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Transição epidemiológica da mortalidade por doenças circulatórias no Brasil

Resumos

FUNDAMENTO: As doenças circulatórias (DC) são as principais causas de morte no Brasil, com predomínio das doenças cerebrovasculares (DCbV). Nos países desenvolvidos, predominam as doenças isquêmicas do coração (DIC). OBJETIVO: Analisar a relação entre DCbV/DIC em homens e mulheres a partir de 30 anos. MÉTODOS: As estimativas da população e os dados de mortalidade para DC, DIC e DCbV foram obtidos do Ministério da Saúde para o período entre 1980 e 2005. O risco de morte por DIC e DCbV por 100.000 habitantes e a relação entre DCbV/DIC foram analisados nas faixas etárias decenais a partir de 30 anos. O risco de morte foi ajustado pelo método direto, usando como população padrão a população mundial de 1960. RESULTADOS: Observou-se aumento exponencial do risco de morte por DIC e DCbV, com o aumento da faixa etária. DCbV foi a principal causa de morte no Brasil até 1996, quando passou a predominar a DIC. Foi observada redução de 33,25% no risco de morte por DC na população brasileira. Na região metropolitana de São Paulo, houve uma diminuição de 45,44%, entre 1980 e 2005. A relação DCbV/DIC foi maior nas mulheres mais jovens: de 2,53 em 1980 e 2,04 em 2005 para a população brasileira, e de 2,76 em 1980 e 1,96 em 2005 na região metropolitana de São Paulo, com decréscimo nas faixas etárias subsequentes. Nos homens, a relação DCbV/DIC foi próximo de <1 para todas as faixas etárias. CONCLUSÃO: Observou-se, no Brasil, uma transição do risco de morte por DC, com predomínio atual das DIC.

Isquemia encefálica; Isquemia encefálica; isquemia miocárdica; isquemia miocárdica; população urbana; São Paulo; Brasil


FUNDAMENTO: Las enfermedades circulatorias (EC) son las principales causas de muerte en Brasil, con el predominio de las enfermedades cerebrovasculares (ECbV). En los países desarrollados predominan las enfermedades isquémicas del corazón (EIC). OBJETIVO: Analizar la relación entre ECbV/EIC en varones y mujeres a partir de 30 años. MÉTODOS: Se obtuvieron en el Ministério de la Salud las estimaciones de la población y los datos de mortalidad para EC, EIC y ECbV para el periodo entre 1980 y 2005. Se analizaron el riesgo de muerte por EIC y ECbV por 100.000 habitantes y la relación entre ECbV/EIC en los grupos de edad decenales a partir de 30 años. Se ajustó el riesgo de muerte por el método directo, usándose como población estándar la población mundial de 1960. RESULTADOS: Se observó un aumento exponencial del riesgo de muerte por EIC y ECbV, con el aumento del grupo de edad. La ECbV fue la principal causa de muerte en Brasil hasta 1996, cuando pasó a predominar la EIC. Se observó una reducción del 33,25% en el riesgo de muerte por EC en la población brasileña. En la región metropolitana de São Paulo, hubo una disminución del 45,44% entre 1980 y 2005. La relación ECbV/EIC fue mayor en las mujeres más jóvenes: del 2,53% en 1980 y del 2,04% en 2005 para la población brasileña, y del 2,76% en 1980 y del 1,96% en 2005 en la región metropolitana de São Paulo, con reducción en los grupos de edad subsiguientes. En los varones, la relación ECbV/EIC fue cerca de <1 para todas los grupos de edad. CONCLUSIÓN: Se observó en Brasil una transición del riesgo de muerte por EC con predominio actual de las EIC.

Isquemia encefálica; Isquemia encefálica; isquemia miocárdica; isquemia miocárdica; población urbana; São Paulo; Brasil


BACKGROUND: Circulatory diseases (CD) are the major cause of death in Brazil, being cerebrovascular diseases (CVD) predominant. In developed countries ischemic heart diseases (IHD) predominate. OBJECTIVE: The objective of the present study was to investigate the ratio between cerebrovascular diseases/ischemic heart diseases (CVD/IHD) in males and females who were 30 years of age and older. METHODS: Population estimates and mortality data for CD, IHD and CVD were provided by the Ministry of Health for the period between 1980 and 2005. The risk of death from IHD and CVD per 100,000 Brazilians and CVD/IHD ratio were analyzed in 10-year age ranges as of 30 years of age. The risk of death was adjusted by direct method by using 1960 world population as the standard population. RESULTS: It was observed that the risk of death from IHD and CVD increased exponentially as age advanced. CVD was the major cause of death in Brazil until 1996, when IHD took the lead. In the period between 1980 and 2005 a 33.25% reduction in death risk from CD was observed in the Brazilian population. In that same period, the metropolitan area of the capital city of São Paulo reported a 45.44% reduction. The CVD/IHD ratio was shown to be higher among younger women - from 2.53 in 1980 down to 2.04 in 2005 in the Brazilian population, and from 2.76 in 1980 down to 1.96 in the metropolitan area of the capital city of São Paulo, with decreasing figures for subsequent age ranges. Among males, the CVD/IHD ratio was close to < 1 in all age ranges. CONCLUSION: A transition in death risk from CD could be observed in Brazil, with current predominance of IHD.

Brain ischemia; myocardial ischemia; mortality; urban population; São Paulo; Brazil


ARTIGO ORIGINAL

EPIDEMIOLOGIA

Transição epidemiológica da mortalidade por doenças circulatórias no Brasil

Antonio de Padua Mansur; Adriano Ibrahim A. Lopes; Desidério Favarato; Solange Desirée Avakian; Luíz Antonio M. César; José Antonio F. Ramires

Instituto do Coração (InCor) - HCFMUSP - São Paulo, SP - Brasil

Correspondência Correspondência: Antônio de Padua Mansur Av. Dr. Enéas C. Aguiar, 44 - Cerqueira César São Paulo, SP - Brasil E-mail: pmansur@cardiol.br, corantonio@incor.usp.br

RESUMO

FUNDAMENTO: As doenças circulatórias (DC) são as principais causas de morte no Brasil, com predomínio das doenças cerebrovasculares (DCbV). Nos países desenvolvidos, predominam as doenças isquêmicas do coração (DIC).

OBJETIVO: Analisar a relação entre DCbV/DIC em homens e mulheres a partir de 30 anos.

MÉTODOS: As estimativas da população e os dados de mortalidade para DC, DIC e DCbV foram obtidos do Ministério da Saúde para o período entre 1980 e 2005. O risco de morte por DIC e DCbV por 100.000 habitantes e a relação entre DCbV/DIC foram analisados nas faixas etárias decenais a partir de 30 anos. O risco de morte foi ajustado pelo método direto, usando como população padrão a população mundial de 1960.

RESULTADOS: Observou-se aumento exponencial do risco de morte por DIC e DCbV, com o aumento da faixa etária. DCbV foi a principal causa de morte no Brasil até 1996, quando passou a predominar a DIC. Foi observada redução de 33,25% no risco de morte por DC na população brasileira. Na região metropolitana de São Paulo, houve uma diminuição de 45,44%, entre 1980 e 2005. A relação DCbV/DIC foi maior nas mulheres mais jovens: de 2,53 em 1980 e 2,04 em 2005 para a população brasileira, e de 2,76 em 1980 e 1,96 em 2005 na região metropolitana de São Paulo, com decréscimo nas faixas etárias subsequentes. Nos homens, a relação DCbV/DIC foi próximo de <1 para todas as faixas etárias.

CONCLUSÃO: Observou-se, no Brasil, uma transição do risco de morte por DC, com predomínio atual das DIC.

Palavras chave: Isquemia encefálica/mortalidade/epidemiologia, isquemia miocárdica/mortalidade/epidemiologia, população urbana, São Paulo, Brasil.

Introdução

As doenças circulatórias (DC) são as principais causas de morte no Brasil. Desde 1980, vêm sendo observada uma redução da mortalidade por estas doenças1. A redução foi maior nas regiões Sudeste e Sul, as mais desenvolvidas do país, e para as faixas etárias acima de 60 anos2. Dentre as DC, destacam-se as doenças isquêmicas do coração (DIC) e as doenças cerebrovasculares (DCbV). As DIC são as principais causas de morte nos países desenvolvidos, enquanto as DCbV são importantes causas de morte nos países em desenvolvimento, como os do Leste Europeu3. No Brasil, a mortalidade por DC é maior nos homens. Nestes, o risco de morte por DIC e DCbV é semelhante. Nas mulheres, as DCbV matam mais que as DIC. Contudo, nas mulheres das regiões mais desenvolvidas do Brasil, predomina a mortalidade por DIC4. Os objetivos deste estudo foram analisar, de 1980 a 2005, a tendência do risco de morte por DC, DIC e DCbV na população brasileira em geral, assim como na população da região metropolitana de São Paulo, além da razão entre DIC e DCbV.

Métodos

Foram analisadas a mortalidade por DC na população brasileira (país em desenvolvimento) e na população da região metropolitana de São Paulo, selecionada como representante de um país desenvolvido por ser uma das regiões mais desenvolvidas do Brasil. As estimativas da população e os dados de mortalidade para DC, DIC e DCbV foram obtidos do Ministério da Saúde para o período entre 1980 e 2005. As estimativas da população foram obtidas dos censos de 1980, 1991 e 2000; da contagem de 1996; e das projeções intercensitárias de 1981 a 2005. Os óbitos, de 1980 a 1995, foram classificados de acordo com a 9ª Conferência de Revisão da Classificação Internacional de Doenças de 1975 (CID-9) e adotada pela 20ª Assembléia Mundial da Saúde. As DC estão agrupadas nos códigos 390 a 459; a DIC, códigos 410 a 414; e DCbV, códigos 430 a 438 do CID-9 para a população brasileira nos anos de 1979 a 1995. A mortalidade entre os anos de 1996 a 2005 foi classificada pela 10ª Conferência de Revisão (CID-10). As DC estão agrupadas nos códigos I10 a I82.9; as DIC, códigos I20 a I25; e as DCbV nos códigos I60 a I69. Os dados de mortalidade por 100.000 habitantes foram analisados na população geral, em homens e mulheres, com idade igual ou superior a 30 anos. A razão entre DCbV e DIC, nos homens e mulheres em faixas decenais a partir de 30 anos, foi posteriormente calculada a cada cinco anos, entre 1980 e 2005. O risco de morte foi ajustado pelo método direto, usando como população padrão a população mundial de 19605.

Resultados

As tendências do risco de morte por DC, DIC e DCbV, em homens e mulheres da população brasileira e da região metropolitana de São Paulo de 1980 a 2005, encontram-se na Tabela 1. No Brasil, de 1980 a 2005, observou-se significativa redução da mortalidade por: DC (-33,25%); DC nos homens (-32,37%); DC nas mulheres (-34,46%);DIC nos homens (-31,32%); DIC nas mulheres (-29,23%); DCbV nos homens (-33,38%); e DCbV nas mulheres (-38,30%). Na região metropolitana de São Paulo, de 1980 a 2005, observou-se significativa redução da mortalidade por: DC (-45,44%); DC nos homens (-41,65%); DC nas mulheres (-51,40%); DIC nos homens (-39,49%); DIC nas mulheres (-46,59%); DCbV nos homens (-44,96%); e DCbV nas mulheres (-56,75%). A análise por faixas etárias decenais, a partir de 30 anos, mostrou redução significativa da mortalidade por DCbV e DIC no Brasil e na região metropolitana de São Paulo. No Brasil, a redução da mortalidade por DCbV variou de 25,65% a 59,22% e por DIC, de 14,22% a 48,29%. Na região metropolitana de São Paulo, a redução da mortalidade por DCbV variou de 16,65% a 69,84% e por, DIC de 12,01% a 54,07% (Tabela 2). A razão entre DCbV/DIC foi maior nas faixas etárias mais jovens. Nas mulheres da população brasileira, a razão sempre foi maior que 1, reduzindo gradativamente com o aumento da faixa etária e entre 1980 e 2005. Nos homens, a razão foi próxima a 1 para todas as faixas etárias e anos analisados (Tabela 3). Nas mulheres da região metropolitana de São Paulo, a razão DCbV/DIC foi maior que 1 nas faixas etárias mais jovens, porém menor que 1 a partir de 1990 e na faixa etária acima de 50 a 59 anos (Tabela 3).

Discussão

Este estudo mostrou uma redução significativa da mortalidade por DC no Brasil e na região metropolitana de São Paulo. A DCbV foi a principal causa de morte nas mulheres na população brasileira, enquanto a mortalidade por DIC predominou nos homens em geral e nas mulheres da região metropolitana de São Paulo. A distribuição da mortalidade por DCbV e DIC no Brasil foi semelhante à observada na maioria dos países em desenvolvimento, com grande participação da mortalidade por DCbV, enquanto na região metropolitana de São Paulo predominou a DIC, semelhante ao observado na maioria dos países desenvolvidos6,7. Nos EUA, em 2004, as DIC foram responsáveis por 52% das mortes por DC e as DCbV por 17%. Porém, nos países em desenvolvimento, observa-se importante participação das DCbV8. Este resultado reflete o inadequado controle dos fatores de risco para DC, em especial da hipertensão arterial sistêmica (HAS). Sabe-se que a HAS é o fator de risco mais prevalente na população brasileira e nas camadas menos favorecidas da população9. As condições socioeconômicas e as dificuldades em ter acesso à saúde expõem estes indivíduos a um maior risco de morte por DCbV10. André e cols.11 observaram uma redução da mortalidade por DCbV, de 1980 a 2002 - maior que 50% na maioria das regiões do Brasil, com exceção da região Nordeste, onde houve uma queda de 41%. Esta redução foi comparável às observadas em países como EUA e Canadá, e pode ser resultado de melhorias das políticas de saúde pública11. Apesar da queda na mortalidade, o conhecimento dos sinais, sintomas e tratamento das DCbV é limitado em nossa população, melhorando nos indivíduos com maior escolaridade12. Esta mudança reflete a transição epidemiológica da mortalidade por doenças cardiovasculares (DAC) observada no Brasil no final dos anos de 1990. Este estudo mostrou que no Brasil, entre os homens, predominava a mortalidade por DCbV mas, a partir de 1996, houve um predomínio da mortalidade por DIC. Em contrapartida, entre as mulheres, a DCbV sempre foi a principal causa de morte. Devido à heterogeneidade do risco de morte por DC nas regiões do Brasil2, a região metropolitana de São Paulo foi selecionada como representante da região mais desenvolvida do país, do ponto de vista socioeconômico. Nesta cidade, a mortalidade por DIC foi sempre maior que por DCbV, padrão semelhante ao observado nos países mais desenvolvidos. Este resultado pode estar relacionado ao maior, mas ainda limitado acesso da população da cidade ao tratamento para controle da HAS, principal fator de risco para as DCbV. Os dados de mortalidade do sistema de informação do Ministério da Saúde apresentam problemas, tais como erros de diagnóstico, preenchimento inadequado de declarações de óbito, existência de uma proporção de mortes que não têm causa esclarecida e erros na digitação. Estudos de validação das informações de mortalidade não existem para a maioria dos estados e cidades do país. Porém, um indicador indireto da qualidade do dado é a proporção de atestados de óbito com o diagnóstico da causa da morte (como sintomas, sinais e afecções) mal definido, ainda significativo na maioria das cidades brasileiras das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, mas não significativo nas regiões Sul e Sudeste. Este diagnóstico também não é significativo na região metropolitana de São Paulo.

Conclusão

Este estudo teve como objetivo mostrar uma transição epidemiológica da mortalidade por DC no Brasil na última década, com o atual predomínio das DIC. As causas destas mudanças são desconhecidas.

Potencial Conflito de Interesses

Declaro não haver conflito de interesses pertinentes.

Fontes de Financiamento

O presente estudo não teve fontes de financiamento externas.

Vinculação Acadêmica

Não há vinculação deste estudo a programas de pós-graduação.

Artigo enviado em 07/08/08; revisado recebido em 03/11/08; aceito em 22/12/08.

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  • Correspondência:
    Antônio de Padua Mansur
    Av. Dr. Enéas C. Aguiar, 44 - Cerqueira César
    São Paulo, SP - Brasil
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Jan 2010
    • Data do Fascículo
      Nov 2009

    Histórico

    • Aceito
      22 Dez 2008
    • Revisado
      03 Nov 2008
    • Recebido
      07 Ago 2008
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