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Controle geológico das áreas de nidificação de Podocnemis expansa e Podocnemis unifilis no Rio Javaés, Ilha do Bananal, Brasil

A distribuição das covas de Podocnemis expansa (tartaruga-da-amazônia) e Podocnemis unifilis (tracajá) ao longo das barras em pontal do rio Javaés na Ilha do Bananal, mostra uma clara preferência destes quelônios por ambientes geológicos diferenciados, seja em relação à morfologia, constituição granulométrica ou altura das covas em relação ao nível do rio. A compartimentação topográfica e as diferenças no tamanho dos sedimentos que compõem as barras em pontal, oriundas de processos sedimentares múltiplos, possibilita a criação e separação de ambientes de nidificação distintos. Cada espécie de quelônio se aproveita do local que apresenta características fisiográficas apropriadas à incubação de seus ovos, sendo rara a superposição das áreas de nidificação de P. expansa e P. unifilis. As covas de P. expansa concentram-se na porção central das praias onde sucessivos eventos de deposição produziram bancos arenosos com uma altura superior a 3,3 m em relação ao nível do rio. As covas de P. unifilis distribuem-se, preferencialmente, nas porções montante e jusante das barras em pontal onde os depósitos arenosos raramente ultrapassam 1,5 m de altura no momento da desova. Covas de P. expansa localizadas nas praias de areia fina a média eclodem, em média, em 68 dias ao passo que aquelas incubadas em praias de areia média a grossa levam, em média, 54 dias para eclodirem.

Podocnemis; nidificação; tartaruga; sedimento; duração da incubação


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