FUNDAMENTOS: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) tem se configurado como uma sub-epidemia no Brasil, devido ao crescente número de mulheres infectadas pelo vírus, a transmissão vertical aumentou significativamente, e devido à falta de tratamento profilático adequado, muitas crianças são infectadas e convivem com as manifestações da doença precocemente. Múltiplos são os sistemas acometidos pelo vírus HIV, sendo a pele muitas vezes o primeiro órgão acometido. OBJETIVOS: O estudo teve por objetivo analisar o perfil clínico-dermatológico e imunológico das crianças portadoras do vírus HIV na cidade de Manaus com a finalidade de identificar as dermatoses mais freqüentes que as acometem e relacioná-las com a deterioração de seu sistema imunológico. MÉTODOS: Realizou-se um estudo onde foram acompanhadas entre março de 2007 a julho de 2008, crianças portadoras do vírus HIV atendidas na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. Estas foram submetidas a exame dermatológico e a exames laboratoriais como dosagem de carga viral, CD4+, CD8+. RESULTADOS: Durante o período estudado, foram atendidas 70 crianças HIV+, todas já apresentavam AIDS e tinham sido contaminadas por transmissão vertical. A média de dermatose por criança foi de 1,73 sendo que 95,5% apresentaram pelo menos uma dermatose. As manifestações mais freqüentes foram: dermatite atópica (22,9%), prurigo estrófulo (20%) e verruga (18,6%). CONCLUSÃO: As crianças com HIV/AIDS apresentaram mais dermatoses do que as crianças sem HIV/AIDS. Não houve diferença estatística em relação às dermatoses entre o grupo de crianças que estava em uso de Terapia antiretroviral (TARV) e o que não estava.
crianças com deficiência; dermatopatias; HIV; menores de idade