Este estudo objetivou determinar a distribuição espacial das espécies arbóreas mais abundantes num remanescente florestal e avaliar relações que possam ser responsáveis por estas distribuições, bem como comparar a riqueza específica esperada ao longo da formação Serra Geral no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Uma parcela de 1 hectare, subdividida em 100 unidades amostrais contíguas foi instalada e todos os indivíduos com pelo menos 4,8 cm de diâmetro à altura do peito foram medidos e identificados. Cada unidade amostral recebeu uma descrição de sua posição espacial por meio de coordenadas (x,y) para quantificar o padrão espacial e posteriormente aplicar um índice de associação para as espécies amostradas. A riqueza específica foi comparada a outros levantamentos realizados na região da encosta da Serra Geral do estado do Rio Grande do Sul por meio de rarefação. Foram amostrados 1.063 indivíduos distribuídos em 69 espécies e 33 famílias. A diversidade especifica foi de 3,35 nats (equitatividade Pielou - J' = 0,79) e a maioria das espécies apresentou distribuição agregada. Padrões de associação e dissociação foram encontrados entre as espécies, demonstrando diferentes grupos florestais. Foi observado que existe um decréscimo de espécies Atlânticas no sentido leste para oeste na formação Serra Geral, sendo substituídas por espécies da floresta estacional.
Rarefação; métricas de diversidade; associação espacial; agregação
