Racional :
A obesidade está correlacionada com diversas comorbidades, dentre elas a doença do refluxo gastroesofágico. Ela tem como um de seus principais desencadeantes a hérnia do hiato, e como suas principais complicações a esofagite erosiva e o esôfago de Barrett.
Objetivo
: Correlacionar o grau do índice de massa corporal (IMC) com a presença e tamanho da hérnia hiatal, e com a presença e gravidade da esofagite erosiva e esôfago de Barrett.
Método
: Foi realizada análise retrospectiva de laudos endoscópicos pré-operatórios de 717 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. A hérnia de hiato esteve presente em 56 pacientes (8%), sendo que delas 44 eram pequenas, nove médias e cinco grandes. O grau da esofagite obedeceu o preconizado pela Classificação de Los Angeles.
Resultados
: Não houve correlação entre a presença ou tamanho da herniação hiatal com o IMC. Dos pacientes avaliados, 134 (18,7%) apresentavam esofagite erosiva. Dentre elas 104 (14,5%) eram grau A; 25 (3,5%) grau B e cinco (0,7%) grau C. Considerando-se apenas os portadores de esofagite erosiva, 77,6% eram grau A; 18,7% grau B; e 3,7% grau C. Foram identificados apenas dois casos de esôfago de Barrett (0,28% da amostra total).
Conclusão
: Observou-se correlação positiva entre o grau de esofagite com o aumento do IMC.
Obesidade mórbida; Refluxo gastroesofágico; Esofagite; Hérnia de hiato; Cirurgia bariátrica