RESUMO
Racional:
A cirurgia bariátrica pode ter um impacto negativo na estrutura óssea bucal.
Objetivo:
Verificar o padrão ósseo alveolar por meio de índices radiomorfométricos da radiografia panorâmica e medidas lineares realizadas em radiografias periapicais, em pacientes eutróficas e obesas mórbidas antes e após a cirurgia bariátrica.
Métodos:
A amostra foi constituída por 31 mulheres com idade de 20 a 35 anos, sendo divididas em dois grupos: grupo obeso (GO-obesas de grau III) e grupo controle (GC-eutróficas). Foram avaliadas 20 eutróficas e 11 obesas mórbidas no pré e pós-operatório de operação bariátrica (seis meses). Índices radiomorfométricos e de placa dentária em ambos os grupos foram avaliados nos tempos T0 (baseline) e T1 (seis meses). Na análise radiográfica foram avaliados o padrão trabecular através da escada visual de Lindh e a perda óssea por meio do cálculo da distância da junção cemento-esmalte à crista óssea, em radiografias periapicais. Já as radiografias panorâmicas mensuram índice da cortical mandibular (ICM), índice mentoniano (IM) e índice panorâmico mandibular (IPM), além do índice de placa de Turesky.
Resultados:
Houve perda óssea significativa em T1 em pacientes do GO, quando comparada com as eutróficas (p<0,05). O padrão trabecular tornou-se mais esparso após a operação apresentando diferença visual. No índice de placa foi observada ligeira melhora após a operação e os eutróficos mantiveram valores similares ao longo do tempo.
Conclusão:
Pacientes obesas apresentam maior perda óssea, a qual piora após a operação bariátrica, quando comparada com pacientes eutróficas. O mesmo acontece com o trabeculado ósseo que se torna mais esparso após a operação.
DESCRITORES:
Obesidade mórbida; Mandíbula; Implante dentário Subperiósteo