RESUMO
RACIONAL:
Há ainda lesões que podem ser perdidas nas colonoscopias. Muitas delas poderiam ser serrilhadas superficialmente elevadas ou deprimidas.
OBJETIVO:
Comparar as características histopatológicas destas lesões e seus riscos para carcinoma invasivo para a submucosa.
MÉTODO:
Estudo retrospectivo, transversal, observacional comparando 217 lesões serrilhadas superficialmente elevadas com mais de 5 mm e ressecadas por colonoscopias (G1) com 558 lesões deprimidas (G2).
RESULTADOS:
As 217 lesões do G1 foram encontradas em 12.653 colonoscopias (1,7%) enquanto as 558 do G2 ocorreram dentre 36.174 colonoscopias (1,5%). No G1, 63,4% eram mulheres e no G2 não houve predominância de gênero. O tamanho médio foi no G1, 16,2 mm e no G2, 9,2 mm (p<0,001). G1 predominaram no cólon proximal e G2, no distal e reto (p<0,001). No G1, ocorreram 214 (98,6%) neoplasias mucosas de baixo grau e três de alto grau (1,4%). Excluídos 126 pólipos hiperplásicos e considerados os 91 adenomas sésseis serrilhados, no G1 observou- se 88 (96,7%) neoplasias mucosas de baixo grau e três (3,3%) de alto grau, e no G2, 417 (74,7%) neoplasias mucosas de baixo grau 113 (20,3%) de alto grau e 28 (5,0%) adenocarcinomas invadindo a submucosa (p<0,001).
CONCLUSÕES:
As lesões deprimidas apresentaram significativamente mais neoplasias mucosas de alto grau e carcinomas invasivos para a submucosa do que as serrilhadas superficialmente elevadas e mais do que os adenomas sésseis serrilhados superficialmente elevados.
DESCRITORES:
Colonoscopia; Programas de Rastreamento; Neoplasias; Colo; Pólipos