Racional: Correção de hérnia inguinal é o procedimento mais comum em cirurgia geral, sendo que 80.000 operações são realizadas anualmente na Grã-Bretanha, 100.000 na França e 700.000 nos EUA. Dada à sua alta frequência tem grande impacto, tanto nos aspectos médicos como nos econômicos.
Objetivo: Analisar as complicações pós-operatórias imediatas comparando hernioplastia com e sem tela.
Método: Ensaio clínico randomizado, com a inclusão de 263 pacientes que foram submetidos à operação de hérnia inguinal, randomizados por tabela de randomização. Os tratamentos foram para o grupo com tela Lichtenstein e ao sem malha técnica de Bassini. Usaram-se envelopes sequencialmente numeradas opacos após terem sido cumpridos os critérios de inclusão. As variáveis analisadas foram: dor pós-operatória, seroma, hematoma, infecção, retorno às atividades normais e recorrência.
Resultados: A idade média foi de 55,5 anos; 88% dos pacientes eram mulheres e 12% homens. A dor foi maior nos pacientes operados com tela.
Conclusões: O grupo com tela teve menos complicações pós-operatórias imediatas e significativamente mais rápido retorno ao trabalho do que hernioplastia sem tela, sendo esta uma das conclusões mais importantes.
Hérnia inguinal; Telas cirúrgicas; Complicações pós-operatórias