RESUMO
Racional:
Colangiocarcinoma é neoplasia agressiva que geralmente exige drenagem biliar paliativa. A terapia fotodinâmica (TFD) tem sido descrita como tratamento adjunto bem-sucedido para tratar obstrução biliar maligna.
Objetivo:
Descrever o emprego do colangioscópio digital para ajudar a fornecer luz de laser durante sessão de TFD biliar usando fonte de luz desenvolvida localmente.
Método:
Paciente recebe fotossensibilizador intravenoso 24 h antes do procedimento que começa com duodenoscopia regular. Após a identificação da papila principal e da canulação retrógrada, o colangioscópio digital é introduzido no ducto biliar comum. Em seguida, o exame colangioscópico ajuda a identificar a estenose neoplásica. Sob visualização direta, o cateter de iluminação avança através do colangioscópio. Reposicionamento é feito a cada centímetro. Ao final colangioscopia avalia o ducto biliar quanto ao resultado imediato e a eventos adversos.
Resultado:
Este procedimento foi aplicado em um homem de 82 anos devido à icterícia obstrutiva nos últimos dois meses. EUS e CPRE revelaram dilatação grave do ducto biliar comum associada à coledocolitíase. Além disso, havia dilatação do ducto hepático até massa sólida hipoecóica bem circunscrita, medindo 1,8x2 cm, comprimindo o ducto hepático comum. Ela foi considerada irressecável e paciente encaminhado para tratamento paliativo com TFD que permaneceu assintomático por três meses. Morreu devido a complicações 15 meses após a sessão de TFD.
Conclusão:
A TFD biliar guiada por colangioscopia digital é viável e parece segura e eficaz como modalidade auxiliar na paliação de colangiocarcinoma extra-hepático.
DESCRITORES:
Endoscopia; Colangiocarcinoma; Icterícia; CPRE