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Checklist das Poaceae de áreas inundáveis e inundadas do nordeste do estado do Pará

Checklist of Poaceae in periodically and permanently flooded areas in northeastern region of Pará state

Resumos

É apresentada uma relação de Poaceae coletadas em áreas inundáveis e inundadas do nordeste do Estado do Pará. São registrados 31 gêneros, compreendendo 83 espécies. Os grupos mais bem representados são os gêneros Paspalum e Panicum (17 e 18 taxa, respectivamente) e a tribo Paniceae (57 taxa). São fornecidos posição sistemática, comentários sobre afinidades taxonômicas, distribuição geográfica, ciclo de vida, coleções botânicas e ilustração da espigueta das espécies.

Poaceae; Amazônia; áreas úmidas


A list of Poaceae collected in periodically flooded and permanently flooded areas in the paraense northeastern region of Pará State is presented. Currently, 31 genera and 83 species are recognized. The most representative groups are Paspalum, Panicum (17 and 18 taxa, respectively), and the tribe Paniceae (57 taxa). The systematic position, taxonomic affinities, geographical distribution, vegetative cicle, a list of examined specimens, and illustrations of spikelet of each species are given.

Poaceae; Amazônia; wetlands


Checklist das Poaceae de áreas inundáveis e inundadas do nordeste do estado do Pará

Checklist of Poaceae in periodically and permanently flooded areas in northeastern region of Pará state

Antônio Elielson Sousa da Rocha; Alba Lúcia Ferreira de Almeida Lins

Museu Paraense Emílio Goeldi, Av. Magalhães Barata, 376 - São Brás, Caixa postal 399, 66040-170, Belém - PA. E-mail: asrocha@museu-goeldi.br; lins@museu-goeldi.br

RESUMO

É apresentada uma relação de Poaceae coletadas em áreas inundáveis e inundadas do nordeste do Estado do Pará. São registrados 31 gêneros, compreendendo 83 espécies. Os grupos mais bem representados são os gêneros Paspalum e Panicum (17 e 18 taxa, respectivamente) e a tribo Paniceae (57 taxa). São fornecidos posição sistemática, comentários sobre afinidades taxonômicas, distribuição geográfica, ciclo de vida, coleções botânicas e ilustração da espigueta das espécies.

Palavras-chave: Poaceae, Amazônia, áreas úmidas

ABSTRACT

A list of Poaceae collected in periodically flooded and permanently flooded areas in the paraense northeastern region of Pará State is presented. Currently, 31 genera and 83 species are recognized. The most representative groups are Paspalum, Panicum (17 and 18 taxa, respectively), and the tribe Paniceae (57 taxa). The systematic position, taxonomic affinities, geographical distribution, vegetative cicle, a list of examined specimens, and illustrations of spikelet of each species are given.

Keywords: Poaceae, Amazônia, wetlands

INTRODUÇÃO

A região amazônica é portadora de imensas áreas úmidas, sazonal ou permanentemente inundadas, onde se desenvolvem desde plantas estritamente aquáticas a anfíbias, apresentando adaptações que possibilitam a rápida colonização em diferentes tipos de ambientes. Nos ambientes abertos as Poaceae estão entre as dominantes, algumas espécies terrestres, bem adaptadas à fase aquática e outras consideradas aquáticas são muito bem adaptadas à fase terrestre (Junk & Piedade, 1993; Conserva & Piedade, 1998).

No nordeste paraense as formações campestres aparecem como interrupções da floresta. Podendo ser destacados principalmente as savanas com trechos mal drenados, os pirizais, bolsões marginais aos rios, os campos de várzea, os campos litorâneos e os campos brejosos de restinga (Pires, 1973).

O conhecimento que se tem sobre as espécies de Poaceae que compõe estes ambientes é limitado. Apesar da forte ação antrópica sofrida, muitos destes campos, nunca foram explorados botanicamente, quando isso acontece, apenas listagens são apresentadas.

Em virtude da boa representatividade da família nestes ambientes e por ser um taxon de reconhecido interesse econômico, este estudo dará ênfase à diversidade das Poaceae em áreas úmidas ao longo do nordeste paraense.

Através de um checklist comentado e ilustrado das espécies, busca-se ampliar o conhecimento sobre as Poaceae na região, além de se criar um indicativo importante aos estudos sobre tolerância de capins tropicais ao alagamento, fator limitante para atividade pecuária na região.

MATERIAL E MÉTODOS

A lista apresentada foi elaborada a partir de coletas dos autores realizadas em áreas úmidas, ao longo do nordeste paraense, especialmente nos municípios de Belém, Barcarena, Vigia, Marapanim, Maracanã, Santarém-Novo, Salinópolis e Bragança; além de todo material depositado nos herbários do Museu Paraense Emílio Goeldi (MG) e da EMBRAPA, Amazônia Oriental (IAN) (Holmgren & Holmgren, 1998).

Espécies exóticas ou em escape de cultivo foram incluídas.

Espécies dos gêneros Pariana e Olyra (Bambusoideae: Olyreae), tipicamente de floresta; por terem sido coletadas, pelo autor, em ambiente alagado foram incluídas neste estudo.

As amostras coletadas foram processadas, seguindo-se a metodologia descrita por Filgueiras (1992) e depositadas no Herbário João Murça Pires (MG).

As identificações taxonômicas foram efetuadas através da análise morfológica dos caracteres florais e vegetativos; auxílio de diagnoses, descrições e chaves analíticas encontradas na bibliografia especializada (Black, 1950; Renvoize, 1984; Judziewicz et al., 1990; Longhi-Wagner et al., 2001, entre outros). Como também tipos e fotos de tipos, quando disponíveis.

A classificação em subfamília seguiu GPWG (2001) exceto para o gênero Isachne, incluído em Micrairoideae, segundo Sánchez-Ken et al. (2007). A terminologia empregada está de acordo com Longhi-Wagner et al. (2001).

A distribuição geográfica das espécies foi obtida através da literatura, especialmente Judziewicz et al. (1990); Longhi-Wagner et al. (2001) Rodrigues-da-Silva & Filgueiras (2003).

Todas as escalas das figuras correspondem a um milímetro.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas áreas amostradas no nordeste paraense foram encontradas seis subfamílias, oito tribos, 31 gêneros, compreendendo 83 espécies de Poaceae. Deste total, 71 espécies são nativas e 12 exóticas (Tabela 1).

Os gêneros mais representativos foram: Paspalum com 17 e Panicum com 18 espécies; a tribo Paniceae (Panicoideae) com 57 espécies foi a mais representada.

Da totalidade das espécies, 38 apresentam padrão de distribuição amplo interamericano, compreendendo as Américas do Norte, Central e Sul. Entre as espécies que apresentam este padrão fitogeográfico, Eragrostis hypnoides, Panicum dichotomiflorum e Spartina alterniflora são as que apresentam a distribuição mais ampla, a última sempre associada ao ambiente de restinga, podendo ser encontrada totalmente submersa nos baixios da região entre-marés.

Onze espécies são restritas da América do Sul, com Paspalum conspersum e P. intermedium, amplamente distribuídas e as demais, restritas a Amazônia e paises adjacentes, sendo Panicum pseudisachne endêmica do Brasil.

Quinze espécies ocorrem na América do Sul, com algumas se estendendo até o Panamá, Nicarágua ou Cuba; entre elas, Reimarochloa acuta, que possui distribuição mais ampla, sempre associada aos campos de solo argiloso.

Dezoito espécies estendem suas distribuições além das fronteiras do continente, sendo 8 cosmopolitas (6 delas exóticas) e 10 pantropicais (6 também exóticas). (Tabela 1). Das 10 pantropicais, apenas Sporobolus virginicus ocorre caracteristicamente em ambiente de restinga. No nordeste do estado, esta espécie pode ser encontrada nos campos inundáveis hipersalinos, denominados "apicuns", onde praticamente só ela se estabelece.

Sessenta e cinco espécies apresentam ciclo perene e dezoito anuais (Tabela 1). Existem razões para se esperar que espécies de ciclo perene predominem. As "canaranas", por exemplo, (Echinocloa polystachya, Paspalum conspersum, P. repens, P. fasciculatum, Hymenachne amplexicaule e Luziola spruceana) que geram alta densidade populacional através da reprodução vegetativa, levam vantagem neste tipo de ambiente, onde o estabelecimento de plântulas é impedido pela sedimentação ou condições anóxicas do solo (Worbes, 1997).

Eragrostis glomerata e E. hypnoides são espécies do gênero mais adaptadas às áreas palustres, sendo encontradas em áreas inundadas do pantanal por período prolongado (Allem & Valls, 1987).

Das espécies de Panicum levantadas: P. aquaticum, P. dichotomiflorum, P. repens e P. elephantipes pertencem ao subg. Panicum, seção Dichotomiflora, sendo bastante semelhantes entre si, diferindo basicamente por serem: P. aquaticum, P. elephantipes e P. repens perenes e P. dichotomiflorum anual. A diferença entre P. aquaticum, P. elephantipes e P. repens está no comprimento da espigueta: de 4,5-5,5 em P. elephantipes e 2,5-3,5 mm em P. aquaticum e P. repens, sendo que em P. aquaticum o ápice da gluma inferior é agudo ou acuminado e em P. repens é truncado. Todas são invasoras de cultivo e jardim (Guglieri et al., 2004; Guglieri et al., 2007).

Panicum parvifolium, P. micranthum, P. cyanescens, P. pyrularium, P. pseudisachne e P. nervosum pertencem ao subg. Phanopyrum seção Parvifolia, compartilham de um tipo similar de inflorescência, uma panícula laxa e pauciflora, com espiguetas geralmente de pedicelos longos (Aliscioni et al., 2003).

Panicum pseudisachne e P. pyrularium apresentam espiguetas pilosas, diferindo pela base da lâmina: amplexicaule em P. pyrularium e arredondada a subcordada em P. pseudisachne. As demais espécies apresentam espiguetas glabras, com P. parvifolia apresentando inflorescência e lâmina menores (1-5 cm compr. e 1,5-3 cm compr.) e P. nervosum, maiores (10-20 cm compr. e 11-18 cm compr.). P. cyanescens e P. micranthum apresentam porte intermediário (5-14 cm compr. e 4-11 cm compr.), porém diferem na ráquis da inflorescência: escabrosa em P. cyanescens e lisa em P. micranthum.

Panicum hylaeicum, P. pilosum e P. polygonatum pertencem ao subg. Phanopyrum, seção laxa. Assemelham-se no porte, inflorescência e espigueta; diferem pelas seguintes caracterísitcas: P. pilosum apresenta ausência de lígula; P. polygonatum apresenta pseudo-pecíolo e P. hylaeicum possui base da folha cordada.

Panicum caricoides e P. stenodes pertencem ao subgênero Agrostoides seção Tenera. Vegetativamente são muito semelhantes. Diferenciam-se pelas dimensões da espigueta e entrenó entre as glumas, maiores em P. caricoides.

Dentre as espécies de Paspalum levantadas Paspalum melanospermum, P. plicatulum e P. wrightii pertencem ao subgênero Paspalum, grupo Plicatula. Assemelham-se pelo lema do antécio inferior plicado transversalmente. P. melanospermum se separa das demais por ser anual; P. plicatulum e P. wrightii são perenes e apresentam espiguetas aos pares, porém diferem pelos ramos da inflorescência, os basais iguais aos apicais em P. plicatulum e os basais maiores que os apicais em P. wrightii.

Paspalum distichum (não levantado neste estudo) e P. vaginatum pertencem a seção Disticha. Assemelham-se pela disposição das folhas dísticas e ramos unilaterais conjugados, e diferem pela gluma superior: pubérula em P. distichum e glabra em P. vaginatum.

Espécies do gênero Paspalum grupo Dissecta são todas aquáticas ou subaquáticas. Morrone et al. (1996) cita duas espécies deste grupo para o Estado do Pará: P. morichalense Davidse, Zuloaga & Filg. e P. repens; porém, no presente estudo, foi levantada amostra apenas da segunda.

Paspalum repens se distingue das demais espécies do grupo por apresentar maior número de ramos na inflorescência, entre 20-30 ramos, com apenas uma fileira de espigueta por ramo. Seguindo conceito de Morrone et al. (1996), Paspalum pyramidale Nees e P. fluitans (Elliott) Kunth serão considerados sinônimos de P. repens.

As espécies do gênero Echinochloa habitam preferencialmente ambientes úmidos e alagados. Na análise dos espécimes coletados e herborizados foram levantadas quatro espécies do gênero, a separação entre elas foi feita, basicamente, através de caracteres da espigueta.

Hymenachne amplexicaule e H. donacifolia podem ser reconhecidas, especialmente, pelos ramos da inflorescência: adpressos em H. amplexicaule e ascendentes em H. donacifolia.

Baseado na análise das coleções de Luziola depositadas nos herbários visitados, inclusive uma coleção de Spruce de 1848 (possivelmente isótipo), não foi possível fazer a separação de material identificado como Luziola subintegra de L. spruceana, desta forma, todo material foi tratado como sendo L. spruceana.

Das espécies de Oryza citadas por Black (1950) para a Amazônia, estamos adotando o conceito de Judziewicz et al. (1990) que consideram O. alta sob O. latifolia; O. glumaepatula e O. perennis sob O. rufipogon.

Com exceção de O. sativa, que não apresenta arista, as demais se separam, basicamente, pelo comprimento das glumas.

Algumas amostras de Acroceras zizanioides encontravam-se determinadas, erroneamente, como Homolepis isocalycia (G. Mey.) Chase. Estes táxons são bastante semelhantes vegetativamente, diferindo principalmente no tamanho da gluma inferior, que em H. isocalycia é do comprimento da espigueta e com 5-9 nervuras; enquanto em A. zizanioides alcança três quartos do comprimento da espigueta, sendo 3 nervada.

As espécies Cynodon dactylon, Paspalum vaginatum e Paspalum pleostachyum, assim como Spartina alterniflora e Sporobolus virginicus, citadas anteriormente, ocorrem preferencialmente na região litorânea, sendo encontradas em áreas de restinga e manguezal no estado do Pará.

Figura 19-45


Figura 46-70


Figura 71-84


AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a Helena Josiane Souza, funcionário do herbário IAN, a Dra. Ana Luiza Ilkiu-Borges pela revisão do abstract e aos referees pelas valiosas sugestões.

BIBLIOGRAFIA CITADA

Recebido em 22/11/2007

Aceito em 24/08/2009

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Jan 2010
  • Data do Fascículo
    2009

Histórico

  • Aceito
    24 Ago 2009
  • Recebido
    22 Nov 2007
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