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Surface modification of a granite building stone in central Rio de Janeiro

Com o objetivo de se avaliar os controles ambientais na formação de crostas e deterioração de rochas ornamentais em fachadas de prédios históricos, uma série de mapeamentos e análises fisicas e químicas foram realizados em granitos da fachada de uma igreja histórica numa área poluída no centro da cidade do Rio de Janeiro. Estas técnicas destacam a ameaça crescente dos danos causados pela desagregação granular e esfoliação da rocha que é fortemente percebido por se tratar de um material de alta durabilidade usado na fachada do prédio em áreaslocalizadas ao nível do chão. O exercício de mapeamento possibilitou a demarcação e observação das áreas afetadas pela formação de crosta negra sobre toda a fachada do prédio, principalmente concentradas em áreas abrigadas da ação da chuva. As análises demonstraram a influência de aerosóis marinhos, composição das rochas e argamassas e dos poluentes atmosféricos na deterioração e formação de crostas no granito. Muito da deterioração é associado especificamente a presença de sais, tais como halita (NaCl) e gipsita (CaS0(4).2H2O). O fato da crosta negra de gipsita ser capaz de se desenvolver sobre toda a fachada do prédio, em um ambiente sub-tropical úmido é testemunha da eficácia dos altos níveis de poluição local, especialmente da deposição de particulados, e da reduzida lavagem pela chuva em um micro-ambiente protegido,em ruas estreitas, que funcionam como corredores de poluição, impedindo a tendência da gipsita ser lavada das fachadas dos prédios históricos. Essa observação destaca que os processos de intemperismo operante, são principalmente controlados por condições microclimáticas.

intemperismo; granito; poluição do ar; aerossóis marinho; crosta de gipsita


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