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HEPATECTOMIA PARA O TRATAMENTO DO ABSCESSO HEPÁTICO PIOGÊNICO: ABORDAGEM DE EXCEÇÃO?

RESUMO

Racional:

A drenagem percutânea do abscesso hepático piogênico tem sido considerada padrão-ouro para o tratamento na maioria dos casos. Mais raramente, quando essa abordagem falha ou em casos de abscessos multiloculados, a ressecção daquele segmento ou lobo destruído pode resolver o contexto infeccioso.

Objetivo:

Relatar uma série de doentes com abscesso hepático que foram submetidos a hepatectomia.

Método:

Onze doentes foram operados. A idade variou de 45-73 anos (média e mediana 66). Foram oito homens e três mulheres. As causas foram: idiopática (n=4), biliar (n=2), radiofrequência (n=2), portal (n=1), arterial (n=1), e extensão direta (n=1). A média do tamanho das lesões foi 9,27 cm (6-20).

Resultados

A média de tempo cirúrgico foi de 180 min (120-300). A média de sangramento intra-operatório foi de 448 ml (50-1500 ml). Os procedimentos cirúrgicos foram: hepatectomia D (n=4), hepatectomia E (n=3), setorectomia lateral E (n=1), setorectomia posterior D (n=2), ressecção do S8 (n=1) e S1 (n=1). A morbidade pós-operatória foi 30%, enquanto a mortalidade foi nula. Mediana de internação foi de 18 dias (5-45). A mediana de seguimento foi 49 meses (13-78). Houve uma única recidiva de lesão.

Conclusão:

Embora a hepatectomia possa ser considerada conduta de exceção para tratamento do abscesso hepático piogênico, ela deve ser boa opção terapêutica em situações especiais.

DESCRITORES:
Laparoscopia; Hepatectomia; Abscesso hepático/cirurgia

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