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Resposta fisiológica de estresse em pirarucu (Arapaima gigas) submetido ao manuseio

O pirarucu (Arapaima gigas) é um peixe de respiração aérea obrigatória da bacia Amazônica. Estudo prévio demonstrou que juvenis de pirarucu apresentam um período de latência em sua resposta de estresse a um estresse moderado (transporte). Desta forma, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos de uma exposição aérea prolongada no lactato, glicose, cortisol, hematócrito, hemoglobina e glicogênio do fígado em pirarucu. Trinta e seis peixes foram manuseados com um puçá e expostos ao ar por 75-min. Seis peixes foram amostrados antes do manuseio e 0, 6, 24, 48, e 96h após o manuseio. O cortisol, lactato e hematócrito aumentaram após o manuseio, retornando para valores semelhantes ao de antes do manuseio na amostragem seguinte (6 h após o manuseio). A glicose aumentou significativamente após o manuseio e o aumento se manteve até a amostragem de 24h. Não houve mudança significativa na hemoglobina e no glicogênio como conseqüência do manuseio. Os resultados demonstram que o pirarucu apresenta uma rápida resposta e uma rápida recuperação quando exposto a um estressor agudo e sugerem que o pirarucu não usa suas reservas de glicogênio nesta situação. Os resultados indicam que o pirarucu apresenta uma resposta fisiológica de estresse similar em magnitude com muitos outros teleósteos, incluindo os salmonídeos.

Pirarucu; Estresse; Exposição ao ar; Glicogênio; Cortisol; Glicose; Lactato; Hematócrito


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