Programas de Ciência e Tecnologia cresceram significativamente no Brasil nas últimas décadas. Até a década de 80 os assim chamados programas não dirigidos, sem metas específicas e requerendo apenas mérito científico prevaleciam. Os poucos programas com metas definidas neste período não foram jamais objetivamente avaliados. A mesma situação ocorria nos países desenvolvidos. No início da década de 90, a avaliação de programas dependentes de recursos públicos tornou-se mandatória nos Estados Unidos e em alguns países europeus. No Brasil a avaliação de programas não foi até agora implementada. O programa de Jovem Pesquisador (JP) da FAPESP está em seu décimo primeiro ano, com a concessão de aproximadamente 800 projetos. Embora não seja dirigido em termos de áreas específicas de conhecimento, ele tem metas específicas: (1) conceder auxílios a JP tendo em vista um balanço entre fundos, mérito e reais necessidades para permitir condições satisfatórias de trabalho dentro de um curto período, (2) conceder prioridade à instituições menos consolidadas em pesquisa, (3) conceder bolsa especial a JP sem vínculo empregatício à instituição e (4) introduzir novas frentes de pesquisa em centros cientificamente bem consolidados. A presente avaliação forneceu evidências de que as três primeiras metas foram alcançadas.A quarta está ainda pendente de dados adicionais que requerem avaliação por enquete. São sugeridas ações nesta direção.
avaliação; avaliação de programas científicos; produção científica; amostragem estatística
