RESUMO
Racional: A abordagem cirúrgica para câncer da junção esofagogástrica (JEG), Siewert II, tem sido controversa em relação ao controle de margem de segurança, reconstrução e extensão da linfadenectomia. Portanto, prever a necessidade de esofagectomia e gastrectomia proximal (EGP) ou gastrectomia total com esofagectomia distal (GTED) pode ser um desafio. Historicamente, as taxas de complicações do EGP são mais elevadas, influenciando no tratamento adjuvante e os resultados em longo prazo.
Objetivos: Descrever a estratégia cirúrgica para abordagem dos cânceres Siewert II da JEG, com decisão intraoperatória entre gastrectomia total ou esofagectomia, baseada em biópsias intraoperatórios.
Métodos: Todos os pacientes foram submetidos à laparotomia, iniciando com descolamento da grande curvatura gástrica, preservando as artérias gastroepiplóica direita, gástrica direita e esquerda; dissecção do hiato esofágico e transecção do esôfago distal e biopsia de congelação. A GTED foi preferido se a margem proximal do esôfago distal fosse negativa e a EGP foi realizada por acesso transhiatal se a margem fosse positiva.
Resultados: Entre 38 pacientes com Siewert II, 26 (69%) foram submetidos a GTED e 12 (31%) foram submetidos a EGP e, independentemente da tendência a maiores taxas de complicações, margens positivas e menor sobrevida global no grupo EGP, não houve diferenças significantes entre os grupos.
Conclusões: A ausência de diferenças significativas na morbidade entre os dois procedimentos, tem o erro tipo II como possível causa. Este estudo sugere que esofagectomias desnecessárias podem ser evitadas sem comprometer os resultados cirúrgicos ou oncológicos e optando-se por um procedimento menos mórbido.
Palavras-chave:
Neoplasias Gástricas; Neoplasias Esofágicas; Procedimentos Cirúrgicos Operatórios; Oncologia cirúrgica
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