Solos associados aos Complexos Rupestres de Altitude no Brasil destacam-se pela baixa fertilidade química, baixa saturação de bases e elevados teores de alumínio trocável. Esta condição estressante impõe pressões evolutivas que determinam o sucesso ecológico de espécies capazes de tolerar ou acumular grandes quantidades de alumínio. Vários métodos analíticos são utilizados para mapeamento de elementos químicos em estruturas biológicas, como microfluorescência de raios-X (μ-EDX) e testes histoquímicos. O objetivo do presente trabalho foi combinar a μ-EDX e testes histoquímicos para quantificar o teor de Al em espécies vegetais de Complexos Rupestres de Altitude, e identificar os principais sítios de bioacumulação de Al. Cinco das espécies investigadas apresentaram concentração total de Al maior que 1000 mg kg−1. As principais hiperacumuladoras de Al,Lavoisiera pectinata, Lycopodium clavatume Trembleya parviflora, apresentaram reação positiva nos testes histoquímicos com Chrome Azurol e Aluminon. Alta correlação positiva foi observada entre as concentrações totais de Al e as magnitudes de sinal obtidas por μ-EDX. A análise com o uso da μ-EDX mostrou-se uma ferramenta promissora para mapear e quantificar Al em espécies hiperacumuladoras, constituindo uma importante técnica não destrutiva. Testes histoquímicos podem ser úteis na identificação de padrões de acumulação de Al em amostras vegetais antes de serem submetidas a uma minuciosa análise com a μ-EDX.
plantas hiperacumuladoras de Al; aluminon; chrome azurol; Complexos Rupestres de Altitude; μ-EDX
