RESUMO
A Portulaca oleracea L. (Portulacaceae) é uma espécie cosmopolita com uma vasta gama de atividades biológicas, incluindo as ações antioxidante e neuroprotetora. No presente trabalho foram investigados os efeitos do tratamento com extratos de P. oleracea em modelo animal (aplicação de 6-hidroxidopamina) para estudo da doença de Parkinson, uma desordem debilitante para a qual não há tratamentos efetivos. Os perfis químicos do extrato aquoso e etanólico obtidos a partir de todas as partes da planta foram analisados por cromatografia em camada delgada e a atividade antioxidante foi avaliada pelo método de 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH). Ratos Wistar machos receberam aplicação intraestrial de 6-hidroxidopamina e foram tratados com veículo ou com os extratos (por via oral, 200 e 400 mg/kg) diariamente durante duas semanas. O teste comportamental de campo aberto foi realizado nos dias 1 e 15. A análise imunohistoquímica foi realizada 4 semanas depois da cirurgia a fim de quantificar as células positivamente marcadas para a enzima tirosina-hidroxilase na substância negra compacta. Os extratos apresentaram atividade antioxidante em concentrações superiores a 300 µg/kg. A análise cromatográfica revelou a presença de levodopa, alcalóides, flavonóides, saponinas, taninos, terpenóides e polissacáridos. Ambos os extratos promoveram recuperação da função motora 15 dias após a lesão e protegeram contra a perda de neurônios positivos para a tirosina-hidroxilase depois de 4 semanas, mas estes efeitos foram mais evidentes para o extrato aquoso. Considerando a presença no precursor dopaminérgico e de compostos com ação antioxidante e neuroprotetora nos extratos, a P. oleracea pode representar uma potencial alternativa para o tratamento da doença de Parkinson.
Palavras-chave:
doença de Parkinson; Elementos de Resposta Antioxidante; Levodopa; Beldroega
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