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Perfil epidemiológico e histopatológico do melanoma cutâneo em um centro do nordeste brasileiro de 2000 a 2010

FUNDAMENTOS:

Apesar de representar apenas 3-4% dos tumores malignos de pele, o melanoma cutâneo é o mais agressivo e letal deles. O conhecimento estatístico do comportamento biológico deste tumor em nosso meio ambiente é fundamental para orientar a prática ambulatorial diária e para auxiliar políticas de saúde pública.

OBJETIVOS:

Analisar o perfil de pacientes com melanoma cutâneo diagnosticados em serviço de referência em patologia em Teresina-Piauí no período de 2000 a 2010.

MÉTODOS:

Estudo retrospectivo de pacientes com melanoma diagnosticados entre 2000 e 2010 no Hospital São Marcos, Teresina-Piauí-Brasil. Estudou-se laudos histopatológicos e realizou-se análises estatísticas com o programa SPSS 19,0.

RESULTADOS:

Um total de 25 melanomas in situ, 199 invasivos e 89 metastáticos de sítio primário desconhecido foram observados. Tipos histológicos encontrados foram nodular (52,8%), melanoma extensivo superficial (18,6%), acral (10,6%) e lentigo maligno (9,5%). Em 144 (73,4%) casos o índice de Breslow foi >1 mm. Verificou-se metástases em 28,6% dos melanomas invasivos e melanoma nodular, Clark IV/V, Breslow >1 mm, índice mitótico ≥6 e lesões ulceradas estavam mais propensos a metástases.

CONCLUSÃO:

Melanomas com Breslow >1mm foram os casos predominantes. Principais fatores associados a metástase foram tipo nodular, Clark IV/V, Breslow >1mm, índice mitótico ≥6 e lesões ulceradas.

Epidemiologia; Melanoma; Metástase neoplásica; Neoplasias cutâneas; Neoplasias primárias desconhecidas


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