Saúde e Sociedadehttps://www.scielo.br/feed/sausoc/2013.v22n1/2024-01-19T19:38:53.150000ZUnknown authorVol. 22 No. 1 - 2013WerkzeugUnknow title10.1590/S0104-129020130001000012024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZA produção do conhecimento na interface entre as ciências sociais e a saúde pública/coletiva10.1590/S0104-129020130001000022024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZIanni, Aurea Maria ZöllnerBarreto Jr, Irineu FranciscoMartins, Cleide Lavieri
<em>Ianni, Aurea Maria Zöllner</em>;
<em>Barreto Jr, Irineu Francisco</em>;
<em>Martins, Cleide Lavieri</em>;
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Ciências sociais e saúde pública/coletiva: a produção do conhecimento na sua interface10.1590/S0104-129020130001000032024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZCohn, Amélia
<em>Cohn, Amélia</em>;
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O artigo trata das relações entre ciências sociais e saúde na produção doe conhecimento em Saúde Pública/Coletiva. Aborda os desafios de se articular as várias áreas do conhecimento que compõem esse campo; as dificuldades de construção de uma agenda de pesquisa frente às demandas das políticas públicas de saúde, da marca de seu surgimento enquanto um campo de conhecimento não só empírico mas também militante a favor da construção da saúde como um direito e um bem público.A produção de conhecimentos na interface entre as ciências sociais e humanas e a saúde coletiva10.1590/S0104-129020130001000042024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZMinayo, Maria Cecília de Souza
<em>Minayo, Maria Cecília De Souza</em>;
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Este artigo trata da intercessão, no âmbito do conhecimento, entre as ciências sociais e humanas e a saúde coletiva. Parte-se do legado das ciências sociais clássicas, discute-se esse aporte, debate-se como e em que medida as ciências sociais e humanas em saúde constituem um subcampo que, por sua vez, articula diversas racionalidades. O texto se baseia numa pesquisa sobre a produção científica das sete principais revistas da área: Revista de Saúde Pública; Cadernos de Saúde Pública; Ciência & Saúde Coletiva; Saúde e Sociedade, Physis, Interface e História, Ciência e Saúde no período de janeiro de 2011 a agosto de 2012 (20 meses). Foram ao todo 1757 artigos publicados nessas revistas, sendo 545 (31,0%) sobre ciências sociais e saúde ou fazendo interface desse campo com a saúde coletiva. O artigo se debruça na análise dessa produção e conclui: que é pujante a participação das ciências sociais e humanas no campo da saúde; que existe um polo irradiador de conhecimentos que parte de autores seminais, mas já conta com a contribuição de estudiosos importantes de segunda e terceira geração; e que os problemas referidos pelos cientistas sociais e de humanidades da área de saúde são os mesmos que hoje ocupam os teóricos sociais, filósofos e historiadores do mundo inteiro.Temas emergentes em ciências sociais e saúde pública/coletiva: a produção do conhecimento na sua interface10.1590/S0104-129020130001000052024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZMarsiglia, Regina Maria Giffoni
<em>Marsiglia, Regina Maria Giffoni</em>;
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Neste artigo, apontam- se inicialmente algumas questões fundamentais para o entendimento das relações entre ciências sociais e saúde desde o inicio do século XX. Posteriormente, discute-se a presença das ciências sociais na saúde pública e a constituição do campo da saúde coletiva, com a criação da Associação Brasileira de Pós- Graduação em Saúde Coletiva - ABRASCO, ao final dos anos 70. Aborda-se a definição de três eixos de pesquisa do novo campo - Política de Saúde e Organização de Serviços de Saúde, Condições de Vida e Saúde, Recursos Humanos na Saúde - e dois temas emergentes de pesquisa: trabalho e saúde, violência e saúde. Nos últimos tópicos, dedicado aos desafios para a produção do conhecimento na interface entre ciências sociais, saúde pública e saúde coletiva, a autora apresenta suas considerações sobre alguns pontos abordados por Amélia Cohn na Mesa Redonda promovida pela Revista Saúde e Sociedade em 20 de março de 2012 e os novos desafios, eixos de pesquisa e temas emergentes para a saúde coletiva e para as ciências sociais nesse campo, no contexto dos anos 2000.Determinantes Sociais da Saúde: reflexões a partir das raízes da "questão social"10.1590/S0104-129020130001000062024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZSouza, Diego de OliveiraSilva, Sóstenes Ericson Vicente daSilva, Neuzianne de Oliveira
<em>Souza, Diego De Oliveira</em>;
<em>Silva, Sóstenes Ericson Vicente Da</em>;
<em>Silva, Neuzianne De Oliveira</em>;
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Neste artigo temos por objetivo analisar o que vem sendo denominado de determinantes sociais da saúde (DSS). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, na qual recorremos aos estudos de alguns autores que tratam o assunto, em uma tentativa de releitura a partir dos fundamentos marxistas. Em uma contraposição à teoria dos DSS, resgatamos as bases da "questão social" para demonstrarmos qual é a determinação essencial da problemática da saúde. Vimos que as abordagens teóricas sobre os DSS tratam os problemas sociais como se fossem fragmentos da realidade que ganham autonomia. Porém, na verdade, eles constituem uma questão una - a "questão social" - com sua base material (e também humano-social) imbricada no processo de trabalho tal qual ele é desenvolvido no capitalismo. Portanto, é no processo de acumulação capitalista que encontramos a determinação essencial para a problemática da saúde e, desse modo, a sua solução requer a dissolução da ordem societária burguesa.A habitação como determinante social da saúde: percepções e condições de vida de famílias cadastradas no programa Bolsa Família10.1590/S0104-129020130001000072024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZMagalhães, Kelly AlvesCotta, Rosângela Minardi MitreMartins, Tatiana de Castro PereiraGomes, Andréia PatríciaSiqueira-Batista, Rodrigo
<em>Magalhães, Kelly Alves</em>;
<em>Cotta, Rosângela Minardi Mitre</em>;
<em>Martins, Tatiana De Castro Pereira</em>;
<em>Gomes, Andréia Patrícia</em>;
<em>Siqueira-Batista, Rodrigo</em>;
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Objetivou-se avaliar as condições de habitação e de saneamento de famílias cadastradas no Programa Bolsa Família (PBF), bem como analisar os significados dos sujeitos entrevistados sobre sua moradia. Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quanti-qualitativa, realizado entre agosto e setembro de 2007, no município de Paula Candido, MG. Foram entrevistados 116 indivíduos cadastrados no programa, selecionados aleatoriamente, por meio de questionário semiestruturado. Os dados quantitativos foram analisados utilizando-se o software SPSS for Windows e os qualitativos, pela técnica de análise temática. Verificou-se que ambos os grupos - beneficiário e não beneficiário - enfrentam condições adversas que limitam sua inserção e emancipação social, como baixas escolaridade e qualificação para o trabalho; trabalho informal e mal remunerado; serviços ainda insuficientes de abastecimento e tratamento da água, além de esgotamento sanitário e coleta de lixo, especialmente entre as famílias residentes na zona rural. Quanto ao significado da moradia para os entrevistados, os relatos denotam o sonho por uma casa melhor e/ou a casa própria, a aquisição de bens e eletrodomésticos básicos que possam compor o espaço da habitação, espaço este que ultrapassa a dimensão física e material, configurando-se como lugar onde se estabelecem as relações e laços sociais entre a família e de acolhimento do outro. Faz-se necessária a articulação entre as ações e políticas públicas de saúde, habitação, meio ambiente e infraestrutura, bem como com os programas de combate à pobreza - como o PBF - , tendo em vista o conjunto de vulnerabilidades às quais estão submetidas as populações mais pobres.Financiamento da assistência farmacêutica no sistema único de saúde10.1590/S0104-129020130001000082024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZVieira, Fabiola SulpinoZucchi, Paola
<em>Vieira, Fabiola Sulpino</em>;
<em>Zucchi, Paola</em>;
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Objetivos. Descrever e discutir a evolução do financiamento da assistência farmacêutica no Sistema Único de Saúde - SUS. Métodos. Foram identificados os valores alocados para aquisição de medicamentos, para o Programa Farmácia Popular e para estruturação de serviços farmacêuticos públicos. Os valores referentes ao financiamento da União, por meio do Ministério da Saúde, foram obtidos do sistema Siga Brasil e, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde - SIOPS. Resultados. Entre 2005 e 2009 houve aumento de 65,3% nos recursos financeiros da União para aquisição de medicamentos. No mesmo período, ampliou-se o volume de transferências feitas às esferas subnacionais. Verificou-se que os Estados e o Distrito Federal aumentaram em 112,4% o volume de recursos próprios alocados no financiamento de medicamentos e que para os municípios este crescimento foi de 22,7%. Em 2008, a participação das despesas com medicamentos em relação às despesas com saúde foi de 7,8%. O gasto total com medicamentos em 2009 foi de 8,9 bilhões de reais. Observou-se aumento de 20,6 vezes no valor alocado no Programa Farmácia Popular e, no caso dos recursos destinados à estruturação de serviços, crescimento de 41,6%, chegando a 10,1 milhões de reais em 2009. Conclusão: Houve ampliação do financiamento de medicamentos no SUS entre 2005 e 2009.Uma análise exploratória dos programas de controle da tuberculose da bahia e goiás à luz da teoria dos custos de transação10.1590/S0104-129020130001000092024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZLoureiro, SebastiãoFerreira Júnior, Hamilton de MouraMota, Fábio BatistaFreitas, Lúcio Flávio da Silva
<em>Loureiro, Sebastião</em>;
<em>Ferreira Júnior, Hamilton De Moura</em>;
<em>Mota, Fábio Batista</em>;
<em>Freitas, Lúcio Flávio Da Silva</em>;
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Em caráter exploratório, o objetivo deste artigo é analisar o Programa de Controle da Tuberculose (PCTs) dos Estados da Bahia e Goiás e respectivas capitais, Salvador e Goiânia, a partir da Teoria dos Custos de Transação. Para tanto, foi realizado um estudo de caso nos PCTs citados, utilizando-se, junto aos seus gestores, do método de entrevistas aprofundadas semidiretivas. Os resultados sugerem: (a) baixa especificidade em ativos humanos; (b) baixo grau de incerteza - relacionada à flutuação da demanda e à introdução de novas tecnologias (medicamentos); (c) aspectos relacionados à racionalidade limitada (informação incompleta) são pouco relevantes - no que tange à redação do contrato (Programa Nacional de Controle da Tuberculose - PNCT) e ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN); (d) e alta probabilidade de ocorrência de comportamento de tipo oportunista (risco moral) - devido ao não monitoramento das ações, à ausência de punições em caso de descumprimento das ações pactuadas no PNCT e ao regime de incentivos vigente.Economia solidária e reabilitação vocacional no campo da drogadição: possibilidades e limites das práticas atuais10.1590/S0104-129020130001000102024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZBonadio, Alessandra NagamineSilveira, Cássio
<em>Bonadio, Alessandra Nagamine</em>;
<em>Silveira, Cássio</em>;
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Este artigo visa a contribuir ao debate sobre as potencialidades do trabalho no processo de recuperação de dependentes químicos. Consideramos nesta análise os princípios subjacentes à reabilitação vocacional praticada no contexto internacional, seguido da descrição das diretrizes brasileiras para a inclusão social de dependentes químicos por meio do trabalho. Por fim, procedemos a uma análise comparativa das matrizes conceituais, dos conceitos de saúde subjacentes e do potencial emancipatório em ambas as perspectivas. O material consultado foi levantado por meio de revisão bibliográfica em bases de dados da área da saúde. Já as informações sobre as diretrizes brasileiras foram coletadas nas publicações oficiais disponibilizadas on-line pelo Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e do Emprego do Brasil. A análise do material permitiu-nos verificar que a reabilitação vocacional praticada em países da América do Norte e da Europa destina-se a usuários de serviços de saúde mental, procedendo à inclusão pelo viés da doença. Enfatiza a recolocação no mercado formal de trabalho, por meio de programas voltados ao treinamento de habilidades para obter e manter um posto de trabalho conquistado. Já as diretrizes do governo brasileiro estão pautadas nos princípios do cooperativismo e da economia solidária. Privilegia o ser humano como sujeito e finalidade maior da atividade econômica, focalizando as potencialidades e recursos do trabalho, em detrimento das limitações impostas pela doença ou pela condição socioeconômica que tenha gerado a situação de exclusão.Integralidade do cuidado: representações sociais das equipes de Saúde da Família do Distrito Federal10.1590/S0104-129020130001000112024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZArce, Vladimir Andrei RodriguesSousa, Maria Fátima de
<em>Arce, Vladimir Andrei Rodrigues</em>;
<em>Sousa, Maria Fátima De</em>;
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Trata-se de pesquisa qualitativa que analisou as representações sociais dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) do Distrito Federal-DF acerca da integralidade do cuidado. A ESF vem sendo implantada no Brasil desde 1994 como uma estratégia política para reordenar o modelo de atenção à saúde, estando atualmente em processo de ampliação no DF. Foram realizados entrevistas individuais semiestruturadas e grupo focal com gestores locais e profissionais das equipes de 11 das 15 regionais de saúde. Utilizou-se o Discurso de Sujeito Coletivo (DSC) e a teoria das Representações Sociais para análise, com o objetivo de compreender a sociogênese da forma de pensar a partir de um olhar psicossocial sobre a realidade. Verificou-se que o cuidado é percebido como ato de solidariedade e atributo profissional, apoio às famílias em suas múltiplas necessidades e articulação de ações interdisciplinares de prevenção, promoção e tratamento, visando qualidade de vida. A integralidade do cuidado permeia a noção de autonomia profissional, requer a criação de vínculos de confiança e responsabilização entre profissionais e usuários, a contextualização da família sobre os determinantes e formas de enfrentamento dos problemas e demanda a integração com demais serviços. O estudo demonstrou que o cuidado relaciona-se com diferentes dimensões da integralidade, refletindo potencialidades e desafios do modelo da ESF para o desenvolvimento de práticas ampliadas de saúde. Faz-se necessário que a potencialidade das relações estabelecidas entre diferentes sujeitos no território permita a qualificação das ações de saúde, sobretudo aquelas voltadas para a promoção.Representações sociais sobre dengue: reflexões sobre a mediação da informação em saúde pública10.1590/S0104-129020130001000122024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZVillela, Edlaine Faria de MouraAlmeida, Marco Antônio de
<em>Villela, Edlaine Faria De Moura</em>;
<em>Almeida, Marco Antônio De</em>;
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O objetivo do trabalho é trazer subsídios para o debate sobre as relações entre saúde pública, meios de comunicação e a formulação e divulgação da informação sobre saúde para os cidadãos. O foco da pesquisa é a divulgação de informações sobre dengue e processos epidêmicos em Ribeirão Preto, SP. Foi utilizada como principal referencial para a pesquisa a Teoria das Representações Sociais, a qual busca captar o imaginário social da população sobre a doença a ser abordada. O método utilizado foi o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), caracterizado pela organização e tabulação de dados qualitativos de natureza verbal. Questionários foram aplicados para a coleta de dados. Para analisar e contextualizar os dados obtidos foram feitas referências a algumas teorias acerca da reflexividade, do risco epidemiológico e da Sociedade da Informação. Salienta-se, ao final, a importância dos mediadores para que haja bom desempenho do processo de mediar informações sobre saúde, e sobre dengue especificamente.As representações sociais de "pessoa velha" construídas por idosos10.1590/S0104-129020130001000132024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZSantos, Verônica Braga dosTura, Luiz Fernando RangelArruda, Angela Maria Silva
<em>Santos, Verônica Braga Dos</em>;
<em>Tura, Luiz Fernando Rangel</em>;
<em>Arruda, Angela Maria Silva</em>;
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De forma a contribuir para a compreensão de como as pessoas pensam, elaboram, articulam saberes, e agem acerca dos aspectos relacionados ao envelhecimento humano, o estudo objetivou apreender os sentidos atribuídos à "pessoa velha" construídos por idosos. Com base na teoria das representações sociais, na abordagem estrutural, realizou-se um teste de evocação livre de palavras com a expressão "pessoa velha"; além disso, aplicou-se um questionário que fez a caracterização sociodemográfica e incluía perguntas abertas acerca de crenças, atitudes, normas, valores e práticas relacionadas ao envelhecimento e ao idoso.. Participaram 70 pessoas maiores de 60 anos, ex-alunos de uma instituição federal de ensino do Rio de Janeiro, com idade entre 60 e 83 anos (média de 65,4 anos) e maioria do sexo feminino (51,4%). Experiência compôs o sistema central. O sistema periférico foi constituído por Carinho, Sabedoria, Saúde, Pai-Mãe-Tia, Dificuldade, Abandono, Alegria, Respeito, Excluída, Aposentado, Cansada, Cuidado e Exercícios; o sistema intermediário foi formado por Doença, Idoso, Dedicação, Preconceito, Tristeza, Paciência, Avô, Discriminação, Rabugenta, Solidão, Ultrapassada. Foi identificada na representação construída uma dimensão psicossocial, referindo-se criticamente ao tratamento que os participantes compreendem que a sociedade direciona ou deveria direcionar a pessoa velha, e a forma passiva ou ativa de atuação da pessoa considerada velha. Possivelmente, os idosos construíram uma representação com a qual não se identificam ou não querem se identificar em todos os seus sentidos, representam um outro, a pessoa velha.Dimensões da qualidade de vida de idosos moradores de rua do município de São Paulo10.1590/S0104-129020130001000142024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZSilva, Henrique Salmazo daGutierrez, Beatriz Aparecida Ozello
<em>Silva, Henrique Salmazo Da</em>;
<em>Gutierrez, Beatriz Aparecida Ozello</em>;
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Os objetivos deste estudo foram conhecer as dimensões da qualidade de vida auto-referidas por idosos moradores de rua, em situação de vulnerabilidade social. Foram entrevistados seis idosos do sexo masculino residentes em um abrigo que vivenciaram a situação de morar temporariamente nas ruas. Optou-se pela pesquisa qualitativa utilizando entrevista individual semiestruturada e análise temática. Para os idosos pesquisados a qualidade de vida esteve relacionada aos serviços oferecidos pela casa de acolhida, bem como ao trabalho, manutenção da independência e da autonomia, participação social e o fato de possuir projetos de vida. A mensuração da qualidade de vida de idosos que vivenciaram morar nas ruas representou um desafio e pode auxiliar em programas e serviços.Qualidade dos cuidados domiciliares em enfermagem a idosos dependentes10.1590/S0104-129020130001000152024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZCarvalhais, MaribelSousa, Liliana
<em>Carvalhais, Maribel</em>;
<em>Sousa, Liliana</em>;
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Este estudo exploratório procura contribuir para promover a compreensão de factores envolvidos na qualidade dos cuidados de enfermagem a idosos dependentes em cuidados domiciliares. Adoptou-se o photovoice, um método participativo (qualitativo) que usa a fotografia e a voz para aceder ao mundo dos outros e torná-lo acessível a nós. A amostra envolve seis enfermeiros, com idades entre os 24 e 30 anos, cinco do sexo feminino. Os principais resultados sugerem que a promoção da qualidade dos cuidados de enfermagem a pessoas idosas dependentes em cuidados domiciliares envolve: i) trabalho e decisão em equipe multidisciplinar; ii) mais recursos materiais e humanos; iii) apoio aos cuidadores informais (quase sempre membros da família); vi) determinação dos enfermeiros. O principal obstáculo centra-se na escassez de recursos e na desorganização, traduzidos em falta de tempo, desordem e frustração. Os participantes salientam a importância do envolvimento da família, considerada parte da unidade de cuidado.Cooperação interprofissional e a Reforma Sanitária no Brasil: implicações para o modelo de atenção à saúde10.1590/S0104-129020130001000162024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZMatuda, Caroline GuinozaAguiar, Dulce Maria de LucenaFrazão, Paulo
<em>Matuda, Caroline Guinoza</em>;
<em>Aguiar, Dulce Maria De Lucena</em>;
<em>Frazão, Paulo</em>;
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As transformações sanitárias, sociais e econômicas ocorridas no Brasil recolocaram antigos problemas e introduziram outros novos para a área de recursos humanos em saúde. Entre os desafios inéditos, destacam-se aqueles decorrentes da implementação de estratégias de reorientação do modelo de atenção à saúde que exigem intensificação dos processos de interação profissional. O objetivo deste artigo foi sistematizar os conhecimentos relativos à cooperação interprofissional como um objeto de pesquisa, destacando sua relevância para a compreensão das relações entre os trabalhadores na produção do cuidado no contexto da reforma do sistema de saúde brasileiro. Aspectos históricos que marcaram as reformas do setor saúde no mundo, e no Brasil em particular, foram apresentados. Tomando-se por base os conhecimentos produzidos por estudos de revisão sobre o assunto, foram sistematizados aspectos que conformam a teoria sobre a cooperação interprofissional com foco nas definições, nos modelos teóricos e nos resultados observados. Para superar as dificuldades impostas pela necessidade de tornar a atenção à saúde mais efetiva, eficiente e equitativa, é indicada uma abordagem dirigida à compreensão dos processos e das relações imbricadas no problema que considere os profissionais como agentes atuantes, dotados de uma prática interessada, admitindo-se que tanto os esquemas de percepção como as organizações e a estrutura possuem gênese social. A compreensão das forças que orientam o conflito e a cooperação interprofissional pode subsidiar a formulação de estratégias para melhorar a produção do cuidado no âmbito do sistema de saúde no Brasil.Integração ensino, pesquisa e serviços em saúde: antecedentes, estratégias e iniciativas10.1590/S0104-129020130001000172024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZEllery, Ana Ecilda LimaBosi, Maria Lúcia MagalhãesLoiola, Francisco Antonio
<em>Ellery, Ana Ecilda Lima</em>;
<em>Bosi, Maria Lúcia Magalhães</em>;
<em>Loiola, Francisco Antonio</em>;
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Este artigo objetiva identificar e analisar experiên-cias nacionais e internacionais que postulem a integração ensino, pesquisa e serviços de saúde. A partir da vivência no Sistema Municipal de Saúde Escola de Fortaleza, que busca a referida integração, interessava-nos conhecer outras experiências que postulassem a mesma. Nesse sentido, mediante uma revisão da literatura científica em bases bibliográficas on-line, associada à pesquisa documental de experiências contemplando essa integração, identificamos informações caracterizadas pela aproximação entre ensino, pesquisa e serviços de saúde. Foram selecionadas oito experiências no continente americano, sendo uma canadense; uma cubana; duas latino-americanas e quatro brasileiras, que são apresentadas neste artigo. Integrar ensino e pesquisa, utilizando a face assistencial do sistema de saúde como um recurso pedagógico, evidencia-se como um objetivo aglutinador em vários países das Américas. Analisando-se as oito experiências apresentadas, observa-se que em seis delas a integração ensino, pesquisa e serviços já aparece como estratégia de formação e de educação permanente. Não obstante, a aproximação entre essas três funções persiste como um campo de disputas, de convergências e divergências, portanto, como espaço de conflitos entre distintos interesses, efetivando-se lentamente. Assim, novos investimentos precisam ser feitos no sentido de desvelar as dinâmicas e os processos em construção que facilitem e impulsionem a integração do ensino, da pesquisa e da assistência em saúde, que demandam práticas interprofissionais, interinstitucionais e intersetoriais, de forma a superar a crise de conhecimentos e de valores da saúde no mundo.Cuidado integral e atenção às urgências: o serviço de atendimento móvel de urgência do estado do Rio de Janeiro10.1590/S0104-129020130001000182024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZO'Dwyer, GiseleMattos, Ruben Araújo
<em>O'dwyer, Gisele</em>;
<em>Mattos, Ruben Araújo</em>;
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O inadequado atendimento às urgências é motivo de insatisfação da população e de aumento de morbidade e mortalidade. Para responder ao problema, o Estado implantou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o primeiro componente da Política Nacional de Urgências que propõe o atendimento integral às urgências. Com o objetivo de analisar a prática de integralidade no SAMU, analisamos a regulação nos SAMU do Estado do Rio de Janeiro. A metodologia baseou-se na análise da conduta estratégica (Giddens, 1984) relacionando as estratégias de ação dos agentes com as dimensões estruturais. A categorização da análise do resultado destacou: o SAMU bem sucedido, com práticas de integralidade no seu componente individual e de acesso aos serviços; sua função de observatório de rede, que indicou restrição no acesso à atenção básica e ao hospital; a insuficiência de recursos e o uso inadequado de ambulâncias; e demandas não reconhecidas, em que casos foram recusados. O campo confirmou a potência do SAMU como observatório de saúde. Entretanto, a mobilização de recursos autoritativos e alocativos mostrou-se insuficiente para um sistema integrado de atenção às urgências.A utilização dos serviços de atenção básica e de urgência no sus de belo horizonte: problema de saúde, procedimentos e escolha dos serviços10.1590/S0104-129020130001000192024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZPires, Maria Raquel Gomes MaiaGöttems, Leila Bernarda DonatoCupertino, Tiago VilelaLeite, Lucas SimõesVale, Luciana Ribeiro doCastro, Marcelo Augusto deLage, Ana Carolina AlvesMauro, Túlio Gomes da Silva
<em>Pires, Maria Raquel Gomes Maia</em>;
<em>Göttems, Leila Bernarda Donato</em>;
<em>Cupertino, Tiago Vilela</em>;
<em>Leite, Lucas Simões</em>;
<em>Vale, Luciana Ribeiro Do</em>;
<em>Castro, Marcelo Augusto De</em>;
<em>Lage, Ana Carolina Alves</em>;
<em>Mauro, Túlio Gomes Da Silva</em>;
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Avalia-se o uso das unidades básicas e de urgências do Sistema Único de Saúde (SUS) de Belo Horizonte (BH). Objetivos: identificar o principal problema de saúde que o cidadão leva à Unidade de Pronto-atendimento (UPA) e à Unidade Básica de Saúde (UBS), considerando as especificidades dos níveis de atenção; caracterizar os principais procedimentos de atenção básica e de média complexidade utilizados nesses serviços, comparativamente. Pesquisa do tipo survey, com aplicação direta de questionário fechado a 997 entrevistados, distribuídos em 10 UBSs e 7 UPAs. A demanda que chega aos serviços investigados é por consultas médicas e por procedimentos de enfermagem, motivada por afecções leves, passíveis de atendimento na atenção básica. Os usuários vão à UBS por ser um serviço próximo da residência, de rápido atendimento e de fácil deslocamento, caracterizando boa oferta e capilaridade da Saúde da Família. Verificou-se duplicidade na utilização dos serviços, o que contribui para outras investigações.Regulação assistencial no recife: possibilidades e limites na promoção do acesso10.1590/S0104-129020130001000202024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZAlbuquerque, Maria do Socorro Veloso deLima, Luci PracianoCosta, André MonteiroMelo Filho, Djalma Agripino de
<em>Albuquerque, Maria Do Socorro Veloso De</em>;
<em>Lima, Luci Praciano</em>;
<em>Costa, André Monteiro</em>;
<em>Melo Filho, Djalma Agripino De</em>;
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A pesquisa analisou o desenvolvimento da regulação assistencial na perspectiva do acesso equânime e integral na Gestão Municipal de Saúde do Recife entre 2001 e 2008. Trata-se de um estudo de caso que teve como sujeitos os gestores e os gerentes da Secretaria de Saúde do Recife. Utilizou-se a análise de conteúdo, na tipologia temática, a partir dos conceitos de triângulo de governo, acessibilidade e rede. Verificou-se que, embora o município tenha implantado arranjos organizacionais de regulação, não incorporou os serviços especializados próprios nem analisou a capacidade potencial desses serviços. A Central de Regulação de Consultas e Exames Especializados absorveu apenas 9,5% dos procedimentos de média complexidade sob gestão municipal. Outrossim, pouco investiu na ampliação da resolubilidade da atenção básica, mantendo uma possível demanda artificial por serviços especializados. A perspectiva de maior acessibilidade organizacional, pela regulação assistencial, restringiu-se à "adequação" da demanda à oferta da rede complementar SUS/Recife. Essa oferta, por vezes, foi determinada pelos interesses do próprio setor privado, e a regulação implementada pela gestão municipal teve reduzido poder de definição. A atuação centralizadora da gestão estadual de saúde dificultou a conformação de um complexo regulador compartilhado entre esferas de gestão. Conclui-se que a regulação assistencial, na esfera dos municípios, dificilmente promoverá acesso equânime e integral enquanto atuar somente sobre uma parcela dos serviços sob gestão municipal, intervir sem a formação de redes de atenção regionais, sem pactos efetivos entre entes públicos pela continuidade do cuidado e agir sem subordinar os interesses privados às necessidades assistenciais da população.Auditoria no Sistema Único de Saúde: o papel do auditor no serviço odontológico10.1590/S0104-129020130001000212024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZAyach, CarlosMoimaz, Suzely Adas SalibaGarbin, Cléa Adas Saliba
<em>Ayach, Carlos</em>;
<em>Moimaz, Suzely Adas Saliba</em>;
<em>Garbin, Cléa Adas Saliba</em>;
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A auditoria, na saúde, verifica os processos e resultados da prestação de serviços, pressupondo o desenvolvimento de um modelo de atenção adequado, de acordo com as legislações vigentes. Nesta pesquisa, objetivou-se analisar as atividades da auditoria no Sistema Único de Saúde no serviço de saúde bucal, buscando demonstrar as ações e a sua inserção nas três esferas de governo. Foram realizadas análise documental e levantamentos bibliográficos sobre os sistemas de auditoria e o papel do auditor no serviço odontológico desde 1969. Os resultados mostraram que foram encontrados seis artigos sobre auditoria odontológica no SUS e que a atuação do auditor odontológico é abrangente no gerenciamento do sistema, consistindo no controle, na avaliação, na supervisão e na orientação, bem como na garantia da participação social e acesso aos serviços. Na saúde bucal o auditor analisa, monitora e fiscaliza o planejamento das estratégias e os procedimentos efetuados; realiza o cadastramento dos profissionais, das unidades de saúde e a programação física orçamentária; viabiliza os dados para o sistema de informação e o pagamento dos serviços prestados; examina o cumprimento das pactuações, dando um enfoque educativo e não mais policialesco à resolubilidade dos problemas. Conclui-se que existem poucos estudos sobre auditoria odontológica no SUS e que o sistema de auditoria é um instrumento administrativo confiável e essencial para os gestores no desenvolvimento das ações de saúde.Papilomavírus humano (HPV) entre jovens: um sinal de alerta10.1590/S0104-129020130001000222024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZCosta, Larissa AparecidaGoldenberg, Paulete
<em>Costa, Larissa Aparecida</em>;
<em>Goldenberg, Paulete</em>;
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O Papilomavírus Humano - HPV - assume especial destaque na Saúde Pública diante do reconhecimento de sua associação com a ocorrência do câncer uterino, entre outros. Levando em conta a necessidade de implementação de programas de esclarecimentos sobre a prevenção dos agravos relacionados à infecção pelo HPV, coloca-se o propósito da realização do presente diagnóstico sobre conhecimentos e práticas sexuais entre jovens. Direcionando, estrategicamente, para o segmento de universitários, o estudo foi realizado no Campus da Baixada Santista da UNIFESP, estruturado em torno da formação multiprofissional em saúde. O levantamento foi feito a partir da aplicação de questionário em sala de aula, junto aos alunos do primeiro e terceiro ano. Com uma concentração de iniciação sexual na faixa de 15 a 17 anos de idade, os alunos referiram uso de preservativos masculinos associado à preocupação com a contracepção, secundada pela prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis - DSTs. O conhecimento sobre o HPV foi restrito na população investigada. Embora crescente do primeiro para o terceiro ano, sua apreciação é relativizada quanto ao conhecimento da transmissão, consequências e prevenção. A investigação apontou a necessidade de disponibilizar informações relativas ao HPV em atenção às especificidades da doença.A investigação de acidentes industriais: uma entrevista com Michel Lllory10.1590/S0104-129020130001000232024-01-19T19:38:53.150000Z2020-08-09T06:49:21.649000ZVilela, Rodolfo Andrade de GouveiaAlmeida, Ildeberto MunizVezzá, Flora Maria Gomide
<em>Vilela, Rodolfo Andrade De Gouveia</em>;
<em>Almeida, Ildeberto Muniz</em>;
<em>Vezzá, Flora Maria Gomide</em>;
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