Durante muito tempo a esporotricose foi descrita como uma doença de baixa incidência no Brasil, no entanto, relatos recentes mostram que não só o número de casos descritos vem aumentando como a incidência de formas clínicas mais graves ou atípicas da doença vem ocorrendo com maior frequência. Dados recentes apontam que este grupo clínico já constitui cerca de 10% dos casos de esporotricose com diagnóstico confirmado. Apresentações clínicas mais raras, principalmente a esporotricose osteoarticular, podem estar associadas tanto a quadros de imunodepressão do paciente quanto à transmissão zoonótica desta doença. O diagnóstico da forma extracutânea ou de formas atípicas é um desafio que tem como ferramenta auxiliar o desenvolvimento recente de um teste sorológico para o diagnóstico das diferentes formas clínicas da esporotricose.
esporotricose; diagnóstico; epidemiologia; terapêutica; parede celular; antígenos