Lista anotada das pteridófitas de florestas inundáveis do alto Rio Negro, Município de Santa Isabel do Rio Negro, AM, Brasil

Checklist of pteridophytes from flood-forests of "alto Rio Negro", municipality of Santa Isabel do Rio Negro, AM, Brazil

Lista anotada das pteridófitas de florestas inundáveis do alto Rio Negro, Município de Santa Isabel do Rio Negro, AM, Brasil

Checklist of pteridophytes from flood-forests of "alto Rio Negro", municipality of Santa Isabel do Rio Negro, AM, Brazil

Carlos Alberto A. de FreitasI, ¹; Jefferson Prado^II

^IInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Coordenação de Pesquisas em Botânica, C. Postal 478, CEP 69011-970, Manaus, AM, Brasil

^IIInstituto de Botânica, C. Postal 4005, CEP 01061-970, São Paulo, SP, Brasil

RESUMO

É apresentada uma lista anotada das pteridófitas que ocorrem no Município de Santa Isabel do Rio Negro, Amazonas, como uma contribuição ao conhecimento da flora da amazônia brasileira. Na região predominam as florestas inundáveis e podem ser reconhecidos dois ambientes, os igapós e os sub-bosques. Foram encontradas 48 espécies pertencentes a 15 famílias: Aspleniaceae (3 spp.), Blechnaceae (1 sp.), Davalliaceae (1 sp.), Dennstaedtiaceae (3 spp.), Dryopteridaceae (3 spp.), Hymenophyllaceae (5 spp.), Lomariopsidaceae (5 spp.), Lycopodiaceae (1 sp.), Metaxyaceae (1 sp.), Polypodiaceae (9 spp.), Pteridaceae (6 spp.), Schizaeaceae (4 spp.), Selaginellaceae (3 spp.), Tectariaceae (1 sp.) e Vittariaceae (2 spp.). A maior diversidade de espécies é encontrada no ambiente de sub-bosque e algumas espécies epífitas podem ser encontradas nos dois ambientes (igapó e sub-bosque).

Palavras-chave: Floresta Amazônica, Estado do Amazonas, pteridófitas, samambaias, florística

ABSTRACT

A checklist of pteridophytes from Santa Isabel do Rio Negro is presented as a contribution to the knowledge of the flora of Brazilian amazon. In the region predominate the flood-forests and two different environments can be recognized, the "igapós", and the "sub-bosques". Forty eight species belonging to 15 families were found: Aspleniaceae (3 spp.), Blechnaceae (1 sp.), Davalliaceae (1 sp.), Dennstaedtiaceae (3 spp.), Dryopteridaceae (3 spp.), Hymenophyllaceae (5 spp.), Lomariopsidaceae (5 spp.), Lycopodiaceae (1 sp.), Metaxyaceae (1 sp.), Polypodiaceae (9 spp.), Pteridaceae (6 spp.), Schizaeaceae (4 spp.), Selaginellaceae (3 spp.), Tectariaceae (1 sp.), and Vittariaceae (2 spp.). The "sub-bosque" has the highest diversity and some epiphytic species can be found on both environments ("igapó" and "sub-bosque").

Key words: Amazon forest, Amazonas State, pteridophytes, ferns, floristic

Introdução

A flora de pteridófitas da Amazônia brasileira, embora bastante diversificada conforme constatado por Andrade-Lima (1969), Tryon & Conant (1975), Costa et al. (1999) e Souza et al. (2003), tem sido ainda pouco estudada. O projeto "Elaboração de uma Flora Prévia para o Município de Santa Isabel do Rio Negro", desenvolvido desde o ano de 2000 pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, é uma iniciativa para o melhor conhecimento dessa rica flora e visa, basicamente, o estudo de uma localidade ainda não previamente investigada, tanto sob o ponto de vista florístico quantitativo quanto qualitativo. Esta região do Alto Rio Negro possui a peculiaridade de ter grandes áreas cobertas por florestas inundáveis e igapós, o que a torna sob o ponto de vista florístico bastante diferente das demais e com maior ocorrência de pteridófitas epífitas.

Material e métodos

O município de Santa Isabel do Rio Negro localiza-se à margem direita do Rio Negro, nas coordenadas 00º28' S e 65º32' W, com altitude média de 50 m, distante de Manaus 620 km em linha reta e 772 km por via fluvial, tendo como municípios limítrofes os de Maraã, Barcelos, Japurá, São Gabriel da Cachoeira, além da fronteira com a República da Venezuela.

A região caracteriza-se por apresentar, além de uma vasta vegetação densa de terra firme que cobre uma área territorial de 58.082 km², um ecossistema de florestas inundáveis comuns nas regiões do alto Rio Negro. A disponibilidade de água no período seco determina a presença de tipos de vegetação nas zonas de inundações dos rios de águas pretas, possibilitando dessa forma o surgimento de dois tipos vegetacionais fitofisionomicamente não muito distintos: sub-bosque e igapó, porém com diferenças na diversidade de espécies (Aguiar 2001). Para a classificação dos tipos da vegetação foi adotada a classificação de Prance (1987).

As coletas botânicas foram feitas nas formações florestais inundáveis adjacentes ao Rio Negro, limitadas ao município de Santa Isabel do Rio Negro, através de seus afluentes os rios Daraá, Uneiuxi, Tea e Maraiuá.

O material estudado foi coletado segundo as técnicas usuais para plantas vasculares e está depositado nos herbários do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus, e no Herbário do Instituto de Botânica (SP), em São Paulo.

A seqüência de apresentação dos táxons encontrados está em ordem alfabética de famílias, gêneros, espécies e variedades. Foi adotada a circunscrição de famílias proposta em Moran & Riba (1995).

Para abreviação de autores de nomes científicos, foi seguido o proposto por Pichi-Sermolli (1996).

O item distribuição geográfica, apresentado para cada táxon estudado, foi elaborado também com base na literatura e a mesma encontra-se citada entre parênteses no final deste item. Optou-se por incluir as referências mais abrangentes e recentes para os táxons na região.

A Mesoamérica citada no item distribuição geográfica corresponde à região da América Central que vai desde o sul do México (Chiapas, Tabasco e Península de Yucatán) até o Panamá.

Resultados e discussão

Os resultados apontam a ocorrência de 48 espécies e quatro variedades, 26 gêneros, distribuídas em 15 famílias.

Listagem das pteridófitas ocorrentes em florestas inundáveis do Município de Santa Isabel do Rio Negro:

ASPLENIACEAE

Aspleniumangustum Sw.

Col.: Freitas et al. 724, 733

Distribuição: Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Peru e Brasil (Smith 1995a; Costa et al. 1999).

Aspleniumjuglandifolium Lam.

Col.: Freitas et al. 698

Distribuição: Sudeste do México até o Panamá, Grandes Antilhas, Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e Brasil (Adams 1995; Costa et al. 1999).

Aspleniumserratum L.

Col.: Freitas et al. 661, 665, 672, 679, 696, 697

Distribuição: Florida, sudeste do México, Mesoamérica, Antilhas, Trinidad, Tobago, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador (Galápagos), Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil (Adams 1995; Costa et al. 1999).

BLECHNACEAE

Salpichlaenahookeriana (O. Kuntze) Alston

Col.: Freitas et al. 658, 678

Distribuição: Peru, Brasil e, provavelmente, em países vizinhos em vegetação Amazônica (Smith 1995b; Costa et al. 1999).

DAVALLIACEAE

Nephrolepsisrivularis (Vahl) Ching

Col.: Freitas et al. 723

Distribuição: Sul do México, Pequenas e Grandes Antilhas, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e Brasil (Nauman 1995; Costa et al. 1999).

DENNSTAEDTIACEAE

Lindsaeadubia Spreng.

Col.: Freitas et al. 685

Distribuição: Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e norte do Brasil (Cremers & Kramer 1991).

Lindsaealancea (L.) Bedd. var. falcata (Dryand.) Rosenst.

Col.: Freitas et al. 682

Distribuição: Panamá, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Bolívia e Brasil (Cremers & Kramer 1991; Costa et al. 1999).

Lindsaealancea (L.) Bedd. var. lancea

Col.: Freitas et al. 657, 662, 675, 681, 705

Distribuição: América Central, Antilhas, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Brasil (Cremers & Kramer 1991; Costa et al. 1999).

Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon

Col.: Freitas et al. 659

Distribuição: México, Mesoamérica, Antilhas, Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, norte da Argentina e Brasil (Moran 1995a; Costa et al. 1999).

DRYOPTERIDACEAE

Cyclodiummeniscioides (Willd.) C. Presl. var. meniscioides

Col.: Freitas et al. 667, 669, 690

Distribuição: Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil (Smith 1995c; Costa et al. 1999).

Polybotryacaudata Kunze

Col.: Freitas et al. 700

Distribuição: México, Guiana Francesa, Bolívia e Brasil (Moran 1987).

Polybotryaosmundacea Willd.

Col.: Freitas et al. 691

Distribuição: Sul do México, Mesoamérica, Pequenas e Grandes Antilhas, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e norte do Brasil (Moran 1987; Costa et al. 1999).

HYMENOPHYLLACEAE

Trichomanesankersii Parker

Col.: Freitas et al. 664

Distribuição: Costa Rica, Bolívia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e norte do Brasil (Pacheco 1995; Costa et al. 1999).

Trichomanesarbuscula Desv.

Col.: Freitas et al. 655

Distribuição: Jamaica, Trinidad, Venezuela, Guiana Francesa e Brasil (Smith 1995d; Costa et al. 1999).

Trichomanesmartiusii C. Presl.

Col.: Freitas et al. 674

Distribuição: Colômbia, Venezuela, Guianas, Suriname Peru e Brasil (Smith 1995d; Costa et al. 1999).

Trichomanespinnatum Hedw.

Col.: Freitas et al. 663, 680, 743

Distribuição: México, Mesoamérica, Antilhas, Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e Brasil (Pacheco 1995; Costa et al. 1999).

Trichomanestuerckheimii Christ

Col.: Freitas et al. 702

Distribuição: México, Guatemala, Belize, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Suriname, Peru e Brasil (Pacheco 1995; Costa et al. 1999).

LOMARIOPSIDACEAE

Elaphoglossumflaccidum (Fée) T. Moore

Col.: Freitas et al. 706

Distribuição: Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Peru, Bolívia e Brasil (Mickel 1995; Costa et al. 1999).

Elaphoglossumglabellum J. Sm.

Col.: Freitas et al. 666, 676

Distribuição: México, Costa Rica, Panamá, Antilhas, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e Brasil (Mickel 1995; Costa et al. 1999).

Elaphloglossumplumosum (Fée) T. Moore

Col.: Freitas et al. 677

Distribuição: Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru e Brasil (Mickel 1995; Costa et al. 1999).

Elaphoglossum sp.

Col.: Freitas et al. 673

Lomagrammaguianensis (Aubl.) Ching

Col.: Freitas et al. 670, 695,

Distribuição: Antilhas, Colômbia, Guianas, Bolívia, Argentina e Brasil (Smith 1995e).

LYCOPODIACEAE

Lycopodiellacernua (L.) Pic.Serm.

Col.: Freitas et al. 656

Distribuição: Amplamente distribuída em toda América tropical e subtropical (Øllgaard & Windisch 1987; Costa et al. 1999).

METAXYACEAE

Metaxyarostrata (Kunth) C. Presl

Col.: Freitas et al. 671, 686, 701

Distribuição: Sul do México, Mesoamérica, Antilhas, Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e Brasil (Riba 1995; Costa et al. 1999).

POLYPODIACEAE

Campyloneurumphyllitidis (L.) C. Presl

Col.: Freitas et al. 717

Distribuição: Florida, Mesoamérica, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Brasil (León 1995; Costa et al. 1999).

Campyloneurumrepens (Aubl.) C. Presl

Col.: Freitas et al. 725

Distribuição: México, Mesoamérica, Pequenas Antilhas, Guianas, Venezuela, Colômbia, Bolívia e Brasil (León 1995; Smith 1995f).

Dicranoglossumdesvauxii (Klotzsch) Proctor

Col.: Freitas et al. 708

Distribuição: Trinidad, Guiana, Guiana Francesa, Bolívia e Brasil (Smith 1995f; Costa et al. 1999).

Microgrammabaldwinii Brade

Col.: Freitas et al. 740

Distribuição: Colômbia, Venezuela, Peru e Brasil (Smith 1995f; Costa et al. 1999).

Microgrammamegalophylla (Desv.) de la Sota

Col.: Freitas et al. 703, 653, 654b, 716; 739

Distribuição: Venezuela, Guiana, Peru e Brasil (Smith 1995f).

Microgrammapercussa (Cav.) de la Sota

Col.: Freitas et al. 707, 734

Distribuição: Sudeste do México, Panamá, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, sul da Bolívia e Brasil (Smith 1995f).

Microgrammathurnii (Baker) R.M. Tryon

Col.: Freitas et al. 711

Distribuição: Venezuela, Guiana, Colômbia, Peru e Brasil (Smith 1995f; Costa et al. 1999).

Phlebodiumdecumanum (Willd.) J. Sm.

Col.: Freitas et al. 693, 722, 726

Distribuição: Mesoamérica, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Brasil (Moran 1995b).

Polypodiumbombycinum Maxon

Col.: Freitas et al. 654a, 704, 720, 721

Distribuição: Colômbia, Venezuela, Guiana, Equador, Peru e Brasil (Smith 1995f; Costa et al. 1999).

PTERIDACEAE

Adiantumcajennense Willd. ex Klotzsch

Col.: Freitas et al. 712, 742

Distribuição: Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador Bolívia e Brasil (Smith 1995g; Costa et al. 1999).

Adiantumlatifolium Lam.

Col.: Freitas et al. 692

Distribuição: Sul do México, Mesoamérica, Antilhas, Trinidad, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Brasil (Jermy 1995).

Adiantumparaense Hieron.

Col.: Freitas et al. 684, 709

Distribuição: Venezuela, Bolívia e Brasil (Costa et al. 1999, citado como Adiantum amazonicum A.R. Sm.).

Adiantumtomentosum Klotzsch

Col.: Freitas et al. 687, 688, 741

Distribuição: Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Peru e Brasil (Smith 1995g; Costa et al. 1999).

Adiantum sp.

Col.: Freitas et al. 719

Pityrogrammacalomelanos (L.) Link var. calomelanos

Col.: Freitas et al. 710

Distribuição: Sul da Florida, México, Mesoamérica, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil (Moran 1995c; Costa et al. 1999).

SCHIZAEACEAE

39. Actinostachys pennula (Sw.) Hook.

Col.: Freitas et al. 714, 731, 735

Distribuição: Costa Rica, Pequenas Antilhas, Porto Rico, Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Uruguai e Brasil (Riba & Pacheco 1995a; Costa et al. 1999).

Lygodiumvolubile Sw.

Col.: Freitas et al. 699

Distribuição: México, Mesoamérica, Pequenas e Grandes Antilhas, Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Brasil (Moran 1995d).

Schizaeaelegans (Vahl) Sw.

Col.: Freitas et al. 729, 738

Distribuição: México, Mesoamérica, Pequenas e Grandes Antilhas, Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Brasil (Riba & Pacheco 1995b; Costa et al. 1999).

Schizaeastricta Lellinger

Col.: Freitas et al. 730, 737

Distribuição: Colômbia, Venezuela, Guiana e norte do Brasil (Costa et al. 1999).

SELAGINELLACEAE

Selaginellaasperula Spring

Col.: Freitas et al. 652, 718, 727

Distribuição: Colômbia, Venezuela, Peru, Bolívia e Brasil (Alston et al. 1981; Costa et al. 1999).

Selaginellaconduplicata Spring

Col.: Freitas et al. 728, 732

Distribuição: Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Colômbia e Brasil (Alston et al. 1981; Costa et al. 1999).

Selaginellapedata Klotzsch

Col.: Freitas et al. 660, 683

Distribuição: Venezuela, Guiana, Suriname e Brasil (Alston et al. 1981; Costa et al. 1999).

TECTARIACEAE

Triplophyllumdicksonioides (Fée) Holttum

Col.: Freitas et al. 668, 744

Distribuição: Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Peru e norte do Brasil (Smith 1995h; Costa et al. 1999).

VITTARIACEAE

Hecistopterispumila (Spreng.) J. Sm.

Col.: Freitas et al. 713

Distribuição: Sul do México, Mesoamérica, Pequenas e Grandes Antilhas, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e Brasil (Moran 1995e; Costa et al. 1999).

Polytaeniumcajenense (Desv.) Benedict

Col.: Freitas et al. 694

Distribuição: Sul do México, Mesoamérica, Grandes Antilhas, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e Brasil (Smith 1995i, citado como Antrophyum cajenense (Desv.) Spreng.).

As famílias com maior número de espécies foram: Polypodiaceae com nove espécies (19% do total), Hymenophyllaceae e Pteridaceae com cinco espécies cada (10%), Dennstaedtiaceae, Lomariopsidaceae e Schizaeaceae com quatro espécies cada (8%), Selaginellaceae, Aspleniaceae e Dryopteridaceae com três espécies cada (6%), Vittariaceae com duas espécies (4%), e Lycopodiaceae, Blechnaceae, Davalliaceae, Metaxyaceae e Tectariaceae com uma espécie cada (2%) (Fig. 1).

A família com maior número de gêneros é Polypodiaceae com cinco gêneros (19,2%), seguida de Schizaeaceae com três gêneros (11,5%) e as demais com um ou dois gêneros cada.

Considerando-se a classificação fisionômica dos tipos de vegetação da Amazônia proposto por Prance (1987), as florestas inundáveis representam (8,4%) destas formações, onde uma grande parte desse gradiente vegetacional permanece periodicamente inundada (sub-bosque) e outra permanentemente inundada (igapó). Em relação as pteridófitas, o ambiente de sub-bosque apresenta uma maior diversidade florística do que a encontrada em ambiente de igapó, entretanto várias espécies epífitas são comuns aos dois tipos de ambientes, principalmente as espécies dos gêneros: Asplenium, Hecistopteris, Microgramma, Nephrolepis e Polypodium (Tab. 1).

Quanto ao hábito de crescimento foram constatados três formas, no presente estudo: plantas epífitas, hemiepífitas e terrestres. Aproximadamente 50% das espécies estudadas possuem o hábito epifítico, fato que é plenamente explicado, uma vez que parte do solo da região permanece alagada por boa parte do ano no período de chuvas, que vai de dezembro a junho. Cinco espécies possuem o hábito hemiepifítico e o restante das espécies são terrestres.

Os resultados obtidos neste trabalho são pioneiros para o extremo norte do Brasil, tendo-se em vista a carência de levantamentos florísticos e o difícil acesso à região.

Recebido em 01/07/2004. Aceito em 27/10/2004

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Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  25 Out 2005
• Data do Fascículo
  Jun 2005

Histórico

• Recebido
  01 Jul 2004
• Aceito
  27 Out 2004