Os radiofármacos desempenham função crítica na medicina moderna, primariamente para fins diagnósticos, mas também no monitoramento da progressão de doenças assim como na avaliação de respostas ao tratamento. O uso da tecnologia por imagem tem crescido e conseqüentemente as prescrições de medicamentos (radiofármacos em especial) com esse propósito. Este fato, aumenta o risco de interações entre medicamentos e radiofármacos. Interações que podem ter um impacto na imagem, podem resultar em falso negativo e assim ter sérias conseqüências para o paciente. Já drogas que aceleram o metabolismo podem ter resultado positivo pois podem aumentar a taxa de eliminação do radiofármaco (clearance acelerado). Contudo, podem ainda ter resultados negativos, se a interação resultar em necessidade de repetição do exame. Em alguns casos, por exemplo em imagem cardíaca, entre pacientes sob o uso de doxarubicina, essas interações podem ter efeito terapêutico. A incidência de efeitos adversos envolvendo radiofármacos é desconhecida, além de não ser oficialmente reconhecida, nem notificada, principalmente no Brasil. Nesse estudo foram compilados da literatura médica, usando a metodologia da revisão sistemática, estabelecida pela Cochrane Collaboration, estudos e relatos de interações medicamentosas com radiofármacos. O objetivo é prover uma referência (sumário) de interações medicametosas com radiofármacos que possa auxiliar a medicina nuclear na sua rotina diária. Contudo, esforços devem ser feitos na tentativa de instituir a notificação de efeitos adversos com radiofármacos, e assim prevenir esse tipo de interação.
radiofármacos; radiofarmácia; interação medicamentosa; revisão sistemática