RESUMO
Racional:
Síndrome do intestino curto é condição clínica crítica e que precisa de pesquisa experimental.
Objetivo:
Avaliar o impacto da remoção da válvula ileocecal em um modelo de síndrome do intestino curto para investigar o comportamento do cólon nesta circunstância.
Método:
Quinze ratos Wistar foram divididos em três grupos de cinco: Controle (Sham), grupo I (enterectomia de 70% com preservação da válvula ileocecal), e grupo II (70% enterectomia de 70% excluindo a válvula ileocecal). Após a enterectomia foi restabelecido o trânsito com anastomose jejunoileal no grupo I e jejunocecal no grupo II. Os animais foram sacrificados no 30º dia do pós-operatório para histomorfometria do cólon. Durante este período, observou-se a evolução clínica semanal, incluindo a medição do peso corporal.
Resultados:
Grupos I e II apresentaram perda progressiva de peso. No grupo I houve diarreia, períneo hiperemiado e cor violácea do cólon durante a autópsia. A histomorfometria mostrou hipertrofia e hiperplasia da mucosa do cólon no grupo I. No grupo II a parede do cólon estava mais espessa devido à hipertrofia e hiperplasia das camadas muscular e mucosa onde a proliferação vascular e infiltração inflamatória foi intensa.
Conclusão:
Este modelo é factível e atingiu 100% de sobrevida. A perda de peso não foi alterada pela presença ou exclusão da válvula ileocecal. Animais com remoção de 70% do intestino delgado e presença da válvula ileocecal apresentaram melhor evolução clínica e adaptação histológica do cólon que os sem válvula ileocecal.
DESCRITORES:
Síndrome do intestino curto; Desnutrição proteico-calórica; Mucosa intestinal.