Racional:
A utilização de telas nas herniorrafias foi grande revolução na área cirúrgica; contudo, elas trouxeram algumas dificuldades, como grande área de fibrose, maior dor pós-operatória e risco de infecção. A busca por novas substâncias que minimizem esses efeitos deve ser estimulada. As plantas medicinais se destacam por apresentaram conjunto de princípios ativos que podem atuar em todos esses problemas.
Objetivo:
Verificar se o óleo de copaíba influência no reparo de defeitos abdominais em ratos corrigidos com tela de Vicryl®.
Método:
Vinte e quatro ratas Wistar foram submetidas a um defeito abdominal e corrigidos com tela de Vicryl®. Elas foram distribuídas em dois grupos: controle e copaíba via gavagem, administrada durante sete dias após a operação. A análise dos animais ocorreu nos dias 8, 15 e 22 de pós-operatório. Foi analisada a quantidade de aderências e feita análise microscópica da tela.
Resultados:
Não houve diferença estatística em relação à quantidade de aderências. Todos os animais tiveram sinais de inflamação aguda. No grupo controle, houve menor quantidade de macrófagos nos animais do dia 8 em relação aos demais dias e maior quantidade de necrose no dia 8 do que no dia 22. No grupo copaíba, o número de gigantócitos aumentou em relação aos dias analisados.
Conclusão:
O óleo de copaíba mostrou melhora na resposta inflamatória acelerando o seu início; contudo, não interferiu na quantidade de aderências abdominais ou fibras colágenas.
Telas cirúrgicas; Cicatrização; Ratos