Acessibilidade / Reportar erro

Endocardite Infecciosa em Idosos: Características Distintas

Endocardite; Idoso; Comorbidade; Mortalidade; Cirurgia Torácica

Introdução

A endocardite infecciosa (EI) é uma doença grave, com mortalidade intra-hospitalar média de 20%.11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Estatísticas Sociais. Projeção da população 2018: número de habitantes do país deve parar de cresce em 2047 [Internet]. Rio de Janeiro: Agência de Notícias IBGE; c2021 [cited 2021 Aug 31]. Available from: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21837-projecao-da-populacao-2018-numero-de-habitantes-do-pais-deve-parar-de-crescer-em-2047.
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/ag...

2. Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, Fowler VG Jr, Tleyjeh IM, Rybak MJ, et al. Infective Endocarditis in Adults: Diagnosis, Antimicrobial Therapy, and Management of Complications: A Scientific Statement for Healthcare Professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015;132(15):1435-86. doi: 10.1161/CIR.0000000000000296.
- 33. Ursi MP, Durante-Mangoni E, Rajani R, Hancock J, Chambers JB, Prendergast B. Infective Endocarditis in the Elderly: Diagnostic and Treatment Options. Drugs Aging. 2019;36(2):115-24. doi: 10.1007/s40266-018-0614-7. Apresenta incidência crescente, com destaque para o aumento de sua prevalência na população idosa.44. Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095.

5. Bassetti M, Venturini S, Crapis M, Ansaldi F, Orsi A, Della Mattia A, et al. Infective Endocarditis in Elderly: An Italian Prospective Multi-Center Observational Study. Int J Cardiol. 2014;177(2):636-8. doi: 10.1016/j.ijcard.2014.09.184.

6. Oliver L, Lavoute C, Giorgi R, Salaun E, Hubert S, Casalta JP, et al. Infective Endocarditis in Octogenarians. Heart. 2017;103(20):1602-9. doi: 10.1136/heartjnl-2016-310853.

7. Dhawan VK. Infective Endocarditis in Elderly Patients. Clin Infect Dis. 2002;34(6):806-12. doi: 10.1086/339045.

8. Selton-Suty C, Célard M, Le Moing V, Doco-Lecompte T, Chirouze C, Iung B, et al. Preeminence of Staphylococcus Aureus in Infective Endocarditis: A 1-year Population-Based Survey. Clin Infect Dis. 2012;54(9):1230-9. doi: 10.1093/cid/cis199.
- 99. Slipczuk L, Codolosa JN, Davila CD, Romero-Corral A, Yun J, Pressman GS, et al. Infective Endocarditis Epidemiology Over Five Decades: A Systematic Review. PLoS One. 2013;8(12):e82665. doi: 10.1371/journal.pone.0082665. Em pacientes da terceira idade com EI, existem diferenças quanto a apresentação clínica, complicações, presença de comorbidades, abordagem terapêutica e mortalidade.44. Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095. , 1010. Faulkner CM, Cox HL, Williamson JC. Unique Aspects of Antimicrobial Use in Older Adults. Clin Infect Dis. 2005;40(7):997-1004. doi: 10.1086/428125.

11. Wu Z, Chen Y, Xiao T, Niu T, Shi Q, Xiao Y. The Clinical Features and Prognosis of Infective Endocarditis in the Elderly from 2007 to 2016 in a Tertiary Hospital in China. BMC Infect Dis. 2019;19(1):937. doi: 10.1186/s12879-019-4546-6.

12. Ramírez-Duque N, García-Cabrera E, Ivanova-Georgieva R, Noureddine M, Lomas JM, Hidalgo-Tenorio C, et al. Surgical Treatment for Infective Endocarditis in Elderly Patients. J Infect. 2011;63(2):131-8. doi: 10.1016/j.jinf.2011.05.021.
- 1313. Baddour LM, Epstein AE, Erickson CC, Knight BP, Levison ME, Lockhart PB, et al. Update on Cardiovascular Implantable Electronic Device Infections and their Management: A Scientific Statement from the American Heart Association. Circulation. 2010;121(3):458-77. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.109.192665. Diretrizes de EI não abordam especificamente idosos e não está claro até que ponto elas podem ser utilizadas de maneira adequada nesses pacientes.22. Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, Fowler VG Jr, Tleyjeh IM, Rybak MJ, et al. Infective Endocarditis in Adults: Diagnosis, Antimicrobial Therapy, and Management of Complications: A Scientific Statement for Healthcare Professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015;132(15):1435-86. doi: 10.1161/CIR.0000000000000296. , 1414. Gould FK, Denning DW, Elliott TS, Foweraker J, Perry JD, Prendergast BD, et al. Guidelines for the Diagnosis and Antibiotic Treatment of Endocarditis in Adults: A Report of the Working Party of the British Society for Antimicrobial Chemotherapy. J Antimicrob Chemother. 2012;67(2):269-89. doi: 10.1093/jac/dkr450. , 1515. Habib G, Lancellotti P, Antunes MJ, Bongiorni MG, Casalta JP, Del Zotti F, et al. 2015 ESC Guidelines for the Management of Infective Endocarditis: The Task Force for the Management of Infective Endocarditis of the European Society of Cardiology (ESC). Endorsed by: European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS), the European Association of Nuclear Medicine (EANM). Eur Heart J. 2015;36(44):3075-128. doi: 10.1093/eurheartj/ehv319. A população idosa claramente beneficiou-se do progresso médico, com técnicas diagnóstico-terapêuticas que influenciam no aumento da expectativa de vida e em procedimentos menos invasivos.1010. Faulkner CM, Cox HL, Williamson JC. Unique Aspects of Antimicrobial Use in Older Adults. Clin Infect Dis. 2005;40(7):997-1004. doi: 10.1086/428125. Um exemplo é o implante de válvula aórtica transcateter na abordagem de doenças da valva aórtica.1515. Habib G, Lancellotti P, Antunes MJ, Bongiorni MG, Casalta JP, Del Zotti F, et al. 2015 ESC Guidelines for the Management of Infective Endocarditis: The Task Force for the Management of Infective Endocarditis of the European Society of Cardiology (ESC). Endorsed by: European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS), the European Association of Nuclear Medicine (EANM). Eur Heart J. 2015;36(44):3075-128. doi: 10.1093/eurheartj/ehv319. No entanto, esses procedimentos, em conjunto com o implante crescente de dispositivos eletrônicos cardiovasculares (DEC), contribuem para infecções como a EI. Encontram-se comorbidades em mais da metade de idosos, com consequente necessidade de cuidados prolongados de profissionais da saúde, o que aumenta a probabilidade de aquisição da EI.33. Ursi MP, Durante-Mangoni E, Rajani R, Hancock J, Chambers JB, Prendergast B. Infective Endocarditis in the Elderly: Diagnostic and Treatment Options. Drugs Aging. 2019;36(2):115-24. doi: 10.1007/s40266-018-0614-7. , 1616. Forestier E, Fraisse T, Roubaud-Baudron C, Selton-Suty C, Pagani L. Managing Infective Endocarditis in the Elderly: New Issues for an Old Disease. Clin Interv Aging. 2016;11:1199-206. doi: 10.2147/CIA.S101902. O diagnóstico de EI em idosos, frequentemente, é atrasado ou esquecido.33. Ursi MP, Durante-Mangoni E, Rajani R, Hancock J, Chambers JB, Prendergast B. Infective Endocarditis in the Elderly: Diagnostic and Treatment Options. Drugs Aging. 2019;36(2):115-24. doi: 10.1007/s40266-018-0614-7. As manifestações podem ser inespecíficas, atribuídas ao envelhecimento e outras condições. A febre pode estar ausente, havendo apenas confusão mental.1717. Remadi JP, Nadji G, Goissen T, Zomvuama NA, Sorel C, Tribouilloy C. Infective Endocarditis in Elderly Patients: Clinical Characteristics and Outcome. Eur J Cardiothorac Surg. 2009;35(1):123-9. doi: 10.1016/j.ejcts.2008.08.033. A EI pode se apresentar com complicações semelhantes a outras condições, como insuficiência cardíaca (IC), acidente vascular encefálico (AVE) ou embolia sistêmica atribuível a fibrilação atrial.33. Ursi MP, Durante-Mangoni E, Rajani R, Hancock J, Chambers JB, Prendergast B. Infective Endocarditis in the Elderly: Diagnostic and Treatment Options. Drugs Aging. 2019;36(2):115-24. doi: 10.1007/s40266-018-0614-7. , 1616. Forestier E, Fraisse T, Roubaud-Baudron C, Selton-Suty C, Pagani L. Managing Infective Endocarditis in the Elderly: New Issues for an Old Disease. Clin Interv Aging. 2016;11:1199-206. doi: 10.2147/CIA.S101902. No Brasil, apesar de uma população idosa crescente, até o momento não foi publicado nenhum artigo publicado a respeito de EI para esse grupo. O objetivo deste estudo é descrever o grupo de idosos em nossa coorte de EI em adultos e compará-los aos não idosos, ressaltando as diferenças entre os grupos.

Métodos

O local do estudo é um hospital público terciário especializado em cardiologia de alta complexidade, com cirurgia cardíaca in loco . O estudo é retrospectivo de pacientes idosos definidos como pelo Estatuto do Idoso do Brasil,1818. Brasil. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Estatuto do Idoso: Lei Federal no 10.741. Brasília, DF (Oct 1 2003). identificados na coorte de pacientes adultos com critério de EI definitiva pelos critérios modificados de Duke e conduzido pelo período de janeiro de 2006 a dezembro de 2019. As variáveis do estudo foram as incluídas em ficha de coleta de dados padrão ( case report form ) descritas previamente.44. Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095. A análise estatística foi realizada utilizando-se o programa Jamovi®, versão 1.2.2. Os dados foram expressos como frequências, médias ± desvio-padrão da média, mediana e intervalo interquartil. Para a análise bivariada, foram usados os testes do Qui-quadrado e Exato de Fisher. Para verificar a normalidade da distribuição, utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk. Os testes t de Student não pareado e o de Mann-Whitney foram utilizados para comparar as variáveis numéricas entre os grupos de interesse. O valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significante.

Resultados

Idosos corresponderam a 97 de 370 casos de EI (26,2%) no período. A idade média foi 68,8±6,3 anos; sexo masculino correspondeu a 73 casos (75,2%). A apresentação foi aguda, isto é, sinais e sintomas foram observados em menos de 1 mês de evolução, em 60% dos casos (57/95) e subaguda em 40% (38/95). A aquisição foi comunitária em 49 (50,5%), nosocomial em 37 (38,1%) e relacionada a saúde não nosocomial em 11 (11,3%). Microrganismos mais prevalentes foram enterococos 18 (25,7%). Entre 12 S. aureus isolados, 10 (83,3%) eram MRSA e, desses, 6 eram hospitalares e 4 comunitários. Hemoculturas foram negativas em 27,8% ( Figura 1 ). Ecocardiograma transesofágico foi positivo em 88/96 (91,6%), e transtorácico em 75/96 (78,1%). Achados mais encontrados foram insuficiência aórtica em 37/96 (38,5%) e mitral em 43/96 (44,7%); vegetações aórticas em 40/96 (41,6%), mitrais em 36/96 (37,5%), tricúspides em 9/96 (9,3%), e em DEC em 11/96 (11,4%). As comorbidades mais frequentes foram hipertensão arterial, insuficiência cardíaca (IC) e doença arterial coronariana ( Figura 2 ); cirurgia cardíaca (CC) prévia foi relatada em 50/97 (51,5%). Havia predisposição de valva nativa em 36/92 (39,1%), prótese valvar em 45/97 (46,4%) e EI prévia em 10/97 (10,7%). As complicações foram IC por insuficiência aórtica ou mitral 57/97 (58,7%), abscesso 24/97 (24,7%), deiscência paravalvar protética 7/45 (15,5%), e perfuração valvar 25/97 (25,7%). Fenômenos embólicos esplênicos ocorreram em 28/97 (28,8%) e cerebrais em 18/97 (18,5%).

Figura 1
Agentes identificados em hemoculturas de 97 casos de EI em idosos (2006-2019). Outros: 1 Granulicatella; 1 Trichosporon beigelii; 1 Bartonella henselae; 1 Listeria monocytogenes. ECN: estafilococos coagulase-negativos; BGN: bastonetes Gram negativos; HACEK: Haemophilus spp, Aggregatibacter spp, Cardiobacterium hominis, Eikenella corrodens, Kingella kingae.

Figura 2
Comorbidades mais frequentes nos 97 idosos com EI (2006-2019). HAS: hipertensão arterial sistêmica; IC: insuficiência cardíaca; DAC: doença arterial coronariana; DRC: doença renal crônica; DM: diabetes melito; DCV: doença cerebrovascular; DPOC: doença pulmonar obstrutiva crônica.

Dos 80 idosos com indicação cirúrgica (82,4%), 59 (73,7%) foram operados. A mortalidade hospitalar foi de 38 (39,1%); 22/59 (37%) morreram entre os que foram abordados cirurgicamente e 16/38 (42%) entre os que não foram.

Realizou-se uma análise comparativa utilizando dados de 359 pacientes adultos com EI de janeiro de 2006 a setembro de 2019 ( Tabela 1 ). Um total de 266 pacientes tinha idade < 60 anos, enquanto 93 pacientes (25,9%) tinha ≥ 60 anos. A proporção de homens entre idosos foi maior, assim como a evolução aguda e a EI hospitalar.

Tabela 1
– Comparação de características clínicas e laboratoriais, e desfechos entre idosos e não idosos com EI, realizada entre janeiro de 2006 e setembro de 2019

Quanto à clínica, pacientes idosos tiveram menos febre, sopro regurgitante novo, eventos embólicos, incluindo eventos para o sistema nervoso central, e menos esplenomegalia. Quanto a etiologia, idosos apresentaram enterococos com maior frequência, a estreptococos do grupo viridans em menor e frequência de S. aureus semelhante.

Idosos tiveram maior necessidade de ventilação mecânica e de inotrópicos antes da cirurgia. Não houve diferença quanto a insuficiência renal aguda, distúrbios de condução, embolização recorrente e abscessos. Não houve diferença na proporção de indicação cirúrgica entre idosos e NI. Idosos tiveram indicação cirúrgica em 81,7%, e foram operados em 66,3%; em comparação, dos 88,7% dos pacientes NI para os quais a cirurgia foi indicada, 84% foram operados. A indicação foi insuficiência ventricular secundária a regurgitação mitral ou aórtica aguda em 56,5% de idosos versus 63,4% de NI (p=0,243). Outras indicações cirúrgicas foram abscesso miocárdico/paravalvar em 21,5% de idosos versus 20% de NI (p=0,757); deiscência de prótese (6,5% versus 4,3%, respectivamente, p=0,409) e bacteremia persistente em 9% versus 4% de NI (p=0,062). A mortalidade foi mais que duas vezes maior em pacientes idosos ( Tabela 1 ).

Discussão

Este estudo é inédito no Brasil, por ter enfoque na EI em idosos. Mais de um quarto dos pacientes com EI em nossa coorte de adultos eram idosos. Em estudos de países desenvolvidos, nota-se aumento da proporção de idosos entre casos de EI.44. Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095.

5. Bassetti M, Venturini S, Crapis M, Ansaldi F, Orsi A, Della Mattia A, et al. Infective Endocarditis in Elderly: An Italian Prospective Multi-Center Observational Study. Int J Cardiol. 2014;177(2):636-8. doi: 10.1016/j.ijcard.2014.09.184.

6. Oliver L, Lavoute C, Giorgi R, Salaun E, Hubert S, Casalta JP, et al. Infective Endocarditis in Octogenarians. Heart. 2017;103(20):1602-9. doi: 10.1136/heartjnl-2016-310853.

7. Dhawan VK. Infective Endocarditis in Elderly Patients. Clin Infect Dis. 2002;34(6):806-12. doi: 10.1086/339045.

8. Selton-Suty C, Célard M, Le Moing V, Doco-Lecompte T, Chirouze C, Iung B, et al. Preeminence of Staphylococcus Aureus in Infective Endocarditis: A 1-year Population-Based Survey. Clin Infect Dis. 2012;54(9):1230-9. doi: 10.1093/cid/cis199.
- 99. Slipczuk L, Codolosa JN, Davila CD, Romero-Corral A, Yun J, Pressman GS, et al. Infective Endocarditis Epidemiology Over Five Decades: A Systematic Review. PLoS One. 2013;8(12):e82665. doi: 10.1371/journal.pone.0082665.

Verificou-se frequência menor de febre, novo sopro regurgitante e complicações embólicas entre os idosos, o que foi constatado em outras publicações,44. Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095. , 1212. Ramírez-Duque N, García-Cabrera E, Ivanova-Georgieva R, Noureddine M, Lomas JM, Hidalgo-Tenorio C, et al. Surgical Treatment for Infective Endocarditis in Elderly Patients. J Infect. 2011;63(2):131-8. doi: 10.1016/j.jinf.2011.05.021. esta última relacionada ao uso de antiagregantes plaquetários e/ou anticoagulantes. Tal situação pode indicar proteção para embolização com uso desses medicamentos; porém, são necessárias mais evidências científicas para comprovar essa hipótese. No estudo, idosos usaram significativamente mais ácido acetilsalicílico, e não varfarina, quando comparados aos NI.

Comorbidades foram mais prevalentes entre idosos, como esperado; tal fator é semelhante em estudo multicêntrico com grande número de pacientes, em que as frequências entre idosos e não idosos, respectivamente, de DM de 22,9% x 11,9% ( p < 0,001), de câncer geniturinário, de 4,7% x 0,6% ( p < 0,001) e de câncer do trato gastrintestinal de 3,2% x 0,8% (p < 0,001).44. Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095. Procedimentos invasivos prévios anteriores também foram mais frequentes entre idosos em nosso estudo, como foi nessa mesma publicação (56,2% x 38,5%, p < 0,001).44. Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095. Ratifica-se que a população idosa continua sendo mais exposta a procedimentos diagnósticos/terapêuticos, havendo maior predisposição à EI em função de eventos de bacteremia ocorridos nestes cenários e a presença de material sintético/dispositivos.

Observou-se maior frequência de EI hospitalar entre nossos idosos (39,8%); proporção semelhante é notada na literatura, em que a aquisição nosocomial representa 10,2% a 37% dos casos de EI em idosos.66. Oliver L, Lavoute C, Giorgi R, Salaun E, Hubert S, Casalta JP, et al. Infective Endocarditis in Octogenarians. Heart. 2017;103(20):1602-9. doi: 10.1136/heartjnl-2016-310853. , 1111. Wu Z, Chen Y, Xiao T, Niu T, Shi Q, Xiao Y. The Clinical Features and Prognosis of Infective Endocarditis in the Elderly from 2007 to 2016 in a Tertiary Hospital in China. BMC Infect Dis. 2019;19(1):937. doi: 10.1186/s12879-019-4546-6. , 1212. Ramírez-Duque N, García-Cabrera E, Ivanova-Georgieva R, Noureddine M, Lomas JM, Hidalgo-Tenorio C, et al. Surgical Treatment for Infective Endocarditis in Elderly Patients. J Infect. 2011;63(2):131-8. doi: 10.1016/j.jinf.2011.05.021. , 1919. López J, Revilla A, Vilacosta I, Sevilla T, Villacorta E, Sarriá C, et al. Age-Dependent Profile of Left-Sided Infective Endocarditis: A 3-Center Experience. Circulation. 2010;121(7):892-7. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.109.877365. Na Tabela 2 , estão listados os estudos considerados mais relevantes de EI em idosos.

Tabela 2
– Aspectos da endocardite em idosos em uma revisão da literatura, 2000-2020

Microrganismos mais prevalentes e observados em nossa série foram enterococos (25,7%), estreptococos do grupo viridans (17,1%) e S. aureus (17,1%). Ainda que estreptococos orais tenham sido anteriormente responsáveis pela maioria dos casos de EI em idosos, estafilococos predominam nas últimas décadas, especialmente S. aureus .88. Selton-Suty C, Célard M, Le Moing V, Doco-Lecompte T, Chirouze C, Iung B, et al. Preeminence of Staphylococcus Aureus in Infective Endocarditis: A 1-year Population-Based Survey. Clin Infect Dis. 2012;54(9):1230-9. doi: 10.1093/cid/cis199. , 99. Slipczuk L, Codolosa JN, Davila CD, Romero-Corral A, Yun J, Pressman GS, et al. Infective Endocarditis Epidemiology Over Five Decades: A Systematic Review. PLoS One. 2013;8(12):e82665. doi: 10.1371/journal.pone.0082665. Enterococos também estão relacionados a bacteremia por acessos vasculares, tendência epidemiológica que está ligada ao aumento da incidência de EI associada a cuidados de saúde.55. Bassetti M, Venturini S, Crapis M, Ansaldi F, Orsi A, Della Mattia A, et al. Infective Endocarditis in Elderly: An Italian Prospective Multi-Center Observational Study. Int J Cardiol. 2014;177(2):636-8. doi: 10.1016/j.ijcard.2014.09.184. , 66. Oliver L, Lavoute C, Giorgi R, Salaun E, Hubert S, Casalta JP, et al. Infective Endocarditis in Octogenarians. Heart. 2017;103(20):1602-9. doi: 10.1136/heartjnl-2016-310853. , 1212. Ramírez-Duque N, García-Cabrera E, Ivanova-Georgieva R, Noureddine M, Lomas JM, Hidalgo-Tenorio C, et al. Surgical Treatment for Infective Endocarditis in Elderly Patients. J Infect. 2011;63(2):131-8. doi: 10.1016/j.jinf.2011.05.021. A frequência de EI causada por estreptococos que colonizam o trato digestivo, como Streptococcus gallolyticus e enterococos, acontece por conta da maior incidência de lesões do cólon em pacientes idosos.44. Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095. , 88. Selton-Suty C, Célard M, Le Moing V, Doco-Lecompte T, Chirouze C, Iung B, et al. Preeminence of Staphylococcus Aureus in Infective Endocarditis: A 1-year Population-Based Survey. Clin Infect Dis. 2012;54(9):1230-9. doi: 10.1093/cid/cis199. , 1919. López J, Revilla A, Vilacosta I, Sevilla T, Villacorta E, Sarriá C, et al. Age-Dependent Profile of Left-Sided Infective Endocarditis: A 3-Center Experience. Circulation. 2010;121(7):892-7. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.109.877365. Todos os 7 pacientes com EI por grupo bovis tiveram o TGI investigado, mas não aqueles com EI por enterococos.

Em nosso centro de referencia em cirurgia cardíaca, houve indicação de troca valvar em mais de 4/5 dos idosos; porém, mais de 1/4 deles não foram operados. Tal fato possui aspecto multifatorial, incluindo idade avançada, múltiplas comorbidades, fragilidade, risco cirúrgico elevado e não aceitação de cirurgia pelo paciente ou sua família, entre outros, como observado através de estudo em EI em octogenários.66. Oliver L, Lavoute C, Giorgi R, Salaun E, Hubert S, Casalta JP, et al. Infective Endocarditis in Octogenarians. Heart. 2017;103(20):1602-9. doi: 10.1136/heartjnl-2016-310853. Motivos pelos quais idosos que tiveram indicação cirúrgica não foram operados dizem respeito, sobretudo, ao status pré-operatório crítico, como observado pela elevada frequência de ventilação mecânica e uso de inotrópicos no pré-operatório. É importante notar que aneurismas micóticos e insuficiência renal aguda não foram mais frequentes entre idosos e NI, e que eventos de SNC foram menos frequentes em idosos. Em alguns estudos, a idade avançada é um preditor independente de mortalidade intra-hospitalar,44. Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095. , 1212. Ramírez-Duque N, García-Cabrera E, Ivanova-Georgieva R, Noureddine M, Lomas JM, Hidalgo-Tenorio C, et al. Surgical Treatment for Infective Endocarditis in Elderly Patients. J Infect. 2011;63(2):131-8. doi: 10.1016/j.jinf.2011.05.021. o que influencia negativamente na decisão pelo procedimento. Contudo, em estudo recente realizado na China, notou-se que a sobrevida em 1 ano dos idosos que foram submetidos à abordagem cirúrgica foi maior do que nos indivíduos submetidos à terapêutica medicamentosa isoladamente (95,8% x 68,6%, p = 0,007).1111. Wu Z, Chen Y, Xiao T, Niu T, Shi Q, Xiao Y. The Clinical Features and Prognosis of Infective Endocarditis in the Elderly from 2007 to 2016 in a Tertiary Hospital in China. BMC Infect Dis. 2019;19(1):937. doi: 10.1186/s12879-019-4546-6. Além disso, mesmo entre os octogenários,66. Oliver L, Lavoute C, Giorgi R, Salaun E, Hubert S, Casalta JP, et al. Infective Endocarditis in Octogenarians. Heart. 2017;103(20):1602-9. doi: 10.1136/heartjnl-2016-310853. os pacientes operados apresentam melhor sobrevida em 1 ano (93,6%) e em 3 anos (75,0%), respectivamente.

A mortalidade entre idosos em nosso estudo foi de 39,1%; na literatura, a taxa de óbitos variou de 16% a 43,2%.44. Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095.

5. Bassetti M, Venturini S, Crapis M, Ansaldi F, Orsi A, Della Mattia A, et al. Infective Endocarditis in Elderly: An Italian Prospective Multi-Center Observational Study. Int J Cardiol. 2014;177(2):636-8. doi: 10.1016/j.ijcard.2014.09.184.
- 66. Oliver L, Lavoute C, Giorgi R, Salaun E, Hubert S, Casalta JP, et al. Infective Endocarditis in Octogenarians. Heart. 2017;103(20):1602-9. doi: 10.1136/heartjnl-2016-310853. , 1111. Wu Z, Chen Y, Xiao T, Niu T, Shi Q, Xiao Y. The Clinical Features and Prognosis of Infective Endocarditis in the Elderly from 2007 to 2016 in a Tertiary Hospital in China. BMC Infect Dis. 2019;19(1):937. doi: 10.1186/s12879-019-4546-6. , 1212. Ramírez-Duque N, García-Cabrera E, Ivanova-Georgieva R, Noureddine M, Lomas JM, Hidalgo-Tenorio C, et al. Surgical Treatment for Infective Endocarditis in Elderly Patients. J Infect. 2011;63(2):131-8. doi: 10.1016/j.jinf.2011.05.021. , 1717. Remadi JP, Nadji G, Goissen T, Zomvuama NA, Sorel C, Tribouilloy C. Infective Endocarditis in Elderly Patients: Clinical Characteristics and Outcome. Eur J Cardiothorac Surg. 2009;35(1):123-9. doi: 10.1016/j.ejcts.2008.08.033. , 1919. López J, Revilla A, Vilacosta I, Sevilla T, Villacorta E, Sarriá C, et al. Age-Dependent Profile of Left-Sided Infective Endocarditis: A 3-Center Experience. Circulation. 2010;121(7):892-7. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.109.877365. , 2020. Lin CY, Lu CH, Lee HA, See LC, Wu MY, Han Y, et al. Elderly Versus Non-Elderly Patients Undergoing Surgery for Left-Sided Native Valve Infective Endocarditis: A 10-year Institutional Experience. Sci Rep. 2020;10(1):2690. doi: 10.1038/s41598-020-59657-1. Por fim, notamos que:

Proporção expressiva (um quarto) das EI ocorreu em idosos, mesmo no sistema de saúde pública no Brasil;

Enterococos foi o patógeno mais frequente, e houve elevada proporção de MRSA entre a etiologia estafilocócica, o que sugere aquisição nosocomial ou foco gastrintestinal/geniturinário;

A clínica é menos exuberante em idosos, com menos febre, sopro novo e eventos embólicos;

A mortalidade nos idosos foi alta, o que sugere a contribuição da idade e das comorbidades, e possivelmente de diagnóstico tardio e não realização de cirurgia cardíaca.

Agradecimentos

A todos os colegas do INC que atuam nas enfermarias, unidades fechadas e centro cirúrgico por seu cuidado aos pacientes, e a nossos ecocardiografistas e radiologistas, e especialmente, a Francisca Pereira Ribeiro, do laboratório de Microbiologia, pelo suporte técnico.

Referências

  • 1
    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Estatísticas Sociais. Projeção da população 2018: número de habitantes do país deve parar de cresce em 2047 [Internet]. Rio de Janeiro: Agência de Notícias IBGE; c2021 [cited 2021 Aug 31]. Available from: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21837-projecao-da-populacao-2018-numero-de-habitantes-do-pais-deve-parar-de-crescer-em-2047
    » https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21837-projecao-da-populacao-2018-numero-de-habitantes-do-pais-deve-parar-de-crescer-em-2047
  • 2
    Baddour LM, Wilson WR, Bayer AS, Fowler VG Jr, Tleyjeh IM, Rybak MJ, et al. Infective Endocarditis in Adults: Diagnosis, Antimicrobial Therapy, and Management of Complications: A Scientific Statement for Healthcare Professionals from the American Heart Association. Circulation. 2015;132(15):1435-86. doi: 10.1161/CIR.0000000000000296.
  • 3
    Ursi MP, Durante-Mangoni E, Rajani R, Hancock J, Chambers JB, Prendergast B. Infective Endocarditis in the Elderly: Diagnostic and Treatment Options. Drugs Aging. 2019;36(2):115-24. doi: 10.1007/s40266-018-0614-7.
  • 4
    Durante-Mangoni E, Bradley S, Selton-Suty C, Tripodi MF, Barsic B, Bouza E, et al. Current Features of Infective Endocarditis in Elderly Patients: Results of the International Collaboration on Endocarditis Prospective Cohort Study. Arch Intern Med. 2008;168(19):2095-103. doi: 10.1001/archinte.168.19.2095.
  • 5
    Bassetti M, Venturini S, Crapis M, Ansaldi F, Orsi A, Della Mattia A, et al. Infective Endocarditis in Elderly: An Italian Prospective Multi-Center Observational Study. Int J Cardiol. 2014;177(2):636-8. doi: 10.1016/j.ijcard.2014.09.184.
  • 6
    Oliver L, Lavoute C, Giorgi R, Salaun E, Hubert S, Casalta JP, et al. Infective Endocarditis in Octogenarians. Heart. 2017;103(20):1602-9. doi: 10.1136/heartjnl-2016-310853.
  • 7
    Dhawan VK. Infective Endocarditis in Elderly Patients. Clin Infect Dis. 2002;34(6):806-12. doi: 10.1086/339045.
  • 8
    Selton-Suty C, Célard M, Le Moing V, Doco-Lecompte T, Chirouze C, Iung B, et al. Preeminence of Staphylococcus Aureus in Infective Endocarditis: A 1-year Population-Based Survey. Clin Infect Dis. 2012;54(9):1230-9. doi: 10.1093/cid/cis199.
  • 9
    Slipczuk L, Codolosa JN, Davila CD, Romero-Corral A, Yun J, Pressman GS, et al. Infective Endocarditis Epidemiology Over Five Decades: A Systematic Review. PLoS One. 2013;8(12):e82665. doi: 10.1371/journal.pone.0082665.
  • 10
    Faulkner CM, Cox HL, Williamson JC. Unique Aspects of Antimicrobial Use in Older Adults. Clin Infect Dis. 2005;40(7):997-1004. doi: 10.1086/428125.
  • 11
    Wu Z, Chen Y, Xiao T, Niu T, Shi Q, Xiao Y. The Clinical Features and Prognosis of Infective Endocarditis in the Elderly from 2007 to 2016 in a Tertiary Hospital in China. BMC Infect Dis. 2019;19(1):937. doi: 10.1186/s12879-019-4546-6.
  • 12
    Ramírez-Duque N, García-Cabrera E, Ivanova-Georgieva R, Noureddine M, Lomas JM, Hidalgo-Tenorio C, et al. Surgical Treatment for Infective Endocarditis in Elderly Patients. J Infect. 2011;63(2):131-8. doi: 10.1016/j.jinf.2011.05.021.
  • 13
    Baddour LM, Epstein AE, Erickson CC, Knight BP, Levison ME, Lockhart PB, et al. Update on Cardiovascular Implantable Electronic Device Infections and their Management: A Scientific Statement from the American Heart Association. Circulation. 2010;121(3):458-77. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.109.192665.
  • 14
    Gould FK, Denning DW, Elliott TS, Foweraker J, Perry JD, Prendergast BD, et al. Guidelines for the Diagnosis and Antibiotic Treatment of Endocarditis in Adults: A Report of the Working Party of the British Society for Antimicrobial Chemotherapy. J Antimicrob Chemother. 2012;67(2):269-89. doi: 10.1093/jac/dkr450.
  • 15
    Habib G, Lancellotti P, Antunes MJ, Bongiorni MG, Casalta JP, Del Zotti F, et al. 2015 ESC Guidelines for the Management of Infective Endocarditis: The Task Force for the Management of Infective Endocarditis of the European Society of Cardiology (ESC). Endorsed by: European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS), the European Association of Nuclear Medicine (EANM). Eur Heart J. 2015;36(44):3075-128. doi: 10.1093/eurheartj/ehv319.
  • 16
    Forestier E, Fraisse T, Roubaud-Baudron C, Selton-Suty C, Pagani L. Managing Infective Endocarditis in the Elderly: New Issues for an Old Disease. Clin Interv Aging. 2016;11:1199-206. doi: 10.2147/CIA.S101902.
  • 17
    Remadi JP, Nadji G, Goissen T, Zomvuama NA, Sorel C, Tribouilloy C. Infective Endocarditis in Elderly Patients: Clinical Characteristics and Outcome. Eur J Cardiothorac Surg. 2009;35(1):123-9. doi: 10.1016/j.ejcts.2008.08.033.
  • 18
    Brasil. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Estatuto do Idoso: Lei Federal no 10.741. Brasília, DF (Oct 1 2003).
  • 19
    López J, Revilla A, Vilacosta I, Sevilla T, Villacorta E, Sarriá C, et al. Age-Dependent Profile of Left-Sided Infective Endocarditis: A 3-Center Experience. Circulation. 2010;121(7):892-7. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.109.877365.
  • 20
    Lin CY, Lu CH, Lee HA, See LC, Wu MY, Han Y, et al. Elderly Versus Non-Elderly Patients Undergoing Surgery for Left-Sided Native Valve Infective Endocarditis: A 10-year Institutional Experience. Sci Rep. 2020;10(1):2690. doi: 10.1038/s41598-020-59657-1.
  • Vinculação acadêmica
    Este artigo é parte de trabalho de conclusão de graduação de Luiz Henrique Braga Lemos pela Unigranrio.
  • Aprovação ética e consentimento informado
    Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Instituto Nacional de Cardiologia sob o número de protocolo 080/12.09.2005 e 171/2006. Todos os procedimentos envolvidos nesse estudo estão de acordo com a Declaração de Helsinki de 1975, atualizada em 2013. O consentimento informado foi obtido de todos os participantes incluídos no estudo.
  • Fontes de financiamento: Dra. Cristiane Lamas recebeu auxilio à pesquisa pela Fundação Carlos Chagas de Amparo a Pesquisa do Rio de Janeiro (FAPERJ, JCNE ), Luiz Henrique Braga Lemos bolsa de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento e Pesquisa (CNPq) e Leonardo Ribeiro da Silva bolsa deIniciação Científica do Santander.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    25 Out 2021
  • Data do Fascículo
    Out 2021

Histórico

  • Recebido
    21 Out 2020
  • Revisado
    17 Abr 2021
  • Aceito
    12 Maio 2021
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC Avenida Marechal Câmara, 160, sala: 330, Centro, CEP: 20020-907, (21) 3478-2700 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil, Fax: +55 21 3478-2770 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@cardiol.br