A Amazônia Brasileira é um rico e vasto território em recursos naturais renováveis e nãorenováveis. Devido às condições ambientais adversas (chuvas, nuvens, vegetação densa) e difícil acesso, a informação topográfica ainda é escassa, e quando disponível necessita ser atualizada ou remapeada. Neste trabalho, a viabilidade de usar elevação para mapeamento topográfico por meio de imagens estereoscópicas orbitais ASTER foi investigada para relevo montanhoso na Serra dos Carajás, Pará. A qualidade da informação produzida destas imagens ópticas foi avaliada considerando medidas altimétricas de campo. Informações topográficas precisas de campo, adquiridas a partir do Sistema de Posicionamento Global (GPS), foram usadas como Pontos de Controle no Terreno (GCPs) para a modelagem de Modelos Digitais de Elevação (DEMs) estereoscópicos e como Pontos de Verificação Independentes (ICPs), para o cálculo das precisões em elevação. As análises foram realizadas seguindo duas abordagens: (1) a utilizaçãodo Erro Médio Quadrático (RMSE) e (2) cálculo das análises de tendência e precisão. A investigação mostrou que a acurácia altimétrica do ASTER atendeu aos requisitos altimétricos para a Classe A 1:100.000 do Padrão de Exatidão Cartográfico. Além disso, dados ASTER podem fornecer informação planimétrica atualizada que também é necessária para a produção cartográfica. Assim, quando as condições ambientais permitem a obtenção de estéreopares, o uso do imageamento ASTER pode ser considerado uma alternativa valiosa para mapeamento topográfico de semi-detalhe em ambientes similares da Amazônia Brasileira.
mapeamento topográfico; DEM; ASTER; estereoscopia; Região Amazônica
