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Aspectos fenológicos, ecológicos e de produtividade do umari (Poraqueiba sericea Tulasne)(1 1 — Parte deste trabalho foi extraída da Tese para obtenção do grau de Mestre em Ciências Biológicas pelo primeiro autor — INPA/FUA. )

Resumo

Foram estudados aspectos da fenologia, ecologia e produtividade do Umari (Poraqueiba sericea Tulasne). Os dados fenológicos indicam que, na região de Manaus, a espécie floresce na época de menor precipitação pluviométrica (junho a outubro), com a safra na época de maiores chuvas (janeiro a março). Foram observadas 21 espécies de insetos visitando a espécie, das quais 10, todas da família Apidae, apresentaram quantidades significativas de pólen, o que sugere não existir um polinizador especifico e sim um síndrome de polinização. O número de flores foi muito alto para todas as 10 árvores estudadas, variando entre 13.000 e 82.000 por árvore, com taxa de formação de frutos relativamente baixa (entre 4 e 9%). Ainda se pode pensar na possibilidade de a baixa taxa de formação de frutos ser devida à pouca efetividade de polinização; há uma correlação surpreendentemente alta entre o número de flores e outros parâmetros de produção tais como números de frutos imaturos (r=0,987**), números de frutos maduros (r=0,989**) e peso da safra (r=0,98'*), o que sugere que há outros fatores que podem estar desempenhando papéis muito importantes na determinação da produção das árvores (safra). Parece que o número de flores está intimamente correlato com a capacidade energética da árvore para produzir um peso determinado de frutos, sugerindo um controle endógeno de números de frutos formados e frutos abortados de maneira a manter um certo peso e número de frutos que atingem maturação.

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