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Efetividade da punção ecoendoscópica no diagnóstico de massa pancreática sólida

RACIONAL: Ecoendoscopia é técnica mista que adiciona as vantagens da endoscopia àquelas da ecografia, somente que o procedimento ecográfico é realizado do interior dos órgãos para fora deles, no sentido centrífugo. OBJETIVO: Verificar a positividade da ecoendoscopia na punção com agulhas (EEPTN) ou (EE-PAF) em tumores sólidos pancreáticos baseados na técnica utilizada pelo Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo. MÉTODOS: Cohorte retrospectiva de 138 pacientes que realizaram ecoendoscopia com punção aspirativa por agulha fina (EE-PAAF) no período de maio de 2004 a junho de 2007. Os dados foram coletados por meio de consulta aos prontuários, constantes do arquivo médico. O critério de inclusão foi a presença de massa pancreática sólida à tomografia computadorizada e o critério de exclusão a presença de tumor pancreático não sólido. Foram utilizadas as seguintes variáveis: característica da massa (tamanho, localização, presença de linfonodo peripancreático, presença de linfonodo em tronco celíaco); número de punções para obtenção de microfragmento; citologia e experiência do profissional executante. O aparelho utilizado foi um ecoendoscópio da marca Olympus, modelo OLYMPUS EUS (EYS) EXERA EU-C60, com transdutor setorial eletrônico e agulhas de 22 gauges da marca Boston Scientific. RESULTADOS: Setenta e seis (55,4 %) deles eram do sexo masculino e 61 (44,5 %) do feminino. A idade variou de 16 a 87 anos, com média de 59,9 anos. As lesões foram cefálicas em 94 (68,1 %) dos casos. Massas maiores que 4 cm tiveram percentual de positividade maior, chegando a 40%, mas as lesões menores que 2 cm obtiveram percentual de 43 % de inconclusivo. A obtenção de microfragmentos foi conseguida em 100% dos casos positivos e apenas 73,1 %, quando negativo (P=0,004). Não houve diferença estatística em relação à experiência do endoscopista. Apenas 80 pacientes tiveram anotado o número de punções e notou-se que existe melhor desempenho quanto maior for o número delas. O diagnóstico anatomopatológico definitivo de neoplasia pancreática ocorreu em apenas 41 (29,7 %) indivíduos. CONCLUSÕES: Em relação às características da massa, quanto maior ela era maior a positividade do método; a localização não correlacionou com maior positividade; há tendência de positividade quando presentes os linfonodos peripancreáticos; em relação ao número de punções, quanto maior o número delas, maior a positividade do método; em relação à experiência do profissional, não houve diferença no índice de positividade da punção da massa pancreática sólida.

Massa pancreática sólida; Ecoendoscopia; Punção


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