Neste trabalho a hipótese é que a composição das espécies de Solanaceae e as síndromes de polinização e dispersão de sementes variam de acordo com o grau de perturbação. Assim o objetivo é analisar como a composição de espécies de Solanaceae e suas síndromes de polinização e de dispersão de sementes variam ao longo de um gradiente de perturbação. Este trabalho foi realizado nas Florestas Mesófilas de Hidalgo, México. As Solanaceae foram coletadas ao longo de transectos, dispostos em caminhos ou estradas secundárias. As síndromes de polinização e dispersão de sementes foram caracterizadas a partir das características morfológicas das flores e frutos. Das 500 amostras coletadas, 392 continham Solanaceae, pertencentes a 25 espécies. A similaridade entre as amostras mostrou dois grupos: no grupo I estavam as espécies mais freqüentemente encontradas em áreas menos perturbadas e mais úmidas, enquanto o grupo II apresentava as espécies mais freqüentes em ambientes mais perturbados. A síndrome de melitofilia foi relevante nos dois grupos. No entanto, a ornitocoria (45,8%) prevaleceu sobre a chiropterocoria (37,5%) em áreas menos perturbada e mais úmida do grupo I, enquanto chiropterocoria (50%) foi maior no grupo II.
perturbação florestal; ornitocoria; chiropterocoria; melitofilia; México
