Bastos, Francisco I</em>;
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OBJECTIVE: To assess rates of offering and uptake of HIV testing and their predictors among women who attended prenatal care. METHODS: A population-based cross-sectional study was conducted among postpartum women (N=2,234) who attended at least one prenatal care visit in 12 cities. Independent and probabilistic samples were selected in the cities studied. Sociodemographic data, information about prenatal care and access to HIV prevention interventions during the current pregnancy were collected. Bivariate and multivariate analyses were carried out to assess independent effects of the covariates on offering and uptake of HIV testing. Data collection took place between November 1999 and April 2000. RESULTS: Overall, 77.5% of the women reported undergoing HIV testing during the current pregnancy. Offering of HIV testing was positively associated with: previous knowledge about prevention of mother-to-child transmission of HIV; higher number of prenatal care visits; higher level of education and being white. HIV testing acceptance rate was 92.5%. CONCLUSIONS: The study results indicate that dissemination of information about prevention of mother-to-child transmission among women may contribute to increasing HIV testing coverage during pregnancy. Non-white women with lower level of education should be prioritized. Strategies to increase attendance of vulnerable women to prenatal care and to raise awareness among health care workers are of utmost importance.Violência de gênero contra trabalhadoras de enfermagem em hospital geral de São Paulo (SP)10.1590/S0034-891020080005000122024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZOliveira, Ane RD'Oliveira, Ana Flávia P L
<em>Oliveira, Ane R</em>;
<em>D'oliveira, Ana Flávia P L</em>;
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OBJETIVO: Estimar a ocorrência de violência psicológica, física e sexual em profissionais de enfermagem. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra de 179 profissionais (50 enfermeiras e 129 auxiliares/técnicas de enfermagem) de um hospital geral do município de São Paulo, SP, entre 2005 e 2006. Utilizou-se questionário aplicado face a face por entrevistadoras treinadas. A violência foi abordada em suas formas psicológica, física e sexual para agressores homens e mulheres, agrupados em: parceiros íntimos, familiares e outros agressores como conhecidos e estranhos. Procedeu-se a uma análise descritiva, calculando-se as freqüências dos tipos de violência com intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: A violência por parceiro íntimo foi a mais freqüente (63,7%; IC 95%:55,7;70,4) seguida pela violência perpetrada por outros (pacientes/acompanhantes, colegas de trabalho da área da saúde, estranhos, chefia de enfermagem e conhecidos; 45,8%; IC 95%: 38,3;53,4). A violência por familiares ocupou o terceiro lugar (41,3%; IC 95%: 34,0;48,9) e foi cometida, principalmente, por pai, irmãos (homens), tios e primos. Em geral, poucas profissionais de enfermagem que sofreram violência buscaram ajuda: 29,7% para a violência por parceiro íntimo; 20,3% para a violência por outros e 29,3% para a violência por familiares. Não perceberam o vivido como violento, 31,9% das entrevistadas. CONCLUSÕES: As taxas de violência de gênero entre mulheres profissionais de saúde foram significativas, principalmente para a violência cometida por parceiros íntimos e familiares. Entretanto, a busca de ajuda frente aos agravos sofridos foi baixa, considerando ser um grupo de escolaridade significativa.Violência doméstica na gravidez: prevalência e fatores associados10.1590/S0034-891020080050000412024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZAudi, Celene Aparecida FerrariSegall-Corrêa, Ana MSantiago, Silvia MAndrade, Maria da Graça GPèrez-Escamila, Rafael
<em>Audi, Celene Aparecida Ferrari</em>;
<em>Segall-Corrêa, Ana M</em>;
<em>Santiago, Silvia M</em>;
<em>Andrade, Maria Da Graça G</em>;
<em>Pèrez-Escamila, Rafael</em>;
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OBJETIVO: Identificar os fatores associados à violência doméstica contra gestantes. MÉTODOS: Foram entrevistadas 1.379 gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde acompanhadas em unidades básicas de saúde no município de Campinas (SP). Foram analisadas a primeira e a segunda entrevistas de um estudo de coorte, aplicando-se questionário estruturado sobre violência doméstica validado no Brasil, de julho de 2004 a julho de 2006. Foram realizadas análise descritiva e regressão logística múltipla dos dados. RESULTADOS: Do total da amostra, 19,1% (n=263) das gestantes reportaram violência psicológica e 6,5% (n=89) violência física/sexual. Os fatores associados à violência psicológica foram: parceiro íntimo adolescente (p<0,019) e gestante ter presenciado agressão física antes dos 15 anos (p<0,001). Foram associados à violência física/sexual: dificuldade da gestante em comparecer às consultas de pré-natal (p<0,014), parceiro íntimo fazer uso de drogas (p<0,015) e não trabalhar (p<0,048). Os fatores associados à violência psicológica e física/sexual foram: baixa escolaridade da gestante (p<0,013 e p<0,020, respectivamente), gestante ser responsável pela família (p<0,001 e p=0,017, respectivamente) gestante ter sofrido agressão física na infância (p<0,029 e p<0,038, respectivamente), presença de transtorno mental comum (p<0,001) e parceiro íntimo consumir bebida alcoólica duas ou mais vezes por semana (p<0,001). CONCLUSÕES: Constataram-se altas prevalências das diferentes categorias de violência doméstica praticada pelo parceiro íntimo durante o período gestacional, assim como, com os diversos fatores a elas associados. Mecanismos apropriados para identificação e abordagem da violência doméstica na gestação são necessários, especialmente na atenção primária.Fatores associados ao acesso anterior à gestação a serviços de saúde por adolescentes gestantes10.1590/S0034-891020080005000142024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZCarvacho, Ingrid EspejoMello, Maeve Brito deMorais, Sirlei SianiSilva, João Luiz Pinto e
<em>Carvacho, Ingrid Espejo</em>;
<em>Mello, Maeve Brito De</em>;
<em>Morais, Sirlei Siani</em>;
<em>Silva, João Luiz Pinto E</em>;
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OBJETIVO: Analisar os fatores determinantes do acesso de adolescentes gestantes a serviços de atenção primária à saúde, anterior à ocorrência da gestação. MÉTODOS: Estudo transversal baseado em referencial teórico. O acesso a serviços foi analisado em cinco dimensões: geográfico, econômico, administrativo, psicossocial e de informação. Participaram 200 adolescentes primigestas (10 a 19 anos) atendidas em uma unidade básica de saúde do município de Indaiatuba (SP), em 2003. Um questionário com perguntas abertas e fechadas referentes ao acesso ao último serviço de saúde utilizado, anterior à gestação, foi aplicado às participantes no momento de sua primeira consulta de pré-natal. Os dados foram analisados por meio do teste de qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher e por regressão logística múltipla, considerando as cinco dimensões de acesso. RESULTADOS: Mais da metade (63,7%) das adolescentes utilizou algum serviço de saúde para consulta ginecológica. Entre as que nunca consultaram um ginecologista, as justificativas dadas foram falta de informação (43,8%) ou sentimento de medo ou vergonha (37,0%). A principal dificuldade de acesso ao serviço esteve relacionada a barreiras psicossociais, identificadas por 77,0% das adolescentes. CONCLUSÕES: Entre as barreiras de acesso ao serviço de saúde, foram significativas apenas as psicossociais. São necessárias novas estratégias para facilitar o acesso ao serviço de saúde às adolescentes, incluindo ações que diminuam as barreiras de gênero e que se considerem suas características sociodemográficas e o vínculo com seus parceiros.Qualidade da assistência ao trabalho de parto pelo Sistema Único de Saúde, Rio de Janeiro (RJ), 1999-200110.1590/S0034-891020080005000152024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZOliveira, Maria Inês Couto deDias, Marcos Augusto BastosCunha, Cynthia BLeal, Maria do Carmo
<em>Oliveira, Maria Inês Couto De</em>;
<em>Dias, Marcos Augusto Bastos</em>;
<em>Cunha, Cynthia B</em>;
<em>Leal, Maria Do Carmo</em>;
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OBJETIVO: A qualidade da assistência ao trabalho de parto tem sido reconhecida na prevenção de complicações obstétricas que podem levar à morbi-mortalidade materna, perinatal e neonatal. O objetivo do estudo foi analisar a qualidade da assistência ao trabalho de parto segundo o risco gestacional e tipo de prestador. MÉTODOS: Estudo transversal de observação da assistência ao trabalho de parto de 574 mulheres, selecionadas por amostra estratificada em 20 maternidades do Sistema Único de Saúde do Rio de Janeiro (RJ), entre 1999 e 2001. A qualidade da assistência foi analisada segundo o risco gestacional e o tipo de prestador. Utilizaram-se procedimentos estatísticos de análise de variância e de diferença de proporções. RESULTADOS: Do total da amostra, 29,6% das gestantes foram classificadas como de risco. Apesar da hipertensão ser a causa mais importante de morte materna no Brasil, a pressão arterial não foi aferida em 71,6% das gestantes durante a observação no pré-parto. Em média foram feitas cinco aferições por parturiente, sendo o menor número nos hospitais conveniados privados (média de 2,9). Quanto à humanização da assistência, observou-se que apenas 21,4% das parturientes tiveram a presença de acompanhante no pré-parto, 75,7% foram submetidas à hidratação venosa e 24,3% à amniotomia. O único tipo de cuidado que variou segundo o risco obstétrico foi a freqüência da aferição da pressão arterial, em que as gestantes de risco foram monitoradas o dobro de vezes em relação às demais (média de 0,36 x 0,18 aferições/h respectivamente, p=0,006). CONCLUSÕES: De modo geral, as gestantes de baixo risco são submetidas a intervenções desnecessárias e as de alto risco não recebem cuidado adequado. Como conseqüência, os resultados perinatais são desfavoráveis e as taxas de cesariana e de mortalidade materna são incompatíveis com os investimentos e a tecnologia disponível.Utilização do Programa de Saúde da Família em regiões metropolitanas: abordagem metodológica10.1590/S0034-891020080050000442024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZBousquat, AyleneAlves, Maria Cecilia Goi PortoElias, Paulo Eduardo
<em>Bousquat, Aylene</em>;
<em>Alves, Maria Cecilia Goi Porto</em>;
<em>Elias, Paulo Eduardo</em>;
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OBJETIVO: Apresentar a abordagem metodológica de pesquisa para definição do perfil de utilização de serviços de saúde pela população adstrita ao Programa Saúde da Família. MÉTODOS: Considerou-se a existência de três padrões de uso dos serviços acessados pela população: residual, parcial e completo, definidos a partir do leque de ações do Programa Saúde da Família que são acessadas pela população. Foi realizado inquérito com amostragem em duas fases em área de elevada exclusão social do município de São Paulo (SP), em 2006. Na primeira fase, 960 pessoas participantes de equipes de saúde da família foram sorteadas e classificadas pelos agentes comunitários de saúde em "uso completo" ou não dos serviços de saúde. Na segunda fase, 173 sorteados foram então classificados segundo os padrões de uso dos serviços. RESULTADOS: Os usuários foram classificados em completos (16%), parciais (57%) e residuais (26%), mostrando-se distintos em relação a características sociodemográficas. Houve utilização seletiva e focada dos serviços oferecidos pelo Programa Saúde da Família, na qual pertencer ao sexo masculino, ter escolaridade superior à quinta série do ensino fundamental, exercer atividade remunerada e acessar planos de saúde implicou menor adesão aos serviços, mesmo se tratando de regiões com pouca oferta de serviços assistenciais. Mesmo em áreas de alta exclusão social e baixa oferta de serviços de saúde, 25% da população cadastrada não utiliza serviços ofertados, recebendo apenas visitas domiciliares. CONCLUSÕES: Metodologias capazes de captar distintos padrões de utilização de serviços de saúde pela população podem contribuir para aprimorar a avaliação de serviços.Análise do trabalho de referência em Centros de Atenção Psicossocial10.1590/S0034-891020080050000512024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZMiranda, LilianCampos, Rosana Tereza Onocko
<em>Miranda, Lilian</em>;
<em>Campos, Rosana Tereza Onocko</em>;
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OBJETIVO: Analisar como os usuários, familiares e trabalhadores de centros de atenção psicossocial avaliam o trabalho da equipe e dos profissionais de referência nesses serviços. MÉTODOS: Pesquisa qualitativa, baseada no paradigma construtivista e na hermenêutica Gadameriana. Foram analisados dois ciclos de grupos focais constituídos por profissionais, usuários e familiares de usuários de todos os centros de atenção psicossocial da cidade de Campinas (SP), em 2006. RESULTADOS: O trabalho de referência foi avaliado como um arranjo que produz efeitos terapêuticos e contribui na eficácia da organização do trabalho. Entretanto, foram relatados riscos de centralização de poder, praticada pelos profissionais de referência, e sofrimento do trabalhador, que pode sentir-se excessivamente responsabilizado pelo caso que referencia. CONCLUSÕES: Os efeitos do arranjo equipes/profissionais de referência sobre os pacientes embasam-se em aspectos emocionais ligados à confiabilidade, à constância e integralidade de cuidados. No entanto, tais aspectos também apresentam problemas relacionais, principalmente quanto à onipotência, que pode envolver o trabalhador.Medicalização social e medicina alternativa e complementar: pluralização terapêutica do Sistema Único de Saúde10.1590/S0034-891020080005000182024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZTesser, Charles DalcanaleBarros, Nelson Filice de
<em>Tesser, Charles Dalcanale</em>;
<em>Barros, Nelson Filice De</em>;
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A medicalização social transforma a cultura, diminui o manejo autônomo de parte dos problemas de saúde e gera excessiva demanda ao Sistema Único de Saúde. Uma alternativa à medicalização social no âmbito da atenção à saúde é a pluralização terapêutica das instituições de saúde, ou seja, a valorização e o oferecimento de práticas e medicinas alternativas e complementares. O objetivo do artigo foi analisar potencialidades e dificuldades de práticas e medicinas alternativas e complementares a partir de experiências clínico-institucionais e da literatura especializada. Conclui-se que tal estratégia tem um limitado potencial "desmedicalizante" e deve ser assumida pelo Sistema Único de Saúde. Ressalta-se ainda que devem ser observadas a hegemonia político-epistemológica da Biociência e a disputa mercadológica atual no campo da saúde, cuja tendência é transformar qualquer saber/prática estruturado do processo saúde-doença em mercadorias ou procedimentos a serem consumidos, reforçando a heteronomia e a medicalização.Esgotamento profissional e transtornos mentais comuns em agentes comunitários de saúde10.1590/S0034-891020080005000192024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZSilva, Andréa Tenório Correia daMenezes, Paulo Rossi
<em>Silva, Andréa Tenório Correia Da</em>;
<em>Menezes, Paulo Rossi</em>;
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OBJETIVO: Estimar a prevalência da síndrome do esgotamento profissional e de transtornos mentais comuns em agentes comunitários de saúde, identificando fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 141 agentes comunitários atuantes há pelo menos seis meses em unidades básicas de saúde do município de São Paulo (SP), em 2006. Os participantes responderam a três questionários: um sobre características sociodemográficas, socioeconômicas, da saúde e do trabalho; o Self Reporting Questionnaire; e o Maslach Burnout Inventory, que permite medir três dimensões da síndrome do esgotamento profissional: exaustão emocional, despersonalização e decepção. A regressão logística multivariada foi usada para verificar associações entre variáveis. RESULTADOS: No total, 24,1% dos entrevistados apresentaram síndrome do esgotamento profissional. Níveis moderados ou altos de esgotamento profissional foram observados em 70,9% dos participantes para exaustão emocional, em 34% para despersonalização e em 47,5% para decepção. A prevalência de transtornos mentais comuns foi 43,3%. Foram observadas associações positivas entre as dimensões de esgotamento profissional. Presença de transtorno mental comum associou-se independentemente com maiores níveis de exaustão emocional e decepção. CONCLUSÕES: A alta freqüência de níveis intensos de esgotamento profissional e a elevada ocorrência de transtornos mentais comuns encontradas entre os agentes comunitários de saúde suscitam a necessidade de estratégias de intervenção no cotidiano desses indivíduos e de novas investigações sobre a dimensão e determinantes do esgotamento profissional.Tradução, adaptação e validação de construto do Teste do Relógio aplicado entre idosos no Brasil10.1590/S0034-891020080005000202024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZAtalaia-Silva, Kelly CristinaLourenço, Roberto Alves
<em>Atalaia-Silva, Kelly Cristina</em>;
<em>Lourenço, Roberto Alves</em>;
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OBJETIVO: Poucos estudos no Brasil investigaram a validação de testes cognitivos em amostras populacionais de idosos e nenhum deles analisou as propriedades psicométricas do Teste do Relógio de Tuokko. O objetivo do estudo foi traduzir e adaptar o modelo desse teste ao contexto brasileiro e avaliar sua validade de construto. MÉTODOS: Estudo transversal com uma amostra populacional constituída por 353 sujeitos de Juiz de Fora (MG), 2004-2005. Para avaliar as validades convergente e discriminante, utilizou-se a correlação de Pearson. Os subtestes do Teste do Relógio foram correlacionados com os instrumentos de referência: cubos e dígitos, e mini-exame do estado mental para avaliar a validade convergente. A validade discriminante foi investigada por meio da correlação dos subtestes com a Center for Epidemiologic Studies Depression Scale. RESULTADOS: Da amostra, 74,1% eram do sexo feminino, com idade entre 63 e 107 anos (73,8+8,5) e média de escolaridade foi 7,4 anos (DP=4,7). Obteve-se validade convergente, com correlações estatisticamente significativas entre todos os subtestes (p<0,01). Quanto à validade discriminante, o único subteste que teve correlação significativa com a escala de referência foi o "indicação das horas" (p<0,05). CONCLUSÕES: O Teste de Relógio traduzido e adaptado em uma amostra comunitária de idosos mostrou ser um instrumento de rastreio cognitivo breve, com boa validade de construto quando analisado com outros dados da literatura. Futuros trabalhos devem investigar outras propriedades psicométricas, como as validades de critério e de conteúdo.Prevalência de quedas em idosos asilados do município de Rio Grande, RS10.1590/S0034-891020080005000212024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZGonçalves, Lílian GattoVieira, Simone TheodosioSiqueira, Fernando VinholesHallal, Pedro Curi
<em>Gonçalves, Lílian Gatto</em>;
<em>Vieira, Simone Theodosio</em>;
<em>Siqueira, Fernando Vinholes</em>;
<em>Hallal, Pedro Curi</em>;
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OBJETIVO: O aumento da expectativa de vida nos países em desenvolvimento tem provocado preocupação com a qualidade de vida e o bem-estar dos idosos, principalmente a ocorrência de quedas. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi descrever a prevalência de quedas em idosos que vivem em asilos e fatores associados. MÉTODOS: Estudo de delineamento transversal na cidade de Rio Grande (RS), em 2007. Participaram 180 indivíduos idosos (65 anos ou mais) residentes em asilos para acolhimento. Em entrevista, os idosos responderam a questões de instrumento pré-testado sobre a ocorrência de quedas. Além de análise bivariada (Wald), foi realizada análise por regressão de Poisson com cálculo de razões de prevalência e intervalos de confiança de 95%, ajustada para as variáveis de confusão. RESULTADOS: A prevalência de quedas entre os idosos asilados estudados foi de 38,3%. As quedas foram mais comuns no ambiente do asilo (62,3%), sendo o quarto o ambiente onde ocorreu o maior número de quedas (23%). Na análise ajustada, as quedas se mantiveram associadas com cor da pele branca, com os idosos separados e divorciados, com depressão, e maior quantidade referida de medicamentos para uso contínuo. CONCLUSÕES: O estudo mostra que a prevalência de quedas entre idosos asilados é alta. Embora alguns dos possíveis fatores associados sejam passíveis de prevenção, ainda ocorrem quedas em locais que deveriam ser considerados seguros, como o quarto do idoso.Factores de riesgo de caídas en ancianos: revisión sistemática10.1590/S0034-891020080005000222024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZGama, Zenewton André da SilvaGómez-Conesa, Antonia
<em>Gama, Zenewton André Da Silva</em>;
<em>Gómez-Conesa, Antonia</em>;
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OBJETIVO: Sistematizar los hallazgos de los estudios de cohorte prospectivos sobre los múltiples factores de riesgo de caídas en ancianos y valorar la calidad metodológica de los mismos. MÉTODOS: Revisión sistemática de estudios epidemiológicos en las bases de datos Medline, SciELO y Lilacs. Fueron incluidos estudios con número de sujetos >100, con edad >64 años, de ambos sexos, residentes en la comunidad o en instituciones para ancianos. RESULTADOS: De 726 publicaciones encontradas, 15 estudios cumplieron con los criterios de inclusión, habiendo sido publicados entre 1988 y 2005. Los estudios presentaron heterogeneidad metodológica. Los principales factores asociados a un aumento del riesgo de caída son: antecedente de caída, alteración de la marcha, incapacidad funcional, deterioro cognitivo, consumo de medicación psicotrópica y exceso de actividad física. A pesar de hallazgos contradictorios, ser del sexo femenino y tener edad avanzada, también pueden ser predictores de caída. CONCLUSIONES: Se identifican algunas carencias metodológicas de los estudios de cohorte prospectivo sobre caídas: carencia de estudios sobre determinantes extrínsecos, necesidad de enmascaramiento del evaluador durante el seguimiento y de un mejor control del seguimiento con menores intervalos entres las recogidas de datos.Aumento da prematuridade no Brasil: revisão de estudos de base populacional10.1590/S0034-891020080005000232024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZSilveira, Mariângela FSantos, Iná SBarros, Aluísio J DMatijasevich, AliciaBarros, Fernando CVictora, Cesar G
<em>Silveira, Mariângela F</em>;
<em>Santos, Iná S</em>;
<em>Barros, Aluísio J D</em>;
<em>Matijasevich, Alicia</em>;
<em>Barros, Fernando C</em>;
<em>Victora, Cesar G</em>;
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OBJETIVO: A maior causa de mortalidade infantil no Brasil são condições perinatais, associadas em sua maioria à prematuridade. O objetivo do estudo foi avaliar a evolução das taxas de prematuridade no Brasil. MÉTODOS: Foi realizada revisão nas bases de dados Medline e Lilacs, incluindo estudos publicados em periódicos, teses e dissertações, desde 1950. Os critérios de exclusão foram: estudos que se referiam a temas clínicos, com complicações da prematuridade e gestação, bem como cuidados com prematuros. Os critérios de inclusão foram: estudos de base populacional sobre prevalência de prematuridade com dados do Brasil, com amostra representativa do local do estudo e com dados primários. De 71 estudos encontrados, a análise foi realizada com 12. RESULTADOS: A prevalência de prematuridade variou de 3,4% a 15,0% nas regiões Sul e Sudeste, entre 1978 e 2004, sugerindo tendência crescente a partir da década de 1990. Estudos na região Nordeste, entre 1984 e 1998, encontraram prevalências de prematuridade de 3,8% a 10,2%, também com tendência a aumentar. CONCLUSÕES: Dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos não corroboram este aumento, pois mostram diferenças entre as taxas de prematuridade informadas por esse Sistema e as taxas medidas nos estudos incluídos nesta revisão. Devido ao importante papel da prematuridade na mortalidade infantil no Brasil é importante identificar as causas deste aumento e planejar intervenções que diminuam sua ocorrência.Freqüência de uso de inibidores de fosfodiesterase-5 por estudantes universitários10.1590/S0034-891020080050000462024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZFreitas, Vanessa Mello deMenezes, Fabiana Gatti deAntonialli, Michele Melo SilvaNascimento, Jorge Willian Leandro
<em>Freitas, Vanessa Mello De</em>;
<em>Menezes, Fabiana Gatti De</em>;
<em>Antonialli, Michele Melo Silva</em>;
<em>Nascimento, Jorge Willian Leandro</em>;
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O objetivo do estudo foi identificar o uso de inibidores da fosfodiesterase-5 por estudantes universitários da cidade de São Paulo (SP), em 2006. Alunos do sexo masculino (n=360) responderam questionário sobre diagnóstico de disfunção erétil, freqüência e motivo do uso, medicamento utilizado, existência de prescrição médica e relato de efeitos adversos. Os resultados mostraram que 53 (14,7%) dos alunos já haviam utilizado esses medicamentos, dos quais 53% relataram uso de sildenafila, 37% tadalafila e 10% vardenafila, adquiridos sem prescrição médica ou diagnóstico de disfunção erétil. Os principais efeitos adversos relatados foram cefaléia (23%) e rubor facial (10%), e as principais motivações para uso foram a curiosidade (70%) e potencialização da ereção (12%).Análise do conteúdo de propagandas de medicamentos psicoativos10.1590/S0034-891020080050000452024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZMastroianni, Patrícia CVaz, Amanda Cristina RNoto, Ana ReginaGalduróz, José Carlos F
<em>Mastroianni, Patrícia C</em>;
<em>Vaz, Amanda Cristina R</em>;
<em>Noto, Ana Regina</em>;
<em>Galduróz, José Carlos F</em>;
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O objetivo do estudo foi descrever as figuras humanas retratadas nas propagandas de medicamentos psicoativos quanto ao gênero, a idade, a etnia e o contexto social. Foi realizada análise de conteúdo de 86 impressos publicitários inéditos divulgados em Araraquara (SP) no ano de 2005. A associação entre as categorias foi analisada usando o teste exato de Fisher. Houve predomínio de mulheres (62,8%), sendo quatro vezes mais freqüentes que os homens em propagandas de antidepressivos e ansiolíticos. A maioria era constituída de jovens adultos (72%), de etnia branca (98,8%). As pessoas estavam em lazer (46,5%), em suas casas (29%) ou em contato com a natureza (16,2%). A mensagem transmitida foi que os medicamentos tratam sintomatologias subjetivas de desconforto do dia-a-dia, induzindo a um apelo irracional que pode refletir na prescrição medicamentosa.Pesquisas: prioridades para a nossa saúde pública10.1590/S0034-891020080005000262024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000ZAmato Neto, VicentePasternak, Jacyr
<em>Amato Neto, Vicente</em>;
<em>Pasternak, Jacyr</em>;
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Saúde define prioridades de pesquisa10.1590/S0034-891020080005000272024-02-16T20:15:39.765000Z2020-08-09T06:49:19.611000Z