Acessibilidade / Reportar erro

Precisamos Conhecer os Padrões de Geometria do Ventrículo Esquerdo da População Brasileira?

Palavras-chave
Insuficiência Cardíaca; Hipertensão; Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo; Remodelação Ventricular; Ventrículo Cardíaco/cirurgia; Ecocardiografia/métodos

Nesta edição dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Almeida et al.11 Almeida RCM, Jorge AJL, Rosa MLG, Leite AR, Correia DMS, Mesquita ET et al. Padrões de Remodelamento Ventricular Esquerdo na Atenção Primária à Saúde. Arq Bras Cardiol. 2020; 114(1):59-65. descrevem as frequências dos padrões de remodelação do ventrículo esquerdo (VE) encontradas em uma população brasileira acompanhada em clínicas de atenção primária à saúde da cidade de Niterói, estado do Rio de Janeiro. Os autores descobriram que uma geometria anormal do VE estava presente em até 33% dos 636 indivíduos estudados (média de idade de 59,5 ± 10,3 anos; 62% de mulheres). A hipertrofia do VE (HVE) excêntrica foi o padrão de geometria anormal mais comum (29%), seguido por HVE concêntrica e remodelação concêntrica (2% cada).

A remodelação do VE não é mais considerada apenas um mecanismo adaptativo, mas uma resposta a vários estímulos diferentes que levam à ativação gênica, hipertrofia celular, apoptose, fibrose e, finalmente, à remodelação do VE com diferentes graus de comprometimento da função do VE e aumento do risco cardiovascular.22 Oktay AA, Lavie CJ, Milani RV, Ventura HO, Gilliland YE, Shah S, et al. Current Perspectives on Left Ventricular Geometry in Systemic Hypertension. Prog Cardiovasc Dis . 2016;59(3):235-46. De fato, a relação entre HVE diagnosticada por eletrocardiograma e mortalidade foi reconhecida há muito tempo.33 Kannel WB, Gordon T, Offutt D. Left ventricular hypertrophy by electrocardiogram. Prevalence, incidence, and mortality in the Framingham study. Ann Intern Med.1969;71(1):89-105. A massa do VE é considerada um fator de risco independente para insuficiência cardíaca (IC),44 Aurigemma GP, Gottdiener JS, Shemanski L, Gardin J, Kitzman D. Predictive value of systolic and diastolic function for incident congestive heart failure in the elderly: the cardiovascular health study. J Am Coll Cardiol. 2001;37(4):1042-8.,55 Gardin JM, McClelland R, Kitzman D, Lima JA, Bommer W, Klopfenstein HS, et al. M-mode echocardiographic predictors of six- to seven-year incidence of coronary heart disease, stroke, congestive heart failure, and mortality in an elderly cohort (the Cardiovascular Health Study). Am J Cardiol. 2001;87(9):1051-7. acidente vascular cerebral,55 Gardin JM, McClelland R, Kitzman D, Lima JA, Bommer W, Klopfenstein HS, et al. M-mode echocardiographic predictors of six- to seven-year incidence of coronary heart disease, stroke, congestive heart failure, and mortality in an elderly cohort (the Cardiovascular Health Study). Am J Cardiol. 2001;87(9):1051-7. morte súbita cardíaca,66 Aro AL, Reinier K, Phan D, Teodorescu C, Uy-Evanado A, Nichols GA, et al. Left-ventricular geometry and risk of sudden cardiac arrest in patients with preserved or moderately reduced left-ventricular ejection fraction. Europace. 2017;19(7):1146-52. taquicardia supraventricular e ventricular,77 Chatterjee S, Bavishi C, Sardar P, Agarwal V, Krishnamoorthy P, Grodzicki T, et al. Meta-analysis of left ventricular hypertrophy and sustained arrhythmias. Am J Cardiol. 2014;114(7):1049-52. e mortalidade por todas as causas88 Milani RV, Lavie CJ, Mehra MR, Ventura HO, Kurtz JD, Messerli FH. Left ventricular geometry and survival in patients with normal left ventricular ejection fraction. Am J Cardiol. 2006;97(7):959-63. e cardiovascular.99 Artham SM, Lavie CJ, Milani RV, Patel DA, Verma A, Ventura HO. Clinical impact of left ventricular hypertrophy and implications for regression. Prog Cardiovasc Dis. 2009;52(2):153-67. Portanto, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada estágio A da IC e a HVE é considerada estágio B da IC nas diretrizes do American College of Cardiology/American Heart Association no manejo da IC.1010 Yancy CW, Jessup M, Bozkurt B, Butler J, Casey DE, Jr., Drazner MH, et al. 2013 ACCF/AHA guideline for the management of heart failure: a report of the American College of Cardiology Foundation/American Heart Association Task Force on practice guidelines. Circulation. 2013;128(16):e240-e327. Surpreendentemente, foi somente com o estudo Almeida et al.11 Almeida RCM, Jorge AJL, Rosa MLG, Leite AR, Correia DMS, Mesquita ET et al. Padrões de Remodelamento Ventricular Esquerdo na Atenção Primária à Saúde. Arq Bras Cardiol. 2020; 114(1):59-65. que os padrões de geometria do VE foram estudados na população brasileira. Precisamos saber exatamente qual é a frequência e o valor dos padrões de geometria do VE na população brasileira e não apenas aplicar o conhecimento obtido com outras populações.

Muitos fatores e estímulos diferentes influenciam a remodelação da geometria do VE, como idade, sexo,1111 Kuch B, Muscholl M, Luchner A, Doring A, Riegger GA, Schunkert H, et al. Gender specific differences in left ventricular adaptation to obesity and hypertension. J Hum Hypertens. 1998;12(10):685-91. gravidade, duração e status do tratamento da HAS,1212 Cuspidi C, Sala C, Negri F, Mancia G, Morganti A. Prevalence of left-ventricular hypertrophy in hypertension: an updated review of echocardiographic studies. J Hum Hypertens. 2012;26(6):343-9. obesidade,1313 Lavie CJ, Milani RV, Ventura HO, Cardenas GA, Mehra MR, Messerli FH. Disparate effects of left ventricular geometry and obesity on mortality in patients with preserved left ventricular ejection fraction. Am J Cardiol. 2007;100(9):1460-4.,1414 Santos M, Shah AM. Alterations in cardiac structure and function in hypertension. Curr Hypertens Rep. 2014;16(5):428. síndrome metabólica1515 Cuspidi C, Sala C, Lonati L, Negri F, Rescaldani M, Re A, et al. Metabolic syndrome, left ventricular hypertrophy and carotid atherosclerosis in hypertension: a gender-based study. Blood Press. 2013;22(3):138-43. e diabetes mellitus.1616 Palmieri V, Bella JN, Arnett DK, Liu JE, Oberman A, Schuck MY, et al. Effect of type 2 diabetes mellitus on left ventricular geometry and systolic function in hypertensive subjects: Hypertension Genetic Epidemiology Network (HyperGEN) study. Circulation. 2001;103(1):102-7. Almeida et al.11 Almeida RCM, Jorge AJL, Rosa MLG, Leite AR, Correia DMS, Mesquita ET et al. Padrões de Remodelamento Ventricular Esquerdo na Atenção Primária à Saúde. Arq Bras Cardiol. 2020; 114(1):59-65. também mostraram uma associação entre HVE excêntrica e sexo, idade, nível de escolaridade, HAS e razão albumina/creatinina. Entretanto, as frequências desses fatores podem apresentar uma grande variação entre as populações, o que mostra a importância de abordar especificamente os padrões geométricos do VE e seu valor prognóstico na população brasileira.

A geometria anormal do VE é classificada como remodelação concêntrica (massa normal do VE com aumento da espessura relativa da parede), HVE concêntrica (massa do VE e espessura relativa da parede aumentadas) e HVE excêntrica (massa aumentada do VE e espessura relativa da parede normal)1717 Lang RM, Badano LP, Mor-Avi V, Afilalo J, Armstrong A, Ernande L, et al. Recommendations for cardiac chamber quantification by echocardiography in adults: an update from the American Society of Echocardiography and the European Association of Cardiovascular Imaging. J Am Soc Echocardiogr. 2015;28(1):1-39. com base na ecocardiografia modo M. Anormalidades geométricas do VE são geralmente encontradas na população em geral. Entretanto, a distribuição do tipo de anormalidades na geometria do VE pode variar entre os estudos. Em um estudo com 35.602 pacientes com fração de ejeção normal do VE encaminhados para ecocardiografia, a remodelação concêntrica foi identificada em 35%, a HVE concêntrica em 6% e a HVE excêntrica em 5%.88 Milani RV, Lavie CJ, Mehra MR, Ventura HO, Kurtz JD, Messerli FH. Left ventricular geometry and survival in patients with normal left ventricular ejection fraction. Am J Cardiol. 2006;97(7):959-63. No entanto, essa prevalência aumenta com o envelhecimento. Em pacientes idosos, a remodelação concêntrica foi encontrada em 43%, a HVE concêntrica em 8,5% e a HVE excêntrica em 7,4%.1818 Lavie CJ, Milani RV, Ventura HO, Messerli FH. Left ventricular geometry and mortality in patients >70 years of age with normal ejection fraction. Am J Cardiol. 2006;98(10):1396-9. Esses resultados são notavelmente diferentes dos dados descritos na população brasileira por Almeida et al.,11 Almeida RCM, Jorge AJL, Rosa MLG, Leite AR, Correia DMS, Mesquita ET et al. Padrões de Remodelamento Ventricular Esquerdo na Atenção Primária à Saúde. Arq Bras Cardiol. 2020; 114(1):59-65. com maior prevalência de HVE excêntrica. Essa diferença pode estar relacionada à alta prevalência de HAS e diabetes na população estudada por Almeida et al.11 Almeida RCM, Jorge AJL, Rosa MLG, Leite AR, Correia DMS, Mesquita ET et al. Padrões de Remodelamento Ventricular Esquerdo na Atenção Primária à Saúde. Arq Bras Cardiol. 2020; 114(1):59-65. De fato, o tipo mais comum de HVE em pacientes com HAS é a HVE excêntrica e não a concêntrica.1212 Cuspidi C, Sala C, Negri F, Mancia G, Morganti A. Prevalence of left-ventricular hypertrophy in hypertension: an updated review of echocardiographic studies. J Hum Hypertens. 2012;26(6):343-9. De qualquer maneira, essas diferenças entre os estudos ressaltam a importância de estudos voltados à população brasileira. Por exemplo, a hipertrofia excêntrica foi associada ao desenvolvimento de IC com fração de ejeção reduzida, enquanto a HVE concêntrica foi associada ao desenvolvimento de IC com fração de ejeção preservada.1919 Velagaleti RS, Gona P, Pencina MJ, Aragam J, Wang TJ, Levy D, et al. Left ventricular hypertrophy patterns and incidence of heart failure with preserved versus reduced ejection fraction. Am J Cardiol. 2014;113(1):117-22.

Uma nova classificação para a HVE foi proposta com base na dilatação e concentricidade do VE:2020 Khouri MG, Peshock RM, Ayers CR, de Lemos JA, Drazner MH. A 4-tiered classification of left ventricular hypertrophy based on left ventricular geometry: the Dallas heart study. Circ Cardiovasc Imaging. 2010;3(2):164-71. concêntrica não dilatada, concêntrica dilatada, excêntrica não dilatada e excêntrica dilatada. A importância dessa nova classificação foi demonstrada pelo fato de que a HVE excêntrica não dilatada não está associada a desfechos ruins, enquanto todos as outras apresentaram risco aumentado de mortalidade por todas as causas e por doenças cardiovasculares (DCV)2121 Bang CN, Gerdts E, Aurigemma GP, Boman K, de SG, Dahlof B, et al. Four-group classification of left ventricular hypertrophy based on ventricular concentricity and dilatation identifies a low-risk subset of eccentric hypertrophy in hypertensive patients. Circ Cardiovasc Imaging. 2014;7(3):422-9. ou risco aumentado de morte por IC ou DCV em comparação com participantes sem HVE.2222 Garg S, de Lemos JA, Ayers C, Khouri MG, Pandey A, Berry JD, et al. Association of a 4-Tiered Classification of LV Hypertrophy With Adverse CV Outcomes in the General Population. JACC Cardiovasc Imaging. 2015;8(9):1034-41.

Assim, parabenizo Almeida et al.11 Almeida RCM, Jorge AJL, Rosa MLG, Leite AR, Correia DMS, Mesquita ET et al. Padrões de Remodelamento Ventricular Esquerdo na Atenção Primária à Saúde. Arq Bras Cardiol. 2020; 114(1):59-65. por suas pesquisas muito importantes e os desafio a prosseguir em suas pesquisas e a apresentar a classificação da geometria do VE com base na classificação em quatro níveis da HVE e, mais importante, o valor prognóstico dos padrões de remodelação do VE na população brasileira acompanhada na atenção básica.

  • Minieditorial referente ao artigo: Padrões de Remodelamento Ventricular Esquerdo na Atenção Primária à Saúde

References

  • 1
    Almeida RCM, Jorge AJL, Rosa MLG, Leite AR, Correia DMS, Mesquita ET et al. Padrões de Remodelamento Ventricular Esquerdo na Atenção Primária à Saúde. Arq Bras Cardiol. 2020; 114(1):59-65.
  • 2
    Oktay AA, Lavie CJ, Milani RV, Ventura HO, Gilliland YE, Shah S, et al. Current Perspectives on Left Ventricular Geometry in Systemic Hypertension. Prog Cardiovasc Dis . 2016;59(3):235-46.
  • 3
    Kannel WB, Gordon T, Offutt D. Left ventricular hypertrophy by electrocardiogram. Prevalence, incidence, and mortality in the Framingham study. Ann Intern Med.1969;71(1):89-105.
  • 4
    Aurigemma GP, Gottdiener JS, Shemanski L, Gardin J, Kitzman D. Predictive value of systolic and diastolic function for incident congestive heart failure in the elderly: the cardiovascular health study. J Am Coll Cardiol. 2001;37(4):1042-8.
  • 5
    Gardin JM, McClelland R, Kitzman D, Lima JA, Bommer W, Klopfenstein HS, et al. M-mode echocardiographic predictors of six- to seven-year incidence of coronary heart disease, stroke, congestive heart failure, and mortality in an elderly cohort (the Cardiovascular Health Study). Am J Cardiol. 2001;87(9):1051-7.
  • 6
    Aro AL, Reinier K, Phan D, Teodorescu C, Uy-Evanado A, Nichols GA, et al. Left-ventricular geometry and risk of sudden cardiac arrest in patients with preserved or moderately reduced left-ventricular ejection fraction. Europace. 2017;19(7):1146-52.
  • 7
    Chatterjee S, Bavishi C, Sardar P, Agarwal V, Krishnamoorthy P, Grodzicki T, et al. Meta-analysis of left ventricular hypertrophy and sustained arrhythmias. Am J Cardiol. 2014;114(7):1049-52.
  • 8
    Milani RV, Lavie CJ, Mehra MR, Ventura HO, Kurtz JD, Messerli FH. Left ventricular geometry and survival in patients with normal left ventricular ejection fraction. Am J Cardiol. 2006;97(7):959-63.
  • 9
    Artham SM, Lavie CJ, Milani RV, Patel DA, Verma A, Ventura HO. Clinical impact of left ventricular hypertrophy and implications for regression. Prog Cardiovasc Dis. 2009;52(2):153-67.
  • 10
    Yancy CW, Jessup M, Bozkurt B, Butler J, Casey DE, Jr., Drazner MH, et al. 2013 ACCF/AHA guideline for the management of heart failure: a report of the American College of Cardiology Foundation/American Heart Association Task Force on practice guidelines. Circulation. 2013;128(16):e240-e327.
  • 11
    Kuch B, Muscholl M, Luchner A, Doring A, Riegger GA, Schunkert H, et al. Gender specific differences in left ventricular adaptation to obesity and hypertension. J Hum Hypertens. 1998;12(10):685-91.
  • 12
    Cuspidi C, Sala C, Negri F, Mancia G, Morganti A. Prevalence of left-ventricular hypertrophy in hypertension: an updated review of echocardiographic studies. J Hum Hypertens. 2012;26(6):343-9.
  • 13
    Lavie CJ, Milani RV, Ventura HO, Cardenas GA, Mehra MR, Messerli FH. Disparate effects of left ventricular geometry and obesity on mortality in patients with preserved left ventricular ejection fraction. Am J Cardiol. 2007;100(9):1460-4.
  • 14
    Santos M, Shah AM. Alterations in cardiac structure and function in hypertension. Curr Hypertens Rep. 2014;16(5):428.
  • 15
    Cuspidi C, Sala C, Lonati L, Negri F, Rescaldani M, Re A, et al. Metabolic syndrome, left ventricular hypertrophy and carotid atherosclerosis in hypertension: a gender-based study. Blood Press. 2013;22(3):138-43.
  • 16
    Palmieri V, Bella JN, Arnett DK, Liu JE, Oberman A, Schuck MY, et al. Effect of type 2 diabetes mellitus on left ventricular geometry and systolic function in hypertensive subjects: Hypertension Genetic Epidemiology Network (HyperGEN) study. Circulation. 2001;103(1):102-7.
  • 17
    Lang RM, Badano LP, Mor-Avi V, Afilalo J, Armstrong A, Ernande L, et al. Recommendations for cardiac chamber quantification by echocardiography in adults: an update from the American Society of Echocardiography and the European Association of Cardiovascular Imaging. J Am Soc Echocardiogr. 2015;28(1):1-39.
  • 18
    Lavie CJ, Milani RV, Ventura HO, Messerli FH. Left ventricular geometry and mortality in patients >70 years of age with normal ejection fraction. Am J Cardiol. 2006;98(10):1396-9.
  • 19
    Velagaleti RS, Gona P, Pencina MJ, Aragam J, Wang TJ, Levy D, et al. Left ventricular hypertrophy patterns and incidence of heart failure with preserved versus reduced ejection fraction. Am J Cardiol. 2014;113(1):117-22.
  • 20
    Khouri MG, Peshock RM, Ayers CR, de Lemos JA, Drazner MH. A 4-tiered classification of left ventricular hypertrophy based on left ventricular geometry: the Dallas heart study. Circ Cardiovasc Imaging. 2010;3(2):164-71.
  • 21
    Bang CN, Gerdts E, Aurigemma GP, Boman K, de SG, Dahlof B, et al. Four-group classification of left ventricular hypertrophy based on ventricular concentricity and dilatation identifies a low-risk subset of eccentric hypertrophy in hypertensive patients. Circ Cardiovasc Imaging. 2014;7(3):422-9.
  • 22
    Garg S, de Lemos JA, Ayers C, Khouri MG, Pandey A, Berry JD, et al. Association of a 4-Tiered Classification of LV Hypertrophy With Adverse CV Outcomes in the General Population. JACC Cardiovasc Imaging. 2015;8(9):1034-41.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Fev 2020
  • Data do Fascículo
    Jan 2020
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC Avenida Marechal Câmara, 160, sala: 330, Centro, CEP: 20020-907, (21) 3478-2700 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil, Fax: +55 21 3478-2770 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@cardiol.br