Este estudo teve o objetivo de relatar a presença de parasitos resistentes aos fármacos anti-helmínticos mais usados em ovinos na Colômbia. Quatro fazendas (denominadas fazendas 1, 2, 3 e 4) foram selecionadas, onde os animais não foram tratados com anti-helmínticos por dois meses antes do experimento. Animais com contagem de ovos por grama de fezes (OPG) acima de 150 e de diferentes idades foram divididos em seis grupos, sendo que cada composto teve pelo menos cinco animais. Os fármacos e dosagens utilizadas foram: ivermectina 1% (0,2 mg/kg); albendazol 25% (5 mg/kg); fembendazol de 10% (5 mg/kg); levamisol 10% (5 mg/kg) e moxidectina 1% (0,2 mg/kg). A eficácia anti-helmíntica foi determinada pelo teste de redução na contagem de ovos nas fezes (TRCOF), com uma segunda amostragem 14 dias após o tratamento. A eficácia do albendazol e fembendazol na fazenda 1 foi acima de 95%, o que foi diferente das outras fazendas. O TRCOF indicou a presença de resistência a múltiplas drogas nas outras fazendas onde os fármacos testados não mostraram atividade superior a 79% (albendazol: 0%-55%, fenbendazole: 51,4-76,6%, ivermectina: 67,3-93,1%, levamisol: 0-78,1% e moxidectina: 49,2-64,1%). Haemonchus contortus foi a espécie predo minante (96%), seguido por uma pequena presença deTrichostrongylus sp. (3%) e Cooperia sp. (1%). Portanto, nós relatamos pela primeira vez a existência de resistência anti-helmíntica múltipla em nematóides gastrintestinais de ovinos na Colômbia.
resistência anti-helmíntica; OPG; TRCOF; helmintos