Racional:
Sabe-se que os maiores riscos na ressecção endoscópica da submucosa são o sangramento e a perfuração. A criação de um coxim submucoso duradouro é essencial para a remoção da lesão completa e com segurança. Atualmente não se conhece um modelo experimental adequado para avaliação da durabilidade do coxim submucoso com diferentes soluções.
Objetivo
: Descrever um modelo experimental melhorado para avaliar soluções de injeção de submucosa.
Métodos:
Foram utilizados quatro porcos domésticos para avaliar dois tipos diferentes de soluções para injeção na submucosa gástrica. Após laparotomia mediana, a parede gástrica anterior foi aberta no sentido corpo-antro e sua superfície mucosa foi exposta por eversão da abertura gástrica. Dois tipos diferentes de solução (manitol a 10% e solução salina normal) foram injetados na submucosa da parede gástrica anterior de corpo distal. Todos os coxins submucosos foram injetados até que alcançassem o mesmo tamanho, padronizado como 1,0 cm de altura por 2,0 cm de diâmetro. Foram aplicados régua e compasso para garantir a acurácia das medidas.
Resultados:
O experimento foi completo nos quatro animais. Todos os coxins submucosos tinham o mesmo tamanho, medido com régua e compasso. Com o uso da solução de manitol, a duração média do coxim submucoso foi maior que a da solução salina: 20 e 22 min (média 21 min) vs 5 e 6 min (média 5,5 min).
Conclusões:
Este modelo experimental é simples e permite analisar duração, tamanho e efeito do coxim submucoso, tornando-se mais confiável que outros modelos que empregam estômagos ressecados de porcos ou imagens endoscópicas de modelos porcinos vivos.
Câncer gástrico precoce; Ressecção mucosa endoscópica; Dissecção endoscópica de submucosa