Acessibilidade / Reportar erro
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Volume: 115, Número: 6, Publicado: 2020
  • Inflamação pós-Infarto Agudo do Miocárdio: “Médico ou Monstro” Minieditorial

    Wang, Ricardo; Neuenschwander, Fernando Carvalho; Nascimento, Bruno Ramos
  • ABC Cardiol — O Lar da Pesquisa Científica Cardiovascular Editorial

    Rochitte, Carlos E.
  • Pintando a História da Cardiologia do Brasil Editorial

    Lopes, Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga; Oliveira, Gláucia Maria Moraes de; Mesquita, Evandro Tinoco; Melo, Marcelo Dantas Tavares de; Bacal, Fernando
  • Menor Prevalência e Extensão da Aterosclerose Coronária na Doença de Chagas Crônica por Angiotomografia Coronária Artigo Original

    Cardoso, Savio; Azevedo Filho, Clerio Francisco de; Fernandes, Fábio; Ianni, Barbara; Torreão, Jorge Andion; Marques, Mateus Diniz; Ávila, Luiz Francisco Rodrigues de; Santos Filho, Raul; Mady, Charles; Kalil-Filho, Roberto; Ramires, José Antônio Franchine; Bittencourt, Marcio Sommer; Rochitte, Carlos E.

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento Em regiões endêmicas da doença de Chagas, por muitos anos, existe uma observação empírica recorrente de que a doença arterial coronariana (DAC) é incomum em pacientes com doença de Chagas. Estudos anteriores baseados em análise patológica ou angiografia coronária invasiva apresentam resultados controversos. Objetivo Investigar se a DAC é menos prevalente e menos grave em pacientes com doença de Chagas crônica em comparação a uma população pareada controle, com perfil de risco para DAC similar. Métodos Um total de 86 participantes, 43 pacientes com doença de Chagas crônica consecutivos e 43 indivíduos assintomáticos, sem qualquer história prévia de doença cardíaca ou doença DAC conhecida (grupo controle), foram incluídos no estudo. Pacientes e controles foram pareados quanto sexo, idade e escore de risco de Framingham. Todos os pacientes foram analisados quanto ao escore de cálcio coronário (ECC) e submetidos à angiotomografia coronária usando um tomógrafo de 320 detectores. O nível de significância estatística adotado foi de p < 0,05. Resultados O ECC foi significativamente mais baixo em pacientes com doença de Chagas em comparação aos controles (p<0,05). A presença de placas ateroscleróticas coronárias foi significativamente menos frequente em pacientes com doença de Chagas que nos controles (20,9% versus 41,9%, p=0,037). Após ajuste quanto ao escore de Framingham, o odds ratio para a presença de qualquer calcificação coronária foi de 0,26 (IC95%: 0,07-0,99, p=0,048). O padrão é similar para escore de cálcio coronário (ECC) > 10 (OR: 0,11, IC95%: 0,01-0,87, p=0,04), e para a presença de estenose (OR: 0,06, IC95%: 0,01-0,47, p=0,001). O pareamento por escore de propensão também mostrou um efeito da doença de Chagas no ECC (-21,6 pontos no escore absoluto e 25% menos pacientes com ECC > 10; p=0,015). Conclusões A prevalência e a gravidade da DAC são mais baixas nos pacientes com doença de Chagas crônica em comparação a uma população pareada e perfil de risco para DAC similar. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1051-1060)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background In Chagas’ disease endemic regions, there has been for many years a recurrent empirical observation that coronary artery disease (CAD) is uncommon in patients with Chagas’ disease. Previous pathological and invasive coronary angiography studies led to controversial results. Objective We sought to investigate whether CAD is less prevalent and less severe in patients with chronic Chagas’ disease when compared with a matched population with a similar CAD risk profile. Methods A total of 86 participants, 43 consecutive patients with chronic Chagas’ disease and 43 asymptomatic individuals, without any prior history of cardiac disease or known CAD (control group), were included. Patients and controls were matched according to gender, age, and Framingham risk score. All participants underwent coronary calcium scoring and coronary computed tomography angiography on a 320-row detector scanner. Statistical significance level adopted was p < 0.05. Results The coronary artery calcium score (CACS) was significantly lower in patients with Chagas’ disease than in controls (p<0.05). The presence of coronary atherosclerotic plaques was significantly less frequent in patients with Chagas’ disease than in controls (20.9% versus 41.9%, p=0.037). After adjustment for the Framingham score, the odds ratio for the presence of any coronary artery calcium (CAC) in Chagas patients was 0.26 (95%CI: 0.07-0.99, p=0.048). The pattern is similar for CACS > 10 (OR: 0.11, 95%CI: 0.01-0.87, p=0.04) and for the presence of any stenosis (OR: 0.06, 95%CI: 0.01-0.47, p=0.001). Propensity score matching also indicated an effect of Chagas disease on the CACS (-21.6 points in the absolute score and 25% less of patients with CACS >10, p=0.015). Conclusions CAD is less prevalent and less severe in patients with chronic Chagas’ disease when compared with a matched population with a similar CAD risk profile. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1051-1060)
  • Ausência de Aterosclerose na Doença de Chagas: O Papel da Transialidase do Trypanosoma Cruzi Minieditorial

    Higuchi, Maria de Lourdes
  • O Tratamento Medicamentoso Habitual é Suficiente para Manter o Controle da Frequência Cardíaca nos Pacientes com Insuficiência Cardíaca? Artigo Original

    Cardoso, Juliano; Espíndola, Mateus Dressler de; Cunha, Mauricio; Netto, Enock; Cardoso, Cristina; Novaes, Milena; Del Carlo, Carlos Henrique; Brancalhão, Euler; Name, Alessandro Lyra; Barretto, Antonio Carlos Pereira

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento Estudos revelam que pacientes com insuficiência cardíaca (IC) e frequência cardíaca (FC) <70 batimentos por minuto (bpm) evoluem melhor e têm menor morbimortalidade em comparação com FC >70. Entretanto, muitos pacientes com IC mantêm FC elevada. Objetivo Avaliar se os pacientes acompanhados em ambulatório de cardiologia têm sua FC controlada e como estava a prescrição dos medicamentos que reduzem a mortalidade na IC. Métodos Foram analisados de forma consecutiva pacientes que passaram em consulta e que já acompanhavam em ambulatório de cardiologia, idade > 18 anos e com diagnóstico de IC e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) <45%. Os pacientes em ritmo sinusal foram divididos em dois grupos: FC ≤70 bpm (G1) e FC >70 bpm (G2). Na análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Qui-quadrado. Foi considerado significante p <0,05. Utilizamos o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para análise. Resultados Foram avaliados 212 pacientes de forma consecutiva. Destes, 41 (19,3%) apresentavam fibrilação atrial ou eram portadores de marca-passo e foram excluídos desta análise; assim, 171 pacientes foram analisados. Os pacientes em ritmo sinusal tinham idade média de 63,80 anos (±11,77), sendo 59,6% homens e FEVE média de 36,64% (±7,79). Com relação à etiologia, a isquêmica estava presente em 102 pacientes (59,65%), enquanto a cardiopatia chagásica em 17 pacientes (9,9%); 131 pacientes eram hipertensos (76,6%), enquanto 63 pacientes (36,84%) eram diabéticos. Quanto à FC, 101 pacientes apresentaram FC ≤70 bpm (59,06%) G1 e 70 pacientes (40,93%) FC >70 bpm (G2). A FC média no G1 foi de 61,53 bpm (±5,26) e no G2, 81,76 bpm (±9,52), p <0,001. A quase totalidade dos pacientes (98,8%) estava sendo tratada com carvedilol prescrito na dose média de 42,14 mg/dia (±18,55) no G1 versus 42,48 mg/dia (±21,14) no G2, p=0,911. A digoxina foi utilizada em 5,9% dos pacientes no G1 versus 8,5% no G2, p=0,510. A dose média de digoxina no G1 foi de 0,19 mg/dia (±0,06) e no G2 foi de 0,19 mg/dia (±0,06), p=0,999. A maioria dos pacientes (87,72%) utilizou o inibidor da enzima de conversão da angiotensina (IECA) ou bloqueador do receptor da angiotensina (BRA), e 56,72% utilizaram espironolactona. A dose média de enalapril foi de 28,86 mg/dia (±12,68) e de BRA foi de 87,80 mg/dia (±29,80). A maioria dos pacientes utilizou IECA ou BRA e com doses adequadas. Conclusão O estudo revelou que 40,93% dos pacientes estavam com FC acima de 70 bpm, apesar de o betabloqueador ter sido prescrito para praticamente todos os pacientes e em doses elevadas. Outras medidas precisam ser adotadas para manter a FC mais controlada nesse grupo de frequência mais elevada. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1063-1069)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Studies have shown that heart failure (HF) patients with heart rate (HR) < 70 bpm have had a better clinical outcome and lower morbidity and mortality compared with those with HR > 70 bpm. However, many HF patients maintain an elevated HR. Objective To evaluate HR and the prescription of medications known to reduce mortality in HF patients attending an outpatient cardiology clinic. Methods We consecutively evaluated patients seen in an outpatient cardiology clinic, aged older than 18 years, with diagnosis of HF and left ventricular ejection fraction (LVEF) < 45%. Patients with sinus rhythm were divided into two groups – HR ≤ 70 bpm (G1) and HR > 70 bpm (G2). The Student’s t-test and the chi-square test were used in the statistical analysis, and a p-value < 0.05 was considered statistically significant. The SPSS software was used for the analyses. Results A total of 212 consecutive patients were studied; 41 (19.3%) had atrial fibrillation or had a pacemaker implanted and were excluded from the analysis, yielding 171 patients. Mean age of patients was 63.80 ± 11.77 years, 59.6% were men, and mean LVEF 36.64±7.79%. The most prevalent HF etiology was ischemic (n=102; 59.6%), followed by Chagasic (n=17; 9.9%). One-hundred thirty-one patients (76.6%) were hypertensive and 63 (36.8%) diabetic. Regarding HR, 101 patients had a HR ≤70 bpm (59.1%) and 70 patients (40.93%) had a HR >70 bpm (G2). Mean HR of G1 and G2 was 61.5±5.3 bpm and 81.8±9.5 bpm, respectively (p<0.001). Almost all patients (98.8%) were receiving carvedilol, prescribed at a mean dose of 42.1±18.5 mg/day in G1 and 42.5±21.1mg/day in G2 (p=0.911). Digoxin was used in 5.9% of patients of G1 and 8.5% of G2 (p=0.510). Mean dose of digoxin in G1 and G2 was 0.19±0.1 mg/day and 0.19±0.06 mg/day, respectively (p=0,999). Most patients (87.7%) used angiotensin converting enzyme inhibitors (ACEI) or angiotensin II receptor blockers (ARB), and 56.7% used spironolactone. Mean dose of enalapril was 28.9±12.7 mg/day and mean dose of ARB was 87.8±29.8 mg/day. The doses of ACEI and ARB were adequate in most of patients. Conclusion The study revealed that HR of 40.9% of patients with HF was above 70 bpm, despite treatment with high doses of beta blockers. Further measures should be applied for HR control in HF patients who maintain an elevated rate despite adequate treatment with beta blocker. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1063-1069)
  • Controle da Frequência Cardíaca na Insuficiência Cardíaca Minieditorial

    Gomes, Mariana Janini; Pagan, Luana Urbano
  • Episódios de Alta Frequência Atrial e sua Associação com Eventos Isquêmicos Cerebrais em Pacientes Chagásicos Artigo Original

    Freitas, Emanoela Lima; Sampaio, Elieusa e Silva; Oliveira, Márcia Maria Carneiro; Oliveira, Lucas Hollanda; Guimarães, Marcos Sergio da Silva; Pinheiro, Jussara de Oliveira; Magalhães, Luís Pereira de; Albuquerque, Guisela Steffen Bonadie; Macedo, Cristiano; Aras, Roque

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento Episódios de alta frequência atrial (EAFAs) estão associados a um risco elevado de eventos isquêmicos cerebrais, porém não existem estudos relacionados com a presença de EAFAs e eventos isquêmicos cerebrais em pacientes chagásicos. Objetivo Investigar a associação entre a presença de EAFAs ≥ 6 minutos e eventos isquêmicos cerebrais em pacientes chagásicos. Métodos Estudo de coorte com pacientes chagásicos, portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEIs), acompanhados no ambulatório de arritmias de um hospital universitário, na cidade de Salvador/BA, entre maio de 2016 e junho de 2017. Pacientes com diagnóstico de flutter atrial/fibrilação atrial, com DCEI unicameral e em uso de anticoagulação oral foram excluídos. Foram considerados EAFAs com frequência atrial ≥ 190 batimentos por minuto e duração ≥ 6 minutos (min), e os eventos isquêmicos cerebrais foram identificados por meio de tomografia computadorizada (TC) de crânio. Resultados Os 67 participantes da pesquisa (67,2% do sexo feminino, com idade média de 63,6 ± 9,2 anos) foram acompanhados por 98 ± 28,8 dias e 11,9% dos pacientes apresentaram EAFAs ≥ 6 minutos. A TC de crânio evidenciou eventos isquêmicos cerebrais silenciosos em 16,4% dos pacientes, sendo que, destes, 63,6% haviam apresentado os EAFAs ≥ 6 minutos na análise dos DCEIs. A idade avançada (OR 1,12 [IC 95% 1,03-1,21; p=0,009) e a presença de EAFAs ≥ 6 minutos (OR 96,2 [IC 95% 9,4-987,4; p<0,001]) foram preditores independentes para eventos isquêmicos. Conclusão EAFAs detectados por DCEIs estavam associados à presença de eventos isquêmicos cerebrais silenciosos em pacientes chagásicos. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Atrial high-rate episodes (AHREs) are associated with an increased risk of cerebral ischemic events; however, there are no studies related to the presence of AHREs and cerebral ischemic events in Chagasic patients. Objective To investigate the association between the presence of AHREs ≥ 6 minutes and cerebral ischemic events in Chagasic patients. Methods Cohort study with Chagasic patients with implantable electronic cardiac devices (IECDs), followed at the Arrhythmia Outpatient Clinic of a University Hospital, in the city of Salvador, state of Bahia, Brazil, between May 2016 and June 2017.. Patients diagnosed with atrial flutter / atrial fibrillation, with unicameral IECD and using oral anticoagulation were excluded. AHREs with atrial frequency ≥ 190 beats per minute and duration ≥ 6 minutes (min) were considered, and cerebral ischemic events were identified by computed tomography (CT) of the skull. Results The 67 research participants (67.2% females, mean age 63.6 ± 9.2 years) were followed for 98 ± 28.8 days and 11.9% of the patients had AHREs ≥ 6 min. Skull CT showed silent cerebral ischemic events in 16.4% of the patients, 63.6% of whom had AHREs ≥ 6 min in the analysis of IECDs. Advanced age [OR 1.12 (95% CI 1.03-1.21; p=0.009] and the presence of AHREs ≥ 6 minutes [OR 96.2 (95% CI 9.4-987.4; p <0.001)] were independent predictors for ischemic events. Conclusion AHREs detected by IECDs were associated with the presence of silent cerebral ischemic events in Chagasic patients. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)
  • Mecanismo causante de Acidente Vascular Cerebral Embólico na Cardiopatia Chagásica Crônica: Disfunção Autonômica, uma Hipótese de Trabalho Minieditorial

    Pedrosa, Roberto Coury
  • Prevalência da Infecção pelo Trypanosoma cruzi em Doadores de Sangue Artigo Original

    Costa, Alanna Carla da; Rocha, Eduardo Arrais; Silva Filho, José Damião da; Fidalgo, Arduina Sofia Ortet de Barros Vasconcelos; Nunes, Francisca Mylena Melgaço; Viana, Carlos Eduardo Menezes; Gomes, Vânia Barreto Aguiar F.; Oliveira, Maria de Fátima

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento A doença de Chagas (DC) é considerada um problema de saúde pública na América Latina. A região nordeste, principalmente o estado do Ceará, ainda representa grande preocupação em termos de risco de transmissão da doença. Objetivo Estimar a prevalência de T. cruzi em doadores de sangue do estado do Ceará. Métodos Trata-se um de estudo retrospectivo descritivo realizado no período de 2010 a 2015, a partir de dados registrados no sistema informatizado do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE). Resultados Dos 763.731 potenciais doadores de sangue, 14.159 foram considerados impedidos de fazer a doação devido à sorologia, sendo que 1.982 (0,33%) o foram devido à positividade/inconclusão para doença de Chagas. Compareceram à Hemorrede para a repetição 425 indivíduos, sendo confirmados 28,2% (120/425) como impedidos de doar devido a DC. Conclusão Não houve redução significativa das sorologias positivas/inconclusivas no período entre 2010-2015, porém foi observada redução em relação a 1996/1997 no estado. A determinação da prevalência da doença de Chagas em bancos de sangue pode ser relevante como indicador do risco de transmissão transfusional em determinada região. Novos testes sorológicos para triagem com melhor acurácia são necessários, reduzindo o descarte desnecessário de bolsas de sangue, os custos para o Sistema Único de Saúde e a insegurança para os pacientes e familiares. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1082-1091)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Chagas disease (CD) is considered a public health problem in Latin America. The northeastern region, especially the state of Ceará, still represents a major concern in terms of the risk of transmission of CD. Objective To estimate the prevalence of T. cruzi in blood donors from the state of Ceará. Methods This is a retrospective descriptive study that was performed in the period from 2010 to 2015 from data recorded in the computerized system of the Hematology and Hemotherapy Center of Ceará (HEMOCE in Portuguese). Results Of the 763,731 potential blood donors, 14,159 were serologically ineligible; 1,982 (0.33%) were serologically ineligible due to positive / inconclusive diagnosis for CD. A total of 425 individuals came to the HEMOCE to repeat the test, with 28.2% (120/425) declared ineligible for donations due to CD. Conclusion No significant reduction of positive / inconclusive serology was observed in the period between 2010 and 2015, but a reduction was observed when compared to 1996/1997 in the state. The determination of the prevalence of CD in blood banks may be relevant as an indicator of the risk of CD transmission through blood transfusions in a given region. New serological tests for triage with better accuracy in screening are needed, in an attempt to reduce the unnecessary disposal of blood bags, reduce costs for the Brazilian Unified Health System, and diminish insecurity for the patient and family members. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1082-1091)
  • Testes Sorológicos para Doença de Chagas: Outra Evidência de Enigma em Doença Amplamente Negligenciada Minieditorial

    Schmidt, André; Marin Neto, José Antonio
  • Estudo Comparativo da Doença Coronariana Microvascular Causada por Doença de Chagas e por Outras Etiologias Artigo Original

    Campos, Felipe Araujo; Magalhães, Mariana L.; Moreira, Henrique Turin; Pavão, Rafael B.; Lima Filho, Moyses O.; Lago, Igor M.; Badran, André V.; Chierice, João R. A.; Schmidt, André; Marin Neto, José Antonio

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento A doença de Chagas (DC) constitui uma causa potencial negligenciada de doença microvascular coronariana (DMC). Objetivos Comparar pacientes com DMC relacionada à DC (DMC-DC) com pacientes com DMC ligada a outras etiologias (DMC-OE). Métodos De 1292 pacientes estáveis, encaminhados para angiografia coronária invasiva para elucidar o padrão hemodinâmico e a causa de angina, 247 apresentaram coronárias subepicárdicas normais, e 101 foram incluídos após aplicação dos critérios de exclusão. Desses, 15 compuseram o grupo de DMC-DC e suas características clínicas, hemodinâmicas, angiográficas, e cintilográficas foram comparadas às do grupo de 86 pacientes com DMC-OE. O nível de significância estatística para todas as comparações adotado foi de 0,05. Resultados Pacientes com suspeita de DMC-DC apresentaram características antropométricas, clínicas e angiográficas, além de alterações hemodinâmicas e de perfusão miocárdica estatisticamente comparáveis às detectadas nos 86 pacientes com DMC-OE. Disfunção ventricular diastólica, expressa por elevada pressão telediastólica do ventrículo esquerdo, foi igualmente encontrada nos dois grupos. Entretanto, em comparação a esse grupo com DMC-OE, o grupo com DMC-DC exibiu fração de ejeção ventricular esquerda mais baixa (61,1 ± 11,9 vs 54,8 ± 15,9; p= 0,049) e mais elevado escore de mobilidade da parede ventricular (1,77 ± 0,35 vs 1,18 ± 0,26; p= 0,02). Conclusão A cardiomiopatia crônica da doença de Chagas esteve associada à etiologia de possível doença microvascular coronariana em 15% de amostra de 101 pacientes estáveis, cujo sintoma principal era angina requerendo elucidação por angiografia invasiva. Embora os grupos DMC-DC e DMC-OE apresentassem características clínicas, hemodinâmicas, e de perfusão miocárdica em comum, a disfunção global e segmentar do ventrículo esquerdo foi mais grave nos pacientes com DMC associada à DC em comparação à DMC por outras etiologias. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1094-1101)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Chagas disease (CD) as neglected secondary form of suspected coronary microvascular dysfunction (CMD). Objectives Comparison of patients with CMD related to CD (CMD-CE) versus patients with CMD caused by other etiologies (CMD-OE). Methods Of 1292 stable patients referred for invasive coronary angiography to elucidate the hemodynamic pattern and the cause of angina as a cardinal symptom in their medical history, 247 presented normal epicardial coronary arteries and 101 were included after strict exclusion criteria. Of those, 15 had suspected CMD-CE, and their clinical, hemodynamic, angiographic and scintigraphic characteristics were compared to those of the other 86 patients with suspected CDM-OE. Level of significance for all comparisons was p < 0.05. Results Patients with suspected CMD-CE showed most anthropometric, clinical, angiographic hemodynamic and myocardial perfusion abnormalities that were statistically similar to those detected in the remaining 86 patients with suspected CMD-OE. LV diastolic dysfunction, expressed by elevated LV end-diastolic pressure was equally found in both groups. However, as compared to the group of CMD-OE the group with CMD-CE exhibited lower left ventricular ejection fraction (54.8 ± 15.9 vs 61.1 ± 11.9, p= 0.049) and a more severely impaired index of regional wall motion abnormalities (1.77 ± 0.35 vs 1.18 ± 0.26, p= 0.02) respectively for the CMD-OE and CMD-CE groups. Conclusion Chronic Chagas cardiomyopathy was a secondary cause of suspected coronary microvascular disease in 15% of 101 stable patients whose cardinal symptom was anginal pain warranting coronary angiography. Although sharing several clinical, hemodynamic, and myocardial perfusion characteristics with patients whose suspected CMD was due to other etiologies, impairment of LV segmental and global systolic function was significantly more severe in the patients with suspected CMD related to Chagas cardiomyopathy. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1094-1101)
  • Disfunção Microvascular Coronariana: Isso Realmente Importa na Doença de Chagas? Minieditorial

    Nunes, Maria do Carmo Pereira
  • Alterações Precoces nas Interleucinas Circulantes e no Risco Inflamatório Residual após Infarto Agudo do Miocárdio Artigo Original

    Coste, Maria E. R.; França, Carolina N.; Izar, Maria Cristina; Teixeira, Daniela; Ishimura, Mayari E.; Longo-Maugeri, Ieda; Bacchin, Amanda S.; Bianco, Henrique Tria; Moreira, Flavio T.; Pinto, Ibraim Masciarelli; Szarf, Gilberto; Caixeta, Adriano Mendes; Berwanger, Otavio; Gonçalves Jr, Iran; Fonseca, Francisco A. H.

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento Pacientes com infarto agudo do miocárdio podem apresentar uma grande área infartada e disfunção ventricular mesmo com trombólise e revascularização precoces. Objetivo Investigar o comportamento das citocinas circulantes em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) e a relação delas com a função ventricular. Métodos No estudo BATTLE-AMI (Avaliação dos Linfócitos Tipos B e T no Infarto Agudo do Miocárdio), os pacientes com IAMCSST foram tratados com uma estratégia farmacoinvasiva. Os níveis de citocinas (IL-1β, IL-4, IL-6, IL-10 e IL-18) no plasma foram testados através de ensaio de imunoadsorção enzimática (ELISA) no início do estudo e após 30 dias. A massa infartada e a fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) foram examinadas por ressonância magnética cardíaca 3-T. Valores de p menores que 0,05 foram considerados significativos. Resultados Na comparação com o início do estudo, níveis mais baixos foram detectados para IL-1β (p = 0,028) e IL-18 (p < 0,0001) após 30 dias do IAMCSST, enquanto níveis mais altos foram observados para IL-4 (p = 0,001) e IL-10 (p < 0,0001) no mesmo momento. Em contrapartida, nenhuma mudança foi detectada nos níveis de IL-6 (p = 0,63). Os níveis da proteína C-reativa de alta sensibilidade e de IL-6 se correlacionaram no início do estudo (rho = 0,45, p < 0,0001) e 30 dias após o IAMCSST (rho = 0,29, p = 0,009). No início do estudo, a correlação entre os níveis de IL-6 e FEVE também foi observada (rho = -0,50, p = 0,004). Conclusões Durante o primeiro mês pós-infarto agudo do miocárdio, observamos uma melhora significativa no balanço das citocinas pró e anti-inflamatórias, exceto da IL-6. Esses achados sugerem risco inflamatório residual. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Patients with acute myocardial infarction may have a large infarcted area and ventricular dysfunction despite early thrombolysis and revascularization. Objective To investigate the behavior of circulating cytokines in patients with ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI) and their relationship with ventricular function. Methods In the BATTLE-AMI (B and T Types of Lymphocytes Evaluation in Acute Myocardial Infarction) trial, patients with STEMI were treated with a pharmacoinvasive strategy. The plasma levels of cytokines (IL-1 β , IL-4, IL-6, IL-10, and IL-18) were tested using enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) at baseline and after 30 days. Infarcted mass and left ventricular ejection fraction (LVEF) were examined by 3-T cardiac magnetic resonance imaging. All p-values < 0.05 were considered statistically significant. Results Compared to baseline, lower levels were detected for IL-1 β (p = 0.028) and IL-18 (p < 0.0001) 30 days after STEMI, whereas higher levels were observed for IL-4 (p = 0.001) and IL-10 (p < 0.0001) at that time point. Conversely, no changes were detected for IL-6 levels (p = 0.63). The levels of high-sensitivity C-reactive protein and IL-6 correlated at baseline (rho = 0.45, p < 0.0001) and 30 days after STEMI (rho = 0.29, p = 0.009). At baseline, correlation between IL-6 levels and LVEF was also observed (rho = -0.50, p = 0.004). Conclusions During the first month post-MI, we observed a marked improvement in the balance of pro- and anti-inflammatory cytokines, except for IL-6. These findings suggest residual inflammatory risk. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)
  • Efetividade e Segurança da Remoção de Cabos-Eletrodos Transvenosos de Marca-Passos e Desfibriladores Implantáveis no Cenário da Prática Clínica Real Artigo Original

    Costa, Roberto; Silva, Katia Regina da; Crevelari, Elizabeth Sartori; Nascimento, Wagner Tadeu Jurevicius; Nagumo, Marcia Mitie; Martinelli Filho, Martino; Jatene, Fabio Biscegli

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento Remoção de cabos-eletrodos de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) é procedimento pouco frequente e sua realização exige longo treinamento profissional e infraestrutura adequada. Objetivos Avaliar a efetividade e a segurança da remoção de cabos-eletrodos de DCEI e determinar fatores de risco para complicações cirúrgicas e mortalidade em 30 dias. Métodos Estudo prospectivo com dados derivados da prática clínica. De janeiro/2014 a abril/2020, foram incluídos, consecutivamente, 365 pacientes submetidos à remoção de cabos-eletrodos, independentemente da indicação e técnica cirúrgica utilizada. Os desfechos primários foram: taxa de sucesso do procedimento, taxa combinada de complicações maiores e morte intraoperatória. Os desfechos secundários foram: fatores de risco para complicações intraoperatórias maiores e morte em 30 dias. Empregou-se análise univariada e multivariada, com nível de significância de 5%. Resultados A taxa de sucesso do procedimento foi de 96,7%, sendo 90,1% de sucesso completo e 6,6% de sucesso clínico. Complicações maiores intraoperatórias ocorreram em 15 (4,1%) pacientes. Fatores preditores de complicações maiores foram: tempo de implante dos cabos-eletrodos ≥ 7 anos (OR= 3,78, p= 0,046) e mudança de estratégia cirúrgica (OR= 5,30, p= 0,023). Classe funcional III-IV (OR= 6,98, p<0,001), insuficiência renal (OR= 5,75, p=0,001), infecção no DCEI (OR= 13,30, p<0,001), número de procedimentos realizados (OR= 77,32, p<0,001) e complicações maiores intraoperatórias (OR= 38,84, p<0,001) foram fatores preditores para mortalidade em 30 dias. Conclusões Os resultados desse estudo, que é o maior registro prospectivo de remoção de cabos-eletrodos da América Latina, confirmam a segurança e a efetividade desse procedimento no cenário da prática clínica real. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1114-1124)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Transvenous lead extraction (TLE) of cardiac implantable electronic devices (CIED) is an uncommon procedure and requires specialized personnel and adequate facilities. Objectives To evaluate the effectiveness and safety of the removal of CIED leads and to determine risk factors for surgical complications and mortality in 30 days. Methods Prospective study with data derived from clinical practice. From January 2014 to April 2020, we included 365 consecutive patients who underwent TLE, regardless of the indication and surgical technique used. The primary outcomes were: success rate of the procedure, combined rate of major complications and intraoperative death. Secondary outcomes were: risk factors for major intraoperative complications and death within 30 days. Univariate and multivariate analysis were used, with a significance level of 5%. Results Procedure success rate was 96.7%, with 90.1% of complete success and 6.6% of clinical success. Major intraoperative complications occurred in 15 (4.1%) patients. Predictors of major complications were: lead dwelling time ≥ 7 years (OR = 3.78, p = 0.046) and change in surgical strategy (OR = 5.30, p = 0.023). Functional class III-IV (OR = 6.98, p <0.001), renal failure (OR = 5.75, p = 0.001), CIED infection (OR = 13.30, p <0.001), number of procedures performed (OR = 77.32, p <0.001) and major intraoperative complications (OR = 38.84, p <0.001) were predictors of 30-day mortality. Conclusions The results of this study, which is the largest prospective registry of consecutive TLE procedures in Latin America, confirm the safety and effectiveness of this procedure in the context of real clinical practice. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1114-1124)
  • Relação entre Velocidade de Onda de Pulso e Biomarcadores Cardiovasculares em Pacientes com Fatores de Risco Artigo Original

    Fagundes, Rayne Ramos; Vitorino, Priscila Valverde Oliveira; Lelis, Ellen de Souza; Jardim, Paulo Cesar B. Veiga; Souza, Ana Luiza Lima; Jardim, Thiago de Souza Veiga; Cunha, Pedro Miguel Guimarães Marques; Barroso, Weimar Kunz Sebba

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento A relação entre velocidade de onda de pulso (VOP) e biomarcadores de mudanças estruturais do ventrículo esquerdo e artérias carótidas ainda é pouco elucidada. Objetivo Investigar a relação entre VOP e esses biomarcadores. Métodos Estudo transversal, retrospectivo e analítico. Revisamos prontuários médicos de pacientes com diabetes mellitus, dislipidemia, e pré-hipertensão ou hipertensão, que realizaram medida de pressão arterial central (PAC) utilizando o Mobil-O-Graph®, e doppler de carótida ou ecocardiografia três meses antes ou após a medida da PAC. Análise estatística realizada por correlação de Pearson ou de Spearman, análise de regressão múltipla e de regressão bivariada, e teste t (independente) ou de Mann-Whitney. Um p<0,05 indicou significância estatística. Resultados Prontuários de 355 pacientes foram avaliados, 56,1 ±14,8 anos, 51% homens. A VOP correlacionou-se com espessuras da íntima média (EIM) das carótidas (r=0,310) do septo do ventrículo esquerdo (r=0,191) e da parede posterior do ventrículo esquerdo (r=0.215), e com diâmetro do átrio esquerdo (r=0,181). A EIM associou-se com VOP ajustada por idade e pressão sistólica periférica (p=0,0004); uma EIM maior que 1mm aumentou em 3,94 vezes a chance de se apresentar VOP acima de 10m/s. A VOP foi significativamente maior em indivíduos com hipertrofia do ventrículo esquerdo (p=0,0001), EIM > 1 mm (p=0,006), placa de carótida (p=0,0001), estenose ≥ 50% (p=0,003), e lesões de órgãos-alvo (p=0,0001). Conclusões A VOP correlacionou-se com a EIM e com parâmetros ecocardiográficos, e se associou independentemente com EIM. Essa associação foi mais forte em pacientes com hipertrofia do ventrículo esquerdo, EIM aumentada, placa de carótida, estenose ≥ 50%, e lesões de órgãos-alvo. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1125-1132)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background The relationship between pulse wave velocity (PWV) and biomarkers of structural changes of the left ventricle and carotid arteries remains poorly understood. Objective To investigate the relationship between PWV and these biomarkers. Methods This was an analytical, retrospective, cross-sectional study. Medical records of patients with diabetes mellitus, dyslipidemia, and pre-hypertension or hypertension, who underwent central blood pressure (CBP) measurement using Mobil-O-Graph®, and carotid doppler or echocardiography three months before and after the CBPM were analyzed. Statistical analysis was performed using Pearson or Spearman correlation, linear bivariate and multiple regression analysis, and the t test (independent) or Mann-Whitney test. A p <0.05 indicated statistical significance. Results Medical records of 355 patients were analyzed, mean age 56.1 (±14.8) years, 51% male. PWV was correlated with intima-media thickness (IMT) of carotids (r=0.310) and left ventricular septal thickness (r=0.191), left ventricular posterior wall thickness (r=0.215), and left atrial diameter (r=0.181). IMT was associated with PWV adjusted by age and peripheral systolic pressure (p=0.0004); IMT greater than 1 mm increased the chance of having PWV above 10 m/s by 3.94 times. PWV was significantly higher in individuals with left ventricular hypertrophy (p=0.0001), IMT > 1 mm (p=0.006), carotid plaque (p=0.0001), stenosis ≥ 50% (p=0.003), and target-organ damage (p=0.0001). Conclusion PWV was correlated with IMT and echocardiographic parameters, and independently associated with IMT. This association was stronger in individuals with left ventricular hypertrophy, increased IMT, carotid plaque, stenosis ≥ 50%, and target organ damage. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1125-1132)
  • Parâmetros da Hemodinâmica Central como Novos Biomarcadores de Risco Cardiovascular Minieditorial

    Vilela-Martin, José Fernando
  • Efeitos da Heroína nos Parâmetros Eletrocardiográficos Artigo Original

    Yildirim, Ersin; Selcuk, Murat; Saylik, Faysal; Mutluer, Ferit Onur; Deniz, Ozgur

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento Atualmente, o vício em heroína é um problema de saúde preocupante, e as informações sobre os efeitos eletrocardiográficos da heroína são limitadas. Objetivos O objetivo do presente estudo é investigar os efeitos da dependência de heroína em parâmetros eletrocardiográficos. Métodos Um total de 136 indivíduos, incluindo 66 indivíduos que fumam heroína como grupo de estudo e 70 indivíduos saudáveis sem dependência de drogas como grupo de controle, foram incluídos no estudo. Indivíduos que injetam heroína foram excluídos. A avaliação eletrocardiográfica (ECG) dos usuários de heroína foi realizada e comparada com as do grupo controle. Além disso, os ECGs pré e pós-tratamento do grupo usuário de heroína foram comparados. Um valor de p<0,05 foi aceito como estatisticamente significativo. Resultados A frequência cardíaca (77,2±12,8 versus 71,4±11,2; p=0,02) foi maior no grupo usuário de heroína em comparação com o grupo controle. Os intervalos QT (341,50±25,80 versus 379,11±45,23; p=0,01), QTc (385,12±29,11 versus 411,3±51,70; p<0,01) e o intervalo do pico ao fim da onda T (Tpe) (65,41±10,82 versus 73,3±10,13; p<0,01) foram significativamente menores no grupo usuário de heroína. Nenhuma diferença foi observada entre os grupos com respeito às razões Tpe/QT e Tpe/QTc. Na análise de subgrupo do grupo usuário de heroína, os intervalos QT (356,81±37,49 versus 381,18±40,03; p<0,01) e QTc (382,06±26,41 versus 396,06±29,80; p<0,01) foram significativamente mais curtos no período pré-tratamento. Conclusão O vício em heroína afeta significativamente os intervalos de tempo QT, QTc e Tpe. Os efeitos de arritmia desses parâmetros já são conhecidos. Os parâmetros eletrocardiográficos desses indivíduos merecem mais atenção. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1135-1141)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Heroin addiction is currently a significant health problem, and information on the electrocardiographic effects of heroin is limited. Objetivo The aim of the present study is to investigate effects of heroin addiction on electrocardiographic parameters. Methods A total of 136 individuals, including 66 individuals who smoke heroin as the study group and 70 healthy individuals with no drug addiction as the control group, were included in the study. Individuals who inject heroin were excluded. Electrocardiographic (ECG) evaluation of those using heroin was performed and compared with those of the control group. In addition, pre-treatment and post-treatment ECG of the heroin group were compared. A p-value of <0.05 was accepted as statistically significant. Results Heart rate (77.2±12.8 versus 71.4±11.2; p=0.02) were found to be higher in the heroin group compared to the control group. QT (341.50±25.80 versus 379.11±45.23; p=0.01), QTc intervals (385.12±29.11 versus 411.3±51.70; p<0.01), and T peak to end time (Tpe) (65.41±10.82 versus 73.3±10.13; p<0.01) were significantly shorter in the heroin group. No difference was observed between the groups with regard to Tpe/QT and Tpe/QTc ratios. In the subgroup analysis of the heroin group, QT (356.81±37.49 versus 381.18±40.03; p<0.01) and QTc (382.06±26.41 versus 396.06±29.80; p<0.01) intervals were significantly shorter in the pre-treatment period. Conclusion Heroin addiction significantly affects the QT, QTc, and Tpe time intervals. The arrhythmia effects of these parameters are well known. More attention to the electrocardiographic parameters of these individuals should be given. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1135-1141)
  • Droga Heroica de Dreser x Sinfonia Eroica de Beethoven Minieditorial

    Pinho, Claudio
  • Escore de Cálcio Coronário e Estratificação do Risco de Doença Arterial Coronariana em Pacientes com Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Aterosclerótico e não-Aterosclerótico Artigo Original

    Negrão, Edson Marcio; Freitas, Maria Cristina Del Negro Barroso; Marinho, Patricia Beatriz Christino; Hora, Thiago Falcão; Montanaro, Vinicius Viana Abreu; Martins, Bernardo Jose Alves Ferreira; Ramalho, Sergio Henrique Rodolpho

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento O acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) e a doença arterial coronariana (DAC) coexistem frequentemente e compartilham fatores de risco para doença aterosclerótica. Segundo a American Heart Association , os subtipos de AVEi podem ser considerados equivalentes de risco para DAC, mas a evidência para o AVEi não-aterosclerótico não está bem definida. Além disso, o escore de cálcio coronário (CAC) é um marcador preciso para estimar o risco de DAC. Entretanto, a distribuição do CAC pelos subtipos de AVEi ainda não foi bem caracterizada. Objetivos Comparar o CAC entre os grupos de AVEi ateroscleróticos e não ateroscleróticos, e determinar quais covariáveis estão associadas a CAC alto no AVEi Métodos Em um estudo transversal, incluímos todos os pacientes com AVEi, com idades entre 45 a 70 anos no momento do acidente vascular, consecutivamente admitidos em um hospital de reabilitação entre agosto de 2014 e dezembro de 2016, sem DAC prevalente. Todos os pacientes passaram por tomografia computadorizada (TC), para medir o CAC. CAC≥100 foi considerado alto risco de DAC. O nível de significância foi p<0,05. Resultados Dos 244 pacientes estudados (média de idade de 58,4±6,8 anos; 49% do sexo feminino), 164 (67%) apresentavam etiologia não-aterosclerótica. As proporções de CAC≥100 foram semelhantes entre os grupos ateroscleróticos e não-ateroscleróticos (33% [n=26] x 29% [n=47]; p= 0,54). Entre todos os pacientes com AVEi, apenas os de idade ≥60 anos foram associados independentemente a CAC≥100 (RC 3,5; 95% IC 1,7-7,1), ajustado para hipertensão, dislipidemia, diabetes, sedentarismo, e histórico familiar de DAC. Conclusão O AVEi aterosclerótico não apresentou risco maior de DAC quando comparado ao AVEi não-aterosclerótico de acordo com o CAC. Apenas a faixa etária ≥60 anos – mas não a etiologia - foi associada independentemente a CAC≥100. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1144-1151)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Ischemic Stroke (IS) and Coronary Artery Disease (CAD) frequently coexist and share atherosclerotic disease risk factors. According to the American Heart Association, IS subtypes may be considered CAD risk equivalents, but the evidence for non-atherosclerotic IS is uncertain. Additionally, the Coronary Calcium Score (CCS) is an accurate marker to address CAD risk; however, CCS distribution between IS subtypes is not well characterized. Objectives To compare the CCS between atherosclerotic and non-atherosclerotic IS groups; and to determine which covariates were associated with high CCS in IS. Methods This cross-sectional design included all patients with IS, 45 to 70 years of age at the time of the stroke, consecutively admitted to a rehabilitation hospital between August 2014 and December 2016, without prevalent CAD. All patients underwent CT scanning for CCS measurement. CCS≥100 was considered a high risk for CAD, with a significance level of p<0.05. Results From the 244 studied patients (mean age 58.4±6.8 years; 49% female), 164 (67%) had non-atherosclerotic etiology. The proportions of CCS≥100 were similar between the atherosclerotic and the non-atherosclerotic groups (33% [n=26] x 29% [n=47]; p= 0.54). Among all IS patients, only age ≥60 years was independently associated with CCS≥100 (OR 3.5; 95%CI 1.7-7.1), accounting for hypertension, dyslipidemia, diabetes, sedentarism, and family history of CAD. Conclusion Atherosclerotic IS did not present a greater risk of CAD when compared to non-atherosclerotic IS according to CCS. Only age ≥60 years, but not etiology, was independently associated with CCS≥100.
  • Escore de Cálcio Coronariano. Existe Diferença entre os Subtipos de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico? Minieditorial

    Camilo, Millene Rodrigues; Pontes-Neto, Octávio Marques
  • Padronizando a Exposição à Radiação durante o Cateterismo Cardíaco em Crianças com Cardiopatia Congênita: Dados de um Registro Multicêntrico Brasileiro Artigo Original

    Manica, João Luiz; Duarte, Vanessa Oliveira; Ribeiro, Marcelo; Hartley, Adam; Petraco, Ricardo; Pedra, Carlos; Rossi, Raul

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento Nos últimos anos, o recente aumento no número de procedimentos intervencionistas tem resultado em crescente preocupação em relação à exposição radiológica por pacientes e equipe médica. A avaliação da exposição dos níveis de radiação em crianças é difícil devido à grande variabilidade no peso corporal. Portanto, os valores de referência de radiação não estão bem definidos para essa população. Objetivos Avaliar e validar a razão do produto dose-área (DAP) em relação ao peso corporal como uma medida de referência de radiação em cateterismos cardíacos em crianças. Métodos Estudo multicêntrico observacional com dados do Registro Brasileiro de Cateterismo Cardíaco em Cardiopatias Congênitas (CHAIN) de março de 2013 a junho de 2014. Os critérios de inclusão foram: pacientes <18 anos submetidos a procedimentos hemodinâmicos para cardiopatia congênita, com DAP devidamente registrado. Foram considerados diferenças estatísticas significativas os valores de p < 0,05. Resultados Este estudo avaliou 429 pacientes com idade e peso medianos de 50 (10, 103) meses e 15 (7, 28) kg, respectivamente. O DAP mediano foi de 742,2 (288,8, 1.791,5) μGy.m2. Houve uma boa correlação entre o DAP e o produto peso/tempo de fluoroscopia (rs=0,66). Não foi observada diferença estatisticamente significativa na relação DAP/peso entre procedimentos terapêuticos e diagnósticos. Houve ampla variação da relação DAP/peso entre os procedimentos terapêuticos (p<0.001). Conclusões A proporção DAP/peso é a medida mais simples e aplicável para avaliar a exposição radiológica em uma população pediátrica. Apesar da escassa literatura disponível, as doses obtidas no presente estudo foram semelhantes àquelas encontradas anteriormente. Estudos de validação e comparação são importantes na avaliação do impacto de estratégias para redução da exposição radiológica nessa população. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background In recent years the increasing number of interventional procedures has resulted in growing concerns regarding radiation exposure for patients and staff. The evaluation of radiation exposure in children is difficult due to the great variability in body weight. Therefore, reference levels of radiation are not well defined for this population. Objectives To study and validate the ratio of dose-area product (DAP) to patient weight as a reference measurement of radiation for hemodynamic congenital heart disease procedures in children. Methods This observational multicenter study uses data obtained from a Brazilian registry of cardiac catheterization for congenital heart disease from March 2013 to June 2014. Inclusion criteria were all patients aged <18 years old undergoing hemodynamic procedures for congenital heart disease, with recorded DAP doses. P-value < 0.05 was considered as statistically significant. Results This study evaluated 429 patients with median age and weight of 50 (10, 103) months and 15 (7, 28) kg, respectively. Median DAP was 742.2 (288.8, 1,791.5) μGy.m2. There was a good correlation between DAP and weight-fluoroscopic time product(rs=0.66). No statistically significant difference was observed in DAP/weight ratio between therapeutic and diagnostic procedures. There was a wide variation in the DAP/weight ratio among the therapeutic procedures (p<0.001). Conclusions The DAP/weight ratio is the simplest and most applicable measurement to evaluate radiation exposure in a pediatric population. Although there is limited literature available, the doses obtained in the present study were similar to those previously found. Ongoing research is important to evaluate the impact of strategies to reduce radiation exposure in this population (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)
  • A Importância da Radiação de Referência Minieditorial

    Christiani, Luiz Alberto Alberto
  • Desigualdades nas Taxas de Mortalidade por Malformações do Sistema Circulatório em Crianças Menores de 20 Anos de Idade entre Macrorregiões Brasileiras Artigo Original

    Salim, Thais Rocha; Andrade, Thayanne Mendes; Klein, Carlos Henrique; Oliveira, Gláucia Maria Moraes de

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamentos Os óbitos por malformações do aparelho circulatório (MAC) em 2015 corresponderam a 43% daqueles por malformações congênitas (MC) em menores de 20 anos de idade no mundo. Os óbitos por MAC apresentam maior impacto sobre a redução da mortalidade, pelo fato de serem evitáveis na maioria das vezes, com o correto diagnóstico e tratamento. Objetivo Conhecer a distribuição da mortalidade por MAC por sexo, grupos etários e macrorregiões do Brasil no período de 2000 a 2015, nos menores de 20 anos de idade. Métodos Estudo descritivo das taxas de mortalidade por 100 mil e sua mortalidade proporcional, por MAC, outras malformações congênitas (OutMC), doenças do aparelho circulatório (DAC), causas mal definidas (CMD) e causas externas (CE) no Brasil, no período de 2000 a 2015 nos menores de 20 anos. As populações foram obtidas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e os óbitos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde/Ministério da Saúde. Resultados Ocorreram 1.367.355 óbitos por todas as causas nos menores de 20 anos de idade, sendo 61,7% do sexo masculino e 55,0% dos óbitos nos menores de 1 ano. Os óbitos por MC em quaisquer órgãos ou sistemas foram 144.057 e os por MAC corresponderam a 39% desses óbitos. Em ambos os sexos, a mortalidade anual por MAC foi de 5,3/100 mil habitantes e a mortalidade proporcional (MP) foi de 4,2%, por DAC 2,2%, por CMD 6,2% e por CE 24,9%. As MAC não especificadas apresentaram as maiores taxas de MP em todas as idades e sexos, notadamente nas regiões Norte e Nordeste (60%). Os óbitos por quaisquer MC ocorreram 5,7 vezes mais no primeiro ano de vida do que nas outras faixas etárias (MAC: 5,0; OutMC: 6,4). Conclusão No Brasil, de 2000 a 2015, nos menores de 20 anos de idade, a MAC foi a principal causa de óbito dentre todas as malformações, sendo duas vezes mais importante do que as DAC, principalmente nos menores de 1 ano de idade.A frequência de diagnósticos imprecisos de óbitos por MAC ainda é elevada em todas as idades, sexos, e principalmente nas regiões Norte e Nordeste, o que requer fortalecimento das estratégias de saúde pública e maior atenção ao recém-nascido com objetivo de diagnosticar e instituir tratamento precoce das cardiopatias congênitas com consequente redução na mortalidade. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1164-1173)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Deaths from malformations of the circulatory system (MCS) have a major impact on mortality reduction. given that most cases are avoidable with correct diagnosis and treatment. Objectives To describe the distribution of mortality from MCS by sex. age. and macroregion in Brazil. in individuals under the age of 20. between 2000 and 2015. Methods A descriptive study of mortality rates and proportional mortality (PM) from MCS. other congenital malformations (OCM). circulatory system disease (CSD). ill-defined causes (IDC). and external causes (EC) in Brazil. Results There were 1.367.355 deaths from all causes in individuals younger than 20. 55.0% under 1 year of age. A total of 144.057 deaths were caused by congenital malformations. 39% of them by MCS. In both sexes. the annual mortality from MCS was 5.3/100.000. PM from MCS was 4.2%. CSD 2.2%. IDC 6.2% and EC 24.9%. Unspecified MCS showed the highest PM rates in both sexes and age groups. especially in the north and northeast regions (60%). Deaths from malformations occurred 5.7 times more frequently during the first year of life than in other ages (MCS: 5.0; OCM: 6.4). Conclusions MCS was the leading cause of death among all malformations. being twice as important as CSD. mainly under 1 year of age. The frequency of misdiagnosis of MCS as cause of death was high in all ages and both sexes. especially in the north and northeast regions. These findings highlight the need for the development of public health strategies focused on correct diagnosis and early treatment of congenital cardiopathies. leading to a reduction in mortality. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(6):1164-1173)
  • Mortalidade em Doenças Cardíacas Congênitas no Brasil - o que sabemos? Minieditorial

    Soares, Andressa Mussi
  • Panorama e Estratégias no Diagnóstico e Tratamento de Cardiopatias Congênitas no Brasil Minieditorial

    Selig, Fabio Augusto
  • Recomendações para o Manejo de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis Post Mortem Carta Científica

    Oliveira, Júlio César de; Fagundes, Alexsandro Alves; Alkmim-Teixeira, Ricardo; Baggio Junior, José Mário; Armaganijan, Luciana; d’Avila, Andre; Saad, Eduardo B.; Andrade, Veridiana Silva de; Moraes, Luis Gustavo Belo de; Kuniyoshi, Ricardo; Rezende, André Gustavo da Silva; Pimentel, Mauricio; Rodrigues, Thiago da Rocha; Brito Junior, Helio Lima de; Nadalin, Elenir; Pisani, Cristiano Faria; Arfelli, Elerson; Cintra, Fatima Dumas; Kalil, Carlos Antonio Abunader; Melo, Sissy Lara de; Cannavan, Priscila Moreno Sperling

    Resumo em Português:

    Resumo O manejo de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis de pacientes que evoluem a óbito tem sido motivo de controvérsia. Em nosso meio, não há recomendações uniformes, estando baseadas exclusivamente em protocolos institucionais e em costumes regionais. Quando o cadáver é submetido para cremação, além de outros cuidados, recomenda-se a retirada do dispositivo devido ao risco de explosão e dano do equipamento crematório. Principalmente no contexto da pandemia causada pelo SARS-Cov-2, a orientação e organização de unidades hospitalares e serviços funerários é imprescindível para minimizar o fluxo de pessoas em contato com fluidos corporais de indivíduos falecidos por COVID-19. Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas elaborou este documento com orientações práticas, tendo como base publicações internacionais e recomendação emitida pelo Conselho Federal de Medicina do Brasil.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The management of cardiac implantable electronic devices after death has become a source of controversy. There are no uniform recommendations for such management in Brazil; practices rely exclusively on institutional protocols and regional custom. When the cadaver is sent for cremation, it is recommended to remove the device due to the risk of explosion and damage to crematorium equipment, in addition to other precautions. Especially in the context of the SARS-CoV-2 pandemic, proper guidance and organization of hospital mortuary facilities and funeral services is essential to minimize the flow of people in contact with bodily fluids from individuals who have died with COVID-19. In this context, the Brazilian Society of Cardiac Arrhythmias has prepared this document with practical guidelines, based on international publications and a recommendation issued by the Brazilian Federal Medical Council.
  • Trombose de Prótese Mecânica Aórtica em Mulher de 65 Anos com Infecção pelo SARS-CoV-2 Carta Científica

    Jacob, Marcos H. F.; Leal, Tatiana C.A.T.; Soares, Paulo Rogério; Soeiro, Alexandre de Matos
  • Papel do Endotélio na COVID-19 Grave Carta Científica

    Brandão, Simone Cristina Soares; Godoi, Emmanuelle Tenório Albuquerque Madruga; Ramos, Júlia de Oliveira Xavier; Melo, Leila Maria Magalhães Pessoa de; Dompieri, Luca Terracini; Brindeiro Filho, Djair Falcão; Sarinho, Emanuel Sávio Cavalcanti
  • Tópicos Emergentes em Insuficiência Cardíaca: O Futuro na Insuficiência Cardíaca: Telemonitoramento, Wearables , Inteligência Artificial e Ensino na Era Pós-Pandemia Carta Científica

    Freitas Jr, Aguinaldo F; Silveira, Fábio S.; Conceição-Souza, Germano E.; Canesin, Manoel F.; Schwartzmann, Pedro V.; Bernardez-Pereira, Sabrina; Bestetti, Reinaldo B.
  • Tópicos Emergentes em Insuficiência Cardíaca: Abordagem Contemporânea da Insuficiência Cardíaca Avançada Carta Científica

    Marcondes-Braga, Fabiana G.; Vieira, Jefferson L.; Souza Neto, João David de; Calado, Gustavo; Ayub-Ferreira, Silvia Moreira; Bacal, Fernando; Clausell, Nadine
  • Tópicos Emergentes em Insuficiência Cardíaca: Perspectivas Futuras Carta Científica

    Oliveira Jr, Mucio Tavares de; Villacorta, Humberto; Bittencourt, Marcelo Imbroinise; Barretto, Antônio Carlos Pereira; Mesquita, Evandro Tinoco; Rohde, Luis Eduardo
  • Massa Valvar Mitral em Paciente com Suspeita de Lúpus Sistêmico: Tumor, Endocardite ou Ambos? Imagem

    Coutinho, Thiago Sant’Anna; Almeida, Bárbara Cristina Rodrigues de; Amorim, Guilherme Dalcol Torres de; Zappa, Monica; Weksler, Clara; Lamas, Cristiane da Cruz

    Resumo em Português:

    Resumo Apresentamos o relato de caso de uma paciente com mixoma valvar mitral infectado e uma revisão da literatura sobre o assunto. Uma mulher de 33 anos apresentou histórico de febre e dispneia com evolução de alguns dias. Na hospitalização, ela apresentava uma síndrome semelhante ao lúpus, com hemoculturas positivas para Haemophilus spp . O ecocardiograma revelou uma massa gigante envolvendo ambos os folhetos mitrais associada à regurgitação grave, necessitando de troca valvar mitral biológica. A microscopia revelou mixoma infectado e a paciente recebeu alta assintomática após o término da antibioticoterapia. Ela apresentou bons resultados no seguimento. Este é o sexto caso de mixoma valvar mitral infectado relatado na literatura e o terceiro caso de mixoma cardíaco infectado pelo grupo HACEK. Devido à alta incidência de eventos embólicos, a antibioticoterapia precoce aliada à pronta intervenção cirúrgica são decisivos para a redução da morbimortalidade. O tempo para o diagnóstico foi muito mais breve do que o geralmente relatado em casos de endocardite por HACEK. A troca valvar foi a intervenção mais comum e todos os pacientes em relatos de caso anteriores apresentaram bons resultados no seguimento.

    Resumo em Inglês:

    Abstract We present a case report of a patient with an infected mitral valve myxoma and a literature review on the subject. A 33-year-old female presented with a history of fever and dyspnea evolving over a few days. On admission, she had a lupus-like syndrome with positive blood cultures for Haemophilus species . Echocardiogram revealed a giant mass involving both mitral leaflets causing severe regurgitation, requiring biological mitral valve replacement. Microscopy showed an infected myxoma and the patient was discharged asymptomatic upon completion of antibiotics. She did well on follow-up. This is the sixth case of an infected mitral valve myxoma reported in the literature and the third case of a cardiac myxoma infected by the HACEK group. Exceedingly high incidence of embolic events makes prompt imaging, antibiotic therapy and surgery crucial for better outcomes. Time to diagnosis was much briefer than usually reported in other cases of HACEK endocarditis. Valve replacement was the most common surgical procedure and all patients from previous reports did well on follow-up.
  • Tromboembolismo Pulmonar em um Paciente Jovem com COVID-19 Assintomático Relato De Caso

    Borges, Nicolas H.; Godoy, Thiago M.; Pereira, Marcos Roberto Curcio; Stocco, Rebecca B.; Dias, Viviane Maria de Carvalho Hessel; Baena, Cristina Pellegrino; Marques, Gustavo Lenci
  • Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular: Valores e Limitações Carta Ao Editor

    Karsten, Marlus; Vieira, Ariany Marques; Ghisi, Gabriela Lima de Melo
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC Avenida Marechal Câmara, 160, sala: 330, Centro, CEP: 20020-907, (21) 3478-2700 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil, Fax: +55 21 3478-2770 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@cardiol.br