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Fitossociologia e uso múltiplo de espécies arbóreas em floresta manejada, comunidade Santo Antônio, município de Santarém, estado do Pará

Phytosociology and multiple use of forest species in a logged forest in Santo Antonio community, municipality of Santarém, Pará state

Resumos

Avaliou-se a fitossociologia de floresta manejada em lotes de comunitários da Comunidade Santo Antônio no Assentamento Moju I e II, município de Santarém, Amazônia brasileira. Foram instaladas 12 parcelas de 50 m x 200 m (1 por lote) anotando-se indivíduos com CAP ≥ 157,1 cm (nível 3 de inclusão); 12 sub-parcelas de 50 m x 50 m, para os indivíduos com 94,2 cm ≤ CAP < 157,1 cm (nível 2 de inclusão) e 12 sub-parcelas de 50 m x 25 m, para os indivíduos com 31,4cm ≤ CAP < 94,2 cm (nível 1 de inclusão). Foram amostrados 1.227 indivíduos, distribuídos em 175 espécies e 38 famílias botânicas. A família Fabaceae apresentou maior número de espécies e o gênero mais rico foi Inga. O Índice de Diversidade de Shannon (H') foi 4,39 e o Índice de Equabilidade de Pielou (J) de 0,85. A avaliação do Valor de Importância Ampliado (VIA) das espécies da amostra revelou o estoque de espécies com potencial madeireiro e não madeireiro. Carapa guianensis, Caryocar villosum, Brosimum parinarioides, Aniba canellila, Bowdichia virgilioides e Andira surinamensis podem ser aproveitadas como produtos florestais não madeireiros e serem removidas da lista de espécies de corte para fins madeireiros, melhorando assim o retorno econômico comunitário. Manilkara huberi e Carapa guianensis foram espécies com utilização madeireira e não madeireira mais expressivas, considerando o mercado atual e potencial de usos conhecidos; portanto, tais características devem ser consideradas no planejamento e execução do manejo da floresta.

estrutura da floresta; produtos florestais; manejo de florestas amazônicas


The forest potential was evaluated in the logged area in the Moju I and II Settlement, located at a secondary road near km 124 of the BR 163 highway, in the municipality of Santarém, Brazilian Amazonia. Twelve 50 m x 200 m plots were established in a 12 ha sample area, in which all trees CPH (circumference 1.3 m above ground) > 157.5 cm were recorded; twelve 50 m x 50 m subplots in which individuals 94.2 cm ≤ CAP < 157.1 cm were recorded; and twelve 50 m x 25 m subplots for measuring individuals 31.4 cm ≤ CAP < 94.2 cm. A total of 1227 trees from 175 species and 38 families were recorded in the forest sample. Higher number of species was found in Fabaceae and genus Inga was the richest. Diversity Shannon index (H') was 4.39 and Evenness index (J) was 0,85. The analysis of VIA showed that remain forest keeps a stock of timber and non-timber potential species for using by the community. Carapa guianensis, Caryocar villosum, Brosimum parinarioides, Aniba canellila, Bowdichia virgilioides and Andira surinamensis can be suggested to be removed from the timber harvesting list, thus improving community economic return. Manilkara huberi and Carapa guianensis were the species with more expressive timber and non-timber uses, respectively, according to the present market and the potential of known uses; so it will be very interesting that these characteristics can be taking into consideration during the elaboration of plans and management of the forest.

forest structure; forest products; management of Amazonian forests


CIÊNCIAS FLORESTAIS

Fitossociologia e uso múltiplo de espécies arbóreas em floresta manejada, comunidade Santo Antônio, município de Santarém, estado do Pará

Phytosociology and multiple use of forest species in a logged forest in Santo Antonio community, municipality of Santarém, Pará state

Larissa Santos de AlmeidaI; João Ricardo Vasconcellos GamaII; Francisco de Assis OliveiraIII; João Olegário Pereira de CarvalhoIV; Danielly Caroline Miléo GonçalvesV; Giovânia Carvalho AraújoVI

I Programa de Posgraduação em Ciências Florestais, Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal Rural da Amazônia. Av Perimetral, 2501, CEP 66077 530 Belém, PA, Brasil, Fone: (91) 3210-5161. Endereço eletrônico: larissaflorestal@yahoo.com.br

II Instituto de Biodiversidade e Florestas, Universidade Federal do Oeste do Pará. Av. Raimundo Fona, S/N. CEP 68010 460 Santarém, PA, Brasil. Endereço eletrônico: jrvgama@ gmail.com

III Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal Rural da Amazônia. Av Perimetral, 2501, CEP 66077 530 Belém, PA, Brasil, Fone: (91) 3210-5161. Endereço eletrônico: fdeassis@gmail.com

IV Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal Rural da Amazônia. Av Perimetral, 2501, CEP 66077 530 Belém, PA, Brasil, Fone: (91) 3210-5161. Endereço eletrônico: olegario. carvalho@gmail.com

V Programa de Posgraduação em Ciências Florestais, Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal Rural da Amazônia. Av Perimetral, 2501, CEP 66077 530 Belém, PA, Brasil, Fone: (91) 3210-5161. Endereço eletrônico: daniellycmg@gmail.com

VI Programa de Posgraduação em Ciências Florestais, Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal Rural da Amazônia. Av Perimetral, 2501, CEP 66077 530 Belém, PA, Brasil, Fone: (91) 3210-5161. Endereço eletrônico: giovaniagca@hotmail.com

RESUMO

Avaliou-se a fitossociologia de floresta manejada em lotes de comunitários da Comunidade Santo Antônio no Assentamento Moju I e II, município de Santarém, Amazônia brasileira. Foram instaladas 12 parcelas de 50 m x 200 m (1 por lote) anotando-se indivíduos com CAP ≥ 157,1 cm (nível 3 de inclusão); 12 sub-parcelas de 50 m x 50 m, para os indivíduos com 94,2 cm ≤ CAP < 157,1 cm (nível 2 de inclusão) e 12 sub-parcelas de 50 m x 25 m, para os indivíduos com 31,4cm ≤ CAP < 94,2 cm (nível 1 de inclusão). Foram amostrados 1.227 indivíduos, distribuídos em 175 espécies e 38 famílias botânicas. A família Fabaceae apresentou maior número de espécies e o gênero mais rico foi Inga. O Índice de Diversidade de Shannon (H') foi 4,39 e o Índice de Equabilidade de Pielou (J) de 0,85. A avaliação do Valor de Importância Ampliado (VIA) das espécies da amostra revelou o estoque de espécies com potencial madeireiro e não madeireiro. Carapa guianensis, Caryocar villosum, Brosimum parinarioides, Aniba canellila, Bowdichia virgilioides e Andira surinamensis podem ser aproveitadas como produtos florestais não madeireiros e serem removidas da lista de espécies de corte para fins madeireiros, melhorando assim o retorno econômico comunitário. Manilkara huberi e Carapa guianensis foram espécies com utilização madeireira e não madeireira mais expressivas, considerando o mercado atual e potencial de usos conhecidos; portanto, tais características devem ser consideradas no planejamento e execução do manejo da floresta.

Palavras-chave: estrutura da floresta, produtos florestais, manejo de florestas amazônicas.

ABSTRACT

The forest potential was evaluated in the logged area in the Moju I and II Settlement, located at a secondary road near km 124 of the BR 163 highway, in the municipality of Santarém, Brazilian Amazonia. Twelve 50 m x 200 m plots were established in a 12 ha sample area, in which all trees CPH (circumference 1.3 m above ground) > 157.5 cm were recorded; twelve 50 m x 50 m subplots in which individuals 94.2 cm ≤ CAP < 157.1 cm were recorded; and twelve 50 m x 25 m subplots for measuring individuals 31.4 cm ≤ CAP < 94.2 cm. A total of 1227 trees from 175 species and 38 families were recorded in the forest sample. Higher number of species was found in Fabaceae and genus Inga was the richest. Diversity Shannon index (H') was 4.39 and Evenness index (J) was 0,85. The analysis of VIA showed that remain forest keeps a stock of timber and non-timber potential species for using by the community. Carapa guianensis, Caryocar villosum, Brosimum parinarioides, Aniba canellila, Bowdichia virgilioides and Andira surinamensis can be suggested to be removed from the timber harvesting list, thus improving community economic return. Manilkara huberi and Carapa guianensis were the species with more expressive timber and non-timber uses, respectively, according to the present market and the potential of known uses; so it will be very interesting that these characteristics can be taking into consideration during the elaboration of plans and management of the forest.

Keywords: forest structure, forest products, management of Amazonian forests.

Introdução

A utilização de produtos florestais deve ser planejada a partir de um inventário florestal, que estime parâmetros como diversidade, freqüência, densidade, dominância e as distribuições diamétrica e espacial das espécies, bem como seus valores ecológicos, econômicos e sociais (Souza et al. 2006). A estimativa desses parâmetros constitui o estudo da estrutura da floresta, baseada nas dimensões das árvores e suas distribuições, permitindo estimar características como estágio de desenvolvimento, qualidade e produtividade.

Nos assentamentos rurais, os lotes individuais podem ser manejados e oferecer não apenas madeira, como também diversos produtos florestais não-madeireiros (PFNMs), além de contribuir para mudanças no pensamento local de aproveitamento unilateral da floresta, considerando que, na Amazônia Legal, é determinado que 80% da área de uma propriedade rural constituam reserva legal, que deve ser preservada ou manejada para o aproveitamento comercial dos recursos florestais, sendo este tipo de estudo pertinente nas áreas sob pressão madeireira.

Silva et al. (2010) esclarecem que o uso sustentável de PFNMs pode obter apoio comercial de instituições internacionais, e assim contribuir para que o Estado do Pará opere um amplo programa de governança para a extração e agregação de valor aos produtos da floresta, de modo a proporcionar condições dignas de sobrevivência e aumento da qualidade de vida das populações de baixa renda das comunidades rurais e urbanas, vinculadas às cadeias produtivas destes produtos.

Esta perspectiva torna-se ainda mais relevante já que são comuns áreas em que já ocorreu a colheita de fustes via manejo e tais áreas são subvalorizadas. O pensamento predominante é de que o potencial florestal se refere ao estoque de madeira comercial. Enquanto as pesquisas não demonstrarem que uma unidade de trabalho manejada pode oferecer produtos florestais todos os anos, estas áreas continuarão sendo pouco aproveitadas, justificando-se assim os estudos do potencial florestal pós-colheita de madeira.

Visando melhor aproveitamento da floresta manejada e ampliação das possibilidades de geração de renda aos comunitários, por meio do aproveitamento de PFNMs, o estudo objetivou avaliar os produtos florestais não madeireiros em uma área de floresta remanescente de colheita florestal via manejo, com ênfase nas espécies florestais de uso múltiplo.

Material e Métodos

A comunidade Santo Antônio (3º32'58.89"S e 54º43'57.11"W) está localizada à margem esquerda da rodovia BR 163, a altura do quilômetro 124, município de Santarém, Estado do Pará (Figura 1). A vegetação característica da região é do tipo Floresta Ombrófila Densa de terra firme (Veloso et al. 1991). O dossel é denso, fechado e compacto, situado entre 25 e 30 m de altura, sendo comuns indivíduos de Bertholletia excelsa H. B. K., Dinizia excelsa Ducke, Hymenaea coubaril L., Manilkara huberi (Ducke) Chevalier. e Tabebuia serratiolial (Vahl) G. Nicholson nos estratos emergentes.


Na parte superior do planalto, onde está localizada a área de estudo, predominam os latossolos amarelo e vermelho-amarelo, com a presença de camada de argila caulinítica arenosa, de média a alta plasticidade, com espessura entre 10 e 20 m (IBGE 1992).

O clima tropical úmido possui variação térmica anual inferior a 5 ºC e temperatura média anual de 25,5 ºC, temperaturas médias do mês mais frio sempre superior a 18 ºC, umidade relativa média do ar de 88% e precipitação pluviométrica anual média de 1.820 mm. O regime de chuvas apresenta grande variação durante o ano, com as maiores precipitações ocorrendo nos meses de janeiro a maio. A estação seca ocorre geralmente de agosto a novembro, quando a precipitação chega a apenas 60 mm. A altitude na área de estudo é de aproximadamente 170 m (Rodrigues 2001).

A comunidade foi fundada no ano 2000 e atualmente possui 56 pequenas propriedades rurais que ocupam área de, aproximadamente, 5.012,25 ha. Dentre os lotes, 39 possuem áreas destinadas para desmatamento e reserva legal e apenas 17 possuem, além desses usos da terra, área de preservação permanente. A área média dos lotes é de 86,5 ha., sendo que em torno de 17,17 ha são destinados ao desmatamento legalizado e 67,29 ha à reserva legal. A colheita de madeira acontece por meio de uma parceria do tipo empresa e comunidade com retirada de, em média, 17 m³ ha-1, das áreas de reserva legal por meio de manejo.

Amostragem e coleta dos dados

A área de floresta manejada constitui a somatória de 12 lotes totalizando cerca de 1.040 ha, os quais constituíram uma unidade de produção anual (UPA), que foi colhida no ano de 2005. Em cada lote foi instalada uma parcela, sendo incluídos no inventário florestal todos os indivíduos com circunferência a 1,30 m do solo (CAP) igual ou superior a 31,4 cm, que foram mensurados considerando os seguintes níveis de inclusão e tamanho de parcela: Nível 1 de inclusão: 31,4 cm ≤ CAP < 94,2 cm em sub-parcela de 50 m x 25 m; Nível 2 de inclusão: 94,2 cm ≤ CAP < 157,1 cm em sub-parcela de 50 m x 50 m; Nível 3 de inclusão: CAP ≥ 157,1 cm em parcela de 50 m x 200 m. Nos três níveis de inclusão foram registrados os nomes locais das espécies e CAP de cada árvore.

As espécies foram determinadas em campo pelo nome regional e aquelas que suscitaram dúvidas tiveram sua determinação taxonômica feita por especialistas através de comparações no herbário da Universidade Federal do Oeste do Pará. Os autores das espécies foram confirmados no banco de dados do Missouri Botanical Garden (Missouri Botanical Garden 2011). As espécies foram classificadas nos seguintes grupos de PFNMs: medicinal, madeireiro, alimentação animal, alimentação humana, construções rústicas e produção de carvão, que caracterizam, juntamente com o uso madeireiro, as utilizações das espécies florestais de uso múltiplo.

Análise de dados

A composição florística foi analisada considerando a ocorrência das espécies arbóreas nas unidades amostrais. Para calcular a diversidade de espécies utilizou-se o Índice de Shannon (H'). Para obter a intensidade de mistura das espécies calculou-se o quociente de mistura de Jentsch (QM), que consiste na relação entre o número das espécies e o número total de árvores registradas (Brower e Zar 1984).

O padrão de distribuição espacial foi analisado por meio da relação entre a variância (S2) e a média (M) do número de árvores por unidade amostral (Payandeh, 1970). Os parâmetros fitossociológicos da estrutura horizontal (densidade, frequência, dominância) foram estimados de acordo com Mueller-Dombois e Ellenberg (1974) e o valor de importância ampliado (VIA) foi calculado de acordo com Finol (1971). A tabulação e o processamento dos dados se deram por meio do Microsoft Excel 2007.

Resultados e Discussão

Composição florística

Foram amostrados 1.227 indivíduos, distribuídos em 175 espécies e 38 famílias botânicas. A família Fabaceae apresentou maior número de espécies (45), seguida por Sapotaceae (13), Lecythidaceae (11), Moraceae (11), Apocynaceae (8), Lauraceae (8), Burseraceae (6), Myrtaceae (6), Annonaceae (5) e Meliaceae (5). Lima Filho et al. (2004) inventariaram uma área de floresta densa de terra firme na região de Cachoeira Porteira, considerando CAP ≥ 31,4 cm, e também atribuíram à Fabaceae o maior número de espécies, seguida por Moraceae, Apocynaceae. As oito famílias com maior número de espécies representam, juntas, 61,7% das espécies inventariadas, confirmando os resultados de Ribeiro et al. (1999), Barros et al. (2000), Maciel et al. (2000), Yared et al. (2000) e Lima Filho et al. (2001), de que poucas famílias botânicas representam o maior número de indivíduos em florestas de terra firme.

Alguns gêneros como Inga, Eschweilera, Pouteria e Protium são bastante comuns nas florestas de terra firme amazônicas. No estudo de Oliveira et al. (2005) na Flona do Tapajós, após a exploração de madeira dos tratamentos silviculturais, considerando árvores com CAP ≥ 15,7 cm, Inga foi o gênero mais importante. No trabalho de Souza et al. (2006), também em floresta de terra firme em sucessão primária na região de Paragominas, encontraram espécies dos gêneros Pouteria e Eschweilera entre as mais importantes. O gênero mais rico foi Inga (6 espécies), seguido por Pouteria, Brosimum e Eschweilera (5 espécies) e Guatteria, Aspidosperma, Protium, Sclerolobium e Eugenia (4 espécies).

Quanto à distribuição espacial, 49 espécies (28%) foram incluídas entre aquelas de distribuição aleatória na amostra; 31 (18%) tenderam ao agrupamento e 46 (26%) ocorrem de maneira agrupada. As espécies com um único indivíduo na amostra (49 espécies) não foram incluídas na análise. Dentre as espécies que ocorreram agrupadas, destacaram-se aquelas com potencial para uso medicinal: Mouriria sagotiana, Aspidospermacarapanauba, Protium sp., Licania incana, Protiumdecandrum, Neea floribunda, Carapa guianensis e Bertholletia excelsa. De acordo com Machado (2008), o manejo de PFNMs é favorecido quando os indivíduos ocorrem de forma agrupada, visto que a logística para a coleta é facilitada.

O Índice de Diversidade de Shannon foi considerado alto (H' = 4,39), similar ao obtido por Alves e Miranda (2008) em áreas de floresta de terra firme manejadas no município de Almeirim, PA (H' = 4,25), e por Francez et al. (2007) em florestas manejadas no município de Paragominas, PA (H' = 4,27). Salomão et al. (2007), também em florestas manejadas nos município de Altamira e Vitória do Xingu, encontraram H' = 4,04 e H' = 3,86, respectivamente. Todos esses índices encontrados estão dentro dos limites mencionados por Knight (1975) para florestas amazônicas, que normalmente variam de 3,83 a 5,85.

O índice de Equabilidade de Pielou (J) foi de 0,85 e, de acordo com o quociente de mistura (QM = 1:7), cada espécie foi representada, em média, por sete indivíduos (Tabela 1). O resultado aproximou-se da afirmativa de Finol (1975), de que em florestas naturais tropicais o QM seria de, aproximadamente, nove indivíduos por espécie (alta heterogeneidade), tal como foi registrado por Francez et al. (2007) (QM = 1:9) em floresta manejada no município de Paragominas, PA.

Estrutura horizontal

A densidade de indivíduos estimada foi de 570,75 ind ha-1 e a área basal foi de 33,64 m² ha-1. Dentre as 175 espécies identificadas, 105 apresentaram densidade absoluta (DA) igual ou superior a 1 (Tabela 2). As 10 espécies mais abundantes (DA ≥ 11) foram Rinorea guianensis, Eschweileracoriaea, Protiumdecandrum, Pouteriamacrophylla, Pouteriabilocularis, Tachigalia paniculata, Tetragastris altissima, Sclerolobiumpaniculatum, Ocotea neesiana e Inga sp1 que, juntas, representaram 60% da densidade absoluta.

Entre as espécies mais abundantes e que também ocorreram bem distribuídas na área (83 a 100% de freqüência), destacaram-se Pouteriabilocularis, Sclerolobiumpaniculatum, Ocotea neesiana, Pouteriamacrophylla e Greissopermum vellosii. O padrão de distribuição espacial dessas espécies foi de tendência a agrupamento a agrupado.

As 10 espécies com maior área basal (DoA ≥ 0,78 m² ha-1) foram Rinorea guianensis, Pouteriabilocularis, Sclerolobiumpaniculatum, Tachigalia paniculata, Protiumdecandrum, Carapa guianensis, Eschweileracoriacea, Martiodendron excelsum, Manilkara huberi e Geissospermum vellosii que, juntas, representaram 33,22% de dominância total (DoT) (Tabela 2).

Para verificar a ocorrência das espécies nos diferentes estratos da floresta, realizou-se a análise da posição sociológica relativa (PSR) e do VIA. As 30 espécies mais importantes quanto a estes parâmetros, juntas, representaram 55,96% do VIA total da amostra. Rinorea guianensis (VIA = 7,47%) foi a mais importante, seguida por Protiumdecandrum (VIA = 3,35%) e Eschweileracoriacea (VIA = 3,01%).

Para facilitar a entrada de luz na floresta para favorecer o crescimento das árvores, seria interessante aplicar tratamentos silviculturais que de acordo com Vidal et al. (2002), estão condicionados à avaliação do potencial da espécie no mercado. Normalmente, espécies sem valor de mercado são suprimidas, no entanto, alguns critérios devem ser levados em consideração como, por exemplo, a qualidade de fuste para a tomada de decisões sobre tratamentos silviculturais. A eliminação de espécies sem valor atual de mercado deve ser feita de forma criteriosa, pois em médio e longo prazos os estudos tecnológicos e conseqüentes mudanças no mercado podem incluí-las nas listas de exploração e aproveitamento. Espécies sem valor atual para serraria como R. guianensis e algumas dos gêneros Eschweilera, Protium, Guatteria e Inga desempenham papéis importantes do ponto de vista da conservação, pois as primeiras posições no VI (valor de importância) podem indicar funções-chave que podem estar desempenhando nos ecossistemas que ocupam (Pinheiro et al. 2007).

Quanto à destinação das espécies, aquelas com os 10 maiores valores de VIA (VIA ≥ 1,83) foram: R. guianensis - espécie preferencial para produção de energia; Protiumdecandrum - cuja madeira pode ser aproveitada em serraria; Eschweileracoriacea - incluída na categoria de construções rústicas por sua casca poder ser usada na fabricação de cordas (Gama et al. 2003); Pouteriabilocularis, Tachigalia paniculata e Ocotea neesiana - a madeira destas espécies pode ser aproveitada em serraria; Sclerolobiumpaniculatum - utilizada em serraria e com potencial de utilização para recuperação de áreas degradadas (Castro et al. 1998); Pouteriamacrophylla - frutos utilizados como alimento humano e animal; Carapa guianensis - madeira desdobrada em serraria, com boa aceitação pelo mercado e seus frutos são apreciados por animais dos quais também pode-se extrair óleo com propriedades medicinais; e Martiodendron excelsum - utilizada em serraria e seus frutos são consumidos por animais silvestres. Dentre as demais espécies que ocuparam as primeiras posições do VIA, se destacaram Manilkara huberi, uma das espécies de maior interesse econômico atualmente, pois são inúmeros os usos de sua madeira, sendo o principal em construção civil (Pinheiro et al. 2007; Hirai et al. 2008), e Virola melionii, que possui potencial madeireiro (Gama et al. 2003).

Grupos de uso

De acordo com Gama et al. (2007), a avaliação do potencial florestal de um ecossistema baseia-se, principalmente, nas informações sobre o valor desses produtos para a sociedade. Na área manejada, 100% das espécies têm pelo menos um único uso. As espécies com maior alternativa de uso são Bertholletia excelsa, Caryocar villosum e Endopleura uchi, cada uma com cinco usos; Cecropia palmata, Cecropia obtusa, Brosimum parinarioides, Brosimumrubescens, Virola michellii, Pachira aquatica, Himatanthus sucuuba e Carapa guianensis cada uma com quatro usos.

Bertholletia excelsa é uma das espécies nativas mais valiosas da floresta amazônica de terra firme, utilizada há várias gerações como fonte de alimentação e renda (Costa et al. 2009). É uma espécie rústica de crescimento rápido e madeira de boa qualidade, com rotações estimadas entre 30 e 40 anos e perspectivas de produção de madeira acima de 150 m³ ha-1. Possui árvores de grande porte, copa grande e emergente, fuste retilíneo, com potencial para sistemas agroflorestais. O fruto, comumente chamado ouriço, pode pesar de 500 g a 1.500 g (Costa et al., 2009). A amêndoa presente no interior da semente é utilizada como alimento e considerada uma das proteínas vegetais mais completas, possuindo alto valor nutritivo, rica em cálcio e fósforo, essenciais na alimentação infantil, possuindo elevado índice de magnésio e potássio, minerais importantes para o equilíbrio da saúde, como selênio, de ação rejuvenescedora e energética. Sua madeira é de ótima qualidade para construção civil e naval, bem como para esteios e obras externas (Loureiro et al. 1979). É uma espécie com grande potencial silvicultural para reflorestamentos com fins madeireiros (Tonini et al. 2005). Poucos são os dados sobre preço da madeira dessa espécie, devido à proibição de corte de exemplares nativos, mas em noticiários sobre apreensão de madeira no Pará, foi constatado que a madeira da espécie, em toras, chegou a ser comercializada a R$ 350,00 m-3 (Locatelli et al. 2005).

Caryocar villosum é uma espécie ocorrente em toda a Amazônia, com maior concentração na terra firme. A madeira é pesada (0,80 a 0,85 g cm³), fácil de trabalhar, possui bom acabamento (Vastano Junior e Barbosa 1983) e suas fibras entrelaçadas lhe atribuem grande resistência, sendo, por isso, utilizada na indústria naval (Menezes e Guerra 1998). Seu fruto é comestível depois do cozimento e bastante apreciado pela população da Amazônia (Cavalcante 1991). Suas flores são apreciadas pela caça (Shanley e Medina 2005), o que fazem da espécie um ponto de espera de animais pelos caçadores, quando suas flores amarelas caem no chão.

Endopleura uchi é uma espécie nativa da Amazônia brasileira, encontrada em florestas de terra firme, dispersa por toda a Bacia Amazônica. A madeira é utilizada na construção civil e naval, marcenaria e carpintaria (Magalhães et al. 2007). A casca da árvore é utilizada na forma de maceração para o tratamento de artrite, colesterol, diabete e como antiinflamatório (Corrêa 1984). O fruto é oblongo-elipsóide de 5 a 7 cm de comprimento, 3 a 4 cm de diâmetro, com peso entre 50 e 70 g e coloração verde-amarelada ou parda-escura quando maduro. É considerado um alimento importante para a subsistência de muitas comunidades rurais mais distantes, no entanto na última década tem sido detectado um mercado em expansão na área periurbana de Belém durante os quatro meses de frutificação, gerando renda para várias famílias (Magalhães et al. 2007). A polpa in natura é consumida pura ou como sorvete e licor. O fruto é também apreciado por vários animais silvestres, que se tornam presas fáceis para as armadilhas embaixo da árvore (Shanley et al. 2002). Os estudos com polpa de frutos de uchi o indicaram como fonte de ácidos graxos, fibras, esteróides, sais minerais, vitaminas C e E. Os principais ácidos graxos identificados foram o ácido oléico (7,38%) e ácido palmítico (3,78%) (Magalhães et al. 2007).

O gênero Cecropia é característico de grandes clareiras (Pinheiro e Monteiro, 2009). Popularmente conhecido como "embaúba", o gênero Cecropia possui várias espécies medicinais. Nas áreas de florestas nativas, as árvores de embaúba são eretas, sem ramificações, podendo atingir até 15 m de altura. A sua madeira é muito leve e esbranquiçada, com densidade em torno de 0,43 g cm-3, tendo sido, por suas características tecnológicas, incluída entre as espécies com potencial para fabricação de painéis aglomerados e compensados (Iwakiri et al. 2010).

Brosimumrubescens, conhecida popularmente como amapá, apresenta distribuição descontínua nos Estados de Mato Grosso, Pará, Tocantins e Amazonas e em diversos países no norte da América do Sul e na América Central. É uma espécie monóica, com indivíduos de 20 a 35 m de altura e 20 a 50 cm de DAP (diâmetro a 1,30 m do solo), com fuste reto e cilíndrico na fase madura (Marimon et al. 2008). A densidade básica da madeira é de 0,92 g cm-3, com elevada resistência natural do cerne ao ataque de fungos e insetos (Nascimento et al. 1997). Há poucas informações disponíveis na literatura sobre o estágio sucessional da espécie, porém observações preliminares feitas por Marimon et al. (2001) sugerem que ela pertença ao grupo das secundárias, com crescimento lento sob condições sombreadas e mais rápido em clareiras. Estudos de composição nutricional realizados pela Embrapa demonstraram presença de maior quantidade de minerais e proteínas nos leites de amapá do que leites de soja e de vaca, razão pela qual esta espécie tende a torna-se uma importante fonte alimentar para as famílias das áreas florestais amazônicas (Shanley e Medina 2005).

Himatanthus sucuuba é uma espécie amazônica latescente de tronco ereto e casca rugosa, conhecida popularmente como sucuuba. A população utiliza o látex como medicamento tópico contra afecções de pele e a decocção das folhas contra constipação, dores e irritação do estômago. Estudos farmacológicos evidenciaram atividade antiinflamatória e analgésica dos iridóides presentes na casca de caule e no látex, atividade citotóxica seletiva do látex, efeito cicatrizante, atividade antibacteriana para Clostridium histolyticum e Bacteroides fragilis e baixa toxicidade reprodutiva e teratogênica em ratas no decocto de cascas de caule, indicando que seu consumo é seguro pela espécie humana (Larrosa e Duarte 2005).

Carapa guianensis é uma das espécies com grande potencial de exploração madeireira e não madeireira na Amazônia, sendo o seu nome comum (andiroba) atribuído a duas espécies (Carapa guianensis e Carapa procera) da família Meliaceae (Tonini et al. 2009). O óleo da andiroba, extraído das sementes, tem demanda internacional e é utilizado para a iluminação, na confecção de sabão e velas, na indústria de cosméticos e na medicina popular, apresentando funções cicatrizantes, antiinflamatórias, antihelmínticas e inseticida nas diversas comunidades do interior da Amazônia. O chá da casca e das folhas é utilizado no tratamento de infecções e de doenças da pele (Ferraz et al. 2002; Shanley e Medina 2005).

A área mostrou potencial de uso, pois do total de espécies encontradas na floresta manejada, 66,3% possuem aproveitamento madeireiro. Na próxima colheita, devem ser adotados critérios de seleção que levem em consideração o uso múltiplo de determinadas espécies como, por exemplo, aquelas de uso medicinal, que por sua vez representaram 17,1%; 46,9% servem como alimento animal; 15,43% são utilizadas como alimento pelo homem; 10,9% são consideradas espécies oleaginosas ou resiníferas; 6,9% são utilizadas em construções rústicas; e 6,9% podem ser aproveitadas para fabricação de carvão ou produção de lenha (Figura 2).


Promover a continuidade do acesso a determinadas espécies de uso além do madeireiro excluindo-as da futura colheita para promoção da saúde local ou mesmo para futuras atividades de manejo florestal não madeireiro, deve ser uma das prioridades do planejamento, podendo incluir espécies como Carapa guianensis, Caryocar villosum, Brosimum parinarioides, Aniba canellila, Bowdichia virgilioides e Andira surinamensis. Entre as espécies de uso madeireiro que também integram a dieta das famílias da comunidade, destacaram-se Bertholletia excelsa, cuja colheita da madeira é proibida, e Caryocar villosum.

Quanto à alimentação animal, algumas espécies vegetais são responsáveis por atrair pequenos mamíferos (caça), como Dasyprocta aguti (cotia), Agouti paca (paca), Euphractus sexcintus (tatu) e Mazama spp. (veado), conforme relatam Costa e Mitja (2010), sobre a importância de espécies frutíferas como Endopleura uchi, também encontrada da floresta manejada. Os autores esclarecem que na região de Manacapuru, AM, os recursos florestais exercem papéis importantes na vida de agricultores familiares que habitam áreas de intercessão da Rodovia AM 070 e do Rio Solimões. Vale ressaltar que E. uchi é também uma espécie madeireira, logo, este estudo também permitiu recomendar que a espécie não integre a lista do segundo corte de madeira. As espécies vegetais que possuem usos múltiplos foram objeto de estudo de Shanley e Medina (2005), que destacaram importância das frutíferas, que, além de satisfazerem as necessidades alimentares das famílias, podem ser vendidas no mercado local e regional, como também atraírem a caça quando ocorre a floração dessas espécies.

Conclusões

A floresta remanescente mantém estoque de espécies com potencial madeireiro e não-madeireiro para utilização pela comunidade;

A ocorrência de espécies de usos múltiplos revelou a importância de relacionar as suas funcionalidades a aspectos como a qualidade de vida dos comunitários;

Recomenda-se que espécies como Carapa guianensis, Caryocar villosum, Brosimum parinarioides, Aniba canellila, Bowdichia virgilioides e Andira surinamensis sejam removidas da lista de corte para fins madeireiros; e Manilkara huberi e Carapa guianensis foram as espécies com utilização madeireira e não madeireira, respectivamente, mais expressivas, considerando o mercado atual e potencial de usos conhecidos; portanto, é interessante que tais características sejam consideradas por ocasião do planejamento e manejo da floresta.

Agradecimentos

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, pelo apoio financeiro.

Bibliografia Citada

Recebido em 23/01/2011

Aceito em 20/07/2011

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    09 Mar 2012
  • Data do Fascículo
    Jun 2012

Histórico

  • Recebido
    23 Jan 2011
  • Aceito
    20 Jul 2011
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