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Padrões de diversidade de Sphingidae (Lepidoptera) no dossel de floresta ombrófila na Amazônia central, Brasil

RESUMO

Foram realizadas coletas sistemáticas de Sphingidae no dossel de floresta ombrófila densa na Amazônia central utilizando-se armadilha luminosa. As coletas ocorreram em uma floresta primária de terra firme, na bacia do Rio Cuieiras, a 34 m de altura na torre da Estação Experimental de Silvicultura Tropical, Manaus, Amazonas, Brasil. Foi utilizado um lençol branco iluminado com uma lâmpada de luz mista de mercúrio e uma lâmpada de luz negra UV-BLB. As mariposas foram coletadas mensalmente durante o ano de 2004, em três noites consecutivas de lua minguante e/ou lua nova, sempre das 18:00 às 06:00h. Foram coletados 1748 espécimes, dos quais 769, por serem comuns, foram identificados, marcados e soltos. Foram obtidos 1485 machos e 263 fêmeas, pertencentes a 21 gêneros e 52 espécies. Xylophanes foi representado por sete espécies, seguido por Erinnyis com seis. As espécies mais abundantes foram Pseudosphinx tetrio (169 espécimes), Pachylia darceta (162), Erinnyis ello ello (154), Isognathus excelsior (151) e Callionima parce (139). A curva de acumulação de espécie mostrou que em torno do oitavo mês de coleta, a riqueza de espécies tendeu a estabilizar. Foi possível observar ainda que a composição de esfingídeos mudou significativamente ao longo da noite. Todos os registros são novos para o dossel de floresta na Amazônia central.

Palavras-chave:
atividade de voo; composição de espécies; dossel; floresta amazônica; riqueza de espécies

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