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Anastomose esofagogástrica manual versus mecânica pós-ressecção esofágica: revisão sistemática e metanálise

INTRODUÇÃO:

Deiscências e estenoses anastomóticas pós-operatórias são eventos dramáticos que causam aumento da morbimortalidade; por esta razão é sempre importante avaliar qual é o melhor meio de se fazer as anastomoses.

OBJETIVO:

Comparar as técnicas de anastomose esofagogástrica manual e mecânica, após ressecção de neoplasia maligna de esôfago, quanto à ocorrência de fístula, estenose, sangramento, complicações cardíacas e pulmonares, mortalidade e tempo cirúrgico.

MÉTODOS:

Foi realizada uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, que incluiu estudos de quatro bases de dados (Medline, Embase, Cochrane e Lilacs) usando a combinação dos descritores (anastomosis, surgical) and (esophagectomy).

RESULTADOS:

Treze ensaios clínicos randomizados foram incluídos, totalizando 1778 pacientes, sendo 889 no grupo da anastomose manual e 889 no grupo da anastomose mecânica. A anastomose mecânica reduziu o sangramento (p<0,03) e o tempo cirúrgico (p<0,00001) quando comparado à anastomose manual pós ressecção esofágica. No entanto, a anastomose mecânica aumentou o risco de estenose (NNH=33), complicações pulmonares (NNH=12) e mortalidade (NNH=33). Não houve diferença significativa em relação à formação de fístulas (p=0,76) e complicações cardíacas (p=0,96).

CONCLUSÃO:

Após ressecção de neoplasia esofágica, o uso da anastomose mecânica demonstrou reduzir o sangramento e o tempo cirúrgico, porém aumentou a incidência de estenose, complicações pulmonares e mortalidade.

Esofagectomia; Anastomose cirúrgica; Metanálise


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