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TESES E DISSERTAÇÕES THESIS AND DISSERTATIONS

TITLE: Sistemática micro molecular de Artemisia L.

AUTHOR: Maria Inés Salgueiro Lima

DATE: February 21st 1984

PLACE: Botany - USP

LEVEL: Master

EXAMINER BOARD:

Antonio Salatino (Adviser) - USP

Ana Maria Giulietti - USP

Otto Richard Gottlieb - USP

RESUMO - Um levantamento bibliográfico sobre a química micromolecular de Artemisia L. foi feito com o intuito de melhor compreender a sistemática e a filogenia de seus quatro subgéneros propostos por Rydberg (1916): Abrotanum, Absinthium, Dracunculus (o último com duas secções: Seriphidium e Tridentatae).

Lactonas sesquiterpénicas são encontradas em todos os subgéneros mas possuem maior representatividade em Seriphidium. Abrotanum possui ainda dois outros grupos de micromoléculas: compostos acetilénicos alifáticos e cu marinas. Absinthium, um subgénero morfologicamente muito semelhante a Abrotanum, se diferencia quimicamente deste por possuir lignanas tetrahidrofuránicas e compostos acetilénicos derivados de tiofeno, inexistentes em Abrotanum. Dracunculus possui uma química lactônica sesquiterpénica muito pouco expressiva, compostos acetilénicos aromáticos e quantidades apreciáveis de cumarinas em algumas espécies.

Taninos têm sido reportados apenas para a secção Seriphidium, do subgénero Seriphidium, neste trabalho considerado como o mais primitivo. Substâncias fenóliças, principalmente taninos, foram encontrados em primórdios foliares de A. absinthium L. (subgénero Absinthium) mas tendem a ser substituídas na folha adulta por outras substâncias que requerem uma especialização maior dos tecidos para sua síntese.

A evolução micromolecular de Artemisia L. parece ter-se dado no sentido da restrição da síntese de lactonas sesquiterpénicas, que gradualmente estariam sendo substituídas por outras substâncias como compostos acetilénicos, lignanas tetrahidrofurânicas e cumarinas.

TITLE: Contribuição à palinotaxonomia da Família Bromeliaceae

AUTHOR: Maria das Graças Lapa Wanderley

DATE: June 1st 1984

PLACE: Botany - USP

LEVEL: Master

EXAMINER BOARD:

Therezinha S. Meinem (Adviser) - IBSP

Luiza Sumiko Kinoshita Gouvéa - UNICAMP

Ana Maria Giulietti - USP

RESUMO - Foram estudados os grãos de pólen de trinta espécies de Bromeliaceae nativas na Reserva Biológica do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga.

Com base no tipo de aberturas, as espécies foram agrupadas nos seguintes tipos polínicos:

A. 2(3)-porados: Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker, A. coelestis (C. Kock) E. Morr. var. coelestis, A. distichantha Lem. var. distichantha, A. nudicaulis (L.) Griseb. var. cuspida ta Baker, Ananas bracteatus (Lindl.) Schult., Nidularium innocentii Lem. var. innocentii e Quesnelia hum i lis Mez.

B. 1-colpados: Bitbergia amoena (Lodd.) Lindl. var. amorna, B. distachia (Vell.) Mez var. distachia, Brome lia antiacantha Bertol., Dyckia tuberosa (Vell.) Beer, Tillandsia dura Baker, T. geminiflora Brongn. var. geminiflora, T. linearis Vell., T. recurvata L., T. stricta Soland var. stricta, T. tenuifolia L. var. tenuifolia, T. tenuifblia L. var. vaginata, T. usneoides L., Vriesea bituminosa Wawra, V. carinata Wawra, V. drepanocarpa (Baker) Mez, V. ensiformes (Vell.) Beer var. ensiformes, V. erythrodactylon (E. Morr.) E. Morr. ex Mez, V. friburguensis Mez var. tucumanensis (Mez) L.B. Smith, V. gigantea Gaud., V. heterostachys (Baker) LJ3. Smith, V. incurvata Gaud., V. x morreniana hort. ex E. Morr., V. schwackeana Mez e V". simplex (Vell.) Beer.

No grupo dos grãos de pólen porados, com representantes apenas da subfamíla Bromelioideae, verificou-se que o gênero Aechmea é euripalinológico quanto ao tipo de escultura, presença ou não de opérculo e tamanho dos poros. As espécies deste gênero separam-se entre si, inclusive quantitativamente.

O gênero Ananas, Nidularium e Quesnelia, estudados através de uma única espécie por gênero, também apresentaram características diferenciais de escultura e tamanho dos grãos de pólen, que permitiram separá-los entre si e do gênero Aechmea.

No grupo dos monocolpados, há representantes das três subfamilias: Bromelioideae, Pitcairnioideae e Tillandsioideae. Os géneros e espécies deste grupo foram separados com base no padrão de escultura, diferenças esculturais e de contorno entre a face proximal e distal, posição e forma dos colpos, bem como pelo tamanho dos grãos de pólen. Não foi possível separar apenas V. incurvata de V. schwackeana e V. heterostachys de V. x morreniana.

Os dados obtidos no presente trabalho confirmam a importância da palinologia nos estudos taxonómicos da família.

TITLE : Caracterização do vírus da necrose branca do tomateiro (VNBT) e sua identificação como um Tymovirus

AUTHOR: Maria Mércia Barradas Paciência

DATE: April 24th 1984

PLACE: Botany - USP

LEVEL: PhD

EXAMINER BOARD:

Walter Handro (Adviser) - USP

Maria Emilia Estelita Teixeira - USP

Sónia Machado de Campos Dietrich - IBSP

Marly Vicente Langgard Barbosa de Oliveira -

Jarbas Francisco Giorgini -

RESUMO - O presente trabalho consiste em um estudo sobre a caracterização biológica, físico-química e sorológica do vírus - da necrose branca do tomateiro (VNBT), originalmente isolado de tomateiros (Lycopersicon esculentum Mill.) da região de Itaquaquecetuba, SP.

Experimentalmente, o VNBT infectou várias espécies da família Solanaceae, e algumas espécies de outras famílias (Amaranthaceae, Chenopodiaceae, Compositae, Leguminosae, Malvaceae e Polemoniaceae), induzindo, na maioria, sintomas do tipo mosaico, necroses, manchas cloróticas e anulares. O vírus atingiu elevada concentração nos tecidos de plantas com sintomas sistémicos. Transmitiu-se facilmente por suco, porém não pelo afídeo Myzus persicae Sulz. e nem através de sementes de plantas infectadas.

Trata-se de um vírus bastante estável, mantendo-se infectivo em extrato foliar de tomateiro, à temperatura ambiente, no mínimo por 30 dias e, a 5ºC e a -20ºC, no mínimo por 90 dias. Quando armazenado em tecidos foliares de diversas hospedeiras, em presença de cloreto de cálcio, manteve-se infectivo por períodos mínimos de 2 anos (a 5ºC) e 5 anos (a -20ºC).

O VNBT induziu, em células epidérmicas foliares de Datura stramonium L. (Solanaceae), a formação de inclusões citoplasmáticas amorfas, constituídas por um aglomerado de cloroplastos nas proximidades do núcleo.

Observações ultraestruturais em folhas de D. stramonium revelaram efeitos do VNBT principalmente nos cloroplastos. que apresentam vesículas periféricas, vacúolos no estroma e acabam sofrendo um processo de degeneração. Observaram-se, também, alterações nas mitocôndrias, que se mostram intumescidas; nos núcleos, que ficam eletrono-transparentes (possivelmente acumulando partículas virais vazias); nos vacúolos, que apresentam VLP ("virus-like particles") e no citoplasma, que se mostra inflado, com grande concentração de VLP e, às vezes, mostrando cristalização destas partículas.

O VNBT foi purificado a partir de folhas de D. stramonium L., coletadas no 14.º dia após inoculação, utilizando clarificação com éter etílico e tetracloreto de carbono, precipitação com polietilenoglicol e purificação posterior através de ultracentrifugação em gradiente de sacarose. Empregou-se tampão fosfato de sódio e potássio (TF) 0,03 M pH 7,0 no preparo do extrato e TF 0,01 M pH 7,0 para ressuspender as preparações semipurifiçadas (V1) e purificadas (V2). O rendimento do processo de purificação variou de 0,06 a 0,18% e as preparações obtidas sempre apresentaram infactividade, mesmo após 2 anos e meio de armazenamento, a -20ºC.

Constatou-se que o ácido nucleico do VNBT é RNA, visto ser positiva a reação com orcinol e negativa com difenilamina. Amostras purificadas não-fracionadas apresentam 22-30% de RNA e 78-70% de protema e o valor do coeficiente de extinção (E

1cm ) é aproximadamente 7,0.

O espectro de absorção do vírus, em preparação purificada não-fracionada, é típico de nucleoprotema com elevado teor de ácido nucleico. Mostrou-se que os acréscimos nos valores de absorbencia, causados por espalhamento de luz, foram pequenos e, conseqüentemente, os espectros de absorção não foram corrigidos para espalhamento de luz.

O VNBT possui dois tipos de partículas, cujo diámetro foi estimado em 24-25nm: vazias, penetradas pelo corante (silicotungstato de sódio) e cheias, nas quais o corante não penetra.

Foram analisados o RNA e a proteína extraídos, respectivamente, com SDS-fenol e ácido acético glacial. O RNA apresenta hélice simples, conforme foi evidenciado pela reação com formaldeído e pelo valor da relação entre bases púricas e pirimídicas (< 1,0). O rendimento da técnica de extração - situou-se ao redor de 30% e verificou-se que o RNA recém-obtido era infectivo. Quanto à composição em bases, o RNA apresenta citosina como a base mais freqüente. A análise eletroforética do RNA, em gel de poliacrilamida 2,4 a 4,0%, tanto em condições não-desnaturantes (SDS) como em condições desnaturantes (formamida), mostrou que o vírus possui um único RNA, de peso molecular (PM) ao redor de 1,9 - 2,0 x 106 d. Eletroforese em géis mais concentrados (7,5%) não revelaram a presença de RNA de baixo PM. A proteína, também analisada por eletroforese em gel de poliacrilamida, apresentou PM ao redor de 21-22.000d. Tal valor foi confirmado pela analise de aminoácidos (PM = 20.708d) e verificou-se que a subunidade proteica é constituída por 186 aminoácidos, sendo, os mais freqüentes: leucina, serina, alanina, prolina e treonina.

As duas bandas formadas após ultracentrifugação em gradiente de sacarose foram coletadas separadamente e, quando observadas ao microscópio eletrônico, a superior ou T ("top") mostrou ser constituída predominantemente de partículas vazias e, a inferior ou B ("bottom"), de partículas cheias. Determinou-se o coeficiente de sedientação de T e B: 49 S e 109 S, respectivamente. Com base nestes resultados, estimou-se em 38% a proporção de RNA nas partículas B. Análise espectrofotométricas revelaram que T apresenta espectro de absorção semelhante ao da protema viral e B apresenta espectro característico de nucleoprotema.

Todas as propriedades do VNBT aqui relacionadas são semelhantes às de vírus do grupo Tymovirus. A caracterização de VNBT como um Tymovirus foi confirmada através de testes sorológicos de dupla difusão em ágar, mostrando-se ainda que o vírus em questão é mais relacionado - mas não idêntico - a estirpes de EMV (vírus do mosaico da berinjela) do que a outros vírus do grupo com os quais também reage: APLV (vírus latente da batata dos Andes), BMV (vírus do mosqueado da beladona) e DMV (vírus do mosqueado da dulcamara). Assim, o VNBT, identificado como uma nova estirpe do EMV, é o primeiro Tymorivus descrito no Brasil.

TITLE: Aspectos comparativos da ciclagem de nutrientes minerais na mata ciliar no campo cerrado e na floresta implantada de Pinus elliottii Engelm. var. elliottii (Mogi-Guaçu, SP)

AUTHOR: Welington Braz Carvalho Delitti

DATE: August 3rd 1984

PLACEA: Botany - USP

LEVEL: PhD

EXAMINER BOARD:

Manco Meguro (Adviser) - USP

Leopoldo M. Coutinho - USP

Yara S. Novelli - IBSP

Fábio Poggiani - IBSP

Sérgio Nereu Pagano - UNESP

RESUMO - Este trabalho aborda alguns aspectos da ciclagem de minerais na mata ciliar, no campo cerrado e na floresta de Pinus elliottii engelm. var. elliottii, localizados em Mogi-Guaçu, S.P. (22º18'S; 47º13'W). Os ecossistemas são adjacentes entre si, estando submetidos ao mesmo sistema edafo-climático (solo LVa; clima CWa).

Verificou-se que a produção da serapilheira é muito mais elevada no pinhal (7065kg.ha-1) e na mata (6687kg.ha-1) do que no cerrado (3210kg.ha-1). A serapilheira é constituída, preponderantemente, por folhas e sua produção segue um ritmo nitidamente sazonal. Na mata ciliar e no campo cerrado, a maior quantidade de material é depositada durante o período de menor suprimento hídrico, mas na floresta implantada, a maior produção ocorre antes deste período.

As transferências de elementos que resultam de serapilheira, no entanto, são muito maiores na mata ciliar do que no campo cerrado e no pinhal, que, por sua vez, apresentam ordens de grandeza semelhantes. Tal fato decorre das diferentes concentrações de elementos presentes no material formador da serapilheira de cada ecossistema.

A ocorrência de uma geada alterou profundamente a produção de serapilheira e as transferências de minerais decorrentes deste processo, tanto na mata ciliar, como no campo cerrado, o que revela sua importância como fator de tensão para esses ecossistemas tropicais.

A razão de decomposição é, também, maior na mata ciliar (k = 0,49) do que nos demais ecossistemas (cerrado/k = 0,27; pinhal/k = 0,25). Do balanço entre as razões de decomposição e as quantidades de material transferido pela bio massa, resulta a formação da camada de detritos sobre o solo, onde ocorre a mineralização da matéria orgânica e a maior parcela do fluxo de energia do ecossistema.

A quantidade média de material acumulado sobre o solo da mata ciliar é de 11,3t.ha-1, no cerrado 8,2t.ha-1 e no pinhal 20,2t.ha-1. Os reservatórios de minerais, contudo, são maiores na mata ciliar, de forma que os do pinhal superam apenas os do cerrado.

Estimativas de biomassa revelaram que no pinhal houve em 16 anos, acumulação de material orgânico 235t.ha-1) dez vezes superior à verificada nos componentes lenhosos do cerrado (23,8t.ha-1). A quantidade de elementos contidos no compartimento da biomassa do pinhal é, também, muito superior àquela do campo cerrado. Portanto, a implantação da monocultura implicou na acumulação de uma grande quantidade de elementos pelo sistema. Esta alteração parece fundamentar-se na maior eficiência desta espécie na utilização dos recursos nutricionais para a produção de compostos orgânicos, tendo, para isto, alocado parte dos elementos do reservatório do solo para a biomassa. Além disso, uma diminuição na quantidade de elementos em circulação nos compartimentos da serapilheira foi observada, como atestam os maiores tempos de ciclagem aí verificados. Essas características da floresta implantada revelam alguns dos mecanismos pelos quais Pinus elliottii pode adaptar-se naquela região, mas demonstra também a cautela necessária pára seu manejo.

A mata ciliar, por outro lado, apresenta os maiores reservatórios e as maiores quantidades de elementos em circulação entre os compartimentos da biomassa, da serapilheira e do solo. No entanto, em virtude da sua menor eficiência na utilização dos nutrientes, outros fatores devem ser lembrados para explicar sua maior produtividade.

O campo cerrado, apesar de demonstrar maior eficiência na utilização dos nutrientes do que a mata ciliar, apresenta menor acumulação de material na biomassa epigéia e na serapilheira, mantendo transferências de ordem de grandeza semelhante à verificada no pinhal. Essas características parecem refletir estratégias de adaptação da vegetação do cerrado às condições ambientais mais adversas.

TTTLE: Aspectos comparados do comportamento morfogenético e bioquímico in vitro de tecidos de plantas de Nicotiana tabacum L. cv. Maryland Mammoth, nos estados vegetativo e floral.

AUTHOR: Regina Ramos Termignoni

DATE: February 25th 1985

PLACE: Botany - USP

LEVEL: PhD

EXAMINER BOARD:

Walter Handro (Adviser) - USP

Rita de Cássia L.F. Ribeiro - IBSP

Paulo Roberto de Camargo e Castro - USP

Kurt Gunther Hell - USP

Gilberto Barbante Kerbauy - USP

RESUMO - Neste trabalho foram estudadas algumas características dos tecidos medulares de plantas de Nicotiana tabacum cv. Maryland Mammoth, nos estados vegetativo e floral, bem como alguns aspectos de seu comportamento morfogenético e bioquímico in vitro.

Tecidos medulares de plantas nos estados vegetativo e floral apresentam uma distribuição semelhante de atividade citociníhica e de proteína solúvel, e diversa de atividade de peroxidase e de AIA-oxidase, ao longo do eixo caulinar, mostrando menores valores absolutos para plantas em florescimento. Por outro lado, existem alterações qualitativas e quantitativas nos padrões de isoenzimas de peroxidase, ocorrendo o desaparecimento de isoenzimas anódicas no tecido de plantas em florescimento.

Tecidos da região apical apresentam menor atividade de citocininas e maior teor de proteína solúvel do que tecidos da região basal. A atividade de AIA-oxidase mostra-se distribuída na forma de um gradiente, cujos maiores valores, nas plantas em florescimento, encontram-se na região basal; nas plantas no estado vegetativo, essa distribuição é inversa.

Analisando-se o comportamento in vitro desses tecidos, verificou-se que não só o potencial de crescimento, como o potencial morfogenético, alteravam-se em função das condições de cultura (balanço hormonal, presença ou ausência de luz) e das condições originais do explante (posição no caule, estado fisiológico da planta). Tecidos de plantas em florescimento, isolados da região apical do caule, normalmente crescem mais do que os de plantas no estado vegetativo; tecidos isolados da região basal mostram uma relação inversa a essa, independendo das condições de cultura.

As relações de crescimento encontradas entre tecidos das regiões apical e basal, de plantas nos estados vegetativo e floral, cultivados na luz e no escuro, normalmente são inversas às relações de suas atividades total e específica de peroxidase, independentemente do balanço hormonal utilizado, assim como às relações de suas atividades total e específica de AIA-oxidase dos tecidos cultivados na luz; tecidos cultivados no escuro as apresentam da mesma forma, porém na dependência do balanço hormonal utilizado. As relações entre o teor de proteína solúvel e a taxa de crescimento dos tecidos podem ser diretas ou inversas entre si, dependendo das condições de cultura e das condições originais do explante.

Considerando-se os padrões de isoenzimas de peroxidase, verifica-se que existem dois padrões básicos, estabelecidos para as culturas da luz e do escuro, diferindo entre si pela presença de maior número de isoenzimas catódicas nos padrões dos tecidos cultivados no escuro. Alterações qualitativas e quantitativas desses padrões básicos dependem das condições de cultura e das condições originais do explante. Por outro lado, verifica-se que essas alterações acompanham as variações organogenéticas e morfo-histológicas dos tecidos, tendo-se obtido relações qualitativas e quantitativas entre as mesmas.

TITLE: Contribuição ao estudo palinológico das Rubiaceae

AUTHOR: Sigrid Luiza Jung Mendaçolli

DATE: March 27th 1985

PLACE: Botany - USP

LEVEL: PhD

EXAMINER BOARD:

Therezinha S. Meinem (Adviser) - IBSP

Ana Maria Giulietti - USP

Maria Emilia Estelita Teixeira - USP

Hermógenes de Freitas Leitão Filho - UNICAMP

Marlies Sazima - UNICAMP

RESUMO - Foram estudados os grãos de pólen de 50 (cinqüenta) espécies de Rubiaceae da Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (São Paulo, Brasil). Estas espécies foram incluídas em quatro grupos polúiicos de acordo com o tipo de aberturas:

A. Inaperturados: - Paticourea cujabensis Schlecht., P. florestaria Krause, P. marcgravii St. Hil., P. radians (Müll. Arg.) Standl., Psychotria lupulina Benth., P. malaneoides Müll. Arg., P. nemorosa Gardn., P. ruelÜaefolia (Cham. & Schlecht.) Müll. Arg., P. sessilis (Vell.) Müll. Arg., P. stachyoides Benth., P. suterella Müll. Arg., Rudgea gardenioides Müll. Arg., FL jasminoides (Cham.) Müll. Arg.; todas as espécies acima são heterostílicas.

B. Porados: - subgrupo 2-porado: Coussarea contracta (Walp.) Benth. & Hook, ex Müll. Arg. (heterostílica), C. hydrangeaefolia (Benth.) Benth. & Hook, (heterostilica), subgrupo 3-porado: Amaioua intermedia Mart. var. brasiliana (A. Rieh.) Steyerm., Faramea montevidensis (Cham. & Schlecht.) DC. (heterostilica), Guettarda viburnoides Cham. & Schlecht, var. pannosa Müll. Arg., Randia armata (Swartz) DC., e subgrupo poliporado: Borreria capitata (Ruiz & Pav.) DC, B. suaveolens G.F.W. Mey.

C. Colpados: - subgrupo 3-colpado: Psychotria cephalantha (Müll. Arg.) Standl. (heterostilica), e subgrupo policolpado: Mitracarpus hirtus (L.) DC, Relbunium hirtum (Lam.) Schum., R. hypocarpium (L.) Hemsl.

D. Colporados: - subgrupo 3-colporado: Alibertia concohr (Cham.) Schum., A. myreifolia (Spruce ex Schum.) Schum., Bathysa meridionalis Smith & Downs, Chiococca alba (L.) Hitch . Chomelia catharinae (Smith & Downs) Steyerm., Coccocypselum condalia Pers. (heterostilica), C. hasslerianum Chod. (heterostilica), C. lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. (heterostilica), Declieuxia cordigera Mart. & Zuce. ex Schult. & Schult, var. angustifolia (Müll. Arg.) (heterostilica), Ixora riedeliana Müll. Arg., Lipostoma capitatum Don. (heterostilica), Manettia luteo-rubra (Vell.) Benth., Posoqueria acutifolia Mart, e Rudgea Uiocarpoides Müll. Arg. (heterostilica) e subgrupo policolporado: Borreria angustifolia Cham. & Schlecht., B. verticillata (L.) G.F.W. Mey., Diodia brasiliensis Spreng., D. gymnoeephala (DC.) Schum., D. radula (Willd. & Hoffg. ex Roem. & Schult.) Cham. & Schlecht., D. teres Walt., Emmeorhiza umbellata (Spreng.) Schum., Hedyotis thesiifolia St. Hil., Manettia gracilis Cham. & Schlecht., Richardia brasilensis Gomes, R. schumannii Lewis & Oliver.

Entre as espécies heterostílicas observou-se dimorfismo polínico relacionado com a síndrome. Assim, os grãos de pólen da forma brevistila são geralmente significativamente maiores exceto em F. montevidensis, P. marcgravii e P. stachyoides. A escultura da exina é geralmente mais consistente e visível nos grãos de pólen da forma brevistila, exceto para C. contracta, F. montevidensis, P. cujabensis e P. sessilis, onde esta diferença não foi observada. Em D. cordigera var. angustifolia a escultura é mais nítida nos grãos de pólen da forma longistila. Em R. gardenioides e R. jasminoides essa diferença escultural é mais nítida, sendo que a sexina espinhosa foi detectada apenas nos grãos de pólen da forma brevistila.

Caracteres qualitativos e quantitativos dos grãos de pólen permitiram distinguir géneros e espécies dentro de cada grupo polínico com exceção de: a) espécies de Palicourea e Psychotria, no grupo dos inaperturados; b) R. hirtum de R. hypocarpium, no subgrupo dos policolpados; c) A. concolor de A. myreifolia e C. hasslerianum de C. lanceolatum e de L. capitatum, no subgrupo dos 3-colporados. Os dados obtidos mostraram a variabilidade na morfologia polínica da família, destacando como euripalinológicos os géneros Borreria, Diodia, Guettarda, Hedyotis, Psychotria e Randia.

TITLE: A Família Myrtaceae na Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil

AUTHOR: Maria Lúcia Kawasaki

DATE: March 28th 1985

PLACE: Botany - USP

LEVEL: Master

EXAMINER BOARD:

Ana Maria Giulietti (Adviser) - USP

Antonio Salatino - USP

Luiza S. Kinoshita Gouvêa - UNICAMP

RESUMO - Este trabalho apresenta o levantamento taxonómico das especies de Myrtaceae da Serra do Cipó, localizada ao sul da Cadeia do Espinhaço, no município de Santana do Riacho, em Minas Gerais. A região é caracterizada pelos campos rupestres, apresentando ainda áreas de cerrado e formações florestais.

Com base no estudo do material coletado e na análise de exsicatas de vários herbarios, foram reconhecidos para a Serra do Cipó, 11 géneros e 50 espécies, das quais 20 pertencem ao gênero Myrcia. São apresentadas chaves de identificação, descrições e ilustrações para gêneros e espécies, incluindo-se mapas de distribuição e dados sobre a ecologia e fenología das espécies na área em estudo.

TITLE: Estudos experimentais de cultivo e hibridação em Sargassum (Phaeophyta-Fucales) em condições de laboratório

AUTHOR: Édison José de Paula

DATE: March 29th 1985

PLACE: Botany - USP

LEVEL: PhD

EXAMINER BOARD:

Eurico Cabral de Oliveira Filho (Adviser)

Ivan Sázima - UNICAMP

Marilza Cordeiro Marino - IBSP

Aldo Malavasi - USP

Walter Handro - USP

RESUMO - Sete espécies e duas variedades de Sargassum (Subgênero Eusargassum) que ocorrem no litoral do Estado de São Paulo foram cultivadas em condições de laboratório, visando, especialmente, avaliar as possibilidades de uma abordagem experimental da taxonomia. Com a mesma finalidade, foram efetuados experimentos de hibridação e cultivo de alguns híbridos.

Os cultivos foram iniciados a partir de gâmetas liberados em condições de laboratório e originados de ramos férteis, coletados na natureza.

A metodologia de cultivo foi estabelecida e avaliada com base em experimentos, onde foram testados: métodos mecânicos e químicos de isolamento para evitar o desenvolvimento de contaminantes; a resistência de plântulas a esses tratamentos; alguns meios de cultura, e a influência da temperatura, salinidade e ilumináncia no desenvolvimento de plântulas.

Confirmou-se que o dióxido de germânio, empregado para eliminação das diatomáceas, pode causar efeitos prejudiciais aparentemente reversíveis nas plântulas de Sargassum, mas somente quando em exposição por períodos prolongados. O meio de Provasoli deu os melhores resultados para o crescimento e desenvolvimento das plântulas, tendo sido empregado para obtenção de plantas reprodutivamente maduras. Os testes de temperatura, salinidade e ilumináncia indicaram um bom desenvolvimento das plântulas para uma faixa, respectivamente, de 20-30ºC, 30-35º/oo e 500-5000 lux, em fotoperíodo 14:10.

Todas as espécies estudadas apresentaram características semelhantes em relação à maturação dos receptáculos e à liberação dos gâmetas, sendo periódica e simultânea para os oocistos a anterozóides. A fertilização dos oocistos ocorre após sua liberação dos conceptáculos, mas quando ainda fixos por um pedículo de mucilagem.

Os embriões se desprendem do receptáculo somente em um estágio próximo à diferenciação dos rizo ides. Oocistos mantidos isolados do contacto com anterozóides não sofrem segmentação normal e degeneram. Oocistos permanecem viáveis in vitro por períodos muito superiores aos anterozóides.

Embriões normais e viáveis foram obtidos na maioria dos testes de fertilização intraespecífica e de hibridação, não auxiliando na avaliação da afinidade entre as espécies estudadas. Híbridos F1 e F2 e o retrocruzamento entre duas variedades, e híbridos F1 entre três espécies foram desenvolvidos até a maturidade reprodutiva, produzindo gametas e embriões viáveis.

Todas as espécies estudadas apresentam o mesmo padrão básico de desenvolvimento, caracterizado por diversos estágios ontogenéticos bem definidos. Descreve-se, ainda, a origem de plántulas a partir de células rizoidais, que ocorreu espontaneamente em algumas culturas tendo sido desenvolvidas até a maturidade reprodutiva.

Os exemplares obtidos em laboratório apresentaram menores dimensões, quando comparados com aqueles das populações naturais e não desenvolveram apressórios, nem vesículas flutuadoras.

Todas as espécies e variedades cultivadas exibiram algumas diferenças morfológicas ou de crescimento, sendo que as mais significativas maniestaram-se após a diferenciação dos ramos laterais primários. Os táxons que na natureza constituem populações de plantas anãs, nos costões muito expostos a ação de ondas, apresentaram maturidade reprodutiva precoce e talo com dimensões reproduzidas em laboratório, em comparação com os táxons de costões mais protegidos. Dentre estes últimos, somente alguns que apresentam dimensões medianas na natureza tornaram-se férteis em laboratório.

As características mais estáveis em condições de laboratório foram a morfologia e a sexualidade dos receptáculos, as quais não apresentaram modificações significativas, quando comparadas com as plantas da natureza. O mesmo ocorreu com o tipo de margem das folhas, a abundância e distribuição dos crip tosto mas e a presença ou não de dentes nos eixos cilíndricos, pelo menos em suas faixas extremas de variação. Discute-se as implicações taxonómicas da hibridação e morfogênese das plantas em cultivo.

TITLE: Clorofíceas marinhas bentônicas do Estado da Paraíba - Brasil

AUTHOR: Amélia Iaeca Kanagawa

DATE: April 10th 1985

PLACE: Botany - USP

LEVEL: PhD

EXAMINER BOARD:

Yumiko Ugadin (Adviser) - USP

Noemy Yamaguishi Tomita - IBSP

Marilza C. Marino - IBSP

Carlos Eduardo de Mattos Bicudo - IBSP

Eurico Cabral de Oliveira Filho - USP

RESUMO - Neste trabalho realizou-se um levantamento das clorofíceas do litoral do Estado da Paraíba, situado na costa nordeste do Brasil entre as coordenadas 06º26'00"S - 34º52 W W e 07º34'00"S - 34º45'00"W.

O material estudado é proveniente de coletas manuais na faixa compreendida entre o limite superior de ocorrência das macro algas até a profundidade de 10m, e de dragagens entre as isóbatas de 10 a 35m.

Estudou-se 68 espécies, 7 variedades e 3 formas distribuídas em 28 gêneros, 12 famílias e 4 ordens. O gênero Rhipiliopsis e as espécies Cladophora pellucidoidea, C. crispula e a variedade Caulerpa brachypus var. brachypus são referidos pela primeira vez para o Brasil. Os gêneros Rhizoclonium, Neomeris e Ernodesmis, 34 espécies, 2 variedades e 2 formas são referências novas para o litoral paraibano. Derbesia sp e Bryopsis sp parecem constituir novidades taxonômicas.

São fornecidos neste trabalho: mapas e descrições dos locais de coleta; chaves dicotômicas para a identificação dos gêneros, espécies, variedades e formas estudados; descrição dos géneros; tabelas contendo a relação dos taxa encontrados em cada estação de coleta e a distribuição vertical desses taxa na área estudada.

Para cada táxon são apresentadas descrição detalhada, referências bibliográficas com respectiva distribuição geográfica, descrição do habitat, discussão, ilustrações e a relação do material estudado.

TITLE: Estudos sobre a biologia de uma espécie de Gradiaria (Rhodophyta, Gigartinales) do litoral norte do Estado de Sáo Paulo, Brasil

AUTHOR: Ingrid Yazbek Assad Ludewigs

DATE: April llth 1985

PLACE: Botany - USP

LEVEL: PhD

EXAMINER BOARD:

Eurico Cabral de Oliveira Filho (Adviser) -

Noemy Yamaguishi Tomita - IBSP

Yumiko Ugadim - USP

Myriam Bertha Kutner -

Marico Meguro - USP

RESUMO - Espécies de Gracilaria Greville (Rhodophyta, Gigartinales) são o principal recurso brasileiro de alguas marinhas utilizadas como matéria prima para a produção de ágar, ficocolóide de propriedades únicas e aplicação ampla, de grande importância econômica.

Gracilaria sp. (af. G. verrucosa (Huds.) Papenf.) da população que habita o limite inferior da zona infralitorânea, em baías protegidas do litoral de Ubatuba, SP, Brasil, foi estudada quanto a diversos aspectos de sua biologia, a fim de fornecer subsídios a um melhor aproveitamento deste recurso marinho.

A espécie apresentou-se fértil durante o ano todo em todas suas fases, verificando-se uma predominância de tetrasporófitos sobre gametófitos masculinos e femininos, cujas proporções apresentaram uma variação sazonal, observada durante o período de Abril/1980 a Abril/1981. Plantas cistocárpicas apresentaram-se com freqüência maior do que plantas masculinas. A bio massa de plantas tetraspóricas apresentou-se bem maior (68%) do que a porcentagem de indivíduos (46%) observada no mês de Janeiro/1981.

O desenvolvimento de esporos, cultivados "in vitro", em meio enriquecido com Provasoli, apresentou um padrão de germinação do "tipo Dumontia" e um ciclo de vida do "tipo Polysiphonk" obtido a partir da cultura de tetrásporos e carpósporos liberados "in vitro" por ramos férteis coletados da natureza. Carpósporos apresentaram-se mais viáveis do que tetrásporos.

O estudo da variação sazonal do crescimento das algas, efetuado no mar, em São Sebastião, SP, revelou um maior crescimento em 20 dias, no verão (209%), seguido pelo crescimento de inverno (147%), outono (125%) e primavera (79%), sendo analisado o efeito de cobertura por nuvens, radiação solar e temperatura sobre o mesmo. Plantas crescendo a até 4 metros de profundidade em flutuador, em Ubatuba, apresentaram um desenvolvimento maior quanto mais próximos à superfície do mar se encontravam, tanto quanto ao comprimento quanto ao peso fresco relacionado ao maior número de ápices, e que foi relacionado a maiores quantidades de luz.

O crescimento em níveis determinados com relação à maré (+0,2 - -0,6) indicou o nível -0,2 como o mais adequado ao crescimento das plantas, sendo que, acima deste, ocorreu super-exposição durante as marés baixas e conseqüente morte, e abaixo, a perda de ramos que aumentava com a profundidade, discutindo-se a possível predação sobre as algas, por herbívoros marinhos, principalmente por peixes.

Diversos suportes, recipientes e invólucros foram testados-para o crescimento de algas no mar a partir de fragmentos apicais do talo. Conchas de ostra apresentaram-se como um substrato potencial para o cultivo a partir de esporos.

O estudo do ponto de compensação luminoso revelou valores de 290-330 luz para plantas tetraspóricas e cistocárpicas e de 125-165 lux para plantas masculinas, testadas a 25 + 1ºC, sob luz fluorescente branca fria.

Crescimento em meio de cultura enriquecido com Provasoli, sob condições controladas de luz e temperatura, indicou 24ºC e 3000-5100 lux como as condições mais adequadas ao desenvolvimento dos ramos "in vitro", dentre as condições de luz (520, 1560, 3000, 5100, 7000 e 9200 luz) e temperatura (19,5º, 24º e 29ºC) testadas, apresentando em 20 dias 155% e 169% de crescimento, respectivamente. A ocorrência de epífitas e contaminantes nas diferentes condições testadas, foi analisada.

Notamos um aumento proporcional no crescimento de plantas submetidas a quantidades crescentes de luz, entre 520-3000 lux. Acima destas iluminâncias, não ocorreu aumento na porcentagem de crescimento. Não foram observadas diferenças significativas entre o crescimento de plantas submetidas a uma mesma condição de luz, nas três diferentes temperaturas, apenas uma tendência a um maior desenvolvimento a 24ºC. Temperaturas de 19,5ºC induziram uma menor variabilidade nas médias de crescimento de plantas nas quantidades de luz mais baixas até 3000 lux.

O ficocolóide obtido por diferentes métodos de extração, resultou em rendimento, força de gel e teor de cinzas variáveis, com uma variação de ficocolóide de 15 a 19% do peso seco para amostras obtidas após pré-tratamento alcalino, e de 28 a 33% para aquelas sem pré-tratamento. O ficocolóide que apresentou a maior força de gel (55,56g/cm2) foi obtido após tratamento alcalino (NaOH 5%, 3 horas a 85ºC), sendo entretanto considerado um gel de características moles, em relação ao de outras espécies de importância econômica.

A variação sazonal no rendimento do ficocolóide de plantas coletadas, mensalmente, durante o período de 1 ano, apresentou um máximo no verão (32,1%) e um mínimo na primavera (22,3%), não apresentando correlação com a variação de peso seco/peso fresco que oscilou entre 10,4 e 12,9%, durante o período.

TITLE: Palinotaxonomia da Família Myrsinaceae R. Br. no Brasil

AUTHOR: Ramiro de Jesus Fonnegra Gomez

DATE: August 6th 1985

PLACE: Botany - USP

LEVEL: PhD

EXAMINER BOARD:

Therezinha S. Melhem (Adviser) - IBSP

Luiza Sumiko K. Gouvêa - UNICAMP

Adauto Ivo Milanez - IBSP

Ana Maria Giulietti - USP

Berta Lange de Morretes - USP

RESUMO - Foi estudada a morfologia, viabilidade, degradação da exina e o parasitismo de fungos, em grãos de pólen normais e anômalos em 83 espécies de Myrsinaceae ocorrentes no Brasil e pertencentes aos gêneros: Ardisia Sw. (8 espécies), Conomorpha A. DC. (14 espécies), Ctenardisia Ducke (2 espécies), Cybianthus Mart. (18 espécies), Myrsine L. (= Rapanea Aubl., 27 espécies), Stylogyne A. DC. (8 espécies) e Weigeltia A. DC. (6 espécies). A mofologia polínica dos grãos de pólen normais foi tomada como uma evidência para a caracterização dos gêneros, demonstrando que Myrsinaceae é uma família euripalinológica. Os grãos de pólen dos sete gêneros foram agrupados em dois tipos morfológicos de acordo com a forma e número de aberturas:

a. 4-(5-3)-colpados/colporoidados: Myrsine (grãos de pólen rugulados, raramente reticulados);

b. 3-(4-2)-colporados: Ardisia, Conomorpha, Ctenardisia, Cybianthus, Stylogyne e Weigeltia.

Dentro do tipo colporado, foram encontrados três subtipos, segundo a ornamentação da exina:

a. reticulado: Ardisia com retículos simples, lúmen liso (sem báculos) e exina fina (ca. 1,4-2,2um de espessura), Ctenardisia com retículos simples, lúmen liso (sem báculos), exina espessa (ca. 3,5-3,6um de espessura) e Stylogyne com báculos isolados no interior do lúmen;

b. psilado: Conomorpha e Weigeltia;

c. granuloso/rugoso: Cybianthus.

O gênero Ardisia é euripalinológico e os outros são estenopalinológicos. Os caracteres quantitativos forneceram evidências para diferençar certas espécies em cada gênero estenopalinológico. Alguns autores consideram Conomorpha, Cybianthus e Weigeltia como um gênero só: Cybianthus. Os caracteres polmicos não mostraram evidências para a classificação dos três gêneros.

Vários autores têm manifestado que existe uma estreita relação entre Myrsine e Rapanea e propõem unir estes gêneros em um só: Myrsine. Os caracteres polínicos sustentaram a inclusão do gênero Rapanea em Myrsine.

Em todos os gêneros foram encontrados espécimes com grãos de pólen anômalos, sem apresentar um padrão determinado para as diferentes espécies da famíla e ocorrem primordialmente em flores monóclinas, caracterizaiido-se por estarem parasitados por fungos de vários gêneros: Alternaria Nees, Aspergillus niger Van Tieghem, Cladosporium cf. cladosporioid.es (Fresen) de Vries, Epicoccum cf. nigrum Link, Penicillium Link, Pestalotia De Notaris e Tripospermum cf. myrti (Lind) Hughes. A viabilidade, tanto nos grãos de pólen normais como nos anômalos, apresenta grande variação entre exsicatas da mesma espécie. Observou-se que a degradação da exina por microrganismos é comum nos grãos de pólen da famíla, apresentando-se na forma de perfurações circulares simples, principalmente nos grãos de pólen anômalos.

TITLE: As espécies de Gracilaria (Rhodophyta, Gigartinales) da praia Dura, Ubatuba, SP. Aspectos Biológicos e fenologia.

AUTHOR: Estela Maria Plastino

DATE: November 6th 1985

PLACE: Botany - USP

LEVEL: Master

EXAMINER BOARD:

Eurico Cabral de Oliveira Filho (Adviser) -

Édison José de Paula - USP

Marilza Cordeiro Marino - IBSP

RESUMO - Dentre as algas marinhas de importância econômica que ocorrem no litoral do Brasil, destaca-se o gênero Gracilaria, considerado o recuso brasileiro mais importante para a produção de ágar.

Experimentos de cultivo em laboratório, bem como estudos fenológicos, foram desenvolvidos visando fornecer subsídios que possam contribuir para a taxonomia do gênero de difícil tratamento taxonômico e para sua eventual explotação racional e cultivo em ampla escala.

O histórico de vida foi completado entre 7 a 16 meses em laboratório, para as seguintes espécies: Gracilaria cervicornis, G. mammillaris, Gracilaria spi (Textoriella) e Gracilaria sp2 (Gracilariella). Todas as espécies apresentaram um histórico "tipo Polysiphonia"'.

Estudos sobre a liberação de carpósporos mostraram que um único cistocarpo de G. cervicornis pode permanecer liberando esporos por um período de 68 dias consecutivos em determinadas condições de laboratório. Os carpósporos são liberados envoltos por uma massa de mucilagem cujo significado adaptativo é discutido. Com base na análise do tamanho dos carpósporos e tetrásporos de todas as espécies estudadas discute-se o valor desta variável como critério taxonômico.

Observou-se um sicronismo na formação de tetrasporângios e gametângios entre representantes de Gracilaria sp1, quando tetrasporófitos e gametófitos foram cultivados simultaneamente a partir de esporos. O mesmo foi verificado em representantes de Gracilaria sp2.

Os dados obtidos mostram que a aeração acelera o crescimento e a maturação das plantas, e que a taxa de crescimento de gametófitos de Gracilaria sp2 é reduzida por ocasião da formação de estruturas reprodutoras.

Testes de hibridação mostraram a existência de barreiras reprodutivas entre as espécies estudadas, tanto no caso de espécies ocorrendo simpatrica quanto alopatricamente, embora os cruzamentos intraespecíficos fossem positivos. Gametófitos femininos de G. mammillaris, quando em presença de gametófitos masculinos de G. cervicornis, e gametófitos femininos de Gracilaria spj, quando em presença de gametófitos masculinos de G. verrucosa formaram "cistocarpos", mas não formaram carpósporos.

A ocorrência de diferentes estruturas reprodutoras num mesmo talo foi verificada tanto em plantas coletadas na natureza como cultivadas em laboratório. A situação mais comum foi a presença de gametófitos crescendo sobre o talo de plantas tetrasporofíticas. Estes gametófitos, mesmo em ambientes naturais, atingem a maturidade precocemente em relação aos gametófitos livres.

Estudos fenológicos foram realizados durante o período de fevereiro-1982 à agosto-1983 com representantes de G. cervicornis, G. verrucosa e Gracilaria sp1, que ocorrem na Praia Dura (Ubatuba-SP). Representantes tetrasporofíticos, masculinos e cistocárpicos foram encontrados durante todo o período de estudos, sendo os primeiros mais freqüentes, atingindo em média 34-51% do total de indivíduos. Plantas inférteis, geralmente jovens, foram mais freqüentes nos meses de inverno e provavelmente desenvolveram-se a partir de esporos liberados no final do verão. Representantes de G. cervicornis atingiram maiores dimensões nos meses de verão. Nas outras espécies não foi verificada nenhuma variação sazonal no comprimento das plantas.

TITLE: Fitossociologia do estrato arbóreo da floresta da reserva biológica do Instituto de Botánica (São Paulo, SP)

AUTHOR: Yara S. de Vuono

DATE: November 14th 1985

PLACE: Botany - USP

LEVEL: PhD

EXAMINER BOARD:

Leopoldo Magno Coutinho (Adviser) - USP

Sérgio Nereu Pagano - UNESP

Fernando Roberto Martins - UNICAMP

Marico Meguro - USP

Ana Maria Giuletti - USP

RESUMO - Através da aplicação do método dos quadrantes, foram estudadas a composição florística e a estrutura fitossociológica em duas áreas da floresta da Reserva Biológica do Instituto de Botânica, na cidade de São Paulo.

A floresta está situada em região cujo clima é classificado como Cwb, segundo o Sistema Internacional de KOPPEN, sobre um Latossolo Vermelho Amarelo-fase rasa.

Foram feitas análises químicas e texturais de amostras de solo retiradas de 10 perfurações em cada área, às profundidades de 0-20cm, 40-60cm e 80-1 OOcm, as quais revelaram haver diferenças significativas, pelo menos nas camadas superficiais, entre os solos de ambas as áreas.

A análise fitossociológica envolveu a comparação entre dois tipos de amostragem; um, considerando apenas as árvores vivas e, outro, as árvores vivas e mortas. A inclusão destas últimas, resultou em alterações nos valores dos parâmetros fitossociológicos, porém permitiu a interpretação mais adequada sobre a dinâmica de sucessão da floresta. Foram amostradas 84 árvores mortas na área A, e 32, na área B.

Considerando-se as amostragens das árvores vivas, que representam as potencialidades reais e atuais da floresta, foram amostrados 500 indivíduos na área A, pertencentes a 43 famílias, distribuídos em 30 gêneros, com 123 espécies. Nesta área, as três espécies mais importantes foram Machaerium villosum Vog., Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassm. e Sclerolobium denudatum (Vog.). Na área B, foram amostrados 508 indivíduos, pertencentes a 40 famílias, distribuídos em 38 gêneros, com 123 espécies, sendo Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassm., Cupania oblongifolia Mart. e Cor dia sellowiana Cham. as três espécies mais importantes.

As diferenças na composição florística e nos parâmetros fitossociológicos foram atribuídas às diferenças observadas nas características químicas e físicas dos solos de ambas as áreas.

Em ambas as áreas, estudaram-se a distribuição vertical das copas; a distribuição de classes de diâmetro (DAP), na comunidade e por população; as relações entre os valores de densidade por área absoluta, densidade por área proporcional e tipos de competição; e a similaridade florística com matas do interior do Estado de São Paulo e da encosta atlântica.

A floresta estudada constitui-se em um estádio de sucessão da formação florestal climáxica da encosta atlântica, onde não há predomínio de família e onde cada espécie tem importância bastante reduzida.

Demonstrou-se que há indicações de que a vegetação encontra-se em estádio de sub-clímax retrógrado, em que a redução da vitabilidade dos indivíduos arbóreos vem permitindo a proliferação de plantas mais agressivas e menos exigentes, como os cipós (principalmente na área A) e os bambus (principalmente na área B).

A análise dos resultados aqui obtidos, indica que o principal fator responsável pelo declínio da floresta da Reserva Biológica do Instituto de Botânica pode ter sua origem na constante emissão de poluentes atmosféricos sobre a área, oriundos das atividades urbana e industrial circundantes. A principal fonte de poluição industrial é representada por uma siderúrgica vizinha, que vem liberando efluentes gasosos fito tóxicos durante as últimas décadas.

TITLE: Estudo fitossociológico das Especies Arbóreas de urna Mata Arenosa de Restinga, localizada em Emboaba, Municipio Osório, RS

AUTHOR: Lucia Rebelk) Dillenburg

DATE: May 22th 1986

PLACE: Botany - UFRGS

LEVEL: Master

EXAMINER BOARD:

Jorge Luiz Waechter (Adviser) - UFRGS

Luis R.M. Baptista - UFRGS

Paulo Luiz de Oliveira - UFRGS

Arnildo Pott - EMBRAPA

Fernando Roberto Martins - UNICAMP

ABSTRACT - A phytosociological survey of tree species was made in a "restinga" sandy forest, located in Emboaba, Osório county, at the north coast of Rio Grande do Sul State. The point centered quarter method was applyed, using 45 points, which produced an adequate sampling of the species. Fifteen tree species with diameter at breast height (DBH) equal or larger than 5cm were sampled in a l,5ha sampling area. The parameters of frequency, density, basal area and importance were estimated for each of these species. The results showed that Sebastiania klotzschiana was the most important one in the studied wood, being followed by Casearia silvestris, Eugenia uniflora, Bumelia obtusifolia and Rapanea umbellata. The analysis of distribution of heights and diameters indicated that the stratification is incipient among the tree species and that a certain degree of disturbance has already set in. The analysis of the horizontal distribution pattern revealed that the more abundant species tend to be randomly distributed. The Shannon & Wiener index of diversity for the sampled species had a low value. The physiognomic, floristic and structural features of this wood were correlated with the climatic and edaphic factors, evidencing the strongest influence of the latter on the community.

TITLE: Translocação de Açúcares e Amino-ácidcs do Megagametófito ao Embrião em Araucária angustifolia (Bert.) O. Ktze. durante a germinação e desenvolvimento inicial

AUTHOR: Luis Mauro Gonçalves Rosa

DATE: August 8th 1986

PLACE: Botany - UFRGS

LEVEL: Master

EXAMINER BOARD:

Alfredo Gui Ferreira (Adviser) - UFRGS

Regina R. Termignoni - UFRGS

Feliciano E.V. Flores - UFRGS

Sônia M.C. Dietrich - IBSP

Isa Beatriz Noll - UFRGS

ABSTRACT - For its physiognomic prominence in the highland forests and for the quality of its wood, Araucária angustifolia (Bert.) O. Ktze. is a gymnosperm of high importance in South Brazil and neighboring regions. Furthermore it has a big starch-rich seed, that contributes to the nourishment of the fauna and even of man. Seed germination and food reserve mobilization are critical processes during the ontogeny and establishment of plants, and the knowledge of the dynamics of these processes is an important point in explaining the ocurrence of a species in a certain region. In this work, sugar and amino acid translocation from the megagametophyte to the embryo was investigated, in five stages of early development: quiescent seed, radicle emergence, aerial part emergence, presence of approximately 30 leaves and presence of approximately 60 leaves. For this investigation, the soluble material located at the interface between megagametophyte and embryo was collected and analysed. The results showed that the main migrant sugar is glucose, accompanied by smaller quantities of fructose and sucrose. The translocated amino acids, by their mm, are represented by a varied pool, where three unknown nitrogenous compounds are included (probably nonprotein amino acids). Among the identified protein amino acids, lysine predominates during the emergence of the radicle, and glutamic acid, during the subsequent stages.

TITLE: Anatomia foliar de Clusia hilariana Schlechtendal e Clusia spiritu-sanctensis G. Mariz et Weinberg (Guttiferae) ocorrentes no Estado do Espfrito Santo, Brasil

AUTHOR: Solange Zanotti Schneider

DATE: March 24th 1986

PLACE: Botany - UFRJ

LEVEL: Master

EXAMINER BOARD:

Cecilia Goncalves (Adviser) - IBRJ

Margarete Emmerich - UFRJ

Berta Lange de Morretes - USF

Raul Dodsworth Machado - UFRJ

ABSTRACT - This work deals with a morphological and anatomical study of leaves from two species of Guttiferae, namely Clusia hilariana Schlechtendal and Clusia spiritu-sanctensis G. Mariz et Weinberg, found at "restinga" of Jacarenema, Vila Velha, Espirito Santo State. Besides the main foliar morphological patterns, typical anatomical structures of the family such as paracitic stomats, secretory ducts, hypodermis and crystaliferous idioblasts were refered to both species. Other anatomical aspects related to epidermis, cuticule, mesophyll, cortex, vascular system, tanniferous idioblasts and sclereids, characteristics as well as to colleteres were also analysed.

TITLE: Taxonomy study of Cupania L. (SAPINDACEAE): the brazilian species

AUTHOR: Germano Guarim Neto

DATE: October 28th 1986

PLACE: INPA/FUA

LEVEL: Doctor of Botany

EXAMINER BOARD:

Marlene Freitas da Silva (Adviser) - INPA

William Antonio Rodrigues - INPA

Izonete de Jesus Araujo Aguiar - INPA

Aline dft Castro - INPA

Hiroshi Noda - INPA

Paulo Friedrich Bührnheim - FUA

ABSTRACT - The taxonomic studies of the brazilian species of the genus Cupania L. (Sapindaceae) presented here aims to aid the present day taxonomic structural and organization of this genus.

Twenty-six species of this genus in Brazil were considered and divided into four sections: section I: Trigonis (Jacq.) Radlk., with 6 species: Cupania castaneifolia Mart.; Cupania cinérea Poepp. & Endl.; Cupania crassifolia Radlk.; Cupania oblongifolia Mart.; Cupania vernalis Camb. and Cupania zanthoxyloides Camb.; section 2: Trilobis Radlk., with II species: Cupania bracteosa Radlk.; Cupania diphylla Vahl; Cupania hirsuta Radlk.; Cupania hispida Radlk.; Cupania paniculata Camb.; Cubania revoluta Radlk.; Cupania rígida Radlk.; Cupania rugosa Radlk.; Cupania scrobiculata L.C. Rich.; Cupania tenuivalvis Radlk. and Cupania verrucosa Radlk.; section 3: Tricoccocarpus Radlk., with only one species: Cupania rubiginosa (Poir.) Radlk. and section 4: Trigonocarpus (Veil.) Radlk., with 8 species: Cupania concolor Radlk.; Cupania emarginata Camb.; Cupania furfuracea Radlk.; Cupania laxiflora Radlk.; Cupania olivácea Gleason & Smith; Cupania platycarpa Radlk.; Cupania racemosa (Veil.) Radlk. and Cupania schizoneura Radlk. Three taxa presented are "probably newly described species": two in the section Trilobis: Cupania sp. 1 and Cupania sp. 2 and one in the section Trigonocarpus: Cupania sp. 3.

These species are found in different phytogeographic formations, amazonic and extra-amazonic as well as in extra-brazilian areas, having diversified habits, ranging from low scrubs to high trees.

The utilization of the species of this genus is limited. They maybe used as wood for light construction, charcoal, etc. Some species may offer fruits thet birds feed on and, even more rarely, some species are used for reforesting or home medicines

Four analytic key are presented for the separation and identification of the sections and species. A total of 51 figures ilústrate this taxonomic study.

TITLE: Estudo taxômico das diatomáceas (Bacillariophyceae) do arroio do Faxinai (Sanga da Água Boa), Torres, Rio Grande do Sul, Brasil

AUTHOR: Roselane Laudares Silva

DATA: November 22th 1986

PLACE: Botany - UFRGS

LEVEL: Master

EXAMINER BOARD:

Eni Corrêa Vianna (Adviser) - UFRGS

Hermes Moreira Filho (Adviser) - UFPR

Ita Moema Moreira - UFPR

Luis Rios de Moura Baptista - UFRGS

Maria Henriqueta Homrich - UFRGS

Patricio Rivera - Univ. Concepción - Chile

ABSTRACT - This volume results from a taxonomic study of diatoms collected in the arroio Faxinai (sanga da Água Boa), a small stream located in the northeastern coast of Rio Grande do Sul (Torres, South Brazil).

Samples were collected during 13 months, from November 1979 to November 1980, at four previously established stations. A total of 50 samples were obtained.

The research also comprises a review of the studies related to diatoms in the state of Rio Grande do Sul; the description of the collecting stations and of the methodology used for collecting and preparing diatoms and some comments about the system adopted. For each taxon, the original publication has been cited, as well as the basionym (with respective description place). We included also: the publications which the identification was based, the description of the taxon and of its metric variation, the discussion referring to its taxonomy and nomenclature and previous references regarding the state of Rio Grande do Sul. For each genus a description was made and an artificial key was developed for the determination of the species, varieties and forms found in the region.

141 taxa were identified, distributea mto 24 genera and 8 familes, from which 32 have never been cited before in the state. In August 1980, the greatest number of taxa have been found. Station D was the most significant in number of taxa. The diatom-flora of this particular stream could probably be identified as characteristic of acid water.

These results were compared to those already obtained in the state.

TITLE: Floristic and phytosociology of a marginal cerrado in the Parque Estadual de Vaçunga, Santa Rita do Passa Quatro, SP

AUTHOR: Antonio Alberto Jorge Farias Castro

DATE: February 17th 1987

PLACE: Botany - UNICAMP - Campinas, SP

LEVEL: Master

EXAMINER BOARD:

Fernando Roberto Martins (Adviser) - UNICAMP

Hermógenes de Freitas Leitão Filho - UNICAMP

Neusa Taroda - UNICAMP

ABSTRACT - A floristic and phytosociological survey was made in an area of margial cerrado vegetation, situated in the Parque Estadual de Vaçununga, km 255-257 of the Anhangüera highway, Santa Rita do Passa Quatro municipality, state of São Paulo, Brazil (altitude 690-710m, coordinates 21º38'S and 47º36'W). The climate is classified as Koeppen's Cwag'; temperate; macrothermal; moderately rainy; with a dry winter, but not too severe. The rainfall varies between 1,100 and 1,700mm. Two seasons occur, one is rainy warm and moist; and other is dry and cold. The soil classified as a Red-Yellow Latoso 1 (Sandy Phase) or as an association of Dark-Red Latoso! and Red-Yellow Latosol; distrophic; alic; strongly acid, with a moderate horizon A and with medium texture. This area belongs to the Botucatu formation, (JKb) and is included in the basaltic cuesta province and in an area of degradation relief on dissected upland. The quadrat method were used and thirty 10 x 20m samples were land out on a regular grid. All individuals with a diameter at soil level equal to, or greater than, 3cm were counted. The result was 4,718 individuals belonging to 83 species, 64 genera and 35 families. During this Acta bot. bras. 1(2):1987 study, 274 botanical specimens were gathered and incorporated in the UEC and IF Herbaria. All taxonomic treatment was based on Cronquist's filogenetic system. Fabaceae, Caesalpiniaceae, Myrtaceae and Vochysiaceae were the most important families and Qualea, Eugenia, Miconia and Myrcia were the most important genera. When the number of individuals was considered, the most important familes were Myrtaceae, Vochysiaceae, Caesalpiniaceae and Mimosaceae; the genera were Myrcia, Qualea, Dyptichandra and Xylopia; and the species were Myrcia lingua, Dyptichandra aurantiaca, Xylopia aromatica and Myrcia bella. Rosidae was the most important subclass. Sampling sufficiency was tested and the sizes of representative areas were determined. The hierarchic and abundance diversities were calculated. The absolute and synthetic parameters and their interactions were discussed. Volumes were computed and corrected using a quociente of generic form for the cerrado of the Parque Estadual de Vaçununga. The vertical and age structure were characterized. Six areas of cerrado in the state of São Paulo were compared floristically, compiling 208 species, sampled using the same methodology. Two floristic similarity indices were used. The data were processed using computer programas available in the Departament of Botany UNICAMP. The sample method was adequated for the description of phytocoenose. The samples covered 88.3% of the 94 species observed in the cerrado vegetation of Vaçununga. The corrected volume reduced the overrating of cilindric volume by 26.3%. The stratification of tree tops is irregular and the age structure indicates that the cerrado is in the regeneration stage. At present, the physiognomic-structural aspect is that of a cerrado sensu stricto. The interactions between the relative parameters are positive and significant. Myrtaceae is the most diverse family. Myrtales and Rosidae are the most diverses order and subclass, respectively. This study is illustrated with 57 figures and 17 tables.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Jun 2011
  • Data do Fascículo
    Jul 1987
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