Esta contribuição dirigiu-se aos procedimentos adotados para o desenho e configuração de uma linha de fundeio eulariana com armadilhas de sedimentação, a qual foi instalada na borda da plataforma (zm ≈ 140 m) a 80 km de Cabo Frio, SE-Brasil (23°S). O local foi sujeito à dinâmica entre a Água Tropical (AT) da Corrente do Brasil (BC), intrusões da Água Central do Atlântico Sul (ACAS), as quais são a fonte da ressurgência na região, e outros processos oceanográficos. Computações detalhadas foram utilizadas para aperfeiçoar o peso total, o balanço da flutuação e a inclinação máxima aceitável para evitar um erro hidrodinâmico na eficiência de captura e adaptação da linha do fundeio às condições oceanográficas locais, assistidas pelos programas Matlab e Muringa, e o Modelo Oceânico Modular 4,0 (MOM; para inferir a distribuição vertical do componente meridional da corrente). A faixa de velocidade da componente da corrente entre 0,1 e 0,5 m/s foi determinada através de medições curtas. As projeções levaram a um peso mínimo da âncora resultando em 456 kg. A tensão da linha requerida foi verificada utilizando a distribuição apropriada de uma série de bóias ao longo do fundeio, a qual finalmente alcançou uma alta carga vertical de 350 kg devido aos equipamentos oceanográficos incluídos. Aparelhos adicionais de flutuação resultaram em uma linha de fundeio estável como refletido pela baixa inclinação calculada (2,6° ± 0,6°). O baixo arrasto de 16 N foi computado para a corrente superficial máxima de 0,5 m/s. Os valores do número de Reynolds variaram de 4 × 104 para 2 × 105 e a razão da feição da armadilha cônica de 1,75 foi utilizada para avaliar a eficiência da amostragem da armadilha após exposição a diferentes velocidades de correntes.
desenho; linha de fundeio; armadilhas de sedimentação; eficiência de captura; ressurgência de Cabo Frio; SE-Brasil
