Varia Historiahttps://www.scielo.br/feed/vh/2014.v30n53/2024-01-02T20:27:20.775000ZUnknown authorVol. 30 No. 53 - 2014WerkzeugApresentação10.1590/S0104-877520140002000012024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZBotelho, Tarcísio R.
<em>Botelho, Tarcísio R.</em>;
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Interfaces entre o processo de legitimação do grupo escolar como instituição de saber e a ressignificação do lugar simbólico de Ouro Preto como cidade monumento10.1590/S0104-877520140002000022024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZViega, Juliana Goretti Aparecida BragaGalvão, Ana Maria De Oliveira
<em>Viega, Juliana Goretti Aparecida Braga</em>;
<em>Galvão, Ana Maria De Oliveira</em>;
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O objetivo deste artigo é discutir como a construção de uma imagem de lugar de memória preservada para Ouro Preto, Minas Gerais, influiu no processo de legitimação do Grupo Escolar D. Pedro II, criado naquela cidade. O período investigado foi de 1900 a 1920, e as fontes analisadas foram: relatórios, ofícios, listas, atas de exames dos(as) alunos(as), a legislação estadual, anais da Câmara dos Deputados mineira, atas da Câmara de Vereadores de Ouro Preto, jornais, dados estatísticos e duas obras sobre a cidade. Fundamentamo-nos, principalmente, nas noções de representação, de Roger Chartier, e de produção de lugar, de Michel de Certeau. Nossas análises nos permitiram concluir que o Grupo Escolar não nasceu legitimado. A construção de sua importância foi gradativa e influenciada pela produção de um sentido histórico para Ouro Preto. Parte dos agentes políticos municipais resistiu à criação do Grupo, talvez motivada pela perda do status de capital de Minas pela cidade e por seus elos com o regime imperial. Tais vínculos têm como uma de suas expressões o nome da escola.Colecionar e educar: o Museu Julio de Castilhos e seus públicos (1903-1925)10.1590/S0104-877520140002000032024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZPossamai, Zita Rosane
<em>Possamai, Zita Rosane</em>;
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Este texto apresenta a relação do Museu do Estado do Rio Grande do Sul (Museu Julio de Castilhos) e seu público, no período compreendido entre 1903 e 1925, ressaltando a relevância do estudo dos museus na perspectiva da História. A partir da análise dos relatórios produzidos pelo diretor da instituição e dos registros de visitantes foi possível obter informações sobre a visitação pública ao museu. O Museu Julio de Castilhos conciliou a função científica e educativa, legitimando-se como instituição científica ao buscar formar, classificar e expor coleções de zoologia, botânica e mineralogia, e buscando manter-se aberto à visitação pública. Desse modo, foi possível verificar a inserção do museu num quadro mais amplo de crença na ciência e na educação como modo de alcançar o progresso civilizatório. O museu, nessa perspectiva, era uma instituição que se legitimava na sociedade por fornecer, através do contato direto com suas coleções, os subsídios necessários a uma educação científica calcada nos paradigmas positivistas e empiristas.Cultura cívico-escolar católica e desfiles patrióticos no Brasil do início do século XX10.1590/S0104-877520140002000042024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZBencostta, Marcus Levy
<em>Bencostta, Marcus Levy</em>;
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A narrativa adotada neste artigo apresenta uma intriga histórica que tem origem em um conjunto de interpretações que propõe analisar as estratégias utilizadas pela hierarquia da Igreja Católica que incentivaram em seus documentos episcopais as manifestações culturais de caráter cívico nas instituições educacionais sob sua tutela. O artigo centra sua investigação nos desfiles patrióticos de escolares e colegiais que aconteceram no início do século XX, que homenageavam em diferentes momentos a República. Nesse sentido, toma o exemplo das escolas administradas pela Congregação Salesiana de Dom Bosco, em especial, o Liceu Nossa Senhora Auxiliadora de Campinas (São Paulo).A presença do Novo Mundo na iconografia da morte e dos sonhos de São Francisco Xavier: a missão jesuítica e as partes e gentes do Império Português10.1590/S0104-877520140002000052024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZLima, Luís Filipe SilvérioSilva, Bianca Carolina Pereira Da
<em>Lima, Luís Filipe Silvério</em>;
<em>Silva, Bianca Carolina Pereira Da</em>;
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A proposta deste artigo é analisar diferentes leituras pictóricas da morte e dos sonhos de S. Francisco Xavier, desde inícios do século XVII até a parte da pesquisa em relação à morte deriva de monografia defendida em 2010 na Unifesp. Versões da parte sobre o sonho foram apresentadas em congressos em 2010 e uma prévia bastante resumida foi publicada na Revista de História da Biblioteca Nacional (n. 93, Junho de 2013). Gostaríamos de agradecer às contribuições feitas naquelas ocasiões pela audiência e pela banca, bem como também agradecemos a André Tavares, Evergton Sales Souza, Renato Cymbalista e aos pareceristas. A pesquisa contou com o apoio do CNPq e da Fapesp. meados do século XVIII. Se o jesuíta, mesmo antes de sua canonização em 1622 era entendido como Apóstolo do Oriente, a partir da segunda metade do século XVII, ocorreu uma mudança iconográfica pela qual aos personagens e elementos asiáticos somaram-se africanos e índios americanos na representação da cena de sua morte e de seus sonhos. Pretende-se a partir desse câmbio imagético analisar a construção de um programa visual da hagiografia de Xavier, no qual a vinculação exclusiva com o Oriente é suplantada pelos esforços em caracterizá-lo como exemplo máximo para a Missão, aplicável também - e sobretudo - às Américas. Interessam aqui em particular essas modulações no caso do Brasil e do Império Português.O culto católico e a representação do corpo masculino na literatura anticlerical brasileira (século XIX)10.1590/S0104-877520140002000062024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZSantos, Cristian José Oliveira
<em>Santos, Cristian José Oliveira</em>;
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Analisa-se a possível relação entre práticas religiosas e o corpo masculino doentio na literatura anticlerical brasileira do século XIX. Recorreuse, para isso, a análise do personagem Bernardo, protagonista de Morbus: romance patológico, de 1898, do pernambucano Faria Neves Sobrinho, observando o papel dos ritos celebrativos - missa e peregrinação - no seu quadro enfermiço. Conclui-se que o texto em questão é configurado dentro da lógica modernizante cientificista e anticlerical oitocentista ao estabelecer vínculos inequívocos entre a histeria masculina e a prática religiosa perversora.Transportes, região e desenvolvimento econômico: a dinâmica da expansão da infra-estrutura viária na província de Minas Gerais, 1840-188910.1590/S0104-877520140002000072024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZBarbosa, Lidiany SilvaGodoy, Marcelo Magalhães
<em>Barbosa, Lidiany Silva</em>;
<em>Godoy, Marcelo Magalhães</em>;
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O artigo contempla o quadro geral das obras realizadas na infra-estrutura de transportes tradicionais pelo Governo Provincial de Minas Gerais, entre 1840 e 1889. As fontes principais são os Processos de Construção de Estradas e Pontes, geradas no âmbito da Secretaria de Obras Públicas e que abarcam extensa e complexa documentação sobre todas as fases das intervenções viárias realizadas na província. Os resultados fundamentais afirmam forte correlação entre o nível de desenvolvimento econômico das regiões mineiras e a incidência de obras públicas viárias, a revelar pronunciado desequilíbrio na distribuição dos recursos financeiros provinciais destinados a infra-estrutura de transportes de Minas Gerais.Do Rio Amazonas à Península Ibérica: viajando com o Barão de Marajó10.1590/S0104-877520140002000082024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZSarges, Maria De NazaréCoêlho, Anna Carolina De Abreu
<em>Sarges, Maria De Nazaré</em>;
<em>Coêlho, Anna Carolina De Abreu</em>;
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O artigo pretende discutir as viagens do Rio Amazonas à Península Ibérica, realizadas pelo intelectual e político José Coelho da Gama e Abreu, o Barão de Marajó, e descritas em sua obra Do Amazonas ao Sena, Nilo, Bósphoro e Danúbio. Apontamentos de Viagem, publicada em 1874, buscando refletir o quanto as relações desse autor com o exterior eram importantes nesse período para definir a sua própria região, o seu país e a si mesmo, ampliando sua "consciência-mundo"."Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio10.1590/S0104-877520140002000092024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZCastelo, Cláudia
<em>Castelo, Cláudia</em>;
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Este artigo analisa a evolução das ideias e das práticas do Estado colonial português no que toca ao desenvolvimento da "África portuguesa", entre os anos 1930 e 1974. Até aos anos 1960, o esforço modernizador de Portugal nas colónias privilegiou a construção e o melhoramento de infraestruturas. O modelo de desenvolvimento assentava na exploração económica dos recursos naturais e no trabalho forçado dos indígenas, em benefício dos interesses metropolitanos e dos colonos brancos. Depois do início da guerra colonial (1961), o discurso e a prática política mudaram, privilegiando a criação de "sociedades multirraciais", através do incremento do povoamento branco. O desenvolvimento social (educação, saúde pública, programas de desenvolvimento comunitário etc.) e o bem-estar das populações africanas foram uma preocupação muito tardia do Governo português, se comparada com o que se passou nos impérios inglês ou francês. Esta mudança foi determinada pelo contexto internacional, pelas recomendações da cooperação técnico-científica internacional e por alguns estudos de pesquisadores sociais e agrónomos portugueses."Servindo a Lúcifer e não a Clio": a retórica da suspeição e da deslegitimação profissional na historiografia sobre o Oeste norte-americano (c. 1990-c.1995)10.1590/S0104-877520140002000102024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZAvila, Arthur Lima De
<em>Avila, Arthur Lima De</em>;
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Nos anos 1990, o campo historiográfico norte-americano da Western History foi palco de um debate intelectual intenso sobre o significado da história do Oeste para os Estados Unidos entre a chamada "New Western History" e seus adversários. Naquela conjuntura, uma das maneiras que estes usavam para atacar aquela era uma retórica da suspeição e da deslegitimação profissional que vinculava os new western historians aos fantasmas supostamente ameaçadores do "pós-modernismo" e da "desconstrução", por exemplo - mesmo que tais acusações fizessem pouco ou nenhum sentido. Pode-se dizer, assim, que tal retórica era um instrumento de combate pelo domínio dos lugares de produção da história do Oeste norte-americano.Impactos socioculturais e gênero nos reassentamentos da Usina Luis Eduardo Magalhães - TO10.1590/S0104-877520140002000112024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZParente, Temis GomesMiranda, Cynthia Mara
<em>Parente, Temis Gomes</em>;
<em>Miranda, Cynthia Mara</em>;
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O presente artigo se propõe a analisar os impactos socioculturais decorrentes da formação do reservatório com a construção da Usina Luis Eduardo Magalhães e revisitar alguns discursos desenvolvimentistas construídos pela imprensa local durante o processo de construção da usi-na. Pretende ainda dar destaque às lembranças das mulheres que foram reassentadas enfatizando o sentimento delas em relação à perda de um espaço que já não existe mais e o reforço das relações de gênero por meio de discursos que se reportam a lugares e tempos que costumeiramente são definidos como próprios de mulheres. A pesquisa privilegiou a História Oral. Entendemos que a importância da história oral, além de expressar a historicidade da experiência pessoal e o papel do indivíduo na história da sociedade, permite ampliar os conhecimentos e as informações sobre um passado recente através da versão de pessoas que o viveram.Corpos feridos, trajetórias interrompidas pela agroindústria brasileira: duas leituras a partir de Bertolt Brecht e Upton Sinclair10.1590/S0104-877520140002000122024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000ZBosi, Antônio De Pádua
<em>Bosi, Antônio De Pádua</em>;
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Este artigo pretende discutir duas questões relacionadas à agroindústria a partir de uma comparação histórica entre as visões de Upton Sinclair e Bertolt Brecht sobre o trabalho nos frigoríficos nos Estados Unidos (1904-1931) e os frigoríficos de aves na atualidade. Tais questões dizem respeito ao processo de acumulação de capital e à degradação do trabalho e dos trabalhadores neste setor.Errata10.1590/S0104-877520140002000132024-01-02T20:27:20.775000Z2020-08-09T06:49:27.959000Z