FUNDAMENTOS:
Leishmaniose tegumentar americana é uma dermatozoonose de notificação compulsória com morbidade relevante, considerada endêmica no norte do Paraná.
OBJETIVOS:
Avaliar os aspectos clinicos, laboratoriais e epidemiológicos de pacientes com leishmaniose tegumentar americana atendidos no Hospital das Clinicas da Universidade Estadual de Londrina, Brasil (Paraná).
MÉTODOS:
Estudo observacional, transversal, retrospectivo com caráter descritivo. Realizada a avaliação dos prontuários médicos dos pacientes com leishmaniose tegumentar americana atendidos no Hospital Universitário de Londrina - Paraná, no período compreendido entre 1998 e 2009.
RESULTADOS:
Incluídos no estudo um total de 470 pacientes com uma prevalência de 8,72 casos/ 100.000 habitantes. A maior parte dos pacientes eram do sexo masculino, na faixa etária de 21 a 40 anos, com lesão única ulcerada como apresentação clínica mais comum, com localização principal em área descoberta. Dentre os testes imunológicos, a intradermoreação de Montenegro apresentou positividade em 84,4% dos casos. O tratamento com antimonial pentavalente foi bem tolerado, e o seguimento dos pacientes por um ano ocorreu em 59% dos casos.
CONCLUSÃO:
Leishmaniose tegumentar americana ainda é uma doença com caráter endêmico na região, com potencial mórbido elevado, porém com percentual de cura com o tratamento usual em torno de 95%. O uso de técnicas imunológicas facilita o diagnóstico de casos clinicamente duvidosos.
Doenças endêmicas; Epidemiologia; Leishmania; Úlcera cutânea