RESUMO
Racional:
A busca de procedimentos cirúrgicos menos traumáticos, esteticamente melhores, sem comprometimento da eficácia e segurança, em conjunto com os avanços tecnológicos e maior experiência das equipes, levaram ao desenvolvimento de técnicas operatórias com incisões cada vez menores, as denominadas “cirurgias minimamente invasivas”.
Objetivo:
Avaliar os aspectos técnicos e resultados da colecistectomia por portal único.
Método:
Foram analisados 170 pacientes entre 18-74 anos submetidos à colecistectomias videolaparoscópicas por portal único, independente da indicação eletiva ou de urgência, sem restrição de seleção dos pacientes.
Resultados:
Das 170 operações, 158 foram exclusivamente realizadas por portal único, sendo que a taxa de conversão foi de 7% (inclusão de outros trocárteres acessórios ou conversão para multiportal). Já a conversão para laparotomia ocorreu em três casos (1,76%). A média de tempo cirúrgico foi de 67,97 min, mostrando decréscimo acentuado quando chegou-se perto dos 50 casos, e estabilização após a centésima operação. A taxa de complicação global foi de 10% sendo que em sua maior parte foram complicações leves como: dor incisional, hematomas, granulomas, hérnias no portal de acesso (9,41%).
Conclusão:
A colecistectomia por portal único consegue, após padronização técnica e treinamento da equipe cirúrgica, ser procedimento cirúrgico seguro, associado à vantagem estética reconhecida.
DESCRITORES:
Colecistectomia; Colecistectomia laparoscópica; Laparoscopia