Acessibilidade / Reportar erro

A note on the seasonally shifting zone of high primary production in the Bay of Marajó, Pará, Brazil, 1983-1984

Uma série de 18 travessias, em intervalos mensais ou bimensais, na baía do Marajó nos anos 1983-1985, a fim de medir os parâmetros físico-químicos e coletar plancton, contribuiu para nosso conhecimento das condições hidrocinéticas e limnológicas durante o ciclo anual de vazão alta e baixa dos rios e das marés. Devido à diferença de vazão entre a cheia e a seca no rio Tocantins ser maior que no rio Amazonas, a entrada de água salobra na baía do Marajó é mais extensa que na foz do rio Amazonas. No período de seca há indícios de água marinha até 90 km na montante no rio Guamá. A turbidez das águas do estuário interno impede a penetração de luz, resultando em falta de produção primária, apesar dos amplos nutrientes. Na zona de encontro das águas túrbidas com as salobras (com salinidade de 2 a 4%), a matéria em suspensão agrega-se em flocos maiores que se sedimentam, o que aumenta a claridade da água (visibilidade de até 200 cm). A água nesta zona torna-se verde devido à produção de fitoplâcton, sendo que 90% dessa biomassa é constituída da diatomácea marinha Coscinodiscus. Coincidentemente, nota-se grande diminuição no teor de sílica e de outros nutrientes. Durante o período de vazão baixa, a zona de alta produtividade se encontra fora da baía do Marajó, nas águas de plataforma continental.

Limnology; Amazon Estuary; Tidal Rivers; Estuary Hydrodynamics; Phytoplankton


Sociedade Botânica do Brasil SCLN 307 - Bloco B - Sala 218 - Ed. Constrol Center Asa Norte CEP: 70746-520 Brasília/DF. - Alta Floresta - MT - Brazil
E-mail: acta@botanica.org.br